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História No game, no life. - Target


Escrita por: Luna_Moon

Notas do Autor


BOA LEITURA MEUS AMORECOS ♥

Capítulo 25 - Target


01 de Julho de 2015. Paris, França.

 

Sakura pov’s

 

Era minha primeira vez visitando a capital francesa e o clima estava gostoso, não muito quente e nem muito frio, criando assim o clima perfeito para mim. Dessa vez eu estava em uma missão completamente atípica, Tsunade havia me enviado para resolver algum problema lá existente, problema qual não era grande e que mesmo assim ela não poderia ir resolver. Sem muita alternativa, lá estava eu caminhando para a suposta CORPU’s francesa e assim que entrei já havia uma mulher na recepção, a loira alta e esbelta tinha um sorriso caloroso ao vir me cumprimentar.

- Oi, meu nome é Louise, sou a secretária responsável por manter Tsunade informada.

- Prazer, sou Sakura. – Respondi apertando sua mão e por alguma razão eu havia me identificado com ela instantaneamente. – E qual seria o tal “problema”?

- É na unidade de experimentos. – Disse ela me guiando ao adentrar no elevador e descer até o subterrâneo. – Nossos cientistas criaram algo e agora eles não conseguem controlar.

- Entendi. – Disse e então dei um risinho. – Bom, pelo menos eu acho que estou entendendo.

- Assim que chegarmos você vai entender completamente, será mais fácil quando você ver. – Disse ela com um riso tímido.

Assentindo deixei com que ela me mostrasse o que queria antes de voltar a perguntar algo a respeito. Após uma tediosa caminhada pelos longos e completamente brancos corredores, Louise finalmente parou em uma porta e passou um cartão magnético que havia atrás do seu crachá.

Suavemente a porta deslizou para o lado e imediatamente quando entramos quatro das cinco cabeças que estavam lá dentro viraram em nossa direção. O homem que até então não virou para trás, segurava um bastão de choque enquanto cutucava com violência um filhote no chão, o obrigando a recuar e a se sentar a força junto com os demais filhotes.

- Mas o que é isso? – Perguntei enquanto me dirigia ate aquele homem. – O que pensa que esta fazendo?

- Se afaste é perigoso garota! – Disse o homem me empurrando, e com um olhar prometi a si que quebraria sua mão caso ele me empurrasse novamente.

- Acalmem-se vocês dois. – Interferiu Louise. – Dr. Parkson essa é a representante que Tsunade enviou em seu lugar.

- Perfeito, porque precisamos dar um jeito nesses monstros. – Disse o Dr. ao puxar seu braço de mim.

- Ótimo momento para alguém me explicar o que esta acontecendo. – Pedi enquanto cerrava o maxilar sem desviar os olhos do homem a minha frente.

- Esses demônios são o resultado do nosso experimento. – Começou o Dr. enquanto voltava a ativar o bastão de choque contra o mesmo filhote quando este se levantou. – Eles eram para ser nossos “Cachorros de caça”, projetados para darem a vida e serem ótimos parceiros para os agentes, mas, no entanto, eles são indomáveis e completamente agressivos. As três matrizes que utilizamos para projetar esses filhotes precisaram ser sacrificadas e então separamos os filhotes à medida que eles passaram a ficar violentos.

- Eles não me parecem agressivos. – Disse em contra partida. – Você é quem esta os obrigando a serem agressivos matando as mães deles e usando bastão de choque para controla-los.

- Não usamos violência no inicio, só a usamos quando eles se demonstraram violentos. – Rebateu. – Não venha até aqui nos julgar como monstros quando não sabe da história que nos levou a adotar tal medida.

- Maravilha, então me conte. – Disse em desafio.

- Já estamos trabalhando com esse tipo de unidade experimental já há anos e sempre foi assim, descartávamos as matrizes e tentávamos controlar os filhotes experimentais para que mostrassem eficiência, porém até hoje nenhuma das unidades experimentais anteriores atendeu nossas expectativas.

