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História No Ritmo (Ten Chittaphon Fanfiction) - A anja da guarda.


Escrita por: AridnaDoudement

Notas do Autor


Olá pessoas do meu kokoro!

Olha só quem chegou com att atrasada, mas feita com muito carinho?

~Ai ai internet que caiu por três dias e o 4g se foi junto em rebelião~

Dedico esse capitulo a todos os ATen Shipp que restaram depois de levarem tanta surra nesses últimos capítulos u.u

~Snoopy e companhia? Essa é pra vcs~

Tenham uma boa leitura e nos vemos nas notas finais!

Bjs Ari <3

Capítulo 59 - A anja da guarda.


Fanfic / Fanfiction No Ritmo (Ten Chittaphon Fanfiction) - A anja da guarda.

Muitas coisas aconteceram
Sua voz arrastada, sua expressão facial e seus gestos
É como aquele lugar, naquele tempo.

 

Foi você quem disse que estava tudo ok
Você me deixou dizendo que estava tudo ok
Como você tem estado nesses últimos tempos?
Eu me pergunto, talvez.

 

Você não mudou, você continua bonita
Já faz um tempo, tirando a estranheza.

"Como você está, como você está?"
Tirando aquelas saudações óbvias.

 

Está ok, realmente ok
Ok, não está ok
Você disse que me deixar seria melhor
Então, está realmente ok.

 

Pode ser que você esteja se machucando mais
Trazendo à tona as memórias dolorosas em meu coração
Eu apenas sinto muito
Não, sinto mais em dizer que sinto muito
OK.

 

Você está ok, você está ok
Não está ok, não está ok
Eu não posso te abraçar
Então na verdade, eu não estou ok.

 

Está tudo ok, estou ok
Estou muito ok
Tenho certeza que vai ficar ok com o tempo
Então, está realmente ok.

OK OR NOT - 2PM.

...............................

 

Algumas pessoas usam o ditado de “Situações desesperadoras pedem medidas desesperadas” para que as suas atitudes tenham uma justificativa, mas com certeza eu tive a sensação de ia desmaiar a qualquer segundo e provavelmente na frente do automóvel para ele passar sobre mim, quando concordei com o Tennie sobre a minha relação com ele.

Para todos os socorristas eu, Avye Jones, era a namorada mega preocupada com o meu namorado Ten Chittaphon.

Nem tive um momento para surtar com tamanha loucura!

Muito menos tive um tempo para me sentir culpada por nem hesitar ao confirmar as palavras dele, foi como se fosse uma verdade tão óbvia que nem precisei pensar.

Isso é péssimo, muito péssimo.

Foi tudo tão rápido... A pergunta da paramédica, a resposta desesperada dele e a minha confirmação, que quando vi... Eu estava sentada na ambulância ao lado da maca hospitalar dele enquanto as nossas mãos estavam unidas.

Curiosamente, Ten estava quase pra chorar de tanta dor e medo, porém, quando sentei ao seu lado e segurei a sua mão, parecia que tudo tinha se dissipado e ele ficou mais calmo e tranquilo, a única coisa que me fazia ver que ele estava cheio de dores e temeroso com a sua real situação, era ele estar suando frio e mantendo os seus olhos fechados enquanto periodicamente apertar a minha mão de forma inconsciente.

Eu sentia que pelas dores e o começo dos inchaços no Tennie, ele teve um grande azar na defensiva feita pelo adversário, mas pelos olhares parciais dos paramédicos o meu vizinho até que teve uma pequena sorte de sua entorse no tornozelo direito e a sua luxação no ombro esquerdo não serem tão graves.

A paramédica feminina, sentada à minha frente, disse que provavelmente o meu namorado estava sofrendo mais pelo choque que a situação causou do que pelas dores em si.

Eu torcia para continuar com esse diagnóstico até o fim.

Quando chegamos no hospital, permitir soltar as nossas mãos sentindo o olhar dele queimar contra os meus confusos e um tanto culpados. Deixei o Chittaphon nas mãos dos médicos e enfermeiros enquanto assinava a papelada da parte de emergência e dos exames no qual eu podia adiantar para ajudar o meu vizinho.

Assim que sentei na sala de espera optei em digerir toda a situação e dar uma mini-surtada para extravasar o caos dentro de mim primeiro, antes de começar a avisar aos nossos responsáveis sobre todo o acontecido por rápidas ligações – não me surpreendi nada com a rapidez que o alvoroço dos Chittaphon mais velhos se dissiparam assim que eu disse que estava com ele e na maior tranquilidade que eles me informaram que iria chegar no hospital daqui a alguns minutos – e responder as mensagens dos nossos amigos e do meu verdadeiro namorado sobre a situação do meu não-namorado.

Do Ten, apenas Ten.

Nada de namorado. Não existe Ten e namorado em uma frase.

Avye sai desse papel por tudo que é mais sagrado.

Ai céus, eu vou enlouquecer!

Como eu vou encarar o Johnny depois desse vacilo da minha parte? Eu sei que devo estar fazendo uma tempestade em um copo d'água – céus, foi o Johnny quem pediu para que eu acompanhasse o Ten! –, mas toda a situação passava a sensação de que eu tinha de alguma forma regredido tudo dentro de mim.

Ficar perto do Ten ainda era de certa forma muito perigoso para mim, para os meus sentimentos ainda tão frágeis e para o meu pobre coração que parece ser mais teimoso que o Snoopy com o shipp dele.

