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História No game, no life. - Enemies


Escrita por: Luna_Moon

Notas do Autor


Boa noite!!

Não deixem de ler as Notas Finais ♥

Capítulo 39 - Enemies


29 de Dezembro de 2018. Lisboa, Portugal.

 

Sakura pov’s

 

Se tinha um coisa que eu realmente não gostava era de missões relâmpagos. Com um aviso rápido Tsunade e Kakashi me enviaram para uma missão como Anbu em Portugal para interceptar uma missão dos Visards. Com um plano não totalmente pronto em mente, confiei toda a missão em mim mesma e nos meus instintos de luta.

No coração da cidade terminei de comer meu churros e enfim saltei. A queda da saída de incêndio até a rua fez o choque ecoar pelas minhas panturrilhas até meu quadril porém mesmo assim continuei meu caminho.

Por ser final do ano muitos cristãos passavam boa parte de suas noites na igreja para realizar suas orações de agradecimento e desejos para o ano novo. Vestida como uma pessoa comum, coloquei o capuz do moletom sob a cabeça e esperei com que as pessoas saíssem até que restasse apenas os padres e sua diocese.

Eu não usava máscara e também tinha a certeza que nenhum deles estaria usando as máscaras de Visards. Quando entrei na igreja tive a certeza dos meus alvos quando estes estavam reunidos em circulo próximo ao piano da orquestra. Como uma cidadã cristã normal me encaminhei para os primeiros bancos próximo ao altar de cerimônia e passei a me ajoelhar para realizar a minha prece.

Eu não tinha certeza absoluta de quantos ali eram realmente Visards e se eu corria o risco de ferir alguém completamente inocente. Parte de mim já sabia que teria que correr esse risco já que não havia tempo para investigar os precedentes de cada um que estava ali, porém tinha esperança que no momento em que começasse com o ataque os verdadeiros inocentes se jogariam no chão e não contra-atacariam, pelo menos em teoria.

- Com licença. – Disse assim que terminei de realizar minha prece atraindo a atenção de todos que logo cessaram sua conversinha e seus risinhos. – Todos vocês já pediram o perdão de Deus hoje?

- Hum? – Perguntou o padre ao se virar completamente para mim.

- Espero que Deus consiga perdoar seus pecados. – Continuei enquanto saia de trás do banco e voltava para o corredor principal. – Desviar fundos da igreja, mentiras, mortes...

- Quem é você? – Perguntou uma das freiras.

- Apenas alguém enviado para tirar o lixo para fora.

Não foi necessário dizer mais nada para a luta em si começar. Desarmados todos passaram a agarrar qualquer coisa que servisse como arma e então todos de uma vez vieram até mim.

Atenta, respirei fundo uma ultima vez e afastei um pouco os pés me firmando no lugar. Onze pessoas te atacando de uma única vez era algo que requeria calma, concentração e vigor. O padre foi o primeiro a me alcançar e com raiva mirou o pedestal em minha cabeça, desviar do golpe foi tão fácil que quase fiquei com compaixão quando lhe dei uma rasteira de maneira que ele caísse e batesse a cabeça no banco. Lhe tomando o pedestal usei ele para aparar o golpe que uma mulher iria me dar porém mudei de ideia no último segundo quando de canto de olho vi um homem correndo em minha direção como um touro enfurecido, eu sabia que ele iria saltar sobre mim e me levar ao chão e sabia que em uma batalha aquele que fosse ao chão não teria nem chances de se levantar, por isso aceitando a dor de levar o golpe senti minhas costas queimarem no mesmo segundo que o homem entrou no meu campo de alcance e com raiva girei o braço e acertei a parte de ferro em seu rosto.

Respirando com dificuldade dei um passo para trás e verifiquei a posição das outras nove pessoas. Fechando o maxilar as encontrei a minha volta, todas elas esperando apenas um movimento errado meu, diminuído cada vez mais minhas opções de ação ao fechar o cerco contra mim.