- E o que vocês fizeram?

- Descartamos, horas! – Respondeu como se fosse à coisa mais óbvia do planeta, e nesse momento eu queria era “descartar” ele. – De qualquer forma, resolvemos fazer um último teste, e então eles surgiram. Inicialmente controla-los foi fácil, mas à medida que cresceram eles passaram a atacar ocasionalmente nossa própria equipe, tanto os filhotes como as matrizes, mas de uns dias para cá os ataques ficaram mais fortes e mais frequentes.

- Uma dos nossos membros teve que levar 50 pontos na perna por causa de um dos ataques, não apenas ela como vários outros membros da equipe já sofreram pelo menos um ataque. – Disse uma garota ali presente. – Principalmente deste ai, ele é terrível!

Como se entendesse completamente o que falávamos o filhote que até então levava choque quando entrei avançou em uma corrida desajeitava e abocanhou o tornozelo do Dr. Parkinson. Com um grito de dor ele usou o mesmo bastão de choque para afasta-lo, grunhindo não hesitei em me por entre eles.

- Eles só são assim, porque vocês os criaram para isso. – Rebati.

- Eles são indomáveis, não tem como mantê-los vivos. – Disse o Dr. levemente agachado ao segurar o local ferido. – Solicitamos a presença da Tsunade para que ela autorizasse a execução deles.

- Não! – Disse adquirindo uma posição de defesa segurando o bastão quando ele voltou a erguê-lo para acertar novamente o filhote que o havia mordido. – Não vou permitir que você os matem.

- Você é idiota? – Questionou ao puxar o bastão de mim e recuar. E talvez eu fosse mesmo idiota, agindo por instinto me ajoelhei sobre um dos joelhos e encarei aquela bola de pelos brancos que rosnava para mim. Suavemente estendi a mão direita para tocá-lo em uma tentativa de lhe fazer carinho, porém ele não perdeu tempo em abocanhar minha mão. A dor e o choque me fizeram trincar os dentes, mas não revidei e aceitei a dor, permitindo-o que ele me mordesse o quanto quisesse.

- Eu não vou te machucar. – Sussurrei baixo o suficiente que apenas ele me escutasse, e como se me entendesse ele soltou minha mão e a lambeu antes de baixar as orelhas. Ignorei o sangue que escorria pelos meus dedos e anunciei minha decisão. – Nenhum desses filhotes irá morrer. Entendido?

- Mas...

- Sem mais nem menos, essa é a minha ordem como responsável. Irei arrumar um local para todos eles, mas até lá se eu desconfiar que algum deles morreu, a cada morte desses filhotes será um da sua equipe que virei matar, começando por você. – Disse em uma promessa ao me aproximar de si de forma que ficássemos um palmo de distancia um do outro. – Estamos entendidos?

- Sim. – Disse ele por fim enquanto engolia em seco.

- Louise, ligue por gentileza para Shizune e peça para ela me retornar daqui a uma hora, preciso ligar para outra pessoa nesse momento. – Pedi para loira que talvez tirando um pouco daquele ar de surpresa pela minha atitude ainda se manteve calma. Dando aquele assunto por encerrado voltei para o final da sala e com cuidado peguei aquele filhote e o ergui do chão, o encarando diretamente nos olhos da mesma forma que aqueles olhos completamente negros como a meia noite me encaravam. E dessa maneira eu tive a certeza que ele me entendia. – A partir de hoje seu nome é Midnight, e da mesma forma que você é meu, eu sou sua.

[...]

 

24 de Junho de 2020. Long Beach, Califórnia.

 

Sakura pov’s

 

Sasuke dirigia pensativo enquanto eu olhava aquela montoeira de papeis com o relatório, reunindo informações sobre esse Visard encontrado. Eu não conseguia olhar diretamente para o Uchiha por causa dos seus óculos de sol, mas sabia que ele estava preocupado só pela forma que suas sobrancelhas estavam unidas.

