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História Nobody sees - Clace (HIATUS) - Situações inesquecíveis


Escrita por: sherdalx_lissa

Notas do Autor


⚠️ATENÇÃO⚠️
Se você:
- É muito sensível a automutilação
- É um gatilho para você ler sobre automutilação e derivados
- Não se sente confortável lendo sobre os temas citados acima:

NÃO LEIA

P.S.: Apenas no final vai ter algo bem light e nada relacionado aos temas pesados, ent se quiserem se inteirar, se esbaldem a vontade no pedacinho final ❤

Esta autora não se magoa de vcs n lerem td o cap, cada um tem seus motivos, assim como eu tenho limites, vc tb têm.

Espero q gostem ❤

Capítulo 10 - Situações inesquecíveis


Fanfic / Fanfiction Nobody sees - Clace (HIATUS) - Situações inesquecíveis


-- Ah, você estava ai? - Bryce perguntou debochadamente para Clary.

  -- A pergunta certa é se ela existe mesmo. - Outro menino riu. - Sempre tão quieta, tão estranha.

  Clary engoliu o nó na garganta e correu para a porta da sala, onde foi impedida de passar.

  -- Não tão rápido, esquisita. - Bryce sorriu diabólico.


  -- O que vocês querem?! - Lágrimas queimavam no fundo dos olhos da ruiva.


  -- Sabemos que foi você que nos expôs no jornal. - Bryce apertou uma mão na outra. - Afinal, quem seria tão estranho e patético ao ponto de fazer isso?


  Clary tentou passar, mas o garoto a impediu novamente.



  -- Eu não escrevi nada! - Declarou a ruiva lacrimejando. - Eu juro!


  -- E de que seu juramento valeria? - Disse outro garoto loiro atrás dela.


  De que ela valeria?


  Lágrimas escorreram pelas bochechas de Clary, que limpou rapidamente.


  -- Fala logo, pirralha! - Bryce a empurrou contra a mesa do professor.


  Uma dor aguda atingiu a espinha de Clary e ela soluçou de dor, gemendo e aterrisando no chão encolhida. Logo Bryce foi empurrado para o lado com tanta força que colidiu com duas mesas dos alunos e empurrou as cadeiras no chão. Atrás dele surgiu uma silhueta alta e forte, brilhava contra a luz que vinha de fora. Parecia um anjo, pensou Clary. Mas logo reconheceu a criatura desconhecida pela voz.


  -- Você está bem? - Era Jace. O coração dela palpitou. - Se machucou muito? - Ele foi se abaixar ao lado dela, quando foi empurrado para o lado, batendo as costas na mesma parede da lousa.


  -- Desde quando se importa com a pirralha esquisita, Herondale? - Era Bryce. Tinha se levantado. -- Fala sério, olha para ela. - Bryce a encarou com desdém. - Argh.



  Aquele pequeno gesto fez Clary ter forças para correr para fora da sala chorando, indo em direção ao banheiro que ficava do lado da sala.


  -- Filho da puta. - Jace deu um chute no joelho de Bryce, que caiu no chão gemendo pela dor, os outros se juntaram em volta dele enquanto Jace corria para fora da sala. Ouvindo soluços dolorosos do banheiro feminino, parou na porta, estava vazio.


  Ele tomou fôlego.


  -- Clary! - Chamou. - Clary vem cá!


  Mais soluços.



  -- Clary... não me obrigue a entrar aí. - Ele analisou a diferença dos azulejos do piso do pátio e do banheiro. - Tudo bem.


  Como se fosse tomar um choque, ele entrou. Não tinha nada demais, a parede ao lado da porta tinha pias de mármore branco e espelhos na frente de cada. Na outra parede, inúmeras portas verde lousa. Ele foi até a única fechada, da onde saia um choro baixinho e dolorido, que ele conseguia sentir. Bateu duas vezes.


  -- Clary... - Ele encostou a testa na porta. - Abre, por favor.


  Ela deu um gritinho, como se tivesse se machucado, o soluço ficou mais intenso assim como as batidas do coração de Jace.


  -- Clary! Por favor! - Ele bateu mais uma vez na porta.



  Outro soluço alto.