Eu gostava muito do Johnny – muito mesmo – e sentia que o paraíso estava na terra quando estava com ele, mas estar perto do Ten parecia que destruía toda essa sensação e abrir uma porta que eu tinha com muito custo pregado com mil tábuas de madeira.

Isso era péssimo, a situação toda era péssima.

– Você é a acompanhante de Ten Chittaphon? – questiona uma jovem enfermeira, me tirando do meu surto interno e se aproximando com cautela de mim, me levanto assim que escuto o seu questionamento e empurro todos emaranhados de sentimentos e surtos para o mais fundo das profundezas dentro de mim.

– Sou. – confirmo, parando na sua frente e a encarando ansiosa – ele está bem? Aconteceu algo? A situação dele é mais grave do que o suposto pelos paramédicos?

– O jovem Chittaphon está bem. – tranquiliza, abrindo um sorriso complacente – os resultados dos exames são otimistas e rápidos de serem solucionados. – então completa em tom sereno e olhar gentil – precisaremos fazer apenas alguns outros exames para dar um quadro mais completo, por isso ele terá que ficar em observação por algumas horas aqui.

– Qual a situação dele até o momento? – Continuo com os questionamentos, ficando cada vez mais calma com a situação e menos pessimista com o estado do meu vizinho.

– Ele teve uma leve torção tornozelo direito e deslocou o ombro esquerdo, então precisará usar uma tipoia e uma bota ortopédica por algumas semanas. – responde, de forma didática e suave – Ele precisará ficar estabilizado e em repouso para ter um tratamento mais eficiente.

– Eu posso vê-lo? – peço por fim, um pouco inquieta e tímida, ouvindo os berros dentro de mim cheio de frustração, pois eu deveria querer postergar esse momento e não querer tão rápido assim.

Mas era apenas preocupação, eu penso brigando contra aquela parte revoltada dentro de mim, precisava vê-lo com os meus próprios olhos para ficar tranquila de verdade.

Vejo-a assentir em concordância antes de começar a me guiar pelo hospital até o leito que o Ten estava de repouso e acompanhado por outra enfermeira. Contudo, quando estávamos nos aproximando do ambiente que o meu vizinho estava, observamos alguns olhares serem direcionados para ele e a profissional de saúde, no qual ambos estavam começando a entrar em uma conversa bastante calorosa e cômica de se assistir.

– Eu sinto que está tudo rodando, mas eu estou bem. – ouço-o, argumentar, com o semblante já enjoado, porém, temeroso, como se qualquer coisa que ele dissesse poderia fazer com que a moça a sua frente segurando uma seringa enorme pescasse no ar o seu medo oculto – Eu juro.

– Se você está com tontura ou vertigem, eu preciso fazer essa coleta o mais breve possível. – contra-argumenta, com toda paciência do mundo e um sorriso intacto.

– Nós não podemos fazer a retirada de sangue mais tarde? – apela, mesclando o olhar da sua pele, para a seringa e a moça – Por favorzinho?

– Você usa algum entorpecente, jovem? – indaga, curiosa e tentando falar em um tom mais baixo, os olhares em volta arregalam juntos com do Ten e vejo as pessoas se inclinarem na sua direção para escutar melhor a resposta dele; a enfermeira ao meu lado solta um arfa perplexo com a pergunta – Está com medo de alguma substância aparecer em seus resultados?

– O que? Não! – arfa Ten aos gaguejos, ficando pálido e em choque com os seus questionamentos, abanando as mãos em desespero – E-Eu só não quero desmaiar por causa do sangue, senhora....

– Eu não sou tão velha assim, rapaz. – censura a moça, vacilando na sua pose de imparcialidade profissional.

E é nesse momento que ela vacila no qual eu percebo que a profissional de saúde junto com o Ten deve ser nova no lance. A enfermeira ao meu lado, já toda vermelha de vergonha e perplexa com o que presenciou, opta por interferir na situação querendo muito acabar com esse momento horrível, no qual nem deveria ter se iniciado. Com bastante sutileza e até certa delicadeza ao se dirigir a outra companheira de trabalho, faz com que tudo seja finalizado e todos desviem os seus olhares para outros lugares.

– Alicia, podemos deixar o exame para mais tarde, eu cuido daqui para frente, obrigada. – assegura a enfermeira ao meu lado chamada Rachel, dando um sorriso complacente ao Tailandês, todo envergonhado e corado, começando a relaxar no seu leito.

A jovem assentiu e logo começou a se encaminhar para o outro leito, deixando a situação por conta da moça ao meu lado que olhava para o seu paciente com um silencioso pedido de desculpas pela forma que foi tratado e pela maneira da outra profissional consigo.

– Você tem hematofobia? – questiona a enfermeira, de forma meiga e humorada, analisando os aparelhos perto dele antes de dar a devida atenção ao Tennie, que estava seguindo-a pelo olhar de forma genuína.

– Medo de ver sangue? – rebate, perplexo com a pergunta, esbulhando os olhos antes de tentar ficar todo despojado e falhando miseravelmente; Ten parecia mais um garotinho deslocado e assustado de seu medo ser revelado do que despreocupado com a situação – Não, não, eu só desmaio, mas não tenho medo não. – frisa, olhando para todos os lugares menos para a moça a sua frente toda sorridente – Não mesmo.

