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História No te Olvidé - Prólogo


Escrita por: Rileyy

Notas do Autor


Bem vindos a essa nova história. Espero que apreciem. Não esqueçam de comentar. Beijos

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction No te Olvidé - Prólogo

  Leticia Padilha Solis


-Mas Aldo, você pode conseguir alguma produtora por aqui mesmo, não há necessidade de ir até a Capital para isso. -Leticia Padilha Solis tentava convencer seu chefe e amigo a desistir daquela ideia.

-Não da amor, sabe bem que a melhor casa produtora fica lá. -Aldo respondeu ajeitando alguns papéis dentro de sua pequena maleta.

-Não na Conceitos Aldo, não me force a voltar lá. Sabe bem que tenho motivos muito fortes pra não querer colocar meus pés naquele lugar. -Implorou. Dois anos haviam se passado desde que Leticia havia deixado a empresa. Dois longos e sofridos anos desde que se mudara para o litoral para recomeçar a vida e esquecer todo o pesadelo que havia vivido.

-Eu sei que não será facil para você, Leticia, mas ja faz tanto tempo. -Se aproximou dela. -Eu realmente preciso fazer uma divulgação pesada em cima do meu livro ou jamais te pediria algo desse nível. -Tocou seu rosto. -Você é a melhor assistente desse mundo todinho meu amor, eu te amo de verdade, mas preciso que vá comigo.

-Aldo...

-E você ja aproveita e reencontra seus pais, fazem meses que vocês não se vêem. Devem estar mortos de saudade. -A interrompeu. Já estava decidido. -As 9:00 horas no aeroporto. Não se atrase. Precisamos fazer Check-in e despachar as malas. Leve roupas adequadas, vamos nos reunir com o presidente da empresa, departamento de criação e tudo o que você já conhece. -Sorriu. -Até amanhã meu bem.-Disse passando por ela e a beijando no rosto.

Era um pesadelo, só podia ser. Justo agora que tinha conseguido superar em partes, estava sendo obrigada a retornar para aquele lugar e aquelas pessoas que tanto lhe fizeram mal. Ela estava diferente. Não era mais aquela menina que tinha saído chorando da empresa e viajado com Carolina para o litoral. Não tinha mais a mesma aparência de antes ou os mesmos sonhos, mas ainda assim era torturador se imaginar entrando naquele inferno novamente.

Apesar da companhia constante de seu anjo da guarda, Carolina Angeles, os primeiros seis meses ali não tinham sido nada fáceis. Ela chorava dia e noite tentando entender como tinha deixando sua vida seguir aquele rumo assustador. Carol a tinha indicado para trabalhar com

Aldo e foi somente a partir daquele momento que começou a ter um pouco de tranquilidade. Aldo era um homem lindo, autêntico e muito expansivo. Tinha o dom de usar as palavras para melhorar seu humor e não era a toa que estava publicando seu terceiro livro. Com seus conselhos, carinho e acolhimento, Aldo lhe mostrou o outro lado da vida. Um lado bonito e cheio de esperança de dias melhores.

Depois de muita conversa com o amigo, em seu primeiro aniversário no litoral longe de sua familia e amigos, Leticia decidiu mudar. Deixou de lado a velha trança e cabelo lambido, o óculos fundo de garrafa e o terrivel aparelho. Passou por procedimento estético aplicando laser nas pequenas manchas que tinha no rosto, fez compras em um shopping pela primeira vez e passou uma tarde inteira no cabelereiro. Saiu de lá uma nova Leticia. Irreconhecível, como seus pais mesmo haviam dito. Carolina tinha ido de passeio naquele dia fazendo questão de dizer que aquele data deveria se tornar feriado nacional, o dia do renascimento de Leticia Padilha Solis. Quando se olhou no espelho pela primeira vez depois de um longo dia, Lety mal pode acreditar que era mesmo ela que estava em frente ao espelho. Seu cabelo estava maravilhosamente colorido de loiro avermelhado, maquiagem muito leve, deixando o mais natural possível. A pele hidratada e as roupas discretas, mas estremamente bonitas acentuaram curvas que ela nunca imaginou ter. Naquele momento percebeu que tinha se escondido dentro de uma casca por tempo demais. Tentou amadurecer, se dedicar ao trabalho e nunca mais permitir que ninguém a machucasse e estava dando certo.

Se tornou amiga e assistente executiva de Aldo Domensaín, além de contadora e administradora dos dois restaurantes que ele possuía, um na beira da praia e o outro no centro da cidade. Tudo, exatamente tudo, era ela quem resolvia. Tinha a total confiança dele enquanto ele se dedicava a fazer as duas coisas que mais amava na vida: cozinhar e escrever.