  Ele praguejou enquanto subia no vaso da cabine do lado e saltava a divisão verde das cabines. Quando sentou entre as duas ficou boquiaberto.


  Clary, sentada no vaso da cabine com as blusas -- sempre -- comprida enrolada até os cotovelos. Seus punhos tinham cicatrizes novas, velhas, esbranquiçadas, vermelhas e que sangravam. Em várias direções, vários como linhas contínuas em horizintal e alguns na vertical ao lado. Jace se desesperou e aterrisou na frente da garota, que deu um pulo e levantou o olhar dos punhos -- sangrentos -- aos olhos arregalados e preocupados de Jace.


  A lâmina que ela usava caiu no chão, tilintando e deixando gotículas de sangue escorrerem para o piso branco acizentado.



  -- Ah meu Deus. - Jace arfou.


  Clary permanecia congelada no lugar. Olhando para Jace como se ele fosse um estranho.


  -- Não... não devia... -- Ela soluçou com voz fraca.


  -- Devia. - Disse ele ainda em pé, trocando olhares entre os pulsos e o rosto molhado da garota. - Clary... por...


  -- Não... - Ela gemeu enterrando o rosto na mãos. - Não me pergunte o por que, por favor.


  Ele obedeceu aquiescendo, se ajoelhando ao lado dela e tocando sua têmpora. Descendo os dedos gentilmente para os da ruiva, que se apoiavam nas bochechas. Entrelaçou os dedos nos dela e suspirou.


  -- Não me fala o porquê. - Disse ele. - Ou quem, que eu imagino que seja, por que se disser, eu vou matá-lo.


  Jace soou tão ameaçador, protetor e possessivo que ele mesmo se assustou. Clary olhou entre os dedos -- com os olhinhos tristes e desacreditados.


  Ela mordeu o lábio e abraçou o pescoço do loiro, enterrando o rosto no pescoço do mesmo. Jace abraçou forte as costas dela e deitou a testa em seu ombro. Sentindo o cheiro de amaciante e perfume de menina. Lavanda, talvez, pensou, ou violeta. Ele se levantou um pouquinho, colocando as mãos dele nos joelhos dela e a levantando, fazendo-a ficar em seu colo. Para inverter a posição -- ele sentado no vaso, e ela em seu colo, o abraçando e chorando o quanto quissesse, ele não ligaria.


 
  -- Mataria? - Ela perguntou baixinho com a voz trêmula e abafada. - Mesmo?


  -- Faria um grande estrago. - Respondeu o loiro acariciando o cabelo macio de Clary. Ela era tão cheirosa. - Mas, que iria passear de ambulância, iria.


  O tronco de Clary tremeu, ele não sabia se era por um soluço ou uma pequena risada. Ele apertou mais as costas dela contra si, até que ela fizesse o mesmo em seu pescoço. Os dois ficaram abraçados por tempos. Jace ouvindo a respiração da ruiva se acalmar aos poucos, devagar, até ela parar de chorar, e depois de fungar.



  Tudo isso levou tempo, mas ele não se importou em ficar ali. No silêncio e fazendo carinho na base das costas dela, nas omoplatas ou até mesmo na nuca. Ou simplesmente um cafuné leve -- que era o que fazia agora. Ela se afastou um pouco e o encarou com as bochechas rubras e marcadas por antigas lágrimas. Lábio inferior cortado e os olhos inchados e vermelhos. O nariz estava tão rosa quanto as flores de uma cerejeira.


  -- Está melhor? - Ele pergunta baixo, fazendo carinho no rosto dela.


  Clary assentiu e fungou.


  -- Obrigada. - Ela respondeu vulnerável. Parecia uma criança, Jace percebeu. - De verdade.


  Ele assentiu.


  -- Agora... pode me explicar? - Ele olha  de relance para os pulsos dela, que estavam com a manga grudada neles.


  Ela mordeu o lábio de novo e fez uma careta de dor. Com certeza tinha mordido algum corte.


  -- Ei. - Ele pegou o queixo dela. - Não faz mais isso. - Ele passou o polegar, deliniando os lábios de Clary.


  Ela suspirou. A respiração dela fez cócegas na boca de Jace.


  -- Não faz mais nada disso. -- Ele puxou a cintura dela mais perto. Deixando os dois a milímetros de distância. - Por favor.