– Certeza? – implico, sem conseguir me segurar, ficando ao seu lado ao arquear as minhas sobrancelhas.

– Absoluta. – refuta, encontrando o meu olhar de forma determinada, comprimo os meus lábios para não rir e jogar outra dúvida sobre o assunto, deixando-a se dissipar.

– Não é sinal de fraqueza ter medo de algo. – argumenta a enfermeira, quebrando o nosso silêncio e fazendo com que desviemos a nossa atenção para ela – É natural e bem saudável ter esses temores, nos deixa mais humanos.

As suas palavras fazem com que Tennie fique com o semblante pensativo enquanto eu concordo com as suas palavras com um breve aceno.

– Eu não tenho medo. – resmunga, teimoso, o meu olhar se ilumina ao encontrar com o olhar da enfermeira e ela entende as minhas artimanhas, aceitando instantaneamente entrar no meu plano bolado em segundos.

– Então você não se importaria de a enfermeira Rachel fazer a coleta para o seu exame agora, certo? – induzo-o, arqueando uma das minhas sobrancelhas enquanto me aproximo dele.

– Certo. – confirma, determinado, começando a se ajeitar no seu leito, caindo direitinho no nosso plano – Pode fazer.

Trocando rápidos sorrisos cúmplices, visualizo a enfermeira se preparar para coletar o sangue do rapaz decidido entre nós, porém, quando ela se aproxima com a agulha nas mãos, a minha atenção se desvia totalmente para o Tennie que agarra a minha mão e enterra o rosto na curvatura do meu pescoço, arrepiando-me instantaneamente e me deixando estática no lugar.

– Obrigado por persuadi-lo, Anja da guarda. – agradece a enfermeira, finalizando a coletagem e fazendo com que Chittaphon se afaste de mim consternado por ter sido feito de trouxa.

O meu coração só faltava sair do meu peito enquanto os meus pulmões tentavam com dificuldade capturar o máximo de ar para que eu não entrasse em colapso.

– Você... – indaga, desacreditado e todo afoito, mesclando o olhar entre nós duas – Vocês duas combinaram isso?!

– Foi instantâneo. – conto, dando ombros e me recuperando do momento inesperado que tivemos – vimos a oportunidade e a pegamos.

– Mandou bem, Anja da guarda. – murmura, balançando a cabeça de leve enquanto digere a situação, deixando o seu olhar brilhar com certo orgulho e amorosidade na minha direção – mandou bem.

– Eu sei. – concordo, abrindo um sorriso satisfeito antes de desviar o meu olhar dele.

Observo a profissional de saúde terminar de escrever na prancheta e inspecionar a situação do Tennie – que persistia em manter o seu olhar em mim, me encarando de forma orgulhosa e intrigada – antes de lançar um sorriso na nossa direção e começar a se afastar.

– Vou deixar vocês a sós um instante. – informa, antes de dar meia volta e retornar pelo caminho que me guiou até aquele leito.

Assim que ela some da minha vista, retomo o meu olhar para o meu vizinho e me permito analisá-lo de forma silenciosa, pela primeira vez desde o momento que cheguei. Tennie ainda estava com o uniforme de basquete enquanto eu estava com a minha roupa de animadora de torcida, conciliar a nossa vestimenta em minha mente faz com que eu lembre da parte da minha conversa com o Snoopy nesta tarde sobre o clichês – se Jungwoo estivesse aqui, ele com certeza iria pontuar algo do tipo nesse momento, antes de se deixar levar pelo seu surto interno ATen.

Chittaphon parecia à vontade em seu leito hospitalar, – ele parecia um verdadeiro modelo posando em meio a correria daquele lugar –, a sua perna machucada estava pousada sobre um travesseiro confortável já protegida pela bota ortopédica enquanto o seu braço que tinha sido deslocado, estava com um suporte ideal para a lesão, como se tivesse sido enfaixado pela tala.

O seu semblante estava sereno e pensativo enquanto o seu comportamento demonstrava estar em alerta, porém, um pouco abatido. Eu estava curiosa com o que ele estava pensando com tanta intensidade ao ponto de deixá-lo alheio a tudo a sua volta, porém, preferi ficar em silêncio enquanto caminhava para uma das cadeiras próximas a sua cama hospitalar.

– Como você está? – indago, após ouvi-lo suspirar contrariado e ficar surpreso com a minha mudança de lugar sem ele perceber.

– Eu estou bem, na verdade, obrigado por vir comigo. – murmura em resposta, se recostando confortavelmente contra os diversos travesseiros em suas costas e não me encarando direito, como se tivesse de certa forma envergonhado com a situação ou consigo mesmo – eu.... Eu estava apavorado em vim para o hospital sozinho, obrigado mesmo.

– Mesmo que estejamos um pouco afastados.... – murmuro de volta, dando de ombros e sentando na cadeira próxima da sua cama – É o que amigos fazem, certo?

– Certo. – concorda, encontrando o meu olhar de forma agitada e envergonhada, começando a me analisar minuciosamente, como se tivesse tentando desvendar as entrelinhas das minhas palavras apenas com o olhar – mesmo eu achando que não mereço.

– Verdade, você não anda merecendo mesmo. – concordo, dando um sorriso ladino enquanto cruzava as minhas pernas e me inclinava em sua direção, encarando-o em desafio.

