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História No Calor dos Teus Braços - Capítulo Único


Escrita por: Nekolua

Notas do Autor


Minha primeira fanfic Asanoya... Gente, esse shipp é tão precioso!! *-*
Espero que gostem, já faz alguns meses que não escrevo nada completo.
Boa leitura!!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Asahi abriu os olhos devagar, cansado. 
O quarto estava mergulhado no silêncio da madrugada, a única iluminação era um feixe da fraca luz da lua que escapava por uma fresta mal fechada da cortina. 
Ao seu lado, na cama, não havia ninguém, apenas uma bagunça de cobertores.

Ele respirou fundo e sentou-se, as mexas de seu cabelo caindo sobre o rosto e, assim que o cobertor caiu de seus ombros, ele sentiu o frio deslizar por seus braços descobertos. Levantou-se, calçou seus chinelos e pôs um casaco, saindo do quarto logo em seguida.

O resto da sua casa estava tão escuro e silencioso quanto o quarto, mas uma corrente fria de vento percorria os cômodos.
Caminhou silenciosamente pela casa mal iluminada. Assim que chegou à sala, parou; do outro lado a porta de correr estava aberta, a cortina esvoaçava suavemente e o som do vento era fraco. Suspirou e atravessou a sala, parando outra vez na porta da varanda.

Lá estava ele, cabelos castanhos bagunçados soprados levemente pelo vento, vestia apenas uma calça moletom preta e uma camiseta folgada branca, seus braços estavam apoiados sobre a grade, seu olhar perdido no horizonte.

- Yuu. - Asahi chamou suavemente. - Você não acha que deveria entrar? Está frio.

- Não... - Nishinoya respondeu, sem olhá-lo. - Estou bem aqui.

Asahi continuou parado por alguns segundos, mas, por fim, suspirou e se aproximou, parando ao lado dele.
Ele ficou calado, observando as luzes fracas da cidade. A noite estava linda.

Após minutos em silêncio, apenas apreciando o horizonte, seus olhos caíram para a pessoa ao seu lado. A beleza da noite não se comparava à ele. Nishinoya era o mais belo de todos, ele era como a água fresca de uma cachoeira: límpida, pura e livre... Ele era magnífico.
Seu olhar deslizou pelos traços de sua face, seguindo das linhas curvas de seu maxilar e da boca suave, ao nariz fino e as bochechas lisas, até chegar aos olhos bem delineados; observou seus cílios longos, percorrendo todo o contorno, no canto do seu olho havia uma mancha escura.

Asahi ergueu a mão lentamente, tocando delicadamente o seu rosto.
O corpo de Nishinoya se arrepiou com o toque da mão quente contra sua pele fria.

- Dói? - Azumane perguntou, acariciando carinhosamente com os dedos a área em volta do hematoma.

Nishinoya inclinou o rosto para olhá-lo, então desviou o olhar novamente, a tristeza visível em sua expressão.

- Sim. - Respondeu em um sussurro. Era claro que ele não estava se referindo ao machucado.

Asahi deslizou a mão por seu rosto, passando em volta do seu pescoço e parando no seu braço, começando a fazer pequenos círculos com os dedos em sua pele.

- Eu só não queria que tivesse sido assim. - Nishinoya comentou, as sobrancelhas franzidas e o olhar distante.

Ele se lembrou dos gritos de seus pais horas antes, naquela manhã. Os olhares de raiva, decepção, nojo.
Nunca pensou que alguém tão amável como a sua mãe pudesse lhe dizer coisas assim, muito menos que alguém tão gentil quanto seu pai pudesse bater no rosto de seu próprio filho... ele não tinha palavras para descrever tamanha tristeza e dor que atingiram seu peito naquele momento.
Em menos de um segundo, todo o amor dos seus pais se transformaram em ódio, tudo isso porque ele queria ser feliz; ser feliz de um jeito que seus pais não compreendiam.

- Eu sei. - Asahi respondeu, aproximando-se mais dele. - Eu também não.

- Eu nunca imaginei que eles reagiriam assim... - Yuu falou, apertando a grade com a mão. - O jeito como me olharam foi tão horrível.

As imagens daquela manhã voltavam à sua mente; todos os beijos, os abraços, os sorrisos afáveis, tudo havia sido substituído por lágrimas, repulsa, desprezo e horror.
Sentiu seus olhos arderem levemente e um nó começar a se formar em sua garganta, mas ele respirou fundo e mordeu o lábio inferior, impedindo as lágrimas de caírem.

Asahi o olhou, ver Nishinoya tão machucado e triste lhe deixava aflito. Seu coração apertava em seu peito, desesperado, queria vê-lo feliz e sorrindo, a sua expressão triste e os seus olhos cheios de mágoa apenas lhe angustiavam; ele não merecia aquela dor.