- Com o que você esta preocupado? – Perguntei.

- Com tudo. – Respondeu de forma sincera. – Tem umas trezentas armas escondidas em um fundo falso no porta malas e um cara para caçar que provavelmente irá morrer.

Mesmo eu não dizendo em nenhum momento que iria executar esse possível Visard, Sasuke sabia que meu desejo para erradicar esse grupo não iria permitir que essa pessoa saísse viva, e ele, bom, ele provavelmente teria que assistir aquilo. Sem saber como confortá-lo, permaneci em silêncio e deixei minha mente divagar para qualquer outro assunto, mas, no entanto, minha mente ainda voltava para o moreno, tanto em preocupação consigo quanto por compaixão. Ele não escolheu fazer parte disso, mas agora ele não tinha como voltar a trás. Suspirei.

Assim que entramos na cidade, guardei os papeis na minha mochila. Talvez por uma grande sorte ou talvez por interferência divina, a pessoa que conseguiu ver esse Visard e coletar informações preciosas como sua identidade merecia mais do que um prêmio, merecia claramente uma promoção.

Enquanto Sasuke seguia dirigindo direto para o hotel segundo as indicações do GPS, segui o resto do caminho repassando em minha mente todos os principais detalhes, como seu nome e seu rosto, de resto, apenas deixei que meus pensamentos me levassem para a região mais sombria do meu cérebro e passei a calcular meticulosamente as formas de execução.

 

Sasuke pov’s

 

O dia não estava insuportavelmente quente, mas mesmo assim o suor descia continuadamente pelas minhas costas. Eu realmente queria estar levando tudo isso de uma forma mais tranquila, sabia que no final eu não teria que matar ninguém, mas mesmo assim a pressão de saber que estava em uma missão era algo um tanto quanto apavorante.

Assim que estacionei o carro senti a mão de Sakura vir de encontro ao meu antebraço, e quando olhei para si encontrei em seus olhos um misto de preocupação e compaixão.

- Eu não pertenço a esse mundo Sakura.

- Eu sei, mas eu te fiz uma promessa. Não deixarei que você morra. – Respondeu suavemente ao me dar um tapinha no ombro antes de sair para a calçada enquanto o recepcionista dava a volta para pegar a chave do carro e o levar até o estacionamento.

 Assim que subimos para nosso quarto de hotel, não pude evitar de me jogar em minha cama e alongar o corpo, principalmente o pé do acelerador onde alguns músculos ali protestavam de dor ao serem alongados. Sentada em sua própria cama a rosada apenas conferiu uma última coisa nas inúmeras folhas guardadas na pasta, antes de se levantar e caminhar para a varanda do hotel.

- Qual é o plano? – Perguntei.

- Ele trabalha como gerente em uma loja de eventos no Shopping. – Respondeu enquanto apontava para o grande shopping da cidade. – Pretendo ir lá.

- Agora? – Perguntei enquanto voltava a me levantar e olhava pela varanda também, aproveitando para receber um pouco do ar fresco.

- Quanto mais cedo terminarmos com isso, mais cedo poderemos voltar para casa.

- Por enquanto é só fazer o reconhecimento? – Perguntei.

- Essa é uma pequena parcela do plano. – Disse ela antes de se virar para mim.

- Tsc, e qual é o plano principal?

- Almoçar. – Respondeu enquanto sorria de forma tímida ao colocar as mãos sobre o estômago. – Estou morrendo de fome.

 

***

 

Um pouco mais confortável agradeci aos céus pelo shopping ser completamente arejado. Já era quase duas horas da tarde quando almoçamos e fingindo passear pelo shopping olhamos andar por andar e loja por loja. Até o momento poderíamos muito bem perguntar pela loja de eventos que procurávamos para algum segurança ou faxineira que trabalhava no local, porém a rosada não quis arriscar nada e preferiu que procurássemos sozinhos.