– Sempre tão sincera.... – resmunga, revirando os olhos e começando a se inclinar inconscientemente na minha direção, o seu olhar parecia ficar cada vez mais esperançoso ao me analisar, porém, via a hesitação e o temor brilhando em meio ao seu intenso acastanhado.

– Eu deveria mentir para você só por estar no hospital? – retruco, descansando o queixo na palma da minha mão enquanto seguia deixando os nossos olhares conectados.

– Não seria tão apelativo pelo olhar alheio se pudesse me mimar só um pouquinho. – brinca, me encarando de forma enigmática enquanto inspeciona o meu rosto a procura de alguma verdade não dita por mim, me fazendo recordar dos nossos papéis na ambulância.

– Eu não sou a Lisa. – lembro-o, com certa dureza na voz que até me impressiona.

– Eu não estou pedindo para que seja. – rebate, com o olhar cada vez mais intenso na minha direção.

– Então o que você quer de mim? – pergunto, com mais suavidade, notando os nossos corpos ficando mais relaxados enquanto parecia que queriam ficar cada vez mais próximos.

– Eu só quero você. – confessa, sem hesitar, me assustando e fazendo com que eu me afaste instantaneamente dele – Como a minha amiga de volta. – se retrata, quando processa as suas palavras em sua mente, o seu olhar se desvia para um ponto qualquer no chão, um tanto envergonhado e melancólico – Só isso.

– Eu nunca deixei de ser a sua amiga, Ten. – profiro, desviando o meu olhar para as minhas mãos ao lembrar da minha promessa que fiz há muito tempo atrás para ele – Eu só pedir que fosse sincero comigo, mas se ainda não consegue ser.... – meu olhar se encontra com os seus – não posso me forçar a enterrar tudo e fingir que está tudo cem por cento bem entre nós, porque não está.

– Me desculpe. – pede, com o olhar insofrido e sincero conectado ao meu – Desculpe-me por tudo. Não só por não ser sincero com você em relação a tudo que nos envolve e tudo enterrado dentro de mim, mas por tudo. – friza; a sua mão direita consegue chegar próxima a minha e eu deixo que as nossas mãos se encontrem – Desde as minhas atitudes que não me orgulho até a minha teimosia grande demais para uma pessoa do meu tamanho.

– Essas palavras devem ter saído lá da alma. – chicoteio, ainda chateada com as suas atitudes e temendo sucumbir às suas palavras para logo ser desapontada novamente.

– Não, essas palavras saíram do meu coração. – assegura, apertando as nossas mãos unidas antes de entrelaça-las – Avye, eu realmente estou arrependido do que fiz, do que disse e do que ainda devo estar fazendo sem perceber.

Eu sinto todo o meu corpo amolecer enquanto o meu coração parece querer virar um tambor dentro de mim de tanto bater. Observo-o levar a costa da minha mão até os lábios e depositar um singelo selar, antes de descansar as nossas mãos unidas em seu peito. O seu olhar era ávido contra o meu que estava totalmente desconfiado com os seus atos.

Porém, eu conseguia perceber tudo dentro de mim desmontar facilmente, ao mesmo tempo, que a minha cabeça já começava a dar o benefício da dúvida, uma nova chance a ele, silenciando com rapidez toda a minha frustração em relação ao conflitos dos meus sentimentos e a situação entre nós.

– Eu sou um ser humano falho que não merece nem a sua companhia agora, mas quero reparar tudo de alguma forma. – continua, acariciando com o polegar a costa da minha mão enquanto me encarava genuinamente – Eu sinto sua falta, Avye.

Eu sinto a sua falta, Avye. Mais o olhar de cachorrinho perdido e abandonado grudado em mim, com tanta intensidade arrependida. Mais essa caricia.... Foi de matar.

Engulo em seco, me dando um tempo para tentar ignorar todo o rebuliço dentro de mim e formular uma frase corrente.

– Eu poderia dizer que há algumas atitudes que são irreparáveis, mas estaria sendo uma pessoa horrível e rancorosa, o que eu não sou. – murmuro.

Eu desviando o olhar e umedecendo os meus lábios para conseguir mais um tempo para raciocinar, mas parecia que toda a minha atenção corporal estava focada apenas no suave acariciar de Chittaphon em minha pele enquanto derretia a favor dele.

Os meus sentimentos em relação a ele, mesmo que eu custasse a enterrar e guardá-los dentro de mim, conseguiam fazer uma erupção avassaladora apenas com um simples toque dele em mim, e eu sabia o quanto essa sensação era perigosa, mas não tinha forças para me afastar dele.

– Eu acredito em segundas chances, eu acredito em arrependimentos, eu... Eu ainda acredito e zelo pela pessoa incrível que você pode ser, Ten. – confesso baixinho, antes de retomar a encará-lo – Mesmo sendo um pouco difícil de visualizar agora, pois ainda dói as suas palavras enquanto não consigo esquecer as suas atitudes.

Ouço-o arfar com as minhas palavras antes de visualizá-lo se esforçar para não deixar as lágrimas que começam a marejar o seu olhar transbordarem, a sua mão aperta a minha em desespero ao sentir a minha tentativa de a afastar. Com muita reluta, afasto a minha mão da sua e recorro a uma certa distância dele, o seu peito começa a subir e descer de forma mais acelerada enquanto o seu olhar desolado se intensifica quase deixando-o insuportável de se olhar.

