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História Nobody Knows - Prólogo


Escrita por: YaaassBooboo

Notas do Autor


Hey babes, como estão?
Espero que gostem, enjoy.

Capítulo 1 - Prólogo


POV Narrador

01 de Junho de 2001

Lauren passava as mãozinhas por suas bochechas molhadas, as lágrimas salgadas não paravam de cair pelo rostinho rechonchudo.

— Lauren Michelle – Clara, sua mãe, a repreende – Pare de chorar, são apenas três meses de férias.

— Mas pode acontecer algo com a abuela Angélica – A menina dizia entre um soluço e outro – Eu moro com ela desde pequenina assim.

A garotinha fazia com as mãozinhas menção do tamanho dela. O pai que estava no volante assistia tudo com o coração partido.

— Vai ficar tudo bem filhinha – Michael tentava acalentar a filha com a voz mansa – Logo a vovó Angélica vai vim te visitar.

Clara olhou de relance para o marido, a testa franzida, ela negou com a cabeça. A garotinha parou de chorar e olhou com desdém para a garotinha de aproximadamente 4 anos ao seu lado em outra cadeirinha, no auge de seus cinco aninhos o pequeno ser não entendia porque da mãe ter tido outro filho, Taylor era loirinha e rechonchuda, Lauren a odiava, mas ao mesmo tempo era agradecia por ela ter nascido, foi porque daquele pequeno ser que a baixinha fora morar com sua abuela já que a mãe não conseguia cuidar de duas crianças e ainda ter tempo para o trabalho e a casa, além da tragédia que tinha acontecido, talvez sua mãe tivesse medo de perde-la. A irmã dormia e quando Lauren se percebeu ela estava apertando o bracinho gordinho deixando uma marca vermelha, Taylor começou a berrar assustando a mãe que rapidamente se virou e com dificuldade a pegou no colo. A loirinha já era grande e pesava mais do que antes, não tinha mais tantas forças para carrega-la com facilidade de quando era mais novinha.

— Que foi bebê? – A garotinha de cinco anos revirou os olhos – Acho que algum bichinho ferrou esse bracinho, olha essa marca vermelha.

Taylor olhou para Lauren, a mais velha a encarou ameaçadoramente e falou baixo.

— Foi um bichinho – Lauren murmurou – Papa, o Brad está lá?

— Sim meu amor – Ele sorriu e olhou para ela pelo retrovisor – Mas não quero você com ele perto do rio, você não se lembra muito bem mas eu jamais quero passar por aquilo de novo.

Michael sentia seu coração doer só por imaginar que quase perdeu sua filhinha, os olhos marejados ele repassava como em um filme aquele dia.

Flashback On

— Onde está Lauren? – O homem olhou por todos os cantos – Clara, onde está minha filha?

— Ela estava dançando com a Keana na sala, devem estar brincando – Era de se estranhar o silêncio, quando as duas estava juntas o barulho era constante – Vou ver, segure Taylor.

A mulher passou o bebê para o marido, foi andando pelo corredor até a sala e quando chegou ao cômodo seu coração deu um solavanco e quase parou. A porta estava aberta e na areia em volta da casa ela viu a marca dos pequenos pezinhos de sua filha, sem pensar ela saiu em disparado para o pequeno porto que havia ali. Alguns barcos de passeio estavam aportados no lugar, a mulher passou os olhos por todo o lugar e quase ela volta da metade da ponte, mas seu coração de mãe falou mais alto e a mulher foi até o fim.

Não viu nada.

Estava prestes a voltar quando viu uma pequena movimentação na água, correu até lá e viu a filha segura em algo, se abaixou e puxou a menina para cima. Lauren estava quase desmaiada, o corpinho mole em seus braços, a garotinha se curvou e vomitou uma grande quantidade de água e chorando ela se agarrou a mãe.

— Keana, mamãe – A mulher fechou a cara ao imaginar a sobrinha empurrando sua filha na água – Keana.

Os bracinhos gordinhos apontaram para o rio, a mulher saiu marchando para a casa e no caminho olhou em volta para ver se achava a moreninha que empurrou sua pequena Lauren na água.

Nada.

E assim foi pelo resto do dia, todos no lugar procuravam por Keana e Clara já nem estava mais brava, só queria achar a sobrinha.

— Keana – Ela gritou na beira do rio, as lágrimas molhando seu rosto e Lauren no seu colo, a garotinha apontou para o rio novamente – Eu sei meu amor, Keana não fez por mal em te empurrar, foi só uma brincadeira sem graça.