Por isso sabia que mesmo que fosse tão difícil, teria que enfrentar seus fantasmas e retornar a Conceitos. Aldo ja tinha feito tanto por ela, não poderia decepcionar o amigo, jamais!

-Me ajuda meu Deus. -Leticia implorou em voz alta, fechando os olhos umedecidos pelas lágrimas. Tinha que tomar coragem, ir para casa e arrumar suas coisas para viajar na manhã seguinte e sem tempo nenhum para se acostumar a ideia.

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Fernando Mendiola

-Então querido presidente, vai criar coragem hoje e sair pra tomar um wisk e arrumar uma gatinha? -Omar entrou na sala da presidência como sempre fazia, sem bater.

-Não! -Fernando respondeu serio, sem nem ao menos levantar a cabeça para olhar para o amigo. -Tenho muito trabalho hoje. Amanhã vem um cliente muito importante que vai nos gerar bastante lucro. Preciso me preparar.

-Lucro irmão? Mais? Faz um ano desde que a Conceitos se recuperou daquele "probleminha" e voltou a dar lucro. -Omar riu.

-Probleminha esse que você causou não é? -Fernando largou a caneta sobre a mesa e se levantou. A barba estava por fazer e ele não tinha mais aquele semblante de antes. Tinha um olhar sombrio e entristecido. -Na verdade Omar, achei que tinha ficado bem claro pra você que eu não quero sair pra beber, não com você! -Disse colocando as mãos nos bolsos.

-Que isso irmão? -Omar afrouxou o nó na gravata. -Nunca vai me perdoar mesmo?

-Eu já perdoei Omar, só não acho que tenhamos a mesma conexão de antes. -Suspirou. -Por pouco não perdemos tudo naquela época. Não fosse a... Leticia ir embora sem contar nada, teriamos afundado a Conceitos na lama, eu teria perdido meus pais, a empresa, tudo! Por causa da sua maldita carta. -Cerrou os dentes.

-A horroLety fez bem em ter ido embora caladinha. -Omar riu.

-Cala a boca imbecil. -Revirou os olhos. Um amargo desceu em sua garganta quando ouviu Omar se referir a Leticia daquela forma. Ja faziam dois anos, mas ainda carregava a culpa e a dor de ter perdido a mulher que amava. E o pior, não sabia sequer onde ela estava.

-Não entendo porque se importa tanto.

-Você não precisa entender Omar. Va pra casa, arrume uma garota e me esqueça, ok? -Fernando pediu, retornando ao seu lugar na mesa. Quando ficou sozinho, ele clicou nas imagens do computador e a foto de Leticia apareceu ampliada na tela. O sorriso doce, o olhar meigo fizeram seu peito doer.

-Que saudade Lety, que saudade! -Ele sussurrou e lágrimas brotaram em seus olhos. Dois anos e ainda não tinha conseguido esquecê-la. Tinha perdido a única mulher por quem havia se apaixonado verdadeiramente em toda sua vida.

Depois que Leticia partiu sem sequer dizer adeus, deixando apenas um bilhete e a maldita carta do Omar dentro de um envelope sobre sua mesa, sua vida desmoronou por completo. Na carta ela falava sobre a decepção que sentiu ao ler a carta do amiguinho dele, das vezes em que planejou se vingar, de tudo o que fez para tentar forçá-lo a falar. Do quanto chorou e sofreu por ele e de como decidiu partir. Leticia ainda foi nobre o suficiente para não revelar nada aos pais dele, por mais que admitisse ter sentido essa vontade inúmeras vezes, hora por desejo de vingança, hora por arrependimento. Deixou tudo ajeitado para que Fernando seguisse na presidência da Conceitos, documentos necessários para que apesar de embargada pela Filmes e Imagens, eles conseguissem se reerguer caso fossem responsáveis e maduros pra isso. Tomás tinha ficado responsável por tudo na Filmes e Imagens com uma procuração total. Leticia lavou as mãos com tudo e sumiu. Desde então, Fernando travou uma luta diária para juntar seus cacos e se dedicar a Conceitos como deveria ter feito desde o início. Menos de um ano depois, a empresa estava recuperada, gerando lucros e crescendo com força total. Fernando nesse meio tempo acabou seu relacionamento com Márcia e apesar de um tanto difícil no início, foi o melhor a se fazer.

Não tinha um dia desde que Leticia se fora, que ele não chorasse e lamentasse as besteiras que tinha feito. Procurou por ela, tentou com os pais dela, com Tomás e até Carolina, mas todos estavam bem instruídos de não revelarem o paradeiro de Letícia.

-Por onde anda meu amor? -Ele sussurrou acariciando o rosto de sua amada na tela do computador. -Onde você esta? 



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