A sua mão abandonada parecia desamparada sem a minha, porém, sabia que qualquer distância que eu conseguisse dele, faria bem para mim e me pouparia de outros deslizes com ele. O seu olhar pesava contra o meu, com todas as suas misturas de sentimentos, eu conseguia sentir a dor e o arrependimento brilhar com muita intensidade em meio ao seu acastanhado e isso fazia o meu coração apertar dolorosamente dentro de mim, em contrapartida, a minha razão fazia uma reprise de um dos momentos mais dolorosos da minha vida que foram proporcionados por ele, sem nenhuma razão explicável e coerente, mas sim cheia de lacunas e frieza.

Ten precisava escutar a verdade que o silêncio entre nós carregava. Ele precisava sentir que as coisas não seriam tão simples; que eu não iria sucumbir a ele antes de o mesmo aprender da forma mais dolorosa a força que a sinceridade entre duas pessoas que se amam carrega; Ten precisava entender e sentir o peso que uma escolha trás.

Chittaphon fez uma escolha lá atrás e ele escolheu o caminho mais difícil para se tentar reparar os erros cometidos, escolheu nos machucar até as forças de ambos se exaurir.

Se o Ten quer restaurar a frágil conexão que ainda nos une, deve começar a trabalhar as suas inseguranças, deve ser sincero comigo como fui com ele tantas vezes, deve mostrar que quer realmente lutar pelo que sente, não só por sentir a minha falta, não porque se arrependeu de sentir as consequências dos seus atos por conta de uma luz que iluminou os seus pensamentos, mas pela frágil possibilidade futura de existir um nós.

– Você só precisa ser sincero consigo mesmo e deixar essa parte boa dentro de si aflorar, para que assim tudo seja reparado da maneira certa. – concluo, dando um sorriso motivador.

– Então um dia você poderá me perdoar? – questiona, com o olhar ansioso e angustiado para mim, querendo um indício para apostar toda a sua vontade e esperança.

– Vamos ver como você se sai. – murmuro, de forma vaga e inexpressiva, vendo-o concordar e voltar a se perder em seus pensamentos.

Um silêncio reflexivo nos envolve ao passar dos minutos, deixei o meu olhar se perder na movimentação do lugar enquanto Ten se deixava levar pelos seus pensamentos.

Eu sentia o cansaço começar a se apossar de cada membro do meu corpo de forma traiçoeira e cheia de fadiga. Eu não estava exausta só fisicamente, mas também mentalmente, depois de ter essa conversa intensa e significativa demais com o Tennie.

Porém, antes que eu optasse por descansar de alguma maneira, uma pessoa chama a minha atenção. Em meio ao movimento dos profissionais de saúde e pessoas chegando e indo embora do local, a silhueta de Lisa se destaca dos demais.

Quando o seu olhar se desvia para a direção que nos encontramos com as cortinas abertas, aceno para ela a chamando para se aproximar, quando me direciono para o Ten para avisá-lo da chegada da sua namorada, percebo que ele tinha caído no sono nesse meio tempo, então me mantenho em silêncio ao me levantar. Observo-a caminhar rapidamente na nossa direção, dispersando o seu semblante preocupado para ficar mais tranquila ao visualizar a minha presença. Ela se posiciona do outro lado da cama deixando Tennie dormindo entre nós.

– Avye, que bom que você está aqui. – profere, um tanto aliviada com a minha presença, sorriu para ela e logo o nosso olhar se desvia para o Chittaphon dormindo – como está o TNT?

– Tirando a torção no braço enfaixado e a perna imobilizada, ele está bem. – conto, tentando manter a situação mais amena e vejo-a assentir com um sorriso compadecido para mim enquanto o seu olhar permanece no rapaz dormindo – ainda falta chegar alguns resultados, então ele ficará em observação até lá.

– Ah, que bom. – comenta, abrindo um sorriso aliviado antes de desviar o seu olhar para mim – como você está? Precisa de algo?

– Ah, Eu... – hesito, totalmente surpresa com a sua amorosidade comigo – Eu estou bem, obrigado por perguntar. – vejo-a sorrir antes de dar a volta no leito e parar ao meu lado – não sei de nada que precise no momento, então está tudo certo. – ela tira o seu casaco de frio e coloca sobre os meus ombros afagando de leve os meus braços para me esquentar – Lisa...

– Avye, você está apenas com essa roupa de animadora, deve estar morrendo de frio de estar aqui assim, então fique com o meu casaco. – argumenta, amável e genuinamente preocupada.

Meio hesitante visto o casaco e vejo-a aprovar a minha ação, ela direciona um olhar enigmático na minha direção, fazendo-me arregalar os olhos ao escutar as suas palavras proferidas em sequência.

– Além do mais, você vai precisar desse casaco para passar a noite aqui com o TNT.

– Você não veio ficar com ele? – indago, de imediato e totalmente surpresa.

– Não. – responde, de forma meiga e em um tom conspiratório – ele está em boas mãos com você.

– Mas você... Bem... – murmuro, ficando corada de vergonha por estar falando o óbvio para ela – Você é a namorada dele, pensei que quisesse ficar com ele para não ficar preocupada com o estado dele e consequentemente acompanhá-lo.

– Nós não estamos mais namorando. – conta, dando de ombros, de boa com tudo e me fazendo ficar boquiaberta com a notícia – terminamos faz algumas semanas, mas ainda nutrimos um carinho amigável de sempre, por isso vim ver se ele está bem e está em boas mãos.