- Se acalme Sakura e encontre o líder. E depois... – Disse para mim mesma me forçando a respirar calmamente até que aquela conhecida sensação de frieza e calmaria me envolvesse. – Mate todos.

Quando o turbilhão em meu interior se acalmou mirei na pessoa que estava a minha frente e deixei claro minhas intenções. Todos estavam espalhados pela igreja, separados e esperando para atacarem juntos, o que eles não esperavam era que eu os atacasse primeiro. Sorrindo igual a uma maluca corri os últimos metros girando o pedestal em mãos e mesmo sob uma máscara em completo terror não hesitei em feri-la e quando a mulher já se encontrava inconsciente, ou morta, corri para meu próximo alvo. O homem até tentou não se abater e se manter racional, porém seu azar, e o azar de todos eles, era que se eu tinha que lutar eu excluía minhas barreiras de defesa e concentrava toda minha atenção no ataque, essa era minha forma de lutar, essa era meu jogo de vitória, porque quando você sai para matar uma pessoa, você também não deve ter medo de morrer.

Com um grunhido concentrei toda minha força na perna direita e saltei em direção ao seu joelho fazendo-o se virar em um ângulo que até os médicos se perguntariam sobre a possibilidade do joelho se virar daquele forma sem arrancar a perna. O grito de dor do homem foi o estopim para todos os demais saírem do transe e mesmo assustados se forçarem a juntos me atacar, tendo novamente como expectativa que a vantagem numérica seria o bastante para me derrubar.

Quando deu nove horas o sino da igreja começou a soar com intensidade marcando assim o inicio da luta para eles. Com um grito de guerra eles se dividiram em três de um lado e quatro no outro. Chutando o banco do piano no que estava mais próximo passei a correr novamente, saltando por entre os bancos até chegar no menor grupo chutando e atacando qualquer um deles que entrasse na minha frente.

Sem saber ao certo o que ou quem me acertou cambaleei para trás enquanto minha cabeça girava em sentido anti-horário. Me apoiando na mesa de cerimônia senti o sangue começar a escorrer pela minha têmpora, pronta para revidar voltei a pegar o pedestal.

- Chega. – Ouvi uma voz feminina no fundo do salão. – Hoje não haverá mais derramamento de sangue, peguem seus companheiros e recuem. – Como uma ordem suprema nenhum deles abriu a boca para questionar e quando eu mesma abriu a boca para proferir violência, mas logo a calei quando foi que finalmente vi a dona daquela ordem. Vestida com uma túnica branca e os cabelos loiros ondulados até a altura da última costela, Lucy se manteve inerte próximo ao pedestal com água benta.

- Você...

- Saiam todos. – Disse e então as únicas almas vivas naquela igreja era apenas eu e minha falecida irmã. – Surpresa?

- Como? – Perguntei fraca. – Como isso é possível? Eu vi o vídeo de segurança, eu vi seu sangue, vi quando levaram seu corpo. – Disse despejando tudo que estava dentro de mim. - Era para você estar morta! – Gritei.

- Isso não importa mais. – Lucy disse se apoiando nos últimos bancos e brincando com a cera líquida na base de umas das velas.

- Você trabalha para os Visards. – Disse afirmando aquele fato e mesmo não sendo uma pergunta ela assentiu. – Você esta trabalhando para as pessoas que fizeram o ataque que mataram nossos pais! Como você tem coragem?

- Você é uma criança ainda, não sabe o potencial do mundo. – Ela disse simplesmente ao pegar a vela em mãos e a atirar contra as cortinas da janela, sorrindo diabolicamente. - O mundo merece queimar.

- Não importa o quanto você pareça com a Lucy, você não é minha irmã. – Falei com raiva sentindo minha cabeça explodir.

- Faça do jeito como você quiser. – Ela disse virando as costas e olhando apenas uma última vez para o fogo que se espalhava tão rapidamente que era impossível dizer onde estava queimando e onde não estava. – Até um próximo reencontro Sakura, terei a certeza de que o próximo será o último.

[...]

