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História No bater da bola - Capítulo 5 - Manhãs agitadas.


Escrita por: AmandinhaPool

Notas do Autor


Demorei mas voltei. 🤗

Capítulo 5 - Capítulo 5 - Manhãs agitadas.


Eu não sou preconceituosa, mas.... brincadeirinha.

Na minha cabeça, Molly iria esquecer essa ideia maluca de me por em um relacionamento, mas é claro que ela não ia perder essa chance. Ela iniciou no café da manhã mesmo a “Operação Amami”, eu não tenho nenhum envolvimento com esse nome, aliás não queria ter nem com o plano. Mas voltando ao 'projeto', em todas as oportunidades que ela tinha, ela me enfiava no meio da conversa, e, para variar, eu nunca sabia o que dizer e acaba fazendo a tapada. Segue exemplo.

– Ei, Amanda! Como é o nome daqueles desenhos japoneses que você assiste? – Molly gritou enquanto eu me aproximava da mesa.

– É anime. – disse sentando e começando a servir o meu café com leite.

– Eu nunca lembro dessas coisas. – comecei a beber meu cafézinho. – Já ela, sabe de tudo sobre seu país e a cultura, inclusive ela vive falando sobre ir para lá. Né, Amanda? – levantei o olhar, não abaixando a xícara.

– Sério? – meu olhar passou para Kagami. E então, voltou para Molly. Foi para Kagami de novo. Fiquei cerca de um minuto nisso.

– Não sei de tudo, na verdade é bem pouco. Molly está exagerando. – depois de terminar de falar, enxerguei Harry e mandei aquele olhar de socorro, mas ele só deu uma risadinha e saiu da mesa, irei lembrar disso.

– Se é assim, Kagami podia ser seu guia turístico se um dia você for ‘pra lá, não é mesmo? – agora a vítima é ele.

– Bom, – ele esfregou a nuca, parecia nervoso. – é que como eu cresci aqui nos EUA, eu não conheço o Japão tão bem assim.

– Que pena. – tentativa falha.

– Mas talvez um dos meus amigos possa ajudar vocês. – completou ligeiro, os garotos sempre fazem isso quando Molly está envolvida.

– É, seria legal, né Amanda? – é, a Molly não vai desistir de mim.

– Se um dia a gente for. – dei de ombros e voltei a atenção ao meu café, pegando um daqueles pãozinho pequenos, acho que chamam de ‘bisnaguinha’.

– É claro que vamos, pensamento positivo.

E quando eu estava quase mordendo meu pãozinho, ele sumiu, ou melhor, foi arrancado da minha mão.

– Oh, valeu, nem precisava. – tinha que ser ele. Guilherme enfiou o pão inteiro na boca.

– Orra Guilherme, seu cuzão. – e ele só riu da minha cara.

– Guilherme, seu vacilão. – Choi aparece também. – Como que você faz isso, cara? Pega o pão da menina e deixa o café? – e pegou minha xícara.

Se você achou que ele ia me defender, errou feio.

– TYLER! – levantei a voz, indignada.


E foi assim que meu dia começou. Meu café completamente estragado, e no final só tomei um copo de suco e umas 4 bolachas.

Se eu estou com raiva dos meninos? Não estou com raiva, e sim com muita raiva. Eu aguento um monte de brincadeirinhas deles, mas atrapalhe minha refeição, ainda mais de manhã.

Amandiiinhhhaaa. – Guilherme não para de me encher o saco. – Aah, vamos lá, fala comigo. – ele me segura pelos ombros e começa a me balançar pra frente e pra trás. – Eu não vou parar enquanto você não falar comigo, nem que eu tenha que ir com você até a sua sala.

– Desista, cara. Irritamos ela pra valer dessa vez. – Choi também estava tentando me convencer a falar com ele, mas ele sabe que uma hora ou outra eu desisto do gelo. Isso me irrita mais ainda, ele conhece meus pontos fracos.

Coloquei meus fones e tentei me afastar deles. Essa missão é tão impossível que nem o Tom Cruise consegue realizar com sucesso. O brasileiro foi me balançando até chegar no colégio, onde puxo um dos fones e disse:

– Eu vou agora, mas ainda não terminamos essa conversa mocinha. – e rumou para o bloco de engenharia civil junto com Cassy, sua dupla.

Cada um foi indo pra seu canto, inclusive eu. Os únicos que ainda estam no ensino médio são eu, os gêmeos, Ashley, Molly, e agora Kagami também, os outros estão todos na universidade. Ashley, Molly e Kagami no último ano e eu e os gêmeos no penúltimo, nossas salas eram próximas então acabamos indo juntos para a aula.