- Vem cá. - Chamou, puxando Yuu mais para perto e prendendo-o em um abraço.

Nishinoya abraçou-o de volta, apreciando o conforto dos seu braços. Fechou os olhos e afundou o rosto em seu peito, respirando seu aroma suave e acolhedor; podia ouvir as batidas rítmicas do seu coração, sua respiração lenta e tranquila, sentir o calor do seu corpo aquecendo-o. Se afundou naquele abraço aconchegante e amável, queria permanecer ali para sempre.

- Eu sei que é difícil. - Asahi disse. - Mas vamos passar por isso juntos, não é? Eu nunca vou te abandonar, vou estar aqui para você sempre, eu prometo.

Azumane apertou-o mais contra seu corpo e mordeu o lábio, sentindo os olhos arderem e o peito apertar.
Nishinoya respirou fundo outra vez, se afundando em seu cheiro gostoso e caloroso, então abriu os olhos, observando a cidade escura em sua frente.

- Obrigado. - Falou. - Não sei o que eu faria se não tivesse você.

Asahi fechou os olhos e inclinou a cabeça para baixo, mergulhando o rosto nos cabelos macios de Nishinoya. Inspirou profundamente, sentindo o cheiro doce e leve dele, as mechas do cabelos faziam cócegas em seu nariz e seu aroma deleitante tomava conta dos seus sentidos.

Passaram alguns minutos abraçados em silêncio, apenas aproveitando o calor e o conforto de seus braços. 

- Vamos deitar. - Asahi sussurrou contra os fios do seu cabelo.

Nishinoya sentia os olhos começando a pesar, o sono finalmente lhe alcançando.

- Vamos. - Respondeu.

Se separaram do abraço; Asahi passou o braço ao redor dos ombros de Nishinoya e o puxou mais para perto, então abriu um sorriso tranquilizador quando ele o olhou.
Nishinoya observou o rosto amável de seu namorado, suas feições robustas mostravam preocupação e gentileza, os olhos escuros pareciam tristes, mas esperançosos. Deu um sorriso fraco, o melhor que podia dar no momento, e então apoiou a cabeça em seu corpo, respirando fundo seu aroma suave outra vez.
Caminharam assim até o quarto, abraçados, tomando cuidado para não se bater em nada na casa mal iluminada.

Assim que chegaram ao quarto, se deitaram na cama.
Nishinoya se enrolou no cobertor e virou-se, encontrando o olhar ainda preocupado de Asahi sobre si. Abriu outro pequeno sorriso e se aproximou, levantando a mão e apoiando no rosto dele.

- Não precisava ficar me olhando assim. - Falou suavemente, acariciando sua bochecha com o polegar. - Você se preocupa demais. Estamos juntos, lembra? - Seu sorriso se ampliou, tranquilizador e aliviado. - Vamos ficar bem, você mesmo disse.

Asahi o observou, a tristeza ainda era visível, mas a dor parecia ter passado, ao menos por enquanto. 
Suspirou e olhou-o nos olhos, retribuindo o sorriso.

- Você tem razão.

Levantou os braços e passou-os por ele, trazendo-o mais para perto, prendendo-o em um abraço.
Uma fagulha de alegria ultrapassou seus olhos quando Nishinoya aproximou seus rostos e o beijou, juntando seus lábios em um beijo suave e delicado, apenas um toque inocente, silencioso, como se seu amor fosse sussurrado entre suas bocas gentis.

- Eu te amo tanto. - Nishinoya falou, afastando-se dele apenas alguns poucos centímetros.

Asahi sentiu seu peito aquecer. Não era a primeira vez que ouvia aquelas palavras, mas sempre que as ouvia, era como se fosse a primeira vez. 
A emoção lhe invadiu e ele fechou os olhos, os lábios se curvando em um sorriso.

- Eu também. - Respondeu com a voz chorosa, os olhos cheios de lágrimas contidas.

Nishinoya riu fracamente, escondendo o rosto em seu pescoço e inspirando seu cheiro novamente, nunca cansado daquele aroma delicioso.

Enquanto o sono lhe invadia devagar, ele não podia parar de pensar em como aquilo era perfeito, porque nenhuma tristeza importava, nenhuma dor o alcançava, naquele momento ele se sentia invencível. 
Ele poderia tudo, conseguiria tudo-

- Enquanto eu estiver no calor dos teus braços...

Com esse sussurro, ambos adormeceram. Não importava qual seria o desafio, eles estavam prontos para o mundo.


Notas Finais


Então foi isso, espero que tenham gostado.
Comentem o que acharam, obrigada por lerem!! ^ㅅ^


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