 

30 de Dezembro de 2019. Tokyo, Japão.

 

Sakura pov’s

 

Já fazia mais um ano desde que reencontrara Lucy e só agora tive a coragem de conseguir gravar isso em meu diário. Desde aquele dia milhões de dúvidas rondavam minha cabeça, dúvidas quais nem mesmo Kakashi poderia me ajudar a resolver. Eu sabia que em um momento ou outro eu voltaria a reencontrá-la e de alguma forma as respostas viriam, e por isso desde aquele dia eu me preparei fisicamente e psicologicamente para que quando este dia chegasse eu conseguisse me manter forte e não recuar, que conseguisse minhas respostas e que colocasse a nação em primeiro lugar independentemente se o alvo inimigo era ou não minha irmã.

Terminando de me arrumar coloquei uma pistola no cós da calça e um canivete no bolso do moletom e então sai do quarto do hotel. Enquanto esperava o táxi vesti o casaco e ajeitei o capuz do moletom nas costas e repassei o plano na cabeça enquanto me lembrava de todos os detalhes sobre meu alvo, e assim que o táxi parou no parque desci do carro e me misturei junto com um grupo de turistas que estavam ao redor de uma grande dupla de árvores.

[...]

 

02 de Novembro de 2020. Stratford, Inglaterra.

 

Sasuke pov’s

 

O sol mal havia terminado de nascer quando o ônibus chegou a Stratford. Meu peito doía pela a falta de ar desde que recebera aquele pen drive e assisti seu conteúdo. A partir disso as últimas peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar sozinha e a terrível verdade, algo que estava me custando muito em acreditar, me fez pegar um avião e vir para um outro continente, tudo apenas para ver com meus próprios olhos e realmente confirmar aquilo que meus instintos gritavam ser verdade.

Com uma moto alugada e o GPS do celular para últimos casos, forcei toda minha memória para me lembrar do caminho para chegar a Mansão. Meu plano não era confrontar Tsunade, pelo menos não logo de cara, faria isso apenas se meus instintos estiverem errados e eu não confirmasse minhas suspeitas.

Assim que cheguei ao local que procurava desliguei a moto e tirei o capacete. Meu corpo estava levemente trêmulo em antecipação, mas mesmo assim me forcei a seguir em frente e quando finalmente encontrei a clareira inspirei fundo e apreciei o aroma das flores de campo e então finalmente me aproximei dos quatro túmulos.

 

Sakura pov’s

 

O dia finalmente havia chegado. Todos estavam felizes e fofos ao usarem as becas e capelos, aguardando o momento em que cada um seria chamado para subir ao palco e receber seu canudo. Tudo estaria completamente perfeito se não fosse um pequeno detalhe: o tempo estava no limite e Sasuke ainda não havia chegado.

- Você que o viu por último Naruto. – Disse Sai. – Como não sabe para onde ele foi?

- Eu não sei, ele apenas me falou que iria me esperar na loja de jogos e depois recebi uma mensagem com ele dizendo que algo surgiu e que ele tinha que ir. – Disse o loiro se defendendo pela milésima vez.

- Deixem o Naruto em paz. – Interveio Neji. – Todos nós conhecemos o Uchiha, ele deve ter dado seu famoso “sumiço para pensar”.

- É pessoal, logo ele aparece. – Disse Shikamaru antes de suspirar.

E foi a este pensamento que todos mantiveram suas esperanças e continuaram se mantendo tranquilos. No entanto foi somente quando minha vez na ordem alfabética estava chegando que todos voltaram a se agitar, todos sabiam que logo depois de mim seria a vez de Sasuke, e quando meu nome foi chamado e mesmo depois de ter recebido o canudo até o momento não havia visto o moreno. Descendo as escadas mais rápido do que necessário me virei de frente para o palco no momento em que a oradora chamou o nome do Uchiha, o chamou três vezes e aguardou os murmúrios que se espalhou pelo auditório até cessarem antes de chamar o próximo nome.