– Ei! – alguém pega no meu ombro. – Não fique magoada com os caras. Eles só fazem isso pra chamar sua atenção. – Mike veio junto, fazer seu trabalho com 'guardião' da Ashley.

Bufei. Eles conseguiram me deixar muito irritada dessa vez. Ele passou o braço pelos meus ombros e deu uma risadinha, é realmente muito difícil ver Mike sorrindo ou dando gargalhadas, eu mesma só vi o sorriso dele uma vez e foi muito rápido, esse cara é muito sério. A armadura dele é realmente potente, como eu queria conseguir passar por ela.

Quando voltei meu olhar para frente, as imensidões estavam me olhando e na mesma hora olhei em outra direção. Eu realmente não tenho nada contra ele, digo, eu nem conheço ele direito, mas sempre que eu olho pra ele, eu lembro de como passei mal e do porque isso aconteceu, e digamos que não é uma boa lembrança.

– Ah não... – Adam resmungou.

– ...Agora é química. – Ben completou.

Eles são péssimos em exatas e sempre sentam perto da minha carteira quando a aula é de cálculos. Eu sou boa em cálculos e antes de entrar no médio minha matéria favorita era matemática, mas ficou muito chato, e então química me ganhou um pouco. Confesso que não sou fã da parte teórica, porém as contas são simples e fáceis – pelo menos até agora.

– Até depois – falei, acenando.

– Tchauzinho, boa aula pra vocês. – Ashley larga um sorrisão, como se ter aula fosse a melhor coisa do mundo.

Kagami fez aquela inclinadinha, que Molly não fique sabendo disso, mas acho muito fofo esse costume deles. O respeito que eles tem uns com os outros é incrível, nos animes pelo menos é assim.

Eles continuaram seus caminhos, e nós entramos na sala. As mesas são de duplas, os meninos sentam nas últimas carteiras da fila da janela, e eu sento na da frente deles, no lado da janela. Os outros alunos foram entrando e preenchendo as cadeiras vazias.

– Eae, rapazes. Tudo bom? – alguém cumprimentou os meninos, não fiz questão de olhar para trás, é bem normal as pessoas falarem com eles e geralmente nem olham para mim. As vezes nem parece que eu faço parte do time também. Eu sou muito duff.

Algo encostou no meu ombro, me dando um susto. Quando olhei para o lado, soltei o ar dos pulmões. Jake realmente me assustou.

– Oi, Amanda. Acho que te assustei, foi mal. – falou sorrindo e esfregando sua nuca. – Posso sentar aqui? – apontou para a cadeira ao meu lado.

– Ta tudo bem. Pode sentar, claro. – ajeitei os meus materiais que estavam passando para outra mesa.

Jake é do time de beisebol. Não expliquei pra vocês ainda, mas o colégio e universidade, que é, digamos, uma instituição só, é super focado em esportes, todos os alunos jogam alguma coisa, desde xadrez a futebol americano. E cada casa, que equivale as tão famosas fraternidades, é de uma modalidade. Louco, né?

– Fiquei sabendo que entrou um jogador novo no time. – falou virando de lado na cadeira, ficando de frente para mim, mas voltado para os garotos. Meu coração deu aquela batida em falso. Não contem para a Molly, mas eu já tive uma queda pelo Jake.

– Sim, sim. Ele é japonês. – Adam respondeu, animado como sempre.

– Que tal, sempre imaginei os asiáticos baixinhos e de óculos, nunca pensei que jogassem basquete. Que preconceito esse meu. – deu uma risada acompanhada daquele sorriso maravilhoso dele. Jake é legal, bem gente boa, é um gato. Ele é o tipo de cara que pelo menos metade da parte feminina do colégio gosta. – E você, me conte. Molly ainda fica tentado te ver namorando? – e ele não finge que eu não existo.

– Nem quero lembrar disso. – coloquei minhas mãos no rosto e puxei minhas bochechas para baixo. Pensa na visão linda, sou ótima em conquistar garotos, não acham?

– Eu imagino. – sorriu olhando nos meus olhos. Sempre que ele faz isso tenho que me lembrar que esse é o tratamento padrão dele com todos.

Eles entraram em um assunto que eu não entendia bulhufas nenhuma — sempre quis usar essa expressão — e eu fiquei apenas vegetando e pensando sobre como essa manhã foi agitada até a professora chegar.


Notas Finais


Obs.: As palavras em itálico nas falas são as palavras em português que os personagens falam. Como a história se passa nos EUA, o resto seria o inglês.


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