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História Nobody sees - Clace (