1. Spirit Fanfics >
  2. No Ordinary Love - Reescrita >
  3. Suave toque

História No Ordinary Love - Reescrita - Suave toque


Escrita por: littlefenom

Notas do Autor


oi
tem fluffy
sei que ainda é cedo pra essas coisas, mas BEAR WITH ME!
seila qq eu falo kerodaocu (kjjjjjjjjj laranjo)
enjoy!

Capítulo 5 - Suave toque


Christopher | 16 anos

Pedro me faz ligar para Nicholas. Ah, que droga, esses babacas querem zoar o menino na festa que eles me arrastaram. Ligo para Nicholas, ele logo atende e eu, contra minha vontade, o chamo para vir na festa. Seria ótimo ter uma companhia legal nessa festa, não negaria a presença do menino, mas sei que não é pra isso que estou chamando-o. Gabriel parece colocar uma arma na minha cabeça para que eu o obedeça, ele me amedronta e eu odeio isso. Posso ouvir a voz de Nico pelo telefone.

-Ei, Nico! – reviro os olhos, mas sorrio quando percebo que Gabriel está me fitando – Quer vir numa festa, cara?

-Uma festa? Christopher, eu não sei, ainda estou na casa do Oliver...

-Ele pode vir junto! – Pedro berra atrás de mim.

-Chris? O que...? Certo, acho que já estaremos aí!

-Tudo bem, tchau! Te vejo logo... – desligo o telefone, com o coração na mão. Ele é um menino tão bom, não quero que Gabriel, Edward e Pedro o machuquem.

A festa é de Augusto, segundo ano do ensino médio e o cara já é um alcoólatra nato. Eu bebo às vezes, mas devo confessar que não sou muito fã. Ele já está louco, dançando uma música com a coreografia de outra, falando aleatoriedades e rindo do nada. Idiota. Acho que todos da sala vieram para a festa, Augusto não dorme em serviço. Só nas aulas e não sabe por que é duas vezes repetente.  Passaram-se cinco músicas e eu ainda estava encarando vaziamente Augusto dançar. Acho que mil coisas se passaram pela minha cabeça e eu não captei nenhuma. Ouvi Pedro rir com Gabriel e Edward, estavam falando sobre o que eles iriam fazer com Nicholas. Ah, a dor de cabeça. Não aguento as bebidas que Pedro me dá, nem sei por que aceito! Inferno... Mas pelo menos Nicholas e Oliver chegaram. Ah... Eles chegaram. Suspiro, já sabendo o que vai acontecer. Enquanto os dois falavam com Saphira e Andrew, Pedro e Gabriel repassavam o plano.

-Então, é o seguinte – Pedro ria como um retardado – nós vamos encher a cara do menino, e então quando ele estiver bem bêbado mesmo... – ele começou a ter uma crise de riso.

-Nós empurramos a Mara para cima dele, ela finge que ele disse algo para dar em cima dela e ela dá um tapa na cara dele, fazendo com que ele caia na piscina! – Gabriel completou, logo rindo junto de Pedro.

-Tá bom, gente, anda logo! – apressei com ansiedade.

-Relaxa, Christopher, meu amor! Você não precisa ver! Fica de boa! – Pedro riu me dando um beijo na bochecha. Ridículo.

Vou até Nicholas e o cumprimento, olhando para seu rosto, tentando decorar cada detalhe. Não sei por que ele é tão cativante assim, como uma obra de arte, me faz querer olhá-lo e admirá-lo toda hora, todo tempo. Logo os meninos vieram, também cumprimentando Nicholas e Gabriel foi logo ao ponto.

-Cara, aquilo que eu fiz contigo hoje não foi legal – Gabriel estava se esforçando para não rir – aceita esse drink como forma de desculpas?

-Ah, eu não bebo... – deu um leve sorriso, fazendo suas sardas brilharem.

-Poxa, vai recusar meu pedido de desculpas?! E eu ainda tinha esperanças, sei lá... – abaixou a cabeça.

-Tudo bem cara, calma. Dá aqui esse... Copinho? Mas é só esse. Desculpas aceitas! – levantou o copo de dose, não lembro o que eles colocaram ali dentro, mas fez efeito com facilidade. – Nossa! Esse deve ser dos bons! Já me sinto até meio zonzo...

