História No que eu me tornei - Eu quero você

" Era uma vez,
Alguns erros atrás,
Estava na sua mira,
Você me pegou sozinha,
Você me encontrou"

Fechando o chuveiro, pego duas toalhas no cabide e entrego uma a Max. Enrolo o tecido macio no meu corpo, deixando meus cabelos pingando nas costas.

Paro para apreciar a bela vista na minha frente. Ele passa a toalha pelos cabelos, deixando todo despenteado e enrola a toalha na cintura. Voltamos para o meu quarto, ele recolhe suas roupas no chão. Me sento na cama para assistir Max se vestir.

-- Eu não tenho o número do seu celular. - diz ele tirando o celular do bolso.

Eu digo o número e ele salva na agenda.

-- Eu preciso de uma foto.

Ele aponta a câmera para mim e eu sorrio.

-- Eu também.

Aproveito para tirar uma foto dele sem camisa. É uma recordação perfeita para esse momento.

-- Então, eu tenho que ir. - diz ele quando termina de se vestir.

-- Tudo bem.

-- A gente se fala.

Bem quando eu achei que as coisas iam ficar estranhas entre a gente, ele me dá um beijo na testa. Foi fofo.

-- Tchau. - sussurro quando ele vai embora me deixando sentada na cama de toalha, toda dolorida, com minha colcha suja de sangue no chão.

Quando meus pais chegam, o jantar está pronto, meu cabelo está quase seco, a colcha escondida debaixo da cama. Me sinto diferente, mas eles não percebem. Eu continuo a mesma por fora. Quando me deito para dormir, vejo uma mensagem no meu celular.

* você está bem? *

É da Stef.

Ela me mandou uma mensagem de manhã.

* Quer vir para cá? *

Mas eu não respondi, estava ocupada demais aprendendo a jogar sinuca. Mas agora eu tenho que responder.

* Está tudo bem. A gente se fala amanhã *

Tento dormir, mas demoro muito a ser vencida pelo cansaço. Ainda sinto os lábios de Max, suas mãos passando pelo meu corpo. Me lembro dos seus olhos.

Não sei com que cara eu vou olhar para ele amanhã. Não sei nem se ele vai querer me ver, eu estou muito envergonhada.

Acordo com meu celular tocando, procuro por ele debaixo do meu travesseiro, quando olho para a tela, está a foto de Max. Ah não, ah não. O que será que ele quer?

-- Max

-- Quer subir?

-- Bom dia para você também.

-- Não é mais dia.

-- O quê?

Olho para o relógio da cômoda, passa do meio dia. Eu dormir demais.

-- Então? Quer subir?

-- Quero. Cadê a Stef?

-- Saiu com Sammy.

-- Então, porque você quer que eu suba?

Eu fazia uma ideia, mas queria que ele dissesse.

-- Pra fazer o que não deu tempo ontem.

Não pude deixar de sorrir.

-- Que seria?

-- Sobe e descobre.

-- Tudo bem.

-- O portão está aberto, tranca quando passar. - ele desliga.

Eu aqui preocupada que ele não ia querer me ver, e ele me chama para transar de novo.

Não sei como me sinto com o fato da gente não estar namorando. Minha cabeça fica dando voltas enquanto me arrumo, mas não posso dizer não. Não quero e não vou. Eu vou aproveitar o quanto puder.

O portão está destrancado como ele falou, eu tranco ao passar. A casa está silenciosa. Deixo minhas sandálias na porta.

-- Max? - chamo quando entro na sala e não vejo ninguém.

-- Aqui! - ele grita do quarto dele.

Vou até lá, a porta está aberta, ele está deitado na cama com os braços atrás da cabeça, sem blusa, descalço, confortável, gostoso.

-- Vem cá. - diz ele, jogando as pernas para fora da cama, se sentando.

Me aproximo, ele me puxa pela cintura e eu fico entre as pernas dele.