  Ele deitou a cabeça no ombro dela. Sentiu-a relaxar e depois deitar a testa no ombro musculoso do loiro. Apesar de provavelmente depois, ter alguma dor na nuca, ou algo assim, ele adorou ficar saboreando o cheiro doce dela. Tão delicada e macia, ele sentiu a pele quente dela com a ponta do nariz. Ela ainda o abraçava e ele não ousava interromper o abraço. Ela suspirou e beijou a bochecha dele.


  -- Eu queria não fazer. - Ela respondeu finalmente.


  -- Então não faça. - Ele a encarou. - Sei que é forte para não fazer.


  Ele abaixou o queixo dela e deu-lhe um beijo na testa, e depois juntou as duas.


  -- Não é questão de força. - Ele ouviu-a entrelaçando seus dedos.


  -- Então de que é? - Perguntou o loiro curioso beijando a ponta do nariz da ruiva.


  -- Eu... eu só... - Eles roçaram os lábios sem querer, pela proximidade. Clary gaguejou. - N-Não sei explicar.


  -- Tudo bem. - Ele juntou suas testas de novo. - Quer limpar isso? - Ele apontou com o queixo para os pulsos dela.


  -- Não quero que veja. - Ela recuou um pouco. - Não mais.


  -- Eu vi. E quero cuidar disso. - Ele fez carinho nos ombros dela. - Por favor, vamos.


  Ela suspirou e cedeu, assentindo. Jace deu um sorriso triste e beijou-a na bochecha.


  -- Não acho que possa ficar muito mais no banheiro feminino. - Jace brincou e teve um pequeno triunfo nas veias quando ela sorriu.


  -- Vamos aonde então? - Ela ia morder o lábio de novo. Mas Jace a impediu pegando seu queixo.


  -- Não. - Repreendeu ele.

 
  Ela suspirou enquanto ele dava um selinho demorado apenas no lábio inferior dela. Ela abraçou mais o pescoço do loiro e os joelhos dela roçaram na pequena parte exposta da pele dele.


  -- Não queria que isso fosse assim. - Ele separou dela e pegou os pulsos delicadamente. - E acho que você também não.


  -- É. - Disse ela. - Não queria.


  -- Vamos limpar isso. - Disse Jace.


  -- Onde? - Ela perguntou se forçando a não morder seu lábio.


  -- Aqui não dá.


  -- Nem na minha casa. - Ela estremeceu pensando o que aconteceria se Valentine visse ela e um garoto sozinhos em casa.


  -- Então vamos para a minha. - Ele falou normalmente.


  -- Sua casa?


  -- Minha mãe não vai se importar. - Ele deu um sorriso torto. - Ela está tão melhor! Você vai ver!


                          📰💸📰


    Ao chegar na casa dele. Clary engoliu em seco e respirou fundo. Já estivera ali, mas não era como antes. Os dois não estavam sozinhos.

-- Sua mãe está em casa? - Ela perguntou, hesitante.

-- Sim. - Ele sorriu e deixou a bicicleta encostada no portão da garagem, ela fez o mesmo. - Vem, cá. - Jace abraçou a cintura de Clary com um braço, beijando o alto da cabeça dela. - Não precisa ficar apreensiva, minha mãe te adora.

Ela corou, incapaz de respirar. Nunca tinha tido aquele toque tão íntimo e gostoso com ninguém.

-- Eu... eu... melhor eu voltar... - Ela disse com a voz baixa. - Eu posso cuidar disso.

-- De modo algum. - Ele segurou o queixo de Clary e olhou intensamente para ela, com aqueles olhos dourados lindos. - Eu vou cuidar de você a partir de hoje.

Ela desviou o olhar, muito envergonhada.

-- Você não precisa...

-- Mas eu quero. - Ele disse com um sorriso no canto da boca.

Então ele destrancou a porta. Logo uma voz feminina veio da cozinha, estilo americana.

-- Filho?! Chegou cedo! O quê... - Ela se virou, e arregalou os olhos, logo depois sorrindo. - Essa é a Clary? Ah, que saudades de você menina!

-- O-oi... - Ela gaguejou, olhando para o chão.