-Ih, melhor ir ali perto da piscina, tomar um ar. Às vezes o organismo reage mal se é a primeira vez que você bebe. – Pedro ofereceu. Eu só conseguia observar esses idiotas. Augusto tem sim bebidas pesadas aqui, Nicholas não merece isso.

Foi para lá e tudo que eu consegui fazer é pedir desculpas mentalmente. Por favor, receba meu recado. Vi Edward levar um copo com líquido transparente, dizendo que era água e iria ajudar. Mas com certeza não iria. Com certeza era gim, tequila ou até vodka pura. Oliver tinha se afastado, então não é ele que vai salvar Nicholas dessa. Já me arrependo desde agora, se não desde que Gabriel falou da festa no começo do dia. E então o plano se sucede. Mara é empurrada para cima dele, já bêbado, idiota – mas ele nunca seria tão idiota quanto Gabriel e Pedro – e a menina faz o que lhe é mandado. Nicholas caiu na piscina. A festa inteira virou a atenção para a cena, em silêncio. A música pausou. O silêncio desconfortável logo foi quebrado por Pedro, berrando algo sobre “Ih! O novato tomou um fora!”. E as risadas começaram. Estavam me fazendo sentir estúpido e um arrogante, porque eu não impedi esses três babacas de fazerem isso? Foi a semana inteira assim, não largaram do pé do garoto! Cansei, me revoltei contra os dois por um segundo e fui ajudar o menino que estava quase se afogando na piscina de Augusto. Pulei lá dentro e agarrei Nicholas pela cintura, arrastando-nos para fora. Sei que os outros viram, mas não me importo. Ainda seguro o menino, logo jogando seu braço nos meus ombros, para que ele pudesse ter equilíbrio.

-Qual é?! – Pedro berrou para mim quando passei na frente deles.

-Não! – foi a única coisa que eu respondi.

Eles não disseram nada, então continuei levando Nicholas até a sala de estar da casa. Nesse ponto, não ligo de estar ensopado e ensopando a casa toda. Deixo, gentilmente, Nicholas no sofá e vou atrás de uma toalha. Revirei a casa, vociferando de raiva, então achei. Voltei até o menino que praticamente dormia, acho incrível que Oliver ainda não tenha se tocado. Do mesmo jeito, começo a secar seu rosto, seus cabelos encaracolados e um pouco longos, podendo passar a mão em sua face, decorando seus traços, sentindo seu ser. Eu queria ser mais poético, mas estou enfiado num time de futebol que eu nem dou bola. Luna e Ame passam por mim, me olhando com cara de nojo e depois rindo. Eu não ligo. Finalmente termino de secar Nico e eu, me ajeito ao lado dele e fico olhando para o chão. De repente, ele chega mais perto de mim, escorando em meu ombro para dormir. Sua mão estava livre, aberta do meu lado, então a segurei delicadamente, entrelaçando nossos dedos, fazendo um carinho súbito no lado de seu indicador. Vi um sorrisinho se formar em seu rosto, me enchendo de algo quente, algo que me faz sentir o vapor sair de minhas orelhas, me deixando vermelho, vermelho e mais vermelho! Com borboletas no estômago, dei um sorriso também, cheio de felicidade dentro do peito, cada átomo de mim feliz, colidindo com alegria. É tão estranho, nunca me senti assim antes e ainda quero sentir mais e mais, quero esse sentimento sendo fundo, profundo, maior que o mundo! Eu apenas segurei sua mão, mas mesmo assim sinto que minha vida melhorou em cento e cinquenta por cento. Aproximo-me um pouco mais dele, nos aconchegando, tentando ficar quente e aqui dentro fica. Como nunca ficou antes.

Ficamos assim por um tempo, nem sei quanto tempo se passou. E eu não ligo. Oliver finalmente passa por nós e se surpreende.

-O que aconteceu?! – achei que ele fosse me engolir.

-Primeiramente, calma. Eu vou te contar e você precisa manter a calma, o menino aqui – aponto para Nicholas com minha mão livre – já está bêbado e deve estar morrendo de dor de cabeça.

-Vá em frente.

-Pedro e Gabriel embebedaram Nicholas para jogá-lo na piscina na frente de todo mundo.