- Será que ele esta machucado? – Perguntou Hinata com verdadeiro pavor e novamente murmúrios e pequenas discussões na nossa roda de amigos se iniciaram.

De certa forma algo dentro de mim sabia o que ele poderia estar fazendo, e mesmo sendo eu sendo a última a vê-lo, escolhi guardar essa informação apenas para mim, evitando assim perguntas que eu não seria capaz de responder. Não sei ao certo quanto tempo durou essa discussão, mas ela realmente só acabou quando depois de todos os nomes serem chamados a oradora voltou a repetir os nomes daqueles que não haviam chegado a tempo, e então lá estava ele.

Completamente impecável até mesmo de beca e capelo, o Uchiha tinha um sorriso mínimo nos lábios ao receber seu canudo e seu diploma. Ninguém soube como reagir, até mesmo os gritos que preparamos para quando ele aparecesse simplesmente estavam ocultados pela surpresa em vê-lo ali quando não havia mais esperança.

Mesmo com vontade de vomitar, segurei o melhor sorriso que conseguia ter e o aplaudi, estando verdadeiramente feliz por vê-lo estar colando grau. Quando o Uchiha finalmente desceu daquele palco e caminhou até nosso grupo cada passo seu era um dez graus a menos na temperatura do meu sangue. Sorrindo como se nada tivesse acontecido, ele cumprimentou cada um e quando chegou a minha vez ele me depositou um beijo na bochecha.

- Onde você estava? – Perguntou Naruto direto na lata.

- Por ai. – Ele respondeu simplesmente.

- Ai onde? Você tem noção de como estávamos preocupados Teme? Você pensou nisso pelo menos?

- Pensei, mas eu precisava fazer algo antes. – Ele respondeu e deu de ombros.

- Fazer algo antes Teme? – Questionou o loiro. – Eu nunca sei o que esperar de você. – Ele disse e em um sussurro mudo concordei com ele.

- De qualquer forma o Sasuke esta aqui e estamos em nossa graduação, vamos comemorar! – Falou Hinata, apaziguando o clima ruim como sempre.

Em resumo a noite passou de maneira lenta para mim. Eu me sentia inquieta e com olhos sob mim a todo instante, e mesmo usando um vestido longo de alguma forma eu ainda me sentia nua e exposta, como se todos soubessem meus segredos e tudo que me restava como opção era me manter firme e forte no lugar. Depois de milhões e milhões de fotos, conversa, comida, bebida e música foi que as coisas começaram a perder o ritmo e aos poucos as energias de todos começaram a se esgotar.

Durante essas horas que se passaram mesmo com uma vontade terrível de encher a cara estivesse tomando conta do meu ser, me forcei a beber no máximo suco, impedindo que dessa maneira perdesse meu estado sóbrio e lúcido. E somente quando estava tarde e algo em meu interior seu cansou de adiar aquilo que estava por vir, me levantei e passei a me despedir e parabenizar cada um, não contendo nenhum esforço ou sinceridade naquele momento e quando me separei de Naruto, o último de nossa roda, olhei uma última vez para cada um e por fim me virei para o moreno, dirigindo a palavra para si pela primeira vez naquela noite.

- Você vai junto comigo? – Perguntei olhando com intensidade em seus olhos.

- Sim. – Ele respondeu e deu um aceno rápido para todos.

Durante todos esses meses, em nenhum momento eu havia me sentido completamente desconfortável na presença do moreno, porém dessa vez era como se sua presença me esmagasse cada vez mais quando nos aproximávamos da rua da nossa casa, e quando o táxi parou, desci do carro e erguendo a parte da frente do vestido caminhei até a porta entrando primeiro e ascendendo as luzes, e enquanto retirava os brincos esperei algum sinal de Lady, e quando o Uchiha entrou e fechou a porta, percebi que assim como eu, o moreno levou o lobo para outro lugar, fazendo assim que nesta noite, independentemente de qualquer coisa, era apenas ele e eu.

