1. Spirit Fanfics >
  2. No mundo da Luna >
  3. O Natal

História No mundo da Luna - O Natal


Escrita por: Poubel

Capítulo 32 - O Natal


Fanfic / Fanfiction No mundo da Luna - O Natal

Logo no dia seguinte ao baile, toda Hogwarts estava mergulhada em um grande tumulto de alunos, mascotes e algumas malas, pois era o dia da maioria pegar o trem para irem viajar  e se encontrarem com suas famílias durante as duas semanas de férias de Natal. Rony se despediu dos amigos, pois como já havia dito, iria viajar com sua família para ver seu irmão Carlinhos na Romênia, deu um tchau tímido para Hermione ao passar pela garota.

Ela, Harry e Luna foram para o grande salão. Hermione acordou um pouco melhor e estava folheando o livro de feitiços do quarto ano durante o café da manhã. O salão estava quase vazio, por exceção de pouquíssimos alunos da Lufa-Lufa e da Corvinal, mas nenhum da Sonserina. Dumbledore estava ausente da mesa dos professores, a professora Sprout, Flitwick e Olho-Tonto Moody também, entretanto a vidente Trelawney, que quase nunca tomava café com os demais, estava fazendo uma verdadeira bagunça com os bolos e o resto da mesa. Snape e Minerva conversavam, ambos com aparência cansada de quem pouco dormira na noite passada.

- Sabe.. – Comentou Hermione admirando seu prato de biscoitos achocolatados se reencher ao mesmo tempo que ela terminara de comer. – Sempre me perguntei de onde sai toda essa comida, uma vez que alimentos são uma das cinco leis de Gamp quanto a Transfiguração.

- O que isso quer dizer? – Perguntou Luna.

- Bom.. Quer dizer que não podemos produzir comida do nada.

- Mas, Hermione... – Disse Harry pouco interessado. – Nunca estivemos na cozinha de Hogwarts. Quer dizer, provavelmente essa comida que aparece é fruto de um feitiço de conjuramento e está sendo produzida por alguém de lá.

A garota deu uma leve levantada na sobrancelha e retornou a enfiar a cara no livro. Luna lhe serviu de um grande pedaço de pudim ao leite enquanto Harry comia alguns ovos mexidos com bacon.

- Não vai comer mais? – Perguntou o amigo.

Mas Hermione sacou sua varinha em um gesto rápido, apontou para a mesa e bradou: “Accio bacons” e imediatamente todos os pedacinhos de carne de porco do prato de Harry voaram desastradamente para perto dela.

- Desculpe... Estava praticando o feitiço de conjurar coisas, mas...

- Ainda não está pronto. Você deveria ter pego os da mesa e não do meu prato, Mione.

- É.. Bem... Acho que no geral estou indo bem. Talvez precise de um pouco mais de teoria, só isso. – E tornou a pegar no livro e folheá-lo com nervosismo.

Harry olhou para Luna para tentar extrair alguma explicação daquele momento, mas a garota deu apenas um sorriso tímido e recomeçou a comer o pudim.

- Hermione.. – Harry começou a falar devagar, a garota parece que se quer ouviu. – O Rony...

- O que tem ele?!

- Ahá! – Exclamou enquanto apontava para o rosto da amiga. – Então é isso!

Ela ficou extremamente vermelha, fechou o livro com força e levantou-se da mesa indo embora do salão.

- Harry! O que você fez? - Exclamou Luna.

- Eu... Eu não achei que ela reagiria assim... Que coisa! Desde o primeiro ano ela é tão sensível quando o assunto é o Rony.

- Vou levar um pudim para ela. Com certeza fará bem.

No entanto, Hermione subiu as escadas até o sétimo andar e entrou na torre da Grifinória, lugar onde Luna, como uma corvina, não tinha permissão de entrar.

- Será que tem problema? – Perguntou Harry. – Acho que só eu e ela ficamos para passar as férias em Hogwarts. – Ele pronuncia a senha para a mulher do quadro e o portal se abre.

- Luna? – Exclama Hermione.

- A ideia foi dele. – Disse ela levantando os braços com um sorriso.

- A menos que nenhum de nós dois abra a boca... Está tudo bem.

Os três aproveitaram o café da manhã no quarto, Hermione se animou um pouco mais depois que praticou mais feitiços, embora ainda precisasse de um pouco mais de aprimoramento e prática.

W W W W W W W W W W

Três dias se passaram desde então, Harry havia descoberto que seu colega de quarto, Neville Longbottom, também ficara para passar o natal em Hogwarts, ele mencionara algo sobre a avó ir ao St. Mungus, o hospital dos bruxos, e que não queria passar suas festas lá como nos anos anteriores, mas quando perguntado por mais detalhes ele se desvencilhou com a desculpa de ir visitar as estufas da professora Sprout.