– Nossa, eu não sabia... – murmuro, deixando a minha voz sumir gradativamente, ficando mais encabulada e encarando-a envergonhada.

– É, eu tinha a sensação de que esse idiota não tinha contado para você, ele acha que ficar sofrendo pelos cantos e te ver bem com o Johnny é o suficiente pra ele, mas sabemos que não é. – comenta, cruzando os braços e mesclando o olhar entre nós, fazendo com que eu abaixe o olhar não querendo que ela veja a verdade estampada nos meus olhos – Ten quer ser uma pessoa mais madura para tentar lutar por você, mas não adianta nada ele não bater de frente com o que sente por você e dar a cara a tapa para tudo começar a entrar nos trilhos. – ela solta um suspiro consternada enquanto eu permaneço cada vez mais sem palavras – eu já disse que ele está fazendo tudo errado, mas essa teimosia dele me mata... – seu olhar se encontra com os meus e ela abre um sorriso otimista – Eu sinto que aos poucos ele vai aniquilar esse defeito e vai lutar por você, não se preocupe.

– Eu não sei nem o que dizer...

– Não precisa dizer nada. – assegura, deixando alguns tapinhas no meu ombro direito – Apenas dê uma chance para o TNT tentar consertar as coisas e veja diante dos seus olhos ele se tornar uma pessoa melhor, uma pessoa que merece o seu amor.

Assinto com um breve aceno enquanto deixo que as suas palavras sejam processadas na minha cabeça, desvio o meu olhar para o Tennie alheio a tudo, dormindo serenamente, e observo-o por alguns minutos absorvendo as palavras de Lisa.

Sinto o meu coração apertar, ao mesmo tempo, que a minha cabeça pondera toda a situação um tanto esperançosa demais. Contudo, saiu do torpor dos meus pensamentos ao notar a mão de Tennie procurar pela minha inconscientemente e o seu semblante ficar franzido, permito que as nossas mãos se encontrem e vejo-o solta um suspiro profundo ao relaxar o seu corpo.

– Idiota. – resmungo, entrelaçando as nossas mãos e deixando um sorriso abobalhado se espalhar pelo meu rosto sem conseguir contê-lo.

– Como o TNT está parcialmente bem e em boas mãos. – anuncia Lisa, fazendo com que eu retorne a minha atenção para ela, deixando um sorriso agradecido florescer na sua direção – eu vou voltar para casa com notícias mais animadoras e despreocupada com o meu amigo.

– Certo, eu vou ficar com ele. – asseguro, dando de ombros – obrigado pelo casaco e pelas palavras, Lisa.

– Vai sim. – concorda, com um sorriso suspeito antes de começar a se despedir de mim e se afastar do leito – não há de que, nos vemos depois, Avye!

Observo-a caminhar despreocupadamente para fora da área de leitos e passar pelas portas duplas do ambiente, nos deixando para trás sem sequer dar uma olhadela na nossa direção, provando mais uma vez a sua segurança a respeito da situação e a sua confiança em mim, me deixando encucada com tudo o que aconteceu em questão de minutos.

Deixo o meu corpo se debruçar na cama hospitalar enquanto o meu olhar se perde nos sutis movimentos de Tennie adormecido. Na forma que ele se ajeita e leva a minha mão até o peito, deixando as nossas mãos entrelaçadas descansarem sobre o seu coração que bate com suavidade, o pequeno sorriso satisfeito que se esbanja preguiçosamente em seu rosto com o nosso contato, o seu semblante ficando em paz e o seu corpo continuando a ficar relaxado.

Permaneço a encarar o Tennie dormindo enquanto deixo-me levar pelos meus pensamentos cheios de questionamentos, tentando realmente entendê-lo, mas sem nenhum sucesso. Diálogos salvam vidas e situações extremas, mas por que ele não conseguia fazer isso quando a situação envolvia nós dois? O que fez ele querer se afastar de mim ao ponto de lutar contra o que ele sente? Sentia que era muito além de uma simples insegurança, estava mais voltado para a sua teimosia e o seu orgulho.

Poderia ser uma pessoa, talvez? Uma pessoa que não fosse a Lisa, já que ficou evidente que ela só falta nos grudar pela eternidade... Será que ele se afastaria por conta do Johnny? Não.... Deveria ser alguém que tivesse enfrentado ele e fez com que os seus defeitos tomassem conta de toda a situação, Johnny provavelmente seria ele mesmo e deixaria o Tennie mais pensativo do que ao ponto de me machucar.

Eu não conseguia imaginar algo ou alguém que pudesse fazer com que ele procurasse a via mais difícil do que me contar sobre a situação e ver uma possibilidade que poderíamos resolver juntos. Com certeza eu terei que esperar ele para abrir o jogo pra mim, até lá vou viver cheia de especulações sobre tudo, queria que as coisas não fossem assim, mas temia que se eu o pressionasse, em meio a esse momento milagroso onde ele quer reparar tudo entre nós, Chittaphon desse uns mil passos para trás e desistisse de tentar consertar as coisas.

Se isso acontecesse, aí eu realmente nunca saberia das coisas que o Ten anda me escondendo, na qual faz com que ele aja com impulso e preferindo as consequências do que resolver de vez a situação se desenrolando na sua frente.