-- Ela veio me ajudar na lição de matemática, não é? Clary é uma menina de ouro, muito gentil. Tudo bem se ela ficar aqui?

A mãe saiu da cozinha e abriu um largo sorriso.

-- Claro! Eu adoro-a, por favor, sinta-se a vontade!

Jace e a mãe se cumprimentaram com um beijo e um abraço, Clary sentiu seu coração se aquecer com aquela cena tão linda.

-- Tomou os remédios certinhos, não é, mãe? - Ele perguntou baixinho.

-- Tomei, meu amor, tomei sim. - Ela sorriu e beijou a testa dele. - Agora vai lá com sua amiga, logo lhes chamarei para um lanche tudo bem? Você toma café e come bolo? - Perguntou a Clary.

Ela assentiu.

-- Ela é sempre quieta? - Cochichou a mãe para Jace.

-- Mãe! - Jace fez uma careta. - Clary é tímida, só isso.

Com isso, ela corou mais ainda.

-- Ah, me desculpe. Meu Deus eu não sei mais o quê falo, por favor querida, me perdoe.

-- Na-não foi n-nada. - Clary se amaldiçoou por gaguejar. - Nada mesmo. - Engoliu em seco. - Tudo bem.

Céline sorriu.

-- Muito bem, podem ir lá. Fique a vontade para brigar com meu filho, ele é bem teimoso às vezes. - Céline piscou.

-- Mãe! - Jace corou com aquilo, puxando Clary em direção as escadas.

Céline riu, fazendo Clary sorrir.

-- Você sabe que eu te amo!

-- Eu amo mais. - Ele resmungou, subindo as escadas, onde dava para três portas. Eles entraram na primeira. - Bem vinda ao meu lar. - Ele abriu a porta, Clary sentiu o estômago enrolar ao pensar que ficaria sozinha, no quarto dele. Com ele.

Ao entrarem, Jace fechou a porta e abriu o armário, pegando uma camisa cinza e larga dele.

-- Tome, você parece estar com calor.

Clary corou quando viu que teria que se trocar na frente dele.

-- Ah! Pelo anjo! Me desculpe, eu prometo não olhar. - Ele virou de costas. - Mas se quiser... o banheiro é logo ali.

-- Não p-precisa.

Clary confiava nele, sabia que Jace não iria olhar.

Tirou rapidamente a blusa preta de manga longa, arrumou o sutiã (o que fez um barulho constrangedor, fazendo-a corar) e depois colocou a camisa que ele lhe ofereceu. Olhou os ante-braços cortados e sentiu vontade de chorar.

-- Pode... pode virar.

Ele se virou e pegou a mão dela, puxando a para o banheiro, abrindo um armarinho e pegando de lá um kit de emergência, ela não conseguiu segurar a curiosidade.

-- Por que você tem isso?

-- Eu me machuco muito no futebol. - Ele sorriu. - Aí eu dou meus pulos.

Ela riu, e ele sorriu. Jace adorou ouvi-la rindo.

-- Pode passar sabão? Eu acho que vai arder um pouco.

Ela assentiu.

-- Pode sim, tá tudo bem.

-- Me desculpe se arder. - Ele abriu a torneira e colocou um braço dela embaixo da água gelada, Clary se arrepiou. - Eu não sou muito delicado, desculpe.

Só se fosse com ele, pois com Clary ele estava passando a mão com tanta suavidade sobre seus machucados que ela quase não sentia, fez o mesmo com o outro braço e depois secou.

-- Agora eu vou passar uma pomada, e depois vamos enfaixar isso, ok?

Ela assentiu.

Jace a guiou para fora do banheiro, sentando-a na cama. Ele pegou um pouco da pomada com o dedo e espalhou pelos cortes, vagarosamente e com muito cuidado, Clary evitou de arfar com aquele contato. Ele fez o mesmo com o outro e depois passou gaze, sem apertar, mas também não deixou largo. Então prendeu e estava pronto.

-- Prontinho. - Ele sorriu. - Isso deve dar.

-- Obrigada... - Ela fitou os pés. - Não precisava.

-- Espere. - Ele segurou os dois punhos dela e segurou em frente ao rosto e deu um beijo delicado em cada um. Clary sentiu o rosto ficar em chamas. - Agora sim.

