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História No mundo da Luna - Comensais da Morte


Escrita por: Poubel

Capítulo 23 - Comensais da Morte


Fanfic / Fanfiction No mundo da Luna - Comensais da Morte

Luna acordou antes de todos, levantou-se e foi até a parte do banheiro da barraca para retirar seu pijama e  colocar uma roupa mais casual, enquanto fazia isso percebeu uns barulhos de tambores e cornetas lá fora, com certeza eram os torcedores mais acalorados se preparando para o jogo mais tarde. Após se trocar, abriu as cortinas que serviam de porta para cobrir o banheiro e deu de cara com Gina.

- Bom dia... - Disse a irmã de Rony com um ar meio desdenhoso.

- Hã... - Ela se esquivou para não dar de cara com ela. - Desculpe, Gina.. Bom dia...

- Não foi nada.

Luna volta a grande sala e vê os demais acordando aos poucos, seu pai se espreguiçava, Arthur e Molly já estavam na porta olhando a confusão de tambores, Rony estava sentado no colchão e Harry tentava fazê-lo se levantar por completo com ajuda de Hermione. Já Fred e Jorge pareciam ainda roncar.

- Bom... - Molly olha para o grande relógio pendurado no meio da barraca. - Já passam das oito da manhã.. Acordamos tarde hoje, hein... Vamos, vamos, não temos tempo para perder, quero que todos arrumem suas camas e a guardem no quarto lá atrás enquanto preparo o café. - Ela passa por Fred e Jorge  ainda dormindo e dá uns beliscões em ambos. - Vamos! 

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Já passava de meio dia quanto todos rumaram para o estádio junto de uma enorme multidão que ia fazendo o mesmo. Tratava-se de uma enorme estrutura com grande parte embutida na própria terra. Todos entraram por um enorme portão que dava acesso as escadas para irem subindo. Rony já imaginara o tipo de ingresso que seus pais compraram, lá em cima, o mais alto e barato possível, Harry parecia não se importar e Luna estava com um olhar como se estivesse pensando em mil coisas ao mesmo tempo.

- Finalmente! - Disse Rony. - Pensei que chegaríamos até os céus!

- Não seja mal educado, Rony! - Respondeu Molly. - Na sua idade, nenhum dos seus irmãos nem sonhara em frequentar esses eventos.

- Olha... - Harry aponta para perto do camarote principal. - Não são os Malfoy?

- E Fudge... - Complementa Arthur. - Um convite especial do próprio ministro da magia imagino.

- Um grande complô se quer saber... - Diz Xenofílio. - A família Malfoy sempre foi um grande pilar de Você-Sabe-Quem. 

Harry troca um olhar com Luna procurando algumas explicações, mas ela também não parecer entender de muita coisa sobre o assunto.

- Olhem! - Grita Fred. - Os holandeses!

E nesse momento aparecem vários jogadores montados em suas vassouras vestindo as cores verdes e brancas. Eles realizam um feitiço em conjunto à fim de fazerem uma grande imagem de um boneco com as cores de seu time. No entanto, é acertado em cheio por um rasante vermelho.

- Krum! - Exalta Rony. - É ele!

E sem mais delongas, o resto do time búlgaro chega em campo. De forma mais agressiva, mais feroz e com mais acrobacias perigosas eles tomam o espaço e uma enorme bandeira estampada com o rosto do apanhador Vítor Krum é erguida pela  torcida.

- Atenção! - Grita o Ministro da Magia Cornélio Fudge que olhava seu relógio que marcava 14h. Ele usa um feitiço para amplificar sua voz e fazer ser ouvido por todo o estádio. - É com imenso prazer, que realizaremos essa grandiosa partida aqui em solo da Grã-Bretanha. - Ele aponta a varinha para o centro do campo. - A partida vai começar! - E solta um raio branco que se explode e dá início ao jogo.