— Não mama – A garotinha negava com a cabeça e apontava pro rio – Não empurrou. Keana caiu junto com Lauren.

A mulher arregalou os olhos, correu até onde havia alguns homens e no meio deles reconheceu o avô da pequena Keana, afoita ela chamou eles.

— Keana caiu – Todos olharam para ela – Ela não empurrou Lauren, ela caiu junto com ela.

Já faziam mais de três horas que estavam procurando a garota, em desespero todos foram para o rio e muito deles se jogaram para procurar por ela. De cima da ponte a garotinha de olhos verdes olhava tudo junto com sua mãe.

Bem perto de onde elas estavam a mulher viu o senhor, que era avô da garotinha sumida, submergir e com o olhar desesperado sussurrar.

— Meu Deus – A voz cansada, os olhos em Clara que começou a chorar instantaneamente – Vá chamar o resto, acho que a encontrei.

Clara subiu para a casa e gritando foi chamar o marido que cuidava da filhinha mais nova, da mesma forma que foi ela voltou com a pequena agarrada em seu pescoço. Ao chegar em cima da ponte o senhor chorava com um pequeno corpo nos braços, o pequeno coração deu um solavanco e ela se soltou dos braços da mãe para correr até a Keana.

— Ke – Ela murmurou, tocando na bochecha gelada da prima – Acoda Ke, quelo brincar.

A garota estava pálida, gelada e sem vida. Clara veio até onde sua filha tava e a puxou dali, chorando ela levou a filha para dentro da casa, a garotinha ainda estava com a barriga enorme pela grande quantidade de água que teve que engolir. A mulher cuidou da filha, abraçou e beijou, agradeceu aos céus, à Deus e a todos seres divinos que ela conhecia por ter sua filha perto de si.

Naquele mesmo dia, ela levou sua filha junto com suas roupinhas para ir morar com a vó, não queria que a filha passasse por isso novamente.

Lauren não sabia porque, mas seu coraçãozinho doía a cada vez que via ao longe, alguém ir ver sua prima dormindo em cima da ponte. Porque não tiravam ela de lá? Porque estavam deixando ela com frio ali? A garotinha de olhos verdes não entendia, mas sentia seu coração doer e uma enorme vontade de chorar.

E ela chorou.

Chorou por dias, chorou tanto que sentiu medo de suas lágrimas secarem e ela não poder chorar mais.

Mas as lágrimas não secaram e ela continuou chorando a cada vez que lembrava de sua priminha.

Flashback Off

— Não chore papai – A garotinha sorriu – Brad protege eu e agora já sei nadar.

— A mama de Keana não está lá – Lauren sentiu um alívio percorrer por seu corpo – Não se preocupe.

A mulher maltratava a pequena garota, achava que ela deveria ter morrido junto com a filha, porque ela merecia mais a vida do que a sua garotinha? Nem Lauren conseguia entender isso.

— Mas Brad está!

Ela disse levantando os braços.

— A pequena Ariana também – Lauren fez uma careta – Lembra dela?

— Não muito – Deu de ombros – Eu só gosto do Brad de qualquer jeito.

— E de sua irmã – A mãe completou e a garotinha deu de ombros – Lauren!

O que ela poderia fazer? Ela não gostava da garota.

A pequena menina de olhos verdes viu a casa de seu pai se aproximando e um garotinho de olhos escuros e cabelos levemente cacheados. Assim que o pai parou a garota se jogou para fora do carro e ao encontro do garotinho.

— Ei Laur – O garotinho abraçou o pequeno corpo – Vamos para a casa do lago?

A garota sorriu e já iria começar a correr quando bateu de frente com outra pessoa.

— Ouch – Ela resmungou e ouviu Brad rindo – Meu Deus, desculpa.

— Você nunca olha por onde anda, bebê – A de olhos verdes revirou os olhos ao ver quem era, a outra garota sorriu de lado e correu junto de Ally – Te vejo por aí bebê.

Sem dizer uma palavra Lauren entrou na casa do pai e foi direto para o quarto, Brad foi atrás dela e assim ficaram brincando de casinha dentro do quarto. Lauren era a mama e Brad o papa, vez ou outra o garotinho estalava um selinho na mais nova que corava violentamente.

— ECA – Lauren ouviu duas voz finas na porta de seu quarto – Beijo na boca.