- Tem certeza que é nesse shopping? – Perguntei pela segunda vez. – Poderia muito bem ser em qualquer filial e em qualquer outro shopping.

- Sasuke eu sei tanto quanto você. – Respondeu. – Bom, a informação era que ele trabalhava nessa loja e nesse shopping.

- Às vezes a informação pode ser falha. – Tentei argumentar.

- Não na CORPU’s, acredito fielmente que ele esteja em algum lugar por aqui. – Disse ela e no instante seguinte saiu na minha frente, me deixando para trás. Soltando um grunhido quase a mandei tomar naquele lugar quando a vi parar para comprar sorvete. Caminhando atrás de si acabei me chocando acidentalmente com uma mulher e acabei por derrubar sua bolsa, pegando-a do chão murmurei uma desculpa e voltei a caminhar, no entanto logo mais a frente a noroeste eu vi o alvo parado na porta de uma loja enquanto olhava fixamente e com curiosidade para o centro do pátio, segui seu olhar e cai de encontro a Sakura, por sorte a rosada estava de costas para si, mas uma premonição, um sentimento ruim se abateu contra mim, e caminhando mais rapidamente a alcancei no exato momento em que seu rosto virou para trás, seguindo o impulso fiz a primeira coisa que me passou pela cabeça ao lançar minha própria cabeça na frente da sua e unir meus lábios aos seus.

Choque e surpresa percorreu seu corpo à medida que involuntariamente seus olhos se fecharam e seus cílios roçaram a maçã do meu rosto, me causando uma leve cosquinha no local. Os lábios da rosada estavam gelados e com um sabor doce de baunilha, depois de uns dez segundos, soltei sua nuca e ambos nos separamos ao mesmo tempo. Colei minha testa na sua e impedi que ela se afastasse completamente.

 - Não pergunta nada, apenas me segue. – Disse e peguei um dos sorvetes de sua mão, enlaçando-a pela cintura antes de sairmos dali sem olhar para trás e o mais discreto que conseguimos.

 

Sakura pov’s

 

Assim que pegamos o elevador, Sasuke não hesitou em apertar o botão do último andar do shopping, o mais longe daquele andar que poderíamos ficar. Finalmente sozinhos virei de frente para si o encarando com curiosidade quando ele apenas se escorou e jogou a cabeça para trás, apoiando-a contra a parede metálica do elevador.

- Da próxima vez podia avisar antes. – Disse franzindo o cenho enquanto tentava não enrubescer. – Quase não deu tempo de fechar a boca.

- Sem problema, podia ser de língua também. – Respondeu dando de ombros enquanto me lançava uma piscadela antes de dar um sorriso de canto, e ao contrário do que eu mesma esperava de mim, dei risada.

- Por que você me beijou e me arrastou de lá? – Perguntei finalmente assim que as portas metálicas se abriram e ambos saímos de lá, voltando para a praça de alimentação.

- Eu encontrei o alvo. – Ele disse caminhando em minha frente. - Ou talvez o alvo encontrou você. – Respondeu enquanto me lançava um olhar de esguelha quando o alcancei e então senti minha pele se arrepiar, e não foi pelo fato dele ter novamente me enlaçado pela cintura e guiar o caminho.

“ou talvez o alvo encontrou você”

Repeti várias vezes sua frase em minha mente, tentando entender que merda aquilo significava e o que isso poderia causar. Por alguma razão, meus instintos diziam que as coisas só estavam começando e que logo tudo iria piorar.

 

 


Notas Finais


Oiiieee amores, tudo bem com vocês??
Passei aqui rapidinho para desejar uma ótima semana a todos, e agradecer por todo o carinho, vocês todos são incriveis, muito obrigada por fazer minha semana mais feliz, muito obrigada.

BEIJÃO ♥


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