-Então o silêncio desconfortável era isso? Bem que eu ouvi alguém berrar alguma coisa sobre o novato, mas eu estava lá fora com Rafael e Guilhermo. – suspira – Ele está bem?

-Mais ou menos, ele meio que se afogou ou bebeu água da piscina, já bêbado e tudo mais. O que eu faço?

-Você não vai fazer nada! Eu vou levá-lo para a casa dele e você vai ficar longe dele!

-Mas eu não fiz nada! – contestei.

-Mas esses seus “amigos” estão fazendo! Você não vê? Nicholas virou o saco de pancadas daqueles imbecis. E se você ligasse mesmo para ele, faria algo antes deles o machucarem! – ficou vermelho. Tirou o celular do bolso e logo discou qualquer número, se afastando para falar com a pessoa que buscaria os dois. Ah, suspiro. Queria que ele soubesse.

Eu me jogaria na frente de uma bala para proteger Nicholas, mesmo sem saber o porquê. Queria que Oliver visse isso. Queria que ele tivesse me visto tirando Nicholas de dentro da piscina, quase se afogando. Queria que ele visse o que acontece na minha mente, o que eu faria para defender Nicholas e como eu me arrependo de não o fazer quando devo. É um saco, acho até que ele está certo. Ainda não soltei a mão do menino. Viro minha cabeça, perto da testa de Nicholas e lhe dou um beijo suave, não dava nem para sentir meus lábios em sua pele. Quero que ele saiba que eu me importo com ele e me machuca deixá-lo sozinho quando sei que posso ajudar, que posso parar o mal que aqueles outros fazem. Nicholas dá outro sorrisinho, me enchendo de determinação, não vou desistir tão fácil! Eu posso ser amigável, eu posso ajudar, posso ser útil na vida dele!

-Oliver... – chamo cabisbaixo. – Não faz isso comigo, cara. Não me afasta do Nicholas, não.

-O quê...?

-Sei que Nicholas é seu melhor amigo, mas eu posso te mostrar que também posso ajudá-lo! Por favor, não me coloca longe dele...

-Certo, calma, cara. Mas eu vou levar ele para casa. Estou com medo do pai dele ficar bravo, meu Santo! – coloca a mão no peito, suspirando.

-Você quer que eu te ajude? Por favor! – peço, sem pensar.

-Tá, nossa. Fica calmo, parece que eu estou te dando uma sentença de morte.

Sorrio. Passaram-se os minutos até que o pai de Oliver chegasse, nos levando para casa de Nicholas. Não sei como iremos entrar, não sei se Nicholas está com a chave. Checo seus bolsos fico um pouco mais despreocupado, as chaves estão lá. Outro problema; seu pai. Ah, tudo que é de bem nesse mundo! O homem vai assassinar nós dois! Talvez até leve o pai de Oliver junto! Certo, respire fundo e se concentra. Se o homem disser algo, assume a culpa. É melhor. Assim que chegamos à frente da casa de Nico, jogo seu braço nos meus ombros mais uma vez e o arrasto comigo até a porta da frente. Oliver ligou a lanterna do celular e procurou as chaves que abririam a porta. Não demorou muito, então entramos e levamos Nicholas até seu quarto, no segundo andar – puta que pariu! É karma, óbvio. Deixamos o menino dormindo em sua cama, confortável. Oliver deixa um bilhete dizendo que as chaves estavam no correio, então trancou a casa e colocou as chaves no correio. Brilhante, nunca teria pensado nisso.

Então finalmente fomos embora, Olie me levou para minha casa e eu fiquei a noite inteira pensando no sorriso que Nicholas deu quando segurei sua mão e quando dei o beijinho suave em sua testa. Ainda me enche de alegria. Gosto dele, ele é um menino bom. Quero me aproximar, quero segurar sua mão mais uma vez. Quero Pedro longe e ele perto.

Até que adormeço, ainda sentindo sua mão na minha.


Notas Finais


que lindinho n é mesmo
obg por ler
compartilha essa história com um amigo, fala assim "ow lê essa doidera aqui, é mó doidera"
dai ele vai ler a doidera e vai pensar "nossa que doidera"
mo doidera
beijinhos e brigadeiros e doidera


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...