Harry encomendou diversos tipos de chocolates diferentes para dar de presente aos seus amigos e mandou de antemão alguns para Rony e sua família pela Edwiges. Já para Luna, ele comprara uma fabulosa Nimbus 2001, a mesma vassoura que o time da Sonserina usava, Harry a viu com um baita desconto da última vez que foi a Hogsmeade e encomendou uma. Deu um baita trabalho de recebe-la pelo correio coruja sem ser visto por ninguém.

Ele sabia que Luna adorava o quadribol, mas nunca teve chance de jogar e então pensou em presenteá-la com uma boa vassoura para treiná-la durante esse ano, uma vez que o estádio estava sempre vazio, pois os jogos foram todos cancelados por conta do torneio Tribruxo. Ele sabia também que pelo menos uns três jogadores da Corvinal iam deixar Hogwarts na formatura, logo haveria uma nova seleção no próximo ano à fim de suprir essas faltas.

 

Durante o almoço daquele mesmo dia, véspera de Natal, o correio coruja chegou e finalmente a coruja que Luna despachara para Sirius Black lhe entregou uma carta. Ele a abriu e a leu em voz alta para que Luna e Hermione o ouçam.

 

Desculpe a demora, Harry.

Estou percebendo novos sinais alarmantes sobre esse mesmo assunto. Estou saindo de onde estou e voltando para o país. Por favor, se tiver qualquer pesadelo novo vá direto ao Dumbledore.

Mando novas notícias assim que puder, mas não volte a usar essas corujas, vou mandar uma especial em breve.

 

S.B.

 

- Afinal, o que ele quer dizer com novos sinais alarmantes? - Perguntou Harry, mas só recebeu uma expressão apreensiva vindo de Hermione. Olhou para a mesa dos professores e Dumbledore estava novamente ausente, mas todos os demais estavam lá.

- E quanto ao segundo desafio, Harry? - Disse Hermione tentando desviar o assunto.

- Ainda não tive tempo de pesquisar nada que possa me ajudar.

- Olá pessoal. - Disse Neville ao mesmo tempo que se sentava ao lado de Harry e colocava um enorme vaso de cactos sobre a mesa. - Ah.. Foi presente da professora Sprout. - Disse ele se referindo à planta ao notar os olhares curiosos.

- Que lindo, Neville. - Snape havia se levantando de sua mesa e estava em pé atrás de Harry enquanto fitava a planta. - Espero que saiba para que serve a seiva desse tipo de cacto, pois na minha próxima aula você vai precisar para fazer uma poção especial. - E saiu em passos largos até o fim do salão.

- É a poção da memória, Neville. Só pode ser, quer dizer, existem mais de cem receitas diferentes que usam seiva de cacto, mas acredito que.. Por você ser um pouco esquecido... Mas deixa que eu ajudo você.

Neville assentiu com a cabeça, mas aparentava estar amedrontado com a ideia de fazer um serviço especial para Snape, de longe o professor que ele menos gostava e mais temia.

- Por que não vem com a gente, Neville? Vamos passar a tarde na biblioteca procurando formas de ajudar o Harry a passar pela próxima tarefa do torneio. - Disse Luna.

- Vamos, é? - Perguntou Harry pouco interessado.

- Vamos. - Respondeu Hermione enfaticamente.

Sem ter para quem recorrer, ele aceitou com desgosto, pois tinha outros planos com Luna para aquela tarde que, com certeza, não envolvia livros.

A tal ida na biblioteca foi pouquíssimo produtiva, por mais que estivesse vazia e eles puderam dar uma boa olhada na seção reservada, não havia muitos relatos de bruxos tentando respirar embaixo d´água. Luna achou um feitiço de transfiguração em animais marinhos, mas estava em um nível muito avançado e a professora Minerva não tinha permissão de ajudar diretamente um competidor. 

- Guelricho! - Exclamou Neville. - Dê só uma olhada no livro das plantas aquáticas:

Guelricho. Nativa do Mar Mediterrâneo. Possui aparência viscosa, cinza esverdeada semelhante a rabos de ratos. Quem a consome fica com guelras no pescoço e os pés e as mãos crescem com membranas e também criam nadadeiras.

 

- Brilhante, Neville! Se crio guelras então vou poder respirar embaixo d'água.

- É.. - Disse Hermione com um ar de pesar. - Mas não sei onde poderemos encontrar Guelricho. Olhem: mar Mediterrâneo.

- Talvez a professora Sprout possa ajudar. Vou perguntar a ela mais tarde.

 

A noite finalmente chegou e os quatro foram trocar suas roupas casuais para o uniforme completo de Hogwarts com a capa para se apresentarem à ceia no grande salão. Que por sinal, estava ainda mais magnífico, o céu mais estrelado do que todas as noites do ano, as mesas com imensas farturas de comidas de natal e Dumbledore finalmente estava presente.