- Como foi sua viagem? – Perguntei já indo direto ao ponto. – Encontrou muitas coisas interessantes?

- Com toda certeza. – Ele respondeu enquanto tirava o paletó e o jogava sobre o sofá. – Coisas que eu nunca poderia imaginar.

- Sério? – Falei enquanto tirava os saltos e os colocava para o lado. – Gostaria de me contar?

- Poderia te contar todos os detalhes, mas sinto que não vai ser necessário. – Ele disse com um sorriso de canto ao desabotoar os botões do punho da camisa e enrolar até os cotovelos.

- Não, não é necessário. – Respondi ao retirar o cabelo da frente do meu rosto e finalmente acabar com aquele joguinho. – Sem jogos Sasuke, vá direto ao ponto, o quão podre você sabe do meu passado?

- O suficiente para encher de dúvidas minha mente. – Falou sério sem nenhum resquício de sorriso ou diversão. – Desde a nossa missão no Japão alguém ocasionalmente veio me dando algumas mensagens.

- Alguém? – Ecoei, já sentindo meu sangue esquentar. – Quem?

- Isso não importa, não vou colocar a pessoa que me disse isso em perigo. – Ele respondeu e algo em que ele falou, não, o que ele falou simplesmente fez o sangue em meu corpo começar a ferver voltasse a congelar mais que o polo norte inteiro. – O que você precisa saber é que desde que essa pessoa me falou algumas coisas, outras coisas começaram a acontecer, e suspeitas e dúvidas começaram a surgir. Então eu passei a investigar. – Ele disse se aproximando de mim. – E confesso que nunca achei que seria tão fácil hackear o sistema de câmeras da CORPU’s.

- E o que você encontrou? – Perguntei no momento em que ele parou em minha frente.

- Respostas. – Ele disse ao deixar de encarar o chão para me olhar diretamente nos olhos. – E preciso confessar que de todas as respostas que encontrei, não teve uma que fracasso em me deixar chocado.

- Então porque você não compartilha comigo essas “respostas”? – Falei.

- Deixe-me pensar por onde eu posso começar. – Disse em um suspiro. – Talvez devo falar do dia em que Kakashi me deu um vídeo com as câmeras de vídeo de uma madeireira, ou de outros vídeos que assisti de suas missões e de outras mil pessoas, ou talvez de uma câmera de segurança onde vi um agente da Anbu com um uniforme diferente matando meu irmão, um uniforme que mais tarde descobri ser a roupa de uniforme do “Nightmare”, também posso começar a falar sobre outros vídeos de missões desse tal de Nightmare e minha lista enorme de “Possíveis agentes da Anbu que seriam o Nightmare”, ou também posso falar de uma câmera de vídeo onde mostra você lutando contra um desses possíveis agentes e o matando a sangue frio. – Ele disse em um fôlego só. – E então Sakura Haruno, sobre qual dessas coisas eu devo começar a falar?

- Escolha você mesmo. – Disse com certa dificuldade ao ver o quanto ele conseguiu descobrir.

- Vou começar a falar sobre o vídeo que encontrei da noite em que meu irmão faleceu. – Disse Sasuke com um tom de voz que não soube decifrar o significado. – Até a uns dois meses atrás, acreditava fielmente que meu irmão teria morrido devido a um dano físico pelo acidente de carro, mas depois que assisti aquele vídeo tive a total certeza que não aconteceu nada do que eu imaginava, 1 minuto de vídeo destruiu tudo que eu achei que sabia sobre aquela noite e foi quando o Nightmare a sangue frio e sem hesitar deu um tiro na cabeça do meu irmão. – Sem disfarçar o ódio e o rancor, o moreno cuspiu a palavra “Nightmare” como se aquele fosse o pior insulto que o mundo poderia ter criado. – Engraçado como a única pessoa presente naquele local não fez nada para tirá-lo de dentro do carro, tudo que ela fez foi dar o ”golpe de misericórdia”. – Comentou ao dar uma risada curta e sem humor. – Gostaria de comentar alguma coisa?

