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História No choices - Imagine Kim TaeHyung - Invasion


Escrita por: TwinArmy

Notas do Autor


Boa madrugada pessoal!!

Venho com mais um capitulo!
Espero que gostem e boa leitura a todos vocês!

Beijos :****

Capítulo 54 - Invasion


Fanfic / Fanfiction No choices - Imagine Kim TaeHyung - Invasion

 

-Tem quatro entradas, aqui e aqui. - Mei falava enquanto mostrava no desenho da casa de Hauma que Sana havia desenhado.

Taehyung não conseguia mais esperar, estava com um pressentimento ruim e queria tirar Ayame daquela casa o quanto antes.

-Esse portão aqui tem senha. - Sana ficou em pé. - Eu fugi por ele, descobri a senha e saí.

Todos em volta daquela mesa a olharam surpresos, menos Jogun que apenas sorriu ainda encarando o desenho. Afinal, a menina descobriu em poucos segundos antes de sair, aquilo era incrível.

-Sabe quantas pessoas Haruma tem lá dentro Sana? - Hyuk perguntou encarando a garota.

-Bastante, eles ficam com armas o tempo todo. - Ela respondeu.

Taehyung fechou seus olhos e suspirou, não conseguiu dormir a noite toda pensando nisso. Precisavam conseguir entrar e sair sem ninguém se machucar.

- Dongjun disse que chega aqui em dez minutos. - Namjoon falou encarando o seu celular.

Dongjun era o seu amigo policial, Namjoon enviou as provas que pegaram invadindo o notebook de Sana e o garoto ficou super animado, disse que estaria pronto para atacar Haruma em algumas horas e viria conhecer todos eles.

- Disse a ele que queremos ir junto? - Biu perguntou a ele.

-Ainda não. - Namjoon respirou fundo. - Assim que ele chegar a gente fala.

Taehyung saiu da mesa e caminhou até o seu quarto, estava ficando impaciente. Caiu na cama e colocou seu antebraço sobre os olhos, logo faria duas semanas que não via Ayame e aquilo estava sendo torturador demais.

-Tae... - Ouviu Hyuk falar da porta.

O garoto permaneceu em silêncio, Hyuk tentava anima-lo o tempo todo, estava grato por isso. Mas não conseguia pensar em mais nada, estava enlouquecendo. Sentiu a cama ao seu lado afundar quando seu irmão deitou ali.

-Quando me trouxeram para cá eu pensei que nunca mais veria o seu rosto. - Hyuk começou a falar. - Me trancaram em um quarto sem nada, não tinha janela, durante três anos eu não sabia se estava dia ou noite, aquilo foi horrível. - Sorriu minimamente.

Taehyung tirou o seu braço do rosto e encarou o teto como ele.

-Eles queriam que eu dissesse aonde escondi o colar. - Continuou falando. - Eu sabia que no momento em que contasse que estava em seu pescoço eles me mataria, mas não foi por isso que eu permaneci quieto, o meu medo era de eles fazerem alguma coisa com você quando fossem pegar aquela droga. - Suspirou.

Tae virou o seu rosto e encarou o do seu irmão, Hyuk estava com uma expressão diferente, uma na qual ele nunca havia visto e entendia. Ele ainda podia ser o mesmo, mais por baixo daquele sorriso na qual mostrava a todos, havia um trauma, um medo.

- Ameaçaram cortar o meu dedo, minha mão e depois o meu braço se eu continuasse escondendo. - Sorriu novamente. - Chegou uma hora que eu queria que fizessem isso, eu queria senti dor, seria melhor do que o medo que sentia.

-Para! - Taehyung exclamou se sentando.

Hyuk passou sua mão no cabelo e sentou também, colocou sua mão no ombro dele.

-O que eu estou querendo dizer é que eu estou aqui agora. - Falou. - Eu consegui e Ayame também vai conseguir, do mesmo jeito que voltei para você, ela também vai.

Taehyung fechou seus olhos e respirou fundo, estava torcendo para isso. Quando pensou em se levantar dali sentiu Hyuk contornar o seu pescoço com o braço e puxa-lo para trás deitado em um mata leão.

-Você ainda é o meu irmãozinho. - Falou o apertando enquanto ria. - E precisa me obedecer.

Taehyung levou suas duas mãos no braço dele sorriu, tentou sair dali mais foi impedido quando Hyuk o apertou.

- Não existe mais isso entre nós. - Falou puxando a mão dele.

-Claro que existe seu moleque. - Hyuk exclamou ainda rindo. - E quando eu disser para você correr, você vai correr...

Taehyung parou de se mexer e Hyuk continuou falando.

-Quando eu disser para pegar Ayame e Mei e sair correndo, você vai fazer isso. - Falou. - Está me ouvindo?

Ele estava claramente falando da noite em que invadirão a casa do Haruma. O garoto puxou o braço do seu irmão e ficou em pé.

-Eu não vou sair de lá sem você. - Falou e saiu andando em direção ao banheiro.

-Eu sabia que diria isso seu teimoso. - Ouviu Hyuk falar alto quando bateu a porta do banheiro.

Caminhou até o espelho e encarou o seu reflexo, não sairia de lá de dentro sem nenhum deles. Estavam ali por ele e ele jamais deixaria um deles para trás, principalmente o seu irmão.

-Ei, ele chegou. - Ouviu Namjoon falar de dentro do quarto.

Taehyung saiu do banheiro e viu Hyuk passando pela porta, caminhou atrás dele e viu o garoto que Namjoon entrou em contato cumprimentando os outros na sala.

-Muito prazer. - Ele falava.

-Esse é o garoto que lhe falei. - Namjoon falou puxando Hyuk para frente.

O rapaz encarou Hyuk de cima a baixo e sorriu minimamente, foi um sorriso triste e todos conseguiram ver isso.

-Eu sinto muito. - Falou. - Haruma vem fazendo essas coisas há anos e a segurança do nosso país apoia essa barbaridade.

-Apoia? - Taehyung perguntou chamando a atenção de todos.

O garoto sorriu em direção a Taehyung e estendeu sua mão, o mesmo aceitou o gesto e o cumprimentou.

-Sim, Haruma tem muitos dos seus homens dentro de vários departamentos da policia. - Respondeu. - Eu venho caçando ele há anos e sempre sou impedido quando chego ao general.

-Ou seja. - Gun falou sentado no sofá. - Esse general é um dos ‘caras’?

Namjoon fechou seus olhos e encarou o sobrinho na tentativa de repreendê-lo.

-Exatamente. - Dongjun respondeu ao menino.

Taehyung riu soprado e encostou seu corpo na parede, Haruma era mesmo esperto. Um dos maiores chefes da delegacia era um de seus homens.

-Mas, eu conheço o general Yuzuto, ele vem caçando Haruma há mais tempo do que eu . - Dongjun continuou falando. - Ele vai entrar comigo.

Namjoon sorriu e coçou sua nuca.

-Sabe, já que entramos nesse assunto, eles também vão. - Falou e o garoto arregalou os olhos.

O policial passou seus olhos pela sala inteira, encarando todos que estavam ali em pé.

-Enlouqueceu Namjoon? - Dongjun exclamou. - Eles não são treinados como fomos e nem sabem como usar uma arma. São civis, não podemos coloca-los em perigo dessa maneira.

Biu riu alto e todos olharam para ele.

-Pode acreditar querido. - Falou. - Devo atirar melhor do que você.

Hyuk prendeu o riso e Namjoon repreendeu os dois com o olhar assim como fez com Gun. Taehyung caminhou até o garoto e o encarou.

-Nós vamos, você querendo ou não. - Falou firme. - Sabemos mexer em uma arma e quanto mais, melhor.

Dongjun respirou fundo e começou a andar de um lado para o outro. Haruma tinha muitos ao seu lado e sabia disso, Taehyung tinha razão.

-Tudo bem. - Falou parando no lugar. - Mas precisam nos ouvir, e vão usar coletes.

-Combinado. - Namjoon respondeu. - Eu vou cuidar deles.

-Eu vou preparar as coisas, e quando eu disser que estamos indo. - O garoto falou. - Estejam prontos.

Namjoon acompanhou o amigo até a porta e todos soltaram o ar, estavam com medo de não poderem ir. Jin ficaria no apartamento com Sana e Gun.

-Eu posso pedir para você ficar? - Hyuk perguntou pegando na mão de Mei.

-Não. - Ela sorriu e Taehyung enxergou Ayame naquele sorriso.

Virou seu rosto e suspirou, elas eram muito parecidas. Chegava a ser doloroso olhar para ela, deitou seu corpo no encosto do sofá e fechou os olhos.

-O que está fazendo? - Ouviu Sana perguntar enquanto sentava ao lado de Gun que mexia sem parar no notebook.

-Estou procurando a planta da casa do Haruma. - O menino respondeu sem desviar sua atenção da tela.

Sana riu com aquilo e cruzou suas pernas em cima do sofá.

-Se eu estivesse com o meu notebook aqui, seria bem mais rápida do que você. - Falou.

Jogun parou de digitar na mesma hora e olhou para ela, aquilo feriu o orgulho dele e todos que ouviram aquela conversa notou isso.

-Quer apostar que eu faço isso em dez segundos? - Perguntou a ela.

Sana sorriu e começou a mexer em seu cabelo.

-Eu faço em cinco. - Ela balançou seus ombros.

Gun riu alto e encarou o seu tio indignado do outro lado da sala. Namjoon sorriu para ele e balançou sua cabeça.

-Elas sempre estão certas querido. - Namjoon falou bebendo um copo de água. - Precisa aprender isso.

-Mas não vou mesmo. - O menino falou e voltou a digitar. - Se eu fizer em três segundos vai me mostrar o seu código.

Sana arregalou os olhos e olhou para o notebook quando o garoto voltou a digitar.

-Ei, eu não disse sim. - Ela falou desesperada.

Todo Hacker tinha o seu código, era fácil descobrir se fosse bom o suficiente, mas um respeitava o outro. Quando tinha aquele código, o outro conseguia ver tudo o que a outra pessoa usava para acessar as coisas, programas, senhas, códigos. Tornando assim as coisas mais fáceis para o que pesquisa.

-Pronto. - Gun estralou os dedos.

-Foi em dois. - Namjoon falou alto com o celular na mão. - Foram dois segundos Sana, mostre o seu código para ele.

Hyuk apareceu atrás do amigo e deu um tapa na cabeça dele.

-Para de se intrometer idiota. - Falou.

Taehyung sorriu minimamente com aquilo e ficou em pé, precisava tomar um banho. Saiu da sala e voltou para o quarto.

-Ei. - Hyuk segurou o pulso dele. - Venha comer depois, precisa estar com energia.

O garoto apenas continuou andando em silêncio e entrou no quarto. Logo estaria com Ayame novamente e não via a hora para tudo isso acabar.

 

...

 

Ayame nunca pensou que um dia estaria com tanto sangue em suas mãos, estava sem ar e não conseguia olhar para o rosto do seu tio desfalecido no chão. A mesma sensação de desmaio que sentia quando via sangue em sua frente estava se apossando do seu corpo.

-O-O que disse? - Sakura ficou em pé. - Mei...

-Para Sakura. - Haruma a cortou. - Ele morreu, não disse coisa com coisa.

Aya caiu sentada no tapete e arregalou os olhos, como os dois conseguiam manter a calma? Yusuke, irmão e filho deles estava morto bem ali e mesmo assim, estavam conversando como se...

-Vocês são de outro mundo, não é possível. - Ela falou apertando o tapete entre os seus dedos.

-O que ele quis dizer quando falou que Mei é irmã de Ayame pai? - Sakura exclamou nervosa.

Haruma suspirou e saiu de trás da mesa.

-Podemos falar sobre isso outra hora? - Perguntou. - Precisamos enterrar o seu irmão.

Ayame ficou em pé com dificuldade e encarou os dois. Queria correr, mas estava fraca demais para isso, se apoiou no armário que tinha ali e sorriu.

-Por que está sorrindo? - Haruma perguntou para a neta.

-Vocês... - Ela falou fechando seus olhos.

Ainda estava em choque com o que tinha acontecendo, o cheiro forte do sangue que vinha das suas mãos estava deixando-a tonta.

-Não é hora para desmaiar Ayame... - Sakura falou ainda nervosa.

Sabia que a filha não podia ver sangue, desde pequena fora assim. Todas as vezes que a menina se manchava na escola, ela ou Junghyun precisavam busca-la.

-Mei é minha irmã? - Ela perguntou.

Sakura arregalou os olhos minimamente e encarou o pai, não pensou que Ayame tivesse prestado atenção quando Yusuke disse aquilo, afinal, a menina estava aos berros.

-Eu disse que vamos falar sobre isso outra hora. - Haruma repetiu ajoelhando ao lado do seu filho sem vida no chão.

Ayame pressionou os lábios e sentiu uma lágrima escorrer, quando pensou em continuar com as perguntas sua visão escureceu e caiu no chão.

Havia desmaiado.

...

-Filha, por favor. - Ayame ouviu seu pai falar.

A garota abriu os olhos lentamente e olhou para o lado, estava no quarto. Levantou suas mãos e viu que o sangue não estava mais ali. Levou suas mãos sobre os olhos e começou a chorar.

-Querida. - Sentiu as do seu pai em seu braço.

Ela não conseguia acreditar, viu seu avô matar o seu próprio filho a sangue frio e não derramar sequer uma lágrima, ele podia fazer isso com a sua mãe a qualquer momento. Era assustador pensar em tal atrocidade.

-Pai... - Soluçou. - O tio...

-Eu sei, eu sei. - Junghyun falou puxando a menina para um abraço. - Eu sinto muito que tenha visto isso.

Ayame apertou a camisa dele e chorou mais alto, queria desesperadamente se afastar de todos eles. Queria ver Taehyung, estar com ele.

-Ele vai matar vocês. - Ela falou. - Ele vai matar todos nós.

Se Haruma teve a coragem de fazer isso com o filho, não hesitaria em seu pai, até mesmo em sua mãe.

-Não. - Seu pai falou baixo. - Ele não vai nos matar...

Ayame se separou dele rapidamente e começou a olhar em volta.

-Eu vou embora. - Falou. - Eu vou sair daqui.

Quando foi levantar da cama seu pai a puxou novamente fazendo com que ela caísse deitada. Ayame o encarou nos olhos, e viu que ele estava com os olhos vermelhos, havia chorado também.

-Não pode fazer isso. - Falou. - Ele vai atrás de você e não sabemos o que ele fará.

-Depois do que fez com o próprio filho, não hesitaria comigo não é mesmo. - Ela falou.

Junghyun fechou seus olhos e respirou fundo.

-Fique aqui. - Ele falou. - Eu vou ajuda-la sair daqui, mas vamos esperar o tempo certo.

Ayame arregalou os olhos minimente e o puxou para outro abraço, seu pai era humano, de todos eles seu pai ainda era o mesmo.

-Eu te amo pai. - Falou para ele.

-Eu também meu amor. - Sentiu ele sorrir.

Junghyun endireitou seu corpo e saiu do quarto. Ayame esperou ele abrir a porta e ficou em pé, com certeza não colocaria seu pai nisso, se seu avô soubesse que ele ajudou ela fugir, atiraria contra ele na mesma hora. Caminhou até os seus sapatos e os calçou, iria sair agora mesmo.

Caminhou até a porta e arregalou os olhos quando viu que estava trancada.

-PAI! - Gritou.

Ele mentiu para ela? Sentiu seus olhos arderem, fechou suas mãos e começou a bater na porta com toda a força que tinha.

-PAI! - Gritou novamente.

Sentiu as lágrimas voltarem a cair e correu até a varanda, estava no quarto andar, seria impossível descer por ali. Sentou ali mesmo e cobriu seu rosto com as mãos, não queria chorar, mas tudo estava acontecendo ao mesmo tempo e era impossível manter a calma.

O fato de Mei ser a sua irmã ainda não havia passado pela cabeça dela, queria sair dali e depois procuraria saber se isso era mesmo verdade.  Levou sua mão até o colar e pressionou os lábios.

-Tae. - Sussurrou.

Deitou sua cabeça sobre os braços e olhou para o lado, notou outra varanda a um metro da onde estava. Ficou em pé e se aproximou da grade, conseguiria passar para o outro lado? Passou a manga do seu moletom sobre os olhos e olhou para baixo, seria uma queda e tanto se caísse. Respirou fundo e subiu na grade, era grossa, conseguia ficar em pé ali facilmente.

-Respira Ayame. - Falou.

Era somente um passo e chegava à outra. Abriu as pernas e colocou seu pé do outro lado, apoiou suas mãos na parede e a usou como apoio para levar a outra perna e assim fez, quando pisou na outra grade seu tênis escorregou e ela caiu para o lado dentro.

-Arr. - Bateu o joelho e pressionou os olhos com a dor que sentiu.

Tapou a boca rapidamente, estava noite e tinha possibilidade de alguém estar dormindo ali dentro. Ficou em pé e abriu a porta de vidro lentamente e espiou para o lado de dentro, conseguiu ver alguém deitado sobre os lençóis, mas a claridade da lua não ajudava o suficiente pra ver o rosto.

Entrou no quarto lentamente, precisava chegar até a porta. Quando levou sua mão na fechadura sentiu alguém segurar os seus cabelos e acender as luzes.

-Ah. - Ayame gritou com o susto e virou o seu corpo.

-Você? - Era Lola. - O que está fazendo no meu quarto?

Ayame levantou suas mãos e a empurrou para longe com força, tantos quartos, porque justo o de Lola?!

-Me solta! - Exclamou.

Virou para a porta e saiu correndo, era quase meia noite, a casa estava bem silenciosa. Começou a descer a escada o mais rápido que conseguia, quando correu em direção à porta que saiu com Sana da outra vez, sentiu alguém enlaça-la pela cintura.

-Onde está indo mocinha? - Um dos homens a levantou do chão.

-Me solta. - Ayame se debateu e acertou a cabeça enfaixada dele.

O Homem a soltou com a dor que sentiu a e mesma voltou a correr, era o mesmo homem que ela bateu com o vaso de flor da última vez.

-Ei garota. - O ouviu gritar.

Ele começou a correr atrás dela, Ayame acelerou seus passos, não era possível que conseguiu deixar alguém vê-la logo que saiu do quarto. Aproximou-se da porta que levava para o jardim dos fundos e puxou.

Estava trancada.

-Droga! - Exclamou.

-GAROTA! - O homem se aproximou nervoso. - É melhor voltar até o seu quarto.

Ela virou seu corpo e o encarou, ele estava prestes a toca-la.

-Se tocar em mim novamente, vai se arrepender. - Falou fechando suas mãos em punhos.

Quando ele foi falar alguma coisa, Ayame viu em câmera lenta uma bala perfurar o braço dele, e o sangue espirrar em seu rosto com o baque. O homem levou sua mão até o braço e caiu de joelhos. Ela levantou o rosto e viu alguns homens de preto entrando pela porta da frente, estavam armados dos pés a cabeça.

-Saia daqui garota. - O homem ainda de joelhos falou.

Ayame arregalou os olhos e saiu correndo em uma direção oposta. Conseguiu ouvir os tiros vir do andar de baixo quando começou a subir a escada. O que estava acontecendo?

-Filha. - Seu pai veio correndo em sua direção. - Eu mandei ficar no quarto.

-Você me trancou. - Ela exclamou. - Pai o que está acontecendo?

Junghyun pegou no pulso da sua filha e saiu correndo em direção a um dos quartos.

-Eu não sei... - Ele respondeu. - Seu avô tem muitos inimigos, mas nenhum deles teriam essa coragem, eu preciso ir até a sua mãe, entre no closet e fique aqui, eu já volto.

Quando ela foi segura-lo, ele virou e saiu correndo batendo a porta. Ayame correu até a varanda e viu alguns daqueles homens de preto entrando por um dos portões ao lado. Viu alguns dele atirando contra os homens de Haruma enquanto outros corriam para dentro da casa. Sentiu seu peito se fechar, a ideia de perder seu pai naquele lugar era desesperador.

Ela correu até a porta e abriu, ele não havia trancado novamente. Viu alguns funcionários passar correndo pelo o corredor, ela saiu do quarto e correu para o lado oposto. Olhava para os lados, queria chegar até o seu pai.

-Pai. - Gritou.

Quando ouviu passos vindo da escada, ela abriu uma porta e entrou. Era um armário embutido na parede, as faxineiras guardavam utensílios de limpeza ali.

-Já sabem, precisamos do Haruma. - Ouviu um deles falar do outro lado.

Ela fechou seus olhos e prendeu a respiração, seriam inimigos do seu avô?

-Rick, venha comigo! - Outra pessoa falou.

Rick? Onde ela ouviu esse nome antes? Assim que os passos se afastaram saiu do armário e se assustou quando um deles ainda estava ali.

-Ei, você... - Começou a falar quando a viu, mas ela saiu correndo.

Eles estavam de máscara, não conseguia ver os rostos deles. Sentiu seus olhos arderem quando aquele homem começou a correr em sua direção.

-Espere! - O ouviu gritar.

Por que ele não estava atirando? Ayame subiu outra escada e correu, quando virou o corredor trombou com alguém. Era Lola.

-Ei, estão invadindo a casa. - Ela gritou. - Tem como...

-CALA BOCA. - Ayame gritou e a puxou pelo o seu vestido.

Lola gritou com o susto e deixou que Ayame a arrastasse para um dos quartos que tinha ali. A garota bateu a porta e trancou.

-Seu avô é um miserável. - Lola exclamou nervosa. - Olha só o que está acontecendo.

Quando Ayame foi rebater, ouviram alguns tiros no corredor e as duas se jogaram atrás da cama ao mesmo tempo. Ela sentiu seu coração bater loucamente contra o peito.

-Sim, ele é miserável, mas você não fica atrás. - Ayame falou olhando para ela.

Estava com medo, tinha pessoas atirando em todo lugar, nunca pensou que presenciaria isso alguma vez em sua vida, quando pensou em agir sentiu Lola atarracar o seu cabelo e puxa-la com força para trás, Ayame fechou seus olhos com a dor, levantou sua mão e acertou o rosto dela de qualquer jeito, mas foi o suficiente para fazê-la soltar seu cabelo.

-Maldita, não sabe o quanto eu te odeio. - Lola falou.

Ayame riu soprado e avançou contra ela a jogando contra uma mesa de escritório que tinha ali. Lola caiu de qualquer jeito e gritou.

-Pode ter certeza que é reciproco. - Ayame falou nervosa.

Caminhou em direção à porta e espiou do lado de fora, tinha dois homens caídos ali. Quando virou seu rosto para falar com Lola a garota a empurrou com força para o lado de fora. Ayame bateu contra a parede e caiu no chão.

-O que está fazendo? - Perguntou ficando em pé.

-Eu estou fazendo o que eu sempre quis, vou por um fim em você, deixe que eu consolo o Taehyung depois. - Lola respondeu e avançou contra ela novamente.

Ayame desviou da garota e saiu correndo, seria perda de tempo ficar ali brigando com ela.

-AYAME. - Lola gritou correndo atrás dela. - EU VOU FAZER VOCÊ PERDER ESSA CRIANÇA.

Ayame parou de correr e olhou para trás, não acreditou no que ouviu. Voltou a correr na direção dela e as duas se chocaram e juntas caíram no chão. Uma atarracou no cabelo da outra e começaram uma briga corporal ali mesmo.

 - Eu deveria estar com ele! - Lola continuou gritando.

Era possível ouvir os tiros pela a casa toda, Ayame estava com muita raiva, era para estar correndo até o seu pai, mas estava ali, com aquela garota, que tentava matar seu filho.

-Taehyung vai ser meu! - Ela gritou.

Ayame fechou seus olhos e a empurrou com a maior força que tinha. Lola tropeçou nos tornozelos e caiu pela escada, Aya endireitou seu corpo e olhou para baixo, Lola estava sentada enquanto pressionava seu tornozelo.

-Você ainda vai pagar por tudo o que fez. - Ayame falou a si mesma e voltou a correr.

 

...

 

-No três. - DongJun falou baixo.

Estavam todos em volta da casa de Haruma, iriam invadir pela frente mesmo. Era quase meia noite e meia, não estavam esperando por isso, era o melhor horário.

-Tae. - Hyuk tocou em seu braço. - Precisamos ser cuidadosos.

Taehyung apenas balançou sua cabeça, Hyuk não conseguia parar de dizer aquilo. Quando Dongjun terminou a contagem seus homens ficaram em pé e entraram. Taehyung olhou em volta e viu todos que estavam escondidos ao lado fazerem o mesmo.

Namjoon pediu que eles entrassem depois e ficaram ali esperando. Taehyung só pensava em chegar até Ayame, ouviram alguns tiros do lado de dentro e Hyuk sorriu.

-Vamos, nossa vez. - Falou e saiu correndo.

Taehyung arrumou a arma em seu ombro e foi atrás dele, passou pela porta e viu alguns dos homens de Haruma correndo e atirando ao mesmo tempo. Ele correu por um corredor que tinha ao lado e começou a olhar em volta, o lugar era enorme.

-Tae. - Biu correu atrás dele. - Precisamos ficar juntos.

O garoto virou o corpo e viu que um rapaz apontava para Biu do outro lado e não pensou duas vezes, levantou sua arma e atirou na perna do garoto. Biu virou assustado e viu o rapaz caído no chão enquanto pressionava o ferimento em sua perna.

-Eu vou procura-la. - Ele falou e saiu correndo. - Eu sei me cuidar.

Não estava pronto para matar ninguém, e nem queria. Mas se precisasse fazer isso pela Ayame e Hyuk não pensaria duas vezes. Escondeu-se atrás de um pilar quando dois homens passaram correndo.

-Pai. - Reconheceu a voz dela.

Taehyung levantou sua cabeça e a viu no andar de cima, ela corria para o lado o oposto. Sentiu seu peito se fechar, por que ela estava correndo por ai com tantos tiros? Saiu correndo em direção a escada e subiu, olhou para os lados, mas ela não estava em parte alguma.

-Ei Tae. - Hyuk e Biu chegaram atrás dele.

Ele fechou seus olhos respirou fundo.

-Já sabem, precisamos do Haruma. - Biu falou olhando para os lados.

-Rick venha comigo. - Namjoon gritou e saiu correndo.

Biu encarou os irmãos Kim e sorriu, deu sinal com a cabeça e saiu correndo. Tae virou o seu corpo e saiu correndo para o lado oposto, Ayame estava correndo por aqueles corredores, era questão de tempo até uma daquelas balas acertarem ela.

Ouviu os passos de seu irmão atrás de si, mas continuou correndo.

-Podem parar ai. - Os dois ouviram.

Taehyung parou de correr e sentiu Hyuk fazer o mesmo ao lado.

-Coloquem essas armas no chão e virem devagar. - O homem atrás deles falou novamente.

Quando ambos foram soltar as armas ouviram outro tiro. Taehyung olhou para o lado assustado, Hyuk estava do mesmo jeito, o encarava apavorado. Não foi neles aquele tiro.

-Podem relaxar. - Ouviram a voz da Mei.

Hyuk virou rapidamente e a olhou, o homem estava caído ao lado dela.

-Mei. - Ele correu até ela.

-Eu vou procurar o meu pai. - Ela falou. - Eles não vão me matar, eu sou neta do Haruma.

Antes que Hyuk pudesse negar, ela saiu correndo para outro corredor. Tae notou ele arregalar os olhos, quando ameaçou correr atrás dela o homem que estava caído no chão segurou o tornozelo dele.

-Desgraçados... - Falou.

Taehyung levantou sua arma novamente e atirou no braço dele.

-Ah. - O mesmo gritou de dor e se encolheu.

Mei tinha acertado a perna dele, Hyuk olhou para o chão e depois encarou o irmão.

-Você vem comigo? - Taehyung perguntou.

Viu seu irmão encarar o caminho que Mei correu e suspirou.

-Vou. - Respondeu. - Eu confio nela.

Os dois voltaram a correr, olhavam para todos os lados. Alguns homens corriam de um lado para o outro e não notavam Tae e Hyuk passar, nem mesmo Taehyung estava conseguindo reconhecer as pessoas, se era um do grupo de Dongjun ou de Haruma.

-Aqui... - Hyuk o puxou de repente.

Os dois caíram sentados atrás de uma parede.

-É ele. - Hyuk falou novamente.

Taehyung inclinou seu corpo e viu um velho caminhar como se não estivesse acontecendo nada. Tinha muitos homens ao lado dele.

-Haruma... - Falou.

-Sim. - Hyuk suspirou. - O próprio.

Tae arrumou sua arma e mirou na cabeça dele, sua mão tremia de nervoso. Hyuk encarou o gesto e colocou sua mão em cima da dele.

-Não Tae... - Falou.

-Eu vou mata-lo. - Taehyung falou firme.

Ali estava o homem que torturou o seu irmão, o homem que roubou sua família por anos e agora estava tirando Ayame dele.

-Não vou deixa-lo viver com isso. - Ouviu seu irmão dizer. - Abaixe isso.

Taehyung abaixou sua arma lentamente e fechou seus olhos.

-Ele vai pagar, mas não assim. - Hyuk falou. - Vamos procurar a Ayame, é ela que importa.

Ele apenas concordou e ficou em pé, Haruma já estava bem longe. Ficaram em pé e ouviram mais tiros vir do andar de baixo. Saíram dali e começaram andar, olhavam o tempo todo para trás.

 -Eu deveria estar com ele! - Ouviram uma garota gritar.

Os dois viraram ao mesmo tempo e viram que duas garotas estavam brigando no andar de cima, era possível ver pela grade do corrimão da escada que se debatiam no chão.

-Espere. - Hyuk falou encarando a cena.

-Taehyung é meu. - A garota gritou novamente e Taehyung arregalou os olhos.

Notou a outra ficar em pé e empurrar a que gritava, assim que o cabelo saiu do rosto dela reconheceu, era Ayame.

-Lola... - Hyuk falou baixo.

Mas ele não conseguia tirar os olhos de Ayame, quando foi correr até ela a mesma virou o seu corpo e saiu correndo, sumindo da sua vista.

-Maldita! - Ouviu Lola gritar.

Olhou para o lado e viu a garota ainda sentada no chão enquanto pressionava o tornozelo.  Estava descabelada e o lábio cortado.

-Lola. - Hyuk falou e a mesma olhou para o lado assustada.

-H-Hyuk. - Ela falou e depois olhou para Taehyung atrás dele. - Oh meu deus, vocês estão invadindo esse lugar?

Taehyung avançou contra ela e a levantou pela gola do vestido.

-Por que estavam brigando? - Perguntou entre dentes.

Lola levou suas mãos no braço dele e arregalou os olhos.

-Tae... - Hyuk se aproximou. - Deixe isso quieto...

-Ela começou a me bater do nada. - Ela respondeu. - Ayame está do lado do vô dela, ela nunca amou você Tae... Ela é um deles.

Quando ele foi falar alguma coisa, ouviram tiros, Taehyung soltou Lola bruscamente e apontou sua arma para o lado e atirou, acertou um dos homens de Haruma que tentava acertar Hyuk. Viu seu irmão olhar para o outo lado e atirar contra dois que surgiram de trás de um pilar.

Abaixou a arma e voltou a encarar Lola que tapava seu ouvido assustada.

-Vamos sai daqui. - Hyuk pegou no braço dele.

-Você é desprezível. - Tae falou a ela. - Ayame nunca seria uma deles.

Lola levantou sua cabeça e respirou fundo.

-Está certo. - Ela falou. - Mas ela vai ser, acha mesmo que ela irá abandonar o pai dela para ir com você?

-Cala a boca Lola. - Hyuk exclamou nervoso. - Já não foi o suficiente tudo o que fez?

A garota olhou para ele e sorriu minimamente, era a primeira vez que Hyuk falava com ela depois de seis anos. Não sentia mais nada, mas ainda era doloroso.

-Que bom que sobreviveu. - Ela falou. - É uma pena que não tenhamos nos casado, mesmo eu amando o seu irmão loucamente.

Taehyung fechou seus olhos e olhou para o lado, estava louco para calar a boca dela. Hyuk riu com aquilo e suspirou.

- Eu tenho que agradecer por isso, pena é o que eu iria sentir se ainda amasse você - Falou. - E pode ter certeza, eu não sentiria nada se umas dessas balas acetasse você.

Taehyung notou ele fechar suas mãos em punhos e tremer despercebidamente.

-Eu amo alguém agora. - Ele continuou falando.  - E amo de verdade, e é a primeira vez que sinto isso, então o que eu achava que sentia por você não se compara com o que sinto agora.

Lola arregalou os olhos e prendeu o ar, quando ela ameaçou a falar, Hyuk virou o corpo e saiu andando.

-Vamos Tae, precisamos salvar Ayame e o seu filho. - Falou.

Taehyung sorriu de lado e o acompanhou.

-DESGRAÇADOS! - Ouviram Lola gritar.

Subiram a escada, já deveriam estar no quarto andar. Aquela casa parecia um labirinto, tinha escadas e quartos para todos os lados.

-Vamos daquele lado. - Hyuk falou.

-O que a Lola disse... - Taehyung começou.

-Não me afetou, eu sinto pena é de você por alguém como ela te amar. - Sorriu. - Eu amo a Mei agora, não sabe o medo que eu estou aqui sabendo que ela está por ai.

Taehyung sorriu.

-Sabe...

Quando começou a falar ouviu um barulho estrondoso vir de uma das portas. Os dois param de andar.

-Eu te odeio! - Reconheceram a voz de Ayame.

Taehyung abriu a porta rapidamente e viu Ayame em cima de sua mãe, ela segurava um caco de vidro em sua mão e apertava aquele vidro com tanta força que sangue escorria pelos seus dedos.

-Me mata! - Sakura falou rindo. - Vai! Me mata, eu sei que você quer.

Ayame começou a descer o caco em direção à mãe, ela tremia compulsivamente.

-Para Ayame! - Taehyung exclamou e ela virou o corpo com os olhos arregalados.

-T-Tae...

 


Notas Finais


É isso!!

Espero que tenham gostado!
Comentem o que acharam.

Beijos e até o próximo!
:****


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