Solto um suspiro profundo e resignado, antes de acomodar a minha cabeça sobre o meu braço descansando sobre o leito hospitalar. Deixo as perguntas entrarem em uma caixinha para indagar depois e me ajeito para cochilar um pouco.

Não sei quanto tempo se passa até ser despertada, sentindo carícias no topo da minha cabeça e posteriormente ouvindo a voz da tia Waan anunciar a sua chegada junto com o tio Niran. Ao abrir os meus olhos me surpreendo com a mão do Tennie se encolhendo de perto de mim e o seu olhar se desviar para um canto qualquer envergonhado por ter sido pego em flagrante.

Aprumo o meu corpo na cadeira enquanto ouço os murmúrios do pais do Tennie discutindo entre não falar nada sobre o que viram e dividirem o que cada um vai fazer para que comecemos a nos ajeitar para irmos embora do hospital. Logo vejo de relance tio Niran parar uma enfermeira e começar a conversa sobre a situação da alta do Ten, ao mesmo tempo, que tia Waan começa a paparicar o filho soltando algumas perguntas sobre o ocorrido.

Não demora muito para pegarmos todos os resultados e os pais do Chittaphon conseguirem a alta do hospital para o filho. Eu e a mãe do Ten nos mobilizamos para ajudar o Tennie até o carro enquanto tio Niran recebia as instruções do especialista, sobre os cuidados que teriam que ter em casa com o filho.

Eu fiquei com a parte de ajudá-lo a ir até o automóvel enquanto a tia Waan abria as portas e deixava o caminho livre para nós dois passarmos com tranquilidade, sentia Chittaphon tentando facilitar tanto o peso quanto a nossa velocidade para chegar no nosso objetivo, me fazendo ficar mais atenta a ele não ultrapassar a sua capacidade, ao mesmo tempo, que agradecia-o mentalmente, pois o caminho foi bem rápido e confortável até o carro.

O caminho até a residência dos Chittaphon foi tranquila, por mais que eu tenha ficado bastante cautelosa durante todo o trajeto por conta da tala e da bota ortopédica, como também por causa do conforto do Tennie no banco. Assim que chegamos a casa, descemos do carro e fizemos o mesmo combinado do hospital, com a tia Waan abrindo o caminho para que eu e o Chittaphon possamos seguir o percurso até o seu quarto no segundo andar.

Quando a mãe de Chittaphon abre a porta do quarto dele para nós, ela logo se retira do cômodo ao escutar o tio Niran chamando-a no andar de baixo. A sós, caminhamos em silêncio e sem pressa alguma até o seu leito, no entanto, para o meu desespero quando chegamos a cama, o meu pé bate em um dos suportes dela e me desequilíbrio com o Ten a minha volta, fazendo com que eu caia sobre ele na cama.

– Tennie, eu te machuquei?! – indago, desesperada, me firmando nos meus antebraços para tirar o meu peso de cima dele e visualizá-lo melhor – está tudo bem? Por que você fechou os olhos? Você morreu de dor? Oh meu deus, eu desloquei o seu braço de novo?!

– Avye, se acalme. – pede, aos sussurros, abrindo um sorriso preguiçoso enquanto permanece de olhos fechados – Eu estou bem, você caiu no meu lado bom. – tranquiliza-me, começando a envolver a minha cintura com o seu braço bom – agora me deixe usufruir desse momento só por alguns segundos.

– Você deve estar de sacanagem com a minha cara. – resmungo, soltando o arfar incrédulo, dando um tapa no seu ombro bom – Sério que você vai jogar uma dessas agora?! – ralho, sentindo-o soltar uma rápida risada com a minha reação.

Começo a tentar me levantar, porém, sou impedida pela pressão do seu braço direito à minha volta me fazendo ficar na mesma posição, encaro-o enraivecida e consternada com a sua atitude.

– Ten, me solta. – mando, sem paciência e dura.

– Me chame de Tennie de volta. – pede, abrindo os olhos e encontrando o meu olhar, de forma ávida e sincera – Dói quando você não me chama assim.

– Você deveria ter pensado nisso antes de fazer besteira. – retruco, irredutível e um tanto magoada, sinto a sua mão amenizar a sua pressão e subir pelas minhas costas, deixando a minha respiração descompassada e fazendo com que eu o encare em alerta – Ten, não.

– É tão bom estar assim com você. – confessa, sincero e amoroso.

Chittaphon deixa a palma da sua mão pousar em meu rosto e começa a deslizar pela minha têmpora enquanto deixa o seu olhar gravava cada detalhe do meu rosto tão próximo do seu, seu ato faz com que eu estremeça involuntariamente por causa do seu toque e ao sentir a intensidade do seu olhar contra a minha pele.

– Não faça isso. – peço, sem firmeza, fazendo com que ele pare a sua mão em meu ombro e aproxime os nossos rostos, com a sua aproximação perigosa eu me encolho sentindo o seu selar na minha testa.

– Sabe o quanto desejei estar assim com você de novo? – sussurra, contra a minha pele, fazendo com que eu feche os meus olhos com força.

Eu não acredito nisso!

Como ele ousa fazer isso comigo? Qual o problema dele? Nós não estaríamos nessa situação se não fosse por culpa dele! Que direito ele tem de tomar tamanha liberdade?! Eu tenho que reagir... Ele não pode agir assim, como se.... Como se tivesse conseguido tudo apenas por esse momento de fraqueza e falta de reação!

Eu me odeio tanto por ser fraca demais quando a situação envolve ele…. Droga de primeiro amor.