Luna torcia para os búlgaros, assim como Harry e Rony e todo o resto torciam para os holandeses. A partida começa bem disputada com pontos para ambos os lados, mas em dado momento a defesa dos búlgaros, considerada a mais fraca, começa a ser goleada, o placa já chegara de 200 para os holandeses e somente 50 para os vermelhos. Krum está quase pegando o pombo do ouro, mas sabe que se o fizer a partida sairá empatada, mas tem que tomar uma decisão, pois o apanhador dos holandeses está quase chegando, Krum decide pega-lo e aceitar o empate, mas no último segundo, o artilheiro holandês marca ao mesmo momento que Krum apanha o pombo e a partida termina 210 e 200, respectivamente, com a derrota dos búlgaros por apenas dez pontos.

Rony, o torcedor mais fanático ficou desolado com aquele final amargo.

- O que houve? Empatamos ou perdemos? - Perguntou Luna.

- Perdemos.. - Respondeu Rony com uma careta. - Krum pegou o pombo um segundo depois do ponto deles.

Fred e Jorge começaram a caçoar dos três. O senhor Weasley advertiu e disse para que todos esperassem um pouco para começarem a descer, pois havia uma grande multidão lá embaixo revoltada com o resultado.

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Após tamanha confusão, todos estavam salvos dentro da barraca, os gêmeos continuaram a zombar de Luna, Harry e Rony. Ouvia-se muito barulho lá fora quando Xenofílio adentra dizendo que ocorrera um pequeno impasse:

- Arthur.. Venha... Venha ver algo...

- Pai? O que houve? - Perguntou Luna.

- Nada.. É só que... Ah.. Venha Arthur...

Os dois saíram. Harry e Rony se entreolharam e Luna foi para fora ver também, no entanto logo entram novamente gritando:

- Vamos! Vamos! Temos que ir! Corram!

- O que houve? - Disse Fred.

- Está acontecendo um ataque! - Gritou Arthur. - Não sabemos direito... Lá fora está uma confusão... É melhor nos reunirmos aos outros em um campo aberto sem barracas. Vamos, Vamos!

Todos saem correndo, Arthur, Molly e Xenofílio tentam manter todos juntos o máximo que podem.

- Luna? Luna? Onde está a Luna? - Pergunta Xenofílio.

Harry olha para trás e ver a garota lá dentro da barraca. Ele corre e pega sua mão a puxando para si.

- Vamos! - Eles vão para o lado de fora. São os últimos a saírem. - O que estava fazendo?

- Não foi nada.. Desculpe... - Ela carregara um ar amedrontado.

Todos começam a correr em direção contrária ao que parece serem grupos de bruxos atacando a multidão alheia. Harry segura forte a mão de Luna que segue um pouco em sua frente, mas é atrapalhado por um tremendo baque em seu rosto que o faz soltar a mão de Luna. Ela volta para pegá-lo e seu pai que vinha em sua ajuda é mandado para longe por um feitiço, mas é socorrido, ainda desacordado, por outros bruxos desesperados que corriam em direção contrária e os demais integrantes do grupo parecem terem se perdido na multidão.

- Venha, Harry! - Ela tenta erguer sua mão para o rapaz, mas são alvejados por feitiços estuporantes vindo de três homens utilizando capas e mascaras.

- Protego! - Harry tenta lançar-se um escudo, mas o feitiço falha.

- Avis! - Luna conjura vários pássaros que voam em direção aos rostos dos três inimigos. - Carpe Retractum! - Ela lança outro feitiço que emite uma luz roxa e segue até uma pequena cabana perto de barracas abandonadas. - Segure minha mão! - Os dois são puxados pelo feitiço até a porta. - Alohomora! Rápido! - Eles entram, Luna fecha a porta e conjura mais um feitiço. - Colloportus!

Harry estava assustado, seja por terem bruxos assassinos perseguindo-lhes, ou talvez, por ver Luna realizar feitiços do qual nunca ouvira falar e com estupenda magnificência. Estava boquiaberto para ela quando a mesma se virou após trancar a porta.