A de olhos verdes arregalou os olhos e empurrou o garotinho que tinha acabado de lhe dar um selinho inocente nos lábios. Nada de maldoso, eram apenas crianças que estavam brincando.

— O que está fazendo aqui Justin? – Brad perguntou ríspido – Lauren chamou apenas eu para brincar.

— Pra ela beijar você – O garoto falou risonho – Eu vim brincar com Taylor, ela é de minha idade e não beija garotos por aí.

— Você tem mesmo quatro anos? – Lauren parecia surpresa, o garoto parecia ser até mais velho que ela.

— É o que a mama diz – Franzindo a testa o loirinho mostra quatro dedinhos rechonchudos para os dois – Isso aqui.

Lauren nega com a cabeça e da de ombros, puxa Brad pela mão e com a outra livre vai puxando o loirinho para fora da casa.

— Vamos brincar nós três – Ela diz firme – Quero ir ao rio.

— Você não pode – Justin nega com a cabeça e Brad o acompanha – Seu papa diz isso a todo mundo.

— Eu não me importo – A garotinha foi andando, sendo seguida por Brad que estava eufórico para ir ao rio – Eu vou!

— Não Lauren – Justin a segurou – Fica.

Por um momento a pequena de olhos verdes hesitou, mas viu Taylor andando para perto deles e a raiva a consumiu.

— Ali está Taylor – Ela apontou – Vá brincar com ela seu medroso.

Brad riu e os dois foram correndo por um caminho que dava a casa do rio, Justin ficou para trás olhando os dois se afastarem até sentir uma mãozinha em seu ombro.

— Jus! – Era Taylor – Vamos casa da Ally a chamar para brincar.

— Vamos TayTay – O garotinho sorriu – O último a chegar é a mulher do padre.

Rindo os dois saíram em disparada, Taylor correu a frente do garoto mas logo cansou e foi ficando para trás. Ao longe Justin viu Brad, Ariana e Lauren sentados na ponte, bem no meio do rio, ele sabia que estava errado eles estarem ali, mas não se importou. Ao contrário, até desejou que eles caíssem na água e se afogassem, quem sabe assim Ariana não ficaria babando ovo daquela menina de olhos verdes e ligasse mais para ele.

Correu mais e chegou em uma casa branca com uma grande porta na frente e apenas uma janela. Allyson era uma baixinha que apesar de mais velha que eles, gostava de brincar das mesmas coisas. Taylor e Ally eram primas, Justin se considerava primo também já que seu papa era tio das meninas. Mesmo que Alejandro o tenha criado desde pequeno e logo depois vieram as irmãs Camila e Sofia que ainda era um Bebezinho, seu papa fez igual Michael com Lauren, que também não era filha dele. Ele sabia disso porque a mãe vivia falando o quanto Clara era sortuda por ter arrumado um pai amoroso para a pequena e dava graças por Alejandro nunca lhe ter tratado mal.

— Cadê a Camila, Jus? – Ally murmurou enquanto amontoava um bocado de areia – Ela não vem brincar?

— Ela está doente – Ele suspirou - Ficou na casa da abuela.

As meninas deram de ombros e puseram a correr, ficaram brincando boa parte do dia, até que estava próximo de anoitecer e era a hora de se sentarem para ouvir a Vó Mary contar as famosas historias.

***

31 de maio de 2011

— Eu não vou essas férias pra lá, mama – Lauren desligou o celular – Eu não quero ir abuela.

— Faz anos que você não vai passar férias lá, Lauren – A velha senhora acaricia a cabeça da neta – Faz um esforço.

— Vou decidir.

Sem dizer mais nada ela pega a mochila e a chave da moto, havia ganhado sua moto fazia alguns meses, ainda era de menor, mas podia andar por sua cidade sem problema algum. Ela já tinha dezesseis, logo poderia dirigir sem ter que fugir de guardas.

Lauren não conseguia entender o porque de ir pra casa da mãe, mas ela tinha falado com Brad um tempo atrás e ele estaria lá. Talvez não fosse tão ruim assim.


Notas Finais


~~ Esse prólogo é apenas para vocês entenderem algumas coisas, Camila é irmã de Justin e Sofia. Alguns dos fatos são reais, aconteceram com pessoas de verdade e eu decidi construir uma fic baseada nisso. Lauren e Camila não terão um namoro instantâneo, mas assim que tiverem um primeiro contato mais íntimo o relacionamento só irá se fortificar. Então é isso
...

Espero que gostem.

Beijos de luz meus amores.


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