Como o Ten pode me garantir que no dia seguinte não vai virar a própria representação da Antártida e uma pessoa com perda de memória? Eu não posso sucumbir a ele, não tão fácil assim, não na situação em que nos encontramos, não sem antes de ele mostrar que está mudando de verdade, não sem antes de ele ser sincero comigo.

Eu não posso magoar mais ninguém, não o Johnny e nem a parte de mim que conseguiu se erguer.

Eu tenho que ser forte, eu preciso ser forte.

– Não, não sei e não quero que me conte. – profiro, tentando recuperar o controle da situação e socando de volta para as profundezas todos os sentimentos borbulhantes dentro de mim – Ten, eu estou com o Johnny. – friso – Não é porque você terminou com a Lisa que automaticamente eu terminei com ele também.

– Eu sei. – suspirou, mordendo o lábio inferior, totalmente tentado com toda a nossa aproximação, mas logo esbugalha os olhos enquanto eu saio de cima dele, pegando uma boa distância dele – Peraí, como você sabe que eu terminei com a Lisa?

– Não importa. – resmungo, impaciente, colocando as mãos nos bolsos do casaco e desviando o meu olhar para um ponto qualquer na parede.

– Verdade, não importa. – concorda, começando a se levantar e fazendo com que eu o pare, segurando os seus ombros com certa força.

– O que você está fazendo?! – pergunto, horrorizada e desacreditada com os seus atos.

– Não vá embora, Avye. – pede, segurando o meu casaco com certa urgência enquanto erguia o seu rosto para mim e começava a suplicar pelo olhar – Eu vou me comportar, eu juro.

– Ten...

– Me desculpe por ter ficado tentado e não ter respeitado o seu relacionamento com o Johnny. – pede, com um fio de voz, com os olhos além de suplicantes, estavam marejados – foi horrível da minha parte, não farei mais.

Quando Tennie sente as minhas mãos se afrouxando dos seus ombros, ele me puxa para sentar ao seu lado e eu cedo, soltando os seus ombros e me sentando ao seu lado, desviando o meu olhar para a parede à nossa frente.

Solto um suspiro entrecortado ainda afetada com a nossa aproximação, porém, de vez repelir e me afastar, eu deixo-o invadir e ficar o mais próximo que quiser de mim, mesmo sabendo que ele é um perigo total para mim.

– Obrigado. – murmura, soltando um suspiro aliviado enquanto quebrava o pequeno silêncio entre nós – você poderia ficar até eu dormir?

– Eu não vou ficar te paparicando. – aviso, fazendo-o rir.

– Eu sei, eu só preciso da sua presença para dormir bem. – assegura, meigo e amoroso, fazendo o meu coração não saber se para ou bate mais forte.

– O Dez vai ficar chateado. – pontuo, engolindo em seco.

– Certo, eu só preciso da sua presença ou a do Dez para que eu possa dormir bem. – se retrata, entrelaçando os nossos braços e pousando a sua cabeça no meu ombro – mas se eu tiver os dois é o paraíso.

– Ten. – chamo-o, quase de forma estrangulada.

– Hum?

– Espaço. – peço, soltando um suspiro.

– Desculpe. – pede, abrindo um sorriso fofo antes de se afastar de mim e deitar de volta na cama.

Como alguém consegue sobreviver a esse limbo de vontade de querer bater na pessoa enquanto quer ficar sem ar de tanto beijá-lo? Por que o Ten tem que ser tão idiota? Por que eu tenho que ser tão idiota por ele? Eu já fui tão inteligente, parece que eu tenho perda de neurônios quando estou com ele, é a única explicação.

Ajudou-o a se arrumar na cama, deixando um travesseiro debaixo da sua perna machucada e cobrindo-o com um lençol, ele se ajeita até ficar confortável no seu leito. Quando ele fecha os olhos e começa a relaxar, sento ao seu lado e deixo que ele entrelace as nossas mãos ao passo que se caminha para o mundo dos sonhos.

Quando noto que o Chittaphon adormeceu, me levanto e vou à procura do nosso cão, assim que encontro o Dez levo-o até o Tennie e o faço ficar com o dono para não deixá-lo sozinho e desamparado.

No entanto, assim que fecho a porta do quarto do Tailandês atrás de mim, eu infelizmente dou um encontrão em uma pessoa passando no corredor na mesma hora. Quando ouço a voz da pessoa perguntando se eu estou bem, a sua voz inconfundível faz com que toda a minha atenção seja desviada para si enquanto faz todo o ar contido no meu corpo se esvair.

A pessoa que tinha me encontrado sem querer era, nada mais e nada menos, que a minha mãe.

 


Notas Finais


Olá pessoas do meu kokoro!

Eu to tão boiola e cheia de esperanças depois de escrever esse capitulo que vocês não tem noção haushuashashha

Esse capitulo é a forma de dizer que finalmente as coisas estão se encaminhando para entrar No Ritmo! \0/

Já está na hora de arrumar a casa e dar esperança pro povo :3

[PREVIA] Vamos ter A conversa de mãe e filha... Será que o nosso Tennie será o único a aderir as mudanças e fazer o certo nessa fanfic? Vamos a torcida!

Espero que tenham gostado do capitulo!

Até sexta-feira, pessoal? Acho que até lá já escrevi o capitulo novo hahsuashasha

Bjs Ari <3


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