- Nada. – Falei. – Prossiga.

- Depois que achei esse vídeo e prometi a mim mesmo me vingar, passei a incansavelmente caçar o Nightmare, foram dois meses que passei todos as manhas e todas as noites assistindo infinitos vídeos e lendo infinitos perfis de agente para encontrar o maldito, até que uma alma generosa um dia atrás me entregou um pendrive contendo apenas um único vídeo de vinte minutos. Gostaria de chutar qual seria o conteúdo daquele vídeo Sakura? – Perguntou.

- Não, prefiro ficar com a surpresa. – Falei sentindo meu corpo começar a formigar em antecipação.

- O vídeo era de uma luta sua contra um agente da Anbu. – Falou sem rodeios. – De inicio achei que era algum treino, mas logo mudei de ideia quando a luta entre vocês ficou mais séria do que eu poderia esperar e mais chocado ainda fiquei quando sem hesitar você separou a cabeça do corpo do homem, o mesmo homem que estava em meu “Ranking de possíveis Nightmare”.  E quando analisei toda a ficha daquele agente, percebi que ele morreu um tempo antes do assassinato de Itachi, e por alguma razão lembrei da primeira vez que você me levou para Stratford, que foi quando Nina morreu, e no último dia você visitou o túmulo dela, porém o túmulo dela não era o único, e dentre eles havia mais três, então ontem eu fui para Stratford e visitei aquele lugar.

- Você foi até lá? – Perguntei sem disfarçar a surpresa.

- Nina, Steve, Sasori e Markias. – Ele disse o nome de cada um deles sem pressa, absorvendo minha reação ao escutar os nomes. – Julgando os túmulos, acredito que essas pessoas foram muito especiais para você, mas dentre elas o último eu não conseguia entender qual seria o motivo pelo qual você o teria enterrado lá quando você mesma o teria matado, foi então que me lembrei de um fato que até então não havia me lembrado, um fato que mudou tudo e me deu uma resposta definitiva.

- O que seria? – Perguntei sentindo seu corpo se arrepiar.

- Que para se tornar o Nightmare, o atual deveria morrer. – Ele disse, dando um passo para mais perto de mim, apoiando sua mão na lateral da minha cabeça. – Essa é a regra da Anbu, não é mesmo Sakura? Ou deveria chama-la de Nightmare?

- Você quer que eu concorde com toda essa teoria? – Perguntei fechando os olhos para reunir coragem e acabar com tudo, tudo que teríamos construído durante esse tempo.

- Eu quero que você me olhe nos olhos e responda apenas uma coisa. – Ele pediu e então o obedeci, sentindo todo o peso daquele olhar ônix cair sobre mim. – Você matou ou não matou meu irmão?

- Sim Sasuke, você esta completamente certo. – Respondi. – Eu sou a maldita Nightmare, eu sou a maldita pessoa que deu um tiro na cabeça do seu irmão, eu sou a maldita pessoa que você quer morta nesse mesmo instante! – Gritei e virei o rosto quando seu punho se chocou contra a parede espelhada onde estava apoiada. Com o coração martelando até mesmo na ponta do pé, voltei a levantar a cabeça e a olhá-lo nos olhos. – Não me olhe como se estivesse completamente pálido e surpreso.

- Eu não consigo acreditar que todo esse tempo estive sob o mesmo teto que uma assassina desgraçada como você.

- Achei que quando você aceitou fazer parte da Anbu eles tinham te avisado sobre quem somos e o que fazemos. – Falei sorrindo irônica para si. – Não se ache o puritano Sasuke, a partir do momento que você também mata pessoas você também se torna um assassino, e quando você dorme tranquilamente depois disso, você também se torna um monstro. – Falei e observei cada palavra minha o atingir. - Então Sasuke, sinto lhe informar, mas você é igualmente sujo e corrompido como eu. – Mal havia terminado de falar quando senti minhas bochechas arderem, um lado pelo tapa que recebi e o outro por ter se chocado aos vidros recém quebrados.

- Eu não sei dizer quem mais eu odeio nesse momento, se sou eu ou você. – Ele disse se afastando de mim ao colocar ambas as mãos sobre a cabeça. – Eu não consigo acreditar o quão imbecil eu sou por ter aceitado fazer parte disso, por ter sido o boneco de manipulação de vocês, e o pior de tudo, de ter transado com a garota que tirou tudo que me restava. – Ele disse quase ao ponto de surtar. – Você é a pior pessoa que conheci, nem mesmo Akemi seria tão baixa e suja como você.

- Você quer me comparar a Akemi? – Perguntei com um riso anasalado.

- Você esta certa, é injusto comparar vocês duas. Pelo menos da Akemi eu não tenho nojo de ter conhecido e ter levado para a cama. – Ele disse ácido, me ferindo de uma maneira que nunca saberia como colocar em palavras. – Eu não confio mais em você e muito menos na CORPU’s, a partir de hoje estarei cortando qualquer tipo de vinculo que tenho com vocês, e não se surpreendam quando virem que eu me juntei aos Visards. – Ele falou sério e por alguns segundos senti meu coração parar.

- Você vai se juntar aos Visards?

- Sim. – Ele respondeu dando as costas para mim e se encaminhando para a porta da frente dando seu último recado antes de sair e fecha a porta com um baque. – A partir de hoje seremos inimigos Sakura, destruirei tudo aquilo que você lutou para proteger e nosso próximo encontro farei questão de enfiar uma lâmina na sua garganta.

Eu não sabia dizer naquele momento o que mais estava doendo, se era o corte em meu rosto, o tapa, as unhas cravadas na palma da minha mão ou se era meu coração. Tudo que esperava era que Sasuke me desse um tiro na cabeça e voltasse a ter sua tão sonhada vida normal, no entanto nunca poderia esperar que no final disso tudo Sasuke se tornaria meu inimigo. Sentindo o sangue voltar a circular pelo corpo me desencostei da parede e limpei o sangue do rosto, e mesmo sentindo dor no coração prometi a mim mesma cumprir meu dever até o final. Como agente da CORPU’s, como Anbu, e como Nightmare eu protegeria a qualquer custo a nação e o planeta, mesmo que isso significasse ter Sasuke como meu inimigo, mesmo que isso significasse que no fim eu tivesse que mata-lo.

Tirando o vestido pela cabeça, caminhei até meu quarto sentindo aquele mesmo vazio que senti quando Sasori partiu, e arrumando uma única mochila com minhas coisas, puxei o capuz sobre a cabeça e deixei a casa. Mandando uma única mensagem para Kakashi, o avisei que a partir de hoje estaria iniciando a minha última missão, e destruindo o telefone eliminei qualquer chance de contato comigo. Dessa vez, ninguém iria me parar, porque dessa vez faria questão de me tornar aquilo que a CORPU’s me treinou para ser, e daria tudo de mim para dessa vez iria erradicar os Visards e qualquer um que se colocasse em meu caminho, inclusive Sasuke Uchiha.

 

Prévia próximo capitulo:

❄2º Parte ❄

 


Notas Finais


Oooiii meus babies ♥♥

Tudo bem com vocês??? Espero do fundo do meu cori que sim ♥

Passando rapidinho para anunciar meu HIATUS official até a conclusão ou um bom adiantamento da 2º Parte da história, essa não foi bem uma escolha minha porque não tive muitas opções, e ficar escrevendo com pressa, para escrever um capitulo meio nada a ver e completamente mau escrito é melhor ficar em hiatus um pouquinho. Peço desculpas e também a compreensão de vocês. Prometo realmente voltar o mais rápido possivel.

Um beijo enorme, caso não volte antes do natal ou até mesmo do ano novo, deixo desde já um esplêndido "FELIZ NATAL MEUS AMOREES" e também "FELIZ ANO NOVO UUUHHHHHH"

Vejo vocês em breve ♥

Roupa Sakura: https://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=231262528


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