- O que... Foi isso?

- Eu.. - Ela estava ofegante e deslizou as costas na porta até cair e se sentar. - Não sei direito... Simplesmente me vi fazendo vários feitiços... Quer dizer... - Ela faz pausas para respirar de forma ofegante. - Meu pai me ensinou, mas nunca os usei para isso.. Eram apenas para tarefas domésticas e cuidar do jardim...

- Você foi brilhante, mas eu me referia aquelas pessoas nos perseguindo...

- Eu não... Eu não sei... - Ela faz um sinal para que fiquem em silêncio enquanto coloca os ouvidos colados na porta à fim de ouvir algo.

O vidro da janela se quebra com um enorme estouro.

- Cuidado! - Grita Harry. Ambos vão para o fundo do lugar. Eles pensam em se esconder, mas a cabana estava completamente vazia.

E então mais um estouro e a porta se escancara.

- Parados ai! - Grita um homem alto com um bigode característico. - Saiam, devagar... - Ele aponta a varinha diretamente para a face de Harry enquanto outros cinco adentram a casa. - Quem conjurou isso? - Ele aponta para fora e uma enorme marca que lembrara uma caveira sendo enrolada por uma cobra cobria o céu, como uma nuvem.

- Eu... - Harry está sem palavras.

- O senhor é do ministério? - Perguntou Luna.

- Sim.. - Ele se vira para ela. - Bartolomeu Crouch. E vocês.. O que faziam aqui na cena do crime?

- Fugindo... - Respondeu Harry prontamente. - Nos escondemos aqui. Haviam três deles.

- Bartô! Bartô! - Gritava uma voz familiar lá fora. - Bartô, você os achou! Harry, Luna! Vocês estão bem? Procurámos vocês por toda parte... - E logo podem ver que é o sr. Weasley.

- Eles estão com você?

- Sim, pelo amor Bartô... Estávamos aqui para assistir o jogo e não... Ah!

Logo, Hermione chega ajudando Xenofílio a ficar em pé. Eles se juntam aos outros e os abraçam.

- Harry, Luna, temos que ir. - Diz Hermione.

- O que houve? - Pergunta ela.

- Estão vendo? É a marca deles... Comensais da Morte.

- Como? - Perguntou Harry.

- São seguidores de Você-Sabe-Quem, Harry. Eram chamados assim antigamente. Não são vistos há anos.

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Todos acabaram por ficar bem e voltaram a casa dos Weasley, Luna e Xenofílio passaram mais um dia por lá, pois Harry completara quatorze anos e lhe fizeram uma pequena festa com um bolo e alguns presentes. No mesmo dia, ao fim da tarde, eles recebem sete cartas, uma para cada estudante de Hogwarts, todas diziam a mesma coisa, só mudando o nome do destinatário:

 

As aulas do próximo ano letivo, começarão no próximo dia quinze de agosto, ao invés do habitual primeiro de setembro devido as preparações para sediarmos o Torneio Tribruxo. Esteja ciente que precisará estar no dia quatorze na estação para embarcar no Expresso de Hogwarts.

 

P.S.: Abaixo encontrará a respectiva lista dos matérias que necessitará nas aulas.

 

Atenciosamente:

Minerva McGonagall;

Subdiretora de Hogwarts e

Diretora da casa da Grifinória.

 

- Isso quer dizer que teremos que ir ao Beco Diagonal na próxima semana. - Diz Molly.

- Será que poderemos nos candidatar ao torneio?

- Você ficou doido, Ronald? - Exclama Molly. - Me preocupo só de vocês assistirem! Céus! Pessoas morrem nesse tipo de coisa!

- A glória eterna... - Harry lia uma publicação do Profeta Diário.

Luna o fita nos olhos como se o advertisse.

- Que foi? Estou lendo a manchete.



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