- Boa noite. - Disse o diretor com um simpático sorriso. - Não, não... Quero que todos venham até nós. - E com um leve movimento de varinha ele arrumou as mesas para que coubessem todos os professores, alunos e funcionários. - Já que somos tão poucos. - Ele faz um breve discurso e todos começam a se servir.

- Isso está... delicioso! - Exclamou Ana Abbot da Lufa-Lufa.

- Já provaram esse pernil? - Perguntou Neville.

- E então.. - Disse Dumbledore. - Como vão os casais de Hogwarts? - Disse ele olhando para Luna e Harry.

- Indisciplinados. - Snape respondeu de prontidão.

- Você continua o mesmo, Severo. - Disse Flitwick. - Talvez se tivesse uma aluna tão boa como a Luna na sua casa... 

- Não, obrigado. - E bebeu um gole de sua taça de vinho.

- Não liga para ele meus jovens... - Disse Olho-Tonto. - Snape diz isso porque está com inveja do meu cargo. Snape quase engasgou com o vinho e quase todos da mesa caíram na gargalhada. Dumbledore pôs o seu tradicional cálice tampando o que parecia ser uma boa risada.

 

No dia seguinte, logo cedo, Harry acorda com o barulho vindo do salão comunal da Grifinória. Neville e Hermione estavam abrindo seus presentes e para sua surpresa, Luna estava com eles, pelo jeito gostaram da ideia de deixá-la entrar.

- Eu... Já volto. - Harry sai correndo para seu dormitório e pega o embrulho com a Nimbus que comprara para a namorada, pois não a deixou na árvore junto com os demais, uma vez que Luna não pertencia a Grifinória e não estava em seus planos que ela estivesse ali na manhã de Natal.

- Chocolates! Obrigado, Harry. - Disseram Neville e Hermione. 

- Que presente grande é esse? - Disse Luna.

- Claro que é pra você. - Respondeu Hermione vendo Harry carregar um enorme embrulho.

A garota o abriu e todos arregalaram os olhos surpresos mas ao mesmo tempo intrigados. Não sabiam que Luna desempenhava algum papel no time de quadribol da Corvinal.

- Mas... Harry! Eu não...

- Eu sei. Mas agora que tem uma nada a impede de entrar. Você adora o quadribol, não é?

- Você me deu uma Nimbus 2001 para treinar e quem sabe entrar no time da Corvinal? Sabe que lutaremos em times diferentes, não sabe?

- Isso foi a coisa mais incrível que já vi. - Disse Hermione. - Ah! Me desculpe, Harry. Mas você e o Rony são tão insensíveis. Principalmente aquela pedra.

Ele corou, mas entendeu como um elogio o que a amiga estava dizendo. Neville sugeriu que saíssem para experimentar a vassoura, mas pelo tempo não iriam passar nem do portão, estava nevando a ponto de não conseguirem mais enxergar os telhados da escola.

Ele decidiu então abrir os seus presentes, Rony lhe enviou doces e o tradicional suéter da senhora Weasley, mas com um grande H em seu peito e em cor de tijolo, ideia do Rony acreditava ele, Hermione e Luna receberam uns bem semelhantes, mas com as iniciais de seus nomes neles. Recebeu muitos outros doces de Neville, Hermione e de Hagrid. Luna, sempre exótico, mas original, lhe deu um estiloso cachecol feito a mão com fios de algodão mágico francês, eles eram incríveis, quanto mais frio mais eles esquentavam.

- Obrigado, Luna!

- Na verdade estou bem sem graça de ter lhe dado isso enquanto você me deu uma Nimbus.

- Ah! Não liga para isso. Estou ansioso para te mostrar como voar.

Aquele foi o melhor natal de Luna. Além da Nimbus, ela passara o dia todo com seus amigos e namorado e a perspectiva de voar com Harry estava ao máximo e faria isso assim que o tempo melhorasse.

Ao final do dia, uma pequena coruja, a menor que Harry já vira, pousou em seu ombro com uma carta amarrada. Ele a abriu e era de seu padrinho, Sirius Black.

 

Feliz Natal, Harry! Dê meus cumprimentos para seus amigos também!

 

Estou no país agora e bem perto, mas não posso falar pessoalmente. Caso precise, envie Píchi para falar comigo, pois é quase impossível de rastreá-la. Pode ficar com ela, na verdade, pensei em dá-la ao seu amigo Rony, já que tirei o "ratinho" dele.

 

S.B.

 

- Nossa! Rony vai amar ela! - Disse Luna empolgada.

- Só espero que não a trate com grosserias. - Resmungou Hermione.

- Do jeito que é pequena.. É melhor deixar Bichento longe. - Ponderou Harry levantando as sobrancelhas. - E tomara que esse aqui também não seja um animago. - Todos deram boas gargalhas. De fato, estava sendo um ótimo Natal, com exceção da ausência de Rony, tudo estava bem.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...