Ele sorriu para ela, que se encolheu envergonhada. Jace sentou na cama ao lado dela, passando a mão por seu rosto, se aproximando. O coração de Clary acelerou tanto que ela teve medo de ter um infarto. Então ela fechou os olhos, esperando ser beijada. Até que ambos tomaram susto.

-- VENHAM LANCHAR! FILHO! CLARY! TÁ PRONTO!

Ela pulou, ficando em pé. Jace fez o mesmo.

-- Eu... eu... - Ele gaguejou.

-- É melhor irmos comer.

-- Sim. Sim, é.

Eles desceram, Clary reparou que Céline viu os curativos nos braços dela, mas não falou nada e agiu normalmente. Ela ficou enormemente agradecida por isso. Eles brincaram, contaram piadas e comentaram da escola. Clary não se lembrava de uma tarde tão divertida. Ao chegar perto das seis horas, ela sentiu um calafrio, pensando no pai.

-- Tenho que ir, se chegar em casa depois das seis meus pais vão ficar preocupados. - Na verdade eu vou levar uma surra do meu pai, enquanto minha mãe chora e bate nele para parar, e logo depois passa sua raiva para minha mãe. Ela piscou rapidamente espantando as lágrimas.

-- Oh, tudo bem. - Céline e Jace a acompanharam até a porta. Clary pegou a mochila dela que tinha deixado no sofá. - Venha sempre querida! Adorei sua companhia.

-- Eu... acho que tenho que trocar de... de blusa.

-- Sem problemas. - Jace disse quando a mãe dele voltou para a mesa, recolhendo as coisas. - Pode me devolver amanhã. - Clary abaixou o rosto. - Vai amanhã, não é?

-- Eu... eu... - Ela gaguejou.

Jace segurou a cintura dela, deixando-a bem próxima dele. Jace a fitou no fundo dos olhos.

-- Vá amanhã, por favor. - Ele sussurrou no ouvido dela. - Por mim. - Ela se arrepiou.

Ao ver os olhos dourados de Jace tão próximos dos dela, os joelhos da ruiva viraram gelatina. Sua respiração rápida e ofegante a deixaram ainda mais vermelha. Jace sorriu, enlaçando sua cintura e segurando a nuca dela com carinho, por debaixo dos cabelos.

-- Clary...

Ela suspirou ao sentir os lábios macios de Jace contra os dela, ficando totalmente sem ar. Ficou tão sem chão que precisou segurar nele para não cair. Suas unhas apertaram levemente os ombros dele, fazendo-o arfar e aumentar a intensidade do beijo.

As duas mãos dele rodearam a cintura dela, moldando-a ao seu corpo. Clary percebeu que eles se encaixavam como um quebra-cabeça, perfeitamente e com maestria. Ela suspirou quando ele moveu a cabeça para o outro lado, conseguindo ainda mais profundidade em sua boca. Suas línguas colidindo, se acariciando, deixando ambos ofegantes e afetados pela paixão que tomava conta do ar.

Os lábios e a língua dele eram incansáveis, macios e gostosos de encontro a sua boca. Clary poderia anotar que seu primeiro beijo foi maravilhoso, com o menino que ela era secretamente apaixonadinha.

-- Jace...? O quê você... AH MEU DEUS!

Eles se separaram com um pulo. Clary tinha certeza que estava como um tomate maduro de tão vermelha, Jace estava apenas levemente rubro, e parecia indgnado ao olhar para trás.

-- Mãe! - Rosnou.

-- Ah, meu Deus! Me desculpem! Me desculpem! Eu... vou...

-- Terminar de limpar a mesa, já estou indo.

Clary quase riu com o tom de Jace.

-- Eu... hã... isso! Tchau, Clary querida! Volte... hã... sempre! - E então Céline sumiu de vista.

Clary baixou os olhos.

-- Eu... eu tenho que ir.

-- Tudo bem. - Jace levantou seu queixo e deu um selinho demorado nela. - Até amanhã.

-- A-até! - Ela ganiu, correndo até sua bicleta, vermelha como o batom de Isabelle.

Ao se virar, ela ainda viu-o olhando para ela e sorrindo. Clary sorriu também e se virou, com borboletas no estômago, foi embora para casa.


Notas Finais


✌🤧


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