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História No Complication - Shikasaku - Almoço


Escrita por: _Cerise

Notas do Autor


Oii, gente!

Primeiramente, me desculpem pelo atraso do capítulo, autora totalmente vergonha da profisson 😔. #shame,shame,shame 🔔🔔🔔

Antes de lerem esse capítulo, dois recadinhos:
1) Já temos fic NejiSaku, o primeiro capítulo já foi postado e em breve teremos o segundo. Está muito fofa. 🥰🥰🥰
2) Teremos one-shots especiais de carnaval 🥳🥳🥳, com aqueles carckshipps que a gente ama. Para quem não é tão fã assim de pular carnaval já vai ter alguma coisa para ler, ou tbm pode ler entre os intervalos dos bloquinhos, haha.

Agora sim: Boa leitura! 💚

Capítulo 13 - Almoço


Fanfic / Fanfiction No Complication - Shikasaku - Almoço

If you wanna come to my place, then

We can talk about the weather

If you wanna come to my house, then

You can meet my parents

If you wanna come to my bedroom

I can be there if you want to

 

Conversar com Akira até que estava interessante, não pela conversa em si, mas pela experiência. Nunca antes tinha permitido que um cara flertasse comigo, sempre que alguém chegava em mim com esse objetivo eu logo cortava. Era divertido ver tudo o que os homens eram capazes de fazer por uma garota. Akira não me parecia muito diferente ou interessante, era apenas um cara comum que estava um pouco bêbado. Era engraçado ver a insistência dele e como ele dizia que eu era a mulher mais linda do mundo.

Apesar dos muitos elogios que ele me fazia, eles não me aqueciam a alma, não eram como os de Shikamaru que eram sinceros e me faziam acreditar que aquilo era mesmo verdade. Akira os fazia apenas para me impressionar e tentar me levar para cama, não era totalmente verdadeiro. Ao contrário do Shikamaru que não tinha intenções obscuras, dava para sentir que ele dizia porque era aquilo que realmente achava. 

Aliás, a comparação com Shika era inevitável, além dele ter sido o primeiro homem com quem tive um envolvimento, preferia mil vezes que fosse ele ali me acompanhando de volta para casa. Como ele estaria? Com certeza muito bem acompanhado. Ele é um homem lindo, charmoso e muito interessante, qualquer garota faria o possível para estar com ele. Não sei dizer o porquê, mas esse pensamento me deixou um pouco incomodada.

Claro que não era ciúmes, tenho certeza, acredito que fosse apenas porque eu preferiria que ele estivesse comigo, era isso, só isso, nada fora do normal. Realmente, vê-lo conversando com aquela mulher me despertou esse mesmo sentimento, de modo que eu mal prestava atenção nos flertes descarados e clichês que Akira dirigia a mim. Mas com certeza isso foi apenas porque era com ele que eu gostaria de conversar.

Além do mais, estávamos cercados dos nossos amigos que poderiam perceber uma maior aproximação entre nós, por isso precisávamos disfarçar. Ino já tinha percebido que poderia estar rolando alguma coisa diferente, então minha melhor saída foi aceitar sua própria sugestão e conversar com o rapaz, mesmo ele não sendo minha primeira opção, aliás, eu sabia muito bem com quem eu queria estar. 

- Bom, eu moro aqui. Muito obrigada pela companhia. Quem sabe a gente não se esbarra por aí. - Disse me despedindo de Akira assim que chegamos em frente ao meu prédio. 

- Ah, é um belo prédio. - Ele estava elogiando meu prédio? Sério? - Podíamos marcar uma alguma coisa para essa semana.

- Eu adoraria, mas infelizmente minha agenda está bem lotada para essa semana. Muito trabalho. - Disse dando um sorriso amarelo. - Até a próxima, estou realmente cansada. - Falei enquanto virava para entrar no meu prédio. Ele se despediu de mim visivelmente frustrado. 

Chegando na porta do meu apartamento sinto um cheiro diferente do habitual, como se os meus pensamentos o tivessem invocado até ali. Sempre que ele fumava durante as nossas reuniões pedia para que o fizesse na varanda, mas o odor sempre se espalhava por todo o apartamento, o que me deixava um pouco brava, mas hoje, pela primeira vez me deixou alegre. Porque aquele cheiro significava que ele estava lá. 

Abri a porta sem conseguir conter o sorriso, e lá estava ele: encostado no parapeito da varanda fumando um cigarro. Provavelmente ele deve ter escalado até lá e ficou me esperando. Assim que percebeu que eu havia chegado apagou o cigarro no parapeito e se virou para mim e eu fui até a varanda.

- Como foi com o cara lá? - Bem direto. 

- Ah… nada demais. Olha, Shika, até concordo que você reclame das mulheres, mas precisa reconhecer que alguns caras realmente são… - Demorei pensando em qual seria a palavra certa. Inconvenientes? Insistentes? Presunçosos? Alguma palavra que junte as três.

- Idiotas? - Assenti, talvez pudéssemos utilizar essa palavra. Apesar do horário o clima estava agradável por isso me sentei em uma das cadeiras que estavam ali e logo em seguida Shika fez o mesmo. - Alguns são bem idiotas mesmo. Aquele lá mesmo era um, dava para ver de longe e a forma como ele te tocava… Como se tivesse alguma intimidade com você. Ino deveria escolher melhor seus pretendentes. 

- Hm. Você teria escolhido melhor?

- Com certeza. 

- Posso saber quem você escolheria então? - Questionei, realmente estava curiosa. 

- Ali não tinha nenhuma opção a sua altura. Nesse caso… 

- A melhor opção seria você? - Apesar de ter dito isso em um tom de provocação, para mim essa era é a verdade, além de ser a minha melhor opção era com quem eu realmente queria estar. 

- Nesse caso, sim. - Ele disse despretensioso. 

- Mas então, o que levou um cara tão precavido a invadir a casa de alguém temida pela sua força física e que tem um pavio muito curto? - Mudei de assunto. Apesar de ficar feliz com a sua presença queria saber o que tinha levado ele até ali.

- Bem, primeiro gostaria de saber como você estava. Você parecia um pouco desconfortável. 

- Achei que ler mentes era especialidade do clã Yamanaka… - Brinquei. - Mas sim,  eu realmente estava um pouco desconfortável. 

- Sakura, eu não preciso ler sua mente para saber o que se passa com você. Eu conheço você e reparo em você o suficiente para saber se você está bem ou não. - Ele me disse olhando nos meus olhos. Ouvir aquilo me deixou feliz de uma forma que até agora não tinha me sentindo. Só havia sentido algo parecido com isso nos meus sonhos quando era mais nova e eu sonhava que Sasuke me correspondia. Era bom saber que eu tinha alguém assim por perto. 

- É… aquilo foi algo realmente um tanto quanto complicado para mim. Talvez eu ainda não esteja preparada para tantas aventuras. - Respondi.

- É só dar um passo de cada vez.

- Tem razão. Mas se esse era o primeiro motivo que te trouxe aqui, qual seria o segundo?

- Ah, esse com certeza é mais complicado… - Apesar da palavra utilizada sabia que ele estava apenas sendo sarcástico. - Minha mãe te convidou para almoçar lá em casa amanhã. Ela disse que seria justo para retribuir todos os jantares que você me ofereceu. Além disso, ela queria falar com você sobre ser voluntária na clínica.

- Um almoço na sua casa amanhã?

- Mas claro que você não precisa ir, eu entenderia perfeitamente. - Ele já estava começando a ficar um pouco nervoso. - É só que ela insistiu tanto e eu pensei que…

- Shika, eu adoraria. - Interrompi assim que percebi que ele estava ficando mais nervoso, ele levantou o olhar e assim que seus olhos se encontraram com os meus, deu um sorriso. Aliás, que sorriso… Sorrindo assim ele podia me chamar para almoçar com qualquer pessoa em qualquer lugar que eu iria sem reclamar. - Aliás, será uma ótima oportunidade para te dar o presente que comprei para você.

- Presente? - Ele me olhou curioso.

- Sim. comprei um presente especial como forma de agradecimento por ter me ajudado tanto com o projeto da clínica.

- E o que é? 

- Hm… só vai saber amanhã, mas acho que você vai gostar bastante.

- Sakura, que graça tem me contar que vai me dar um presente sem me dizer o que é? - Não sabia que ele fazia birra quando era contrariado. Até estava fazendo bico, o que chamava a atenção para sua boca me fazendo querer beijá-lo.

Não que não quisesse antes, desde que o vi chegando no bar essa era a minha vontade. Já que guardaria o presente para amanhã talvez eu poderia dá-lo um presente de consolação…

Me inclinei em sua direção e o beijei, ele imediatamente me correspondeu de forma intensa o que me deixou surpresa, pois parecia que ele estava desejando aquilo tanto quanto eu. Assim que consegui me separar dos seus lábios desci minha boca para o seu pescoço.

- Hoje eu tenho outro presente para você… - Minha primeira ideia de fazer algo novo não tinha dado muito certo, então quem sabe na segunda tentativa eu teria mais sucesso. Ao contrário do que esperava não estava nenhum pouco nervosa para esse momento. Tinha um bom conhecimento teórico e noção do que fazer. - Vem.

Me levantei e peguei sua mão o guiando para a sala, se fizesse aquilo ali alguém poderia ver. Assim que chegamos à sala fechei a porta da varanda e as cortinas. 

- E sobre o presente de hoje, vai me contar o que vai ser? - Ele perguntou malicioso.

- Não… Vou fazer melhor... vou te mostrar. - Respondi apoiando minhas mão em seus ombros e continuei a beijá-lo, ele prontamente correspondeu de forma ainda mais intensa que antes.

Não sei se era apenas impressão minha, mas hoje ele estava mais intenso… com mais desejo. Acredito que assim como eu a falta de contato que tivemos que manter durante a noite apenas aumentou o nosso desejo um pelo  outro. Além disso, nós dois havíamos bebido bastante e, como todos sabem, o álcool tem o poder de intensificar as nossas emoções. 

Suas mãos passeavam por todas as partes do meu corpo, sua boca descia do meu pescoço para o meu colo. Já estávamos ofegantes e completamente entregues ao desejo que sentíamos. Mas eu tinha planos para essa noite, precisava retomar o controle da situação, rapidamente puxei a sua blusa e a joguei no chão. Aproveitei que agora seu abdômen estava desnudo para passar minhas mão ali sentindo seus músculos. Sem dúvida o treinamento ninja o fazia muito bem.

- Shika, hoje a noite é sua… - Sussurrei em seu ouvido, enquanto minha boca ia descendo do seu pescoço para o seu peitoral. 

- Sakura, o que você está plane… - Ele soltou um suspiro assim que soube o que estava prestes a fazer a medida em que minha boca ia descendo cada vez mais pelo seu abdômen. Eu já estava de joelhos à sua frente enquanto começava a desabotoar sua calça olhando fixamente em seus olhos.

- Você é surpreendente… - Ele sussurrou enquanto eu ia tirando sua calça e logo em seguida a cueca que ele estava usando. Seu membro já estava duro por conta dos beijos intensos que havíamos trocado anteriormente.

Era de se esperar que eu estivesse nervosa, mas não. Pelo contrário, eu estava ansiosa para saber o efeito que aquilo poderia causar nele. Mesmo sabendo que provavelmente ele já tivesse vivenciado aquilo várias vezes, nada disso me importava. A única coisa que me importava naquele momento era o prazer que eu poderia causar nele. Apesar da minha inexperiência tudo o que eu precisava fazer era seguir os meus instintos. 

Agora eu não podia e nem queria mais voltar atrás. Comecei passando minha língua ao redor da glande, sabia que aquela era a área mais sensível, e logo pude comprovar isso na prática pelo gemidos baixos, mas intensos que ele deixava escapar. Me demorei um tempo ali para provocá-lo um pouco mais. Mantinha os olhos fixos nele e ele me retribuía com o olhar cheio de luxúria. Nunca pensei que provocar prazer em alguém pudesse ser tão excitante. 

- Você é a mulher mais surpreendente que já conheci na minha vida. - Ele disse entre os gemidos.

Decidi que era a hora de intensificar um pouco as coisas, envolvi toda sua circunferência com minha boca tomando cuidado para que meus dentes não encostassem ali, sabia que isso poderia tornar a  experiência toda bem traumática. Juntei um pouco de saliva na boca para que pudesse iniciar os movimentos de vai e vem sem causar nenhum atrito. Como não consegui colocar toda a sua extensão em minha boca utilizei minha mão para estimular a área que não estava em contato com minha boca. 

Fui intensificando aos poucos os movimentos com a boca e com a mão na medida em que mantinha minha língua estimulando sua glande. Apesar de nunca ter feito isso antes acreditava estar indo bem, pois, seu gemidos  estavam cada vez mais intensos e eu podia perceber o seu membro se enrijecendo cada vez mais. Quando percebi que ele estava quase lá ele mesmo me afastou gentilmente e aparou o líquido que saía com sua ejaculação com a mão. O que foi bom, porque apesar de estar preparada para o momento não saberia muito bem o que fazer nesse momento. Como sempre ele fora gentil e carinhoso. 

- Sakura, isso foi… incrível. Não sabia que você tinha tanto potencial. - Ele disse em um tom de brincadeira. Na verdade, nem eu sabia, tudo o que fiz foi seguir meus instintos. Eu me levantei enquanto ele se dirigiu para o banheiro para limpar sua mão. 

- Eu não me importaria em treinar bastante para ter mais prática.. - Respondi da sala mesmo.  Agora que meu corpo começava a esfriar um pouco podia sentir o sono chegando, tinha aproveitado esse sábado para treinar meu taijutsu e o cansaço começava a se instalar e não pude conter um bocejo. 

- Está cansada, não é? - Shikamaru me perguntou encostado na porta do banheiro. Ele vestia apenas a sua calça e estava sem camisa, mesmo essa visão do paraíso não foi capaz de espantar o meu cansaço, o que significava que eu realmente precisava dormir. 

- Um pouco. 

- Vem, vamos dormir. - Ele disse vindo até mim pegando a minha mão e me levantando. - É por isso que eu não seria nem louco de sair daquele lugar acompanhado por outra mulher, você é simplesmente perfeita. - Ele ajeitou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e deu um beijo gentil na minha testa. 

Não vou mentir, ouvir aquilo dele me deixou feliz, principalmente por saber que eu era a mulher que ele mais queria ter por perto. Saber dessa “exclusividade” me deixou um pouco feliz, porque era recíproco. Ele era o homem o mais interessante que eu conhecia e era o único com quem eu sentia a real vontade de partilhar esses momentos mais íntimos. 

- Você também é o homem que mais gosto de ter por perto, Shika… Não poderia haver outro melhor. 

Ele deu um sorriso convencido e me guiou até o quarto. Ele deitou na cama enquanto eu vestia uma roupa mais confortável, assim que terminei me deitei me aconchegando em seu peito da mesma forma que dormimos na noite passada. Estava começando a gostar dessa “rotina” e intimidade que estávamos desenvolvendo, eu poderia facilmente me adaptar a isso. 

- É bom ter você aqui. - Disse enquanto puxava a coberta para me cobrir. - Boa noite.

- Durma bem. - Ele me deu um beijo inocente na minha testa e logo  adormecemos.

Assim como na última noite ele acordou mais cedo enquanto eu ainda estava meio sonolenta e se despediu de mim dizendo que nos veríamos mais tarde, continuei a dormir e quando deu o meu horário habitual de acordar me levantei e fui estudar alguns prontuários de uns pacientes que havia trago do hospital. 

Quando percebi já estava quase na hora de ir para casa do Shikamaru para o almoço com a mãe dele, me arrumei rapidamente. Antes de ir para lá passei na floricultura para comprar umas flores de presente para ela. Assim que cheguei fui recepcionada calorosamente por Dona Yoshino, ela estava estranhamente animada e empolgada. Segundo ela, Shikamaru estava treinando com Ino e Chouji. Enquanto esperávamos ele voltar fui ajudá-la a preparar o almoço.

- Sakura, você sabe cozinhar? - Ela me questionou. Ah… responder aquilo seria no mínimo constrangedor dado que ela era uma exímia dona de casa. O que ela diria se soubesse que eu praticamente incendiei meu prédio refogando legumes?

- Pra ser sincera, não muito. Mas estou fazendo um curso de culinária e, modéstia à parte, já melhorei bastante. 

- Ah, minha filha, não tem que se preocupar com isso. Você é uma mulher muito ocupada, quando era mais nova passava grande parte do seu tempo treinando e agora, é uma sannin, cuida do hospital e ainda arranjou tempo para uma clínica para tratar criancinhas. - Acredito que ela era fã número um da clínica, até já tinha se oferecido para ser uma das voluntárias. - Cozinhar realmente é uma das últimas prioridades da sua vida. Mas não precisa fazer curso nenhum não, meu amor. Eu posso te ensinar a cozinhar na maior boa vontade do mundo. Um final de semana aqui comigo e te ensino a fazer todos os pratos favoritos do Shikamaru. - Peraí, o quê?

- Ah… Seria muito legal aprender com a senhora. Sua comida é muito boa. Inclusive, esse cheiro está muito melhor do que os pratos que a minha professora faz. - Respondi sem graça. 

Antes que ela pudesse dizer mais uma coisa que pudesse me deixar em apuros. Ouvimos um barulho na porta, era Shikamaru que acabara de chegar. Ele foi até a cozinha e me cumprimentou com um abraço.

- Me desculpa qualquer loucura que minha mãe tenha te dito. Apenas releve. - Ele disse ao meu ouvido.

- Ah, Shikamaru! A Sakura não é como você. Ela respeita a experiência dos mais velhos, ouve conselhos… É uma garota assim que eu queria na família. - Disse dona Yoshino, e na hora pude ver o rosto de Shikamaru mudar. Ele claramente estava envergonhado pelos comentários da mãe. Eu já estava muito acostumada com esse tipo de coisa, afinal Dona Mebuki e o senhor Kizashi não ficavam nenhum pouco atrás. Na verdade, era até pior, então eu apenas relevava. 

- Mãe! - Shikamaru a repreendeu.

- Eu só quis dizer que se eu tivesse tido uma filha menina eu gostaria que fosse como a Sakura. - Ela se explicou. - Mas já que isso não pode acontecer mais, bem que você podia…

- Vou banhar! - Shikamaru a interrompeu para que ela não continuasse aquele absurdo. - Já eu volto para almoçar com vocês. - Logo em seguida ele subiu as escadas para fazer  o que tinha dito. 

- Não repare no Shikamaru, Sakura. É só ouvir alguma coisa relacionada a relacionamentos ou algo do tipo que ele fica todo perturbado daquele jeito. Não entendo como um cara tão responsável como ele pode ser tão infantil para algumas coisas. - Ela desabafou. 

- Bem, talvez ele ainda não esteja pronto para dar esse passo. Mas é uma questão de tempo, Dona Yoshino. - Tentei confortá-la.

- Sakura, meu amor, e quando é que a gente está pronto para alguma coisa nessa vida? A gente nunca está, vamos vivendo e aprendendo, é isso. Ninguém está pronto para um relacionamento até que encontra uma pessoa que faz você querer ficar o máximo de tempo possível com ela, que faz você fazer planos com ela, que você quer ao seu lado para realizar seus sonhos e para viver sua vida. Quando você vê, essa pessoa se torna seu melhor amigo, seu companheiro, aquele com quem você gostaria de formar uma família. - Apesar das loucuras, deveria reconhecer que Dona Yoshino era de fato uma mulher sábia, eu também gostaria de ter isso em minha vida. - Agora, me diz, você precisa estar pronta para isso? Claro que não! É uma questão de querer, de saber que vale a pena tentar e se esforçar. É claro que um casamento tem seus desafios, mas tudo vale a pena, você enfrenta cada problema com o melhor companheiro ao seu lado. A vida fica mais leve e feliz. Eu não quero que Shikamaru se case só pelo clã, claro que um líder casado tem mais credibilidade e a mulher pode ajudá-lo sempre que necessário. Eu só quero que ele seja feliz e que ele tenha alguém ao seu lado que possa contar. Tudo o que uma mãe quer é a felicidade dos filhos, embora eles sejam teimosos e não reconheçam.

Ela tinha razão em suas palavras e agora eu entendia. Aquilo fazia sentido para mim. A vida era muito melhor quando se tinha alguém, obviamente que poderíamos ser felizes sozinhos, mas tinha um bocado de coisas que só fariam sentido se tivéssemos alguém ao nosso lado.

- A senhora tem toda razão. - Respondi.

- Agora me diz, como meu filho vai conhecer essa pessoa se ele não dá uma chance para nenhuma mulher? Vive dizendo que todas são problemáticas.

- A senhora está certa, às vezes só precisamos dar uma chance para que as pessoas se aproximem para que possamos ver o quão incrível elas podem ser.

- Você é muito esperta, Sakura, por isso vai tão longe. - Ela comentou, era perceptível que ela gostava de mim. - Mas me diga, você pensa em se casar?

- Eu estaria mentindo se dissesse que não gostaria de me casar e ter uma família, filhos… Mas não sei se isso seria possível. Não sei se encontrarei a pessoa certa…

- Ah, minha filha, às vezes você até já encontrou, só precisar abrir esses lindos olhinhos verdes e reparar um pouco mais. - Será? - Me ajuda a colocar a mesa?

Ajudei ela a colocar a mesa e assim que terminamos o Shika já havia descido, ao contrário dos últimos momentos o almoço foi tranquilo, conversamos sobre a clínica já que ela estava muito animada em ajudar a crianças. Assim que terminamos ela disse que precisava sair para visitar uma prima e deixou eu e o Shika encarregado da louça, já estávamos quase terminando.

- Ela te amolou muito? - Shika me perguntou.

- Ah, não se preocupe. Já estou acostumada com a Dona Mebuki. - Disse enquanto guardava a última louça. - Podemos ir até a sala? Guardei o seu presente lá. 

- Vamos! Já estou curioso para saber o que é. 

Nos dirigimos até a sala, peguei o embrulho e entreguei para ele. 

- Shika, muito obrigada por me ajudar a realizar o meu sonho e mais do que isso, obrigada por me fazer feliz como em tempos eu não estava sendo. Desde que você se aproximou, minha vida é bem melhor, obrigada. - Ele fez uma expressão grata e logo começou a abrir o embrulho. 

Era um tabuleiro de Shogi personalizado. Pedi para que o fizessem com o melhor material possível e que gravassem o símbolo do clã Nara nas laterais, bem como o desenho de alguns cervos que, de certa forma, também são o símbolo do clã. Além disso, também pedi para que cravassem algumas pedras similares aos brincos que o Asuma-sensei deu para o time 10. Shika olhava o tabuleiro atento como se admirasse cada detalhe, ele parecia ter gostado. Quando vi seus olhos estavam ficando marejados.

- É lindo, Sakura… Cada detalhe, é perfeito… Eu adorava jogar com meu pai e o Asuma-sensei. Sinto falta deles às vezes… - Vi uma lágrima escorrendo de seu rosto, não havia muito o que eu poderia dizer. Apenas o abracei para que ele soubesse que não estava sozinho. Ficamos um tempo naquele abraço, quando percebi que ele já estava melhor resolvi propor outra coisa.

- Você quer jogar? Com certeza não sou tão boa como eles, mas acho que posso te entreter um pouquinho. 

- Sakura, minha mãe me ensinou que não devemos bater em mulheres. Jogar contra você seria quase tão humilhante como um agressão. - Debochado...

- Como é?! - Disse pegando o tabuleiro e levando até uma mesa. - Vamos ver quem vai ser humilhado!

Ele me levou até o jardim e começamos a jogar, obviamente eu de fato fui humilhada, era a especialidade dele. Mas claro que eu não deixaria as coisas assim e propus que ele me enfrentasse em uma luta. 

- Eu que não vou aceitar um desafio desses. Tenho amor a minha vida. Sua mãe não te ensinou a tratar bem os amigos? - Medroso.

- Prometo pegar leve, até porque não posso estragar o jardim da sua mãe. Vamos, por favor…

- Está bem, mas não me mate. Nem podemos estragar o jardim da minha mãe senão ela mesma vai me matar. 

Logo começamos a luta, enrolei um tempinho para que ficasse mais divertido, mas não demorou muito até que eu conseguisse derrubá-lo no chão. 

- Contente? - Ele disse caído no chão enquanto eu estava em cima dele. - Agora vem aqui.- Ele disse me puxando de modo que nós dois ficássemos deitado na grama e eu com a cabeça apoiada em seu peito. - Sakura, eu também tenho que te agradecer, minha vida é muito melhor desde que você está nela. É bom saber que eu tenho uma mulher tão incrível assim por perto. 

Eu já havia aprendido que as palavras do Shika tinha um efeito diferente em mim e dessa vez não foi diferente. Não respondi, apenas o beijei, ele correspondeu e continuamos  ali naquele momento em que apenas nós importava. Era como se qualquer outro problema não existisse mais, como se não houvesse outro lugar no mundo em que gostaríamos de estar. De repente, senti pequenas gotas de água contra minha pele. Ah, as chuvas de verão de Konoha… Mas nem eu e nem ele pareceu se importar, apenas continuamos ali naquele momento mágico. 

Quando o fôlego começou a nos faltar, ele se afastou.

- Droga! Agora estamos ensopados! Vem, vamos pular até a janela do meu quarto, se molharmos a casa estaremos encrencados. - Ele disse me levantando e mostrando a janela do seu quarto. Logo pulamos e entramos no quarto. 

- Você precisa tomar um banho quente, te empresto uma blusa minha até que minha mãe volte e possa te emprestar algo decente. - Ele apontou o banheiro e não sei porquê apenas uma proposta veio em minha mente...

- Vem comigo. - Disse tímida. Na hora ele deu um sorriso enorme e me ajudou a tirar minhas roupas. 

- Acho que em toda minha vida eu não poderia ter recebido um convite melhor.

Talvez, só talvez, eu estivesse começando a gostar do Shika mais do que eu esperava…

It's raining

Ooh, baby, it's raining

You can always come into me

Come into me

 


Notas Finais


E aí, amores? O que acharam do almoço na casa da "sogra"? Alguém ia querer uma dessas?

Link da fic NejiSaku: https://www.spiritfanfiction.com/historia/doce-recomeco-nejisaku-18566601

Espero que tenham gostado, muito obrigada pela leitura! 💚


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