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História NO EXIT - Imagine Jooheon(Monsta X) - Capítulo 4


Escrita por: EuSouMonbebe

Notas do Autor


Oii ❤
Boa leitura❤

Capítulo 4 - Capítulo 4


Fanfic / Fanfiction NO EXIT - Imagine Jooheon(Monsta X) - Capítulo 4

Desci correndo as escadas, quase tropeçando, não querendo perder a presença deles e ficar sozinha. Estavam no outro lado do campus. Um pouco longe demais. Juntos, conversando. Acho que era um alarme falso, nada de interessante. Comecei a andar e fingir mexer em algo no meu celular. Poderia, talvez, fazer finalmente amizades diferentes. "Você é mesmo louca. Você vai morrer desse jeito.... Para de arrumar encrenca, S/n", meu subconsciente não parava de repetir isso.

"Pra quê tanta agitação com garotos hoje, hein? O combinado era só andar um pouco, sentir o frio da noite e só, depois voltamos"

Coloquei o celular na orelha e comecei a falar em português, fingindo estar conversando com alguém. Botei uma das mãos no bolso e andei chegando próximo de onde estavam. Minha ideia era só passar na frente pra ver se escutava alguma coisa, mas não muito perto. E foi isso que eu fiz. Olhando para baixo, me despedi de "alguém" que eu falava. Eu não escutei nada, eles pararam de falar assim que eu passei na frente. Queria muito escutar alguma coisa, pelo menos a voz de algum deles. 

Não sei porque eles chamaram tanto minha atenção. Pareciam com os garotos da cafeteria, eram muito misteriosos e bateu uma vontade de desvendá-los. Mas, também possa ser que não exista esse tal de "mistérios", eles podem ser um grupo de amigos super normais que acabaram de voltar de algum lugar. Pensei até em dar um Oi ou Boa Noite quando passei por educação, só que ninguém faz isso de madrugada, até uma doida como eu.

A gravidade do que eu estava fazendo veio como um tapa na cara. Aquilo era muito perigoso, senti o medo subir pelas minhas pernas. 

Só uma pequena caminhada. Uma ligeira caminhada. 

Dei uma olhada rápida para eles, não dava para reconhecer e nem memorizar o rosto de nenhum deles, a máscara cobria a metade do rosto, deixando só os olhos a mostra. Percebi que tinham olhos cravados em mim, causando uma corrida de calafrio pelas minhas costas, considerei aquilo como convite de dar o fora dali.

Com as mãos no bolso do moletom, eu dava passos rápidos para bem longe deles. Quando senti que estava distante o bastante, acalmei meu peito ofegante. Sete homens, e estou suspeitando que eles sejam os mesmos caras que vi enquanto estava na Starbucks. 

Eu estava perdida nos pensamentos até perceber que estava na rua também. DE NOVO. Por causa do que? Da droga dos meus pensamentos. Olhei para trás, para os lados, ninguém estava na rua, só eu. Peguei meu celular e vi a minha localização, eu havia andado três ruas sem parar. "Como é que um ser humano faz isso?", resmunguei. Eu nunca mais farei isso novamente, nunca mais.

"Foi uma fucking péssima ideia mesmo", pensei enquanto soltava um grande suspiro.

Parei de novo. Dessa vez, mais assustada que antes. Alguém começou a tossir inesperadamente acabando com o silêncio da noite serena. Eu nunca tinha escutado uma tosse como aquela, juntamente com outros sons que eu não estava conseguindo identificar. Parecia estar com dor. Aquele barulho fez minhas pernas tremerem, quase desfalecendo. Pensei que ia ter um ataque do coração ali mesmo.

Som de dor. 

 Ai, Senhor! O que faço? Saio correndo?

Estava ficando perto. Muito perto. Eu não podia ignorar se alguém estivesse machucado ou ferido gravemente. Eu sou uma futura médica, pelo amor de Deus! 

Tomei coragem e andei mais um pouco, tentando seguir o som. Tinha uma rua estreita, como um beco à minha esquerda(capa), atravessei a rua e lá estava, com olhos de sofrimento. Sentado no chão, cuspindo sangue, com uma mão pousando em cima da barriga. Coloquei a mão na boca assustada e desesperada.

- Meu Deus! Meu Deus! - chacoalhei as mãos de nervosismo. Depois as levei a testa. Comecei a surtar sem saber o que fazer. Me agachei ao seu lado, tentando ajudá-lo - O que aconteceu com você? - disse enquanto o observava. Ele não respondeu. - Vou chamar ajuda! - balbuciei prestes a ficar de pé e discar o número da emergência. O homem negou desesperadamente com a cabeça, fazendo sinal para eu me afastar dele. Ele estava sentindo muita agonia e tossia exasperadamente. - Você está muito gelado. - toquei em seu braço. Aquilo pareceu bem estranho para mim. Fitei seu rosto olhando o estrago que alguém tinha feito com socos e pancadas. Eu não sabia o que dizer. - Quer meu moletom? - falei com a voz atrapalhada e preocupada sem saber o que fazer, comecei a tirar meu moletom mas ele me parou. Eu estava com uma blusa por baixo, já ele, estava horrível, todo molhado de alguma coisa que eu não consegui identificar por conta da falta de luz, minhas mãos se sujaram quando o toquei. 

- Tem certeza? - perguntei mais um vez. Ele assentiu enquanto tossia sem passar. Esse cara é doido! Eu querendo ajudar e ele negando tudo! Mas, eu precisava ajudá-lo, de qualquer maneira. - Eu não posso deixá-lo aqui. Está com ferimentos, preciso levá-lo ao hospital agora mesmo.

- Sem hospital! - ele se esforçou para falar. Respirei fundo procurando uma solução. Tentei examinar seu estado, mas estava muito difícil. Ele era extremamente complicado de lidar. 

- Quer ajuda para levantar? - ele confirmou, finalmente alguma coisa. Peguei seu braço colocando por cima do meu ombro, segurei-o pela cintura. Contei até três e com toda minha força levantamos, ele berrou de dor. Olhei para seu rosto identificando algumas lágrimas sofridas. 

- Posso levá-lo em casa, se quiser. - perguntei vendo os olhos dele percorrerem por todo local. Tinha alguma coisa errada. O coração dele disparou. Se apressou para tirar o braço de cima de mim. Ué, ele não queria mais a minha ajuda?!

- Consigo sozinho - fez força para falar. Seus olhos angustiados corriam pela rua procurando por alguma coisa. - Vá para casa... C-correndo e não olhe para trás. Se ver alguém... L-ligue para polícia e tome muito cuidado - sua voz era aflita. Com suas únicas forças restantes me empurrou para eu ir logo. O medo todo que ele sentia estava começando a se instalar em mim. 

- Do que você está falando? - falei querendo entender logo sua aflição.

- Vá! - deu as costas para mim. Deu dois passos sozinho, no terceiro ele se desequilibrou e por sorte, não bateu com o rosto na parede. Tentou mais uma vez sair do lugar mal iluminado e úmido, suas tentativas eram falhas. Peguei o braço dele sem me importar com a opinião alheia e o ajudei contra a sua vontade.

- Eu vou levá-lo para o hospital, você querendo ou não! - falei com raiva de sua teimosia. Ele começou a se desesperar do nada e a se debater para eu soltá-lo - Pare com isso, pelo amor de Deus!

- C-corra! - ele tentou dizer o mais alto que pôde. 

- O que disse? - Estava sentindo o tempo curto que tinha para as respostas se diminuirem cada vez mais. Um vulto apareceu de repente, me pegando brutalmente pelos ombros e me jogando contra a parede, me prendendo com força, o homem caiu com fúria no chão. Minhas costas esfregaram na parede grossa de cimento. Não consegui segurar o grito com o impacto.

- Eu disse que ia aparecer o resto do bando dele. - outro homem entrou no beco dizendo, depois apareceu outro e mais outro. Eram os sete garotos do campus.

- Não. Essa é garota que nós vimos agora pouco. - disse o que me prendeu na parede, com grosseria. - Por que você estava ajudando ele? VOCÊ ESTÁ COM ELE? - ele gritou comigo enfurecido - ME RESPONDA!! - as palavras dele vieram como tapas no meu rosto, fazendo minhas pernas tremerem. Eu nunca tinha sentido tanto medo em toda a minha vida.

- EU NEM CONHEÇO ELE!! ME SOLTA!! - me debati pra ter alguma chance de me soltar mas foi em vão. Seus dedos apertavam sem dó nenhuma o meu braço. Alguns dos outros começaram a chutar o abdômen do que estava no chão lutando para conseguir respirar - PAREM DE BATER NELE! ELE NEM CONSEGUE ANDAR DIREITO! - ele olhou finalmente para mim, deitado no chão, quase morrendo. Me encarou com olhos suplicantes, ele queria que eu o ajudasse, senti isso mas eu não conseguia. O sangue escorria pelo nariz se misturando com o que saia pela boca.

Me debati mais ainda, tentando me soltar. Eles estavam se divertindo vendo meu desespero.

- Por que estão fazendo isso com ele? - minha voz embargou no final. Estava a ponto desabar em lágrimas. O homem que estava me segurando riu. - Isso não tem GRAÇA NENHUMA! - gritei. Ele parou de rir e encarou meus olhos, me fazendo arrepiar. Me arrependi no mesmo momento de ter gritado. Encarei-o de volta ignorando todo medo e toda rejeição que meu corpo queria fazer contra esse ato. - Você ainda não respondeu minha pergunta... - fitei fortemente seus olhos - Por que? - disse o mais rude que pude e tentei não se sentir culpada por aquilo, não era do meu feitio falar daquela forma. Ele bufou irônico, quase rindo da minha pergunta de novo. Senti meus braços apertarem cada vez mais, ardia e ardia, com certeza iria ficar uma marca roxa nos dois.

Não me rebaixei, manti a postura firme, tentando ignorar a dor. Ficava cada vez mais difícil ignorar.

- Isso não é da sua conta! Mas se lhe serve de consolo... - ele falou baixo pesadamente - ...É isso que vai acontecer com você se não tomar cuidado... Então é melhor você ficar bem quietinha na sua. - Ele me soltou com brutalidade. Com toda força que tinha me restado, o empurrei quando deu as costas e tentei fugir. Na mesma hora, o ódio tomou conta do seu corpo e quis se vingar, ele me puxou pelo moletom e me empurrou com muito mais força na parede, um grito abafado de dor saiu pelos meus lábios sem permissão. Os outros o seguraram vendo que tudo aquilo estava indo longe demais. 

- Deixe-a fora disso. Ela não tem nada a ver com o que vinhemos fazer aqui...

- Sua idiota! VOCÊ ACHA QUE SÓ PORQUE É MULHER EU VOU TE POUPAR? 

- Não vai adiantar você me intimidar porque EU NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ - menti, eu estava apavorada. Tremendo muito.

- Você vai se arrepender muito por ter dito isso, garota...

- EU NÃO ESTOU DANDO A MÍNIMA PARA O QUE VOCÊ VAI FAZER COMIGO!! - ele riu sarcástico, sabia que aquilo era mentira. Olhei para o homem que estava morto no chão. Aquela cena ia ficar na minha cabeça por bastante tempo. O que ele tinha feito pra merecer isso? 

Ele aproximou sua mão rapidamente e arrancou a máscara do meu rosto. Mesmo sua feição estando debaixo da máscara quando me viu por completa notei a expressão mudar, ficando paralisado, sem dizer mais nada. Eu não tinha entendido.

Joguei um olhar desafiador e dei as costas, começando a andar para fora do lugar sangrento.

- Foram poucos que saíram impune. Se você contar alguma coisa do que viu não vai ter segunda chance. - um deles falou, dando o aviso. Fingi ignorar, mas guardei aquele aviso mais que tudo. - E saberemos se contar. 

Sai de lá com passos firmes. Não queria deixar nenhum deles suspeitando de mim. Minha vida estava em jogo. Peguei a localização e fui. Eu não podia de jeito nenhum saber nada sobre eles, nem suas aparências, nem seus nomes. Quanto menos melhor. 

Senti meu moletom molhar. Alguns pigos de chuva caíram no meu rosto. Começou a chover. Merda! Por que logo agora?? Grrrr

Comecei a ficar molhada e preocupada por causa do meu celular. Enfiei ele dentro da calça para não molhar muito e tentei procurar o campus sozinha. Agora conseguia ver nitidamente o que tinha nas minhas mãos sujas, a chuva bateu gota por gota, limpando o sangue que não era meu. 

Meu braço estava doendo, na verdade estava cheia de dor, molhada e cansada, mas não comparada a vida que tentei salvar. Ter saído de casa foi um erro. Essa noite foi um erro. 

- S/n? - me virei, sem acreditar nem um pouco no que via. O meu nome, era tudo que eu precisava escutar agora. 

 

 

 

 

 

 

 "........ a sorte nunca está ao nosso favor......"

- Jogos Vorazes

 


Notas Finais


Eu não tenho certeza se tenha ficado bom mesmo, eu escrevi esse capítulo muitas vezes com medo de vocês não gostarem. Me digam se está mesmo legal tá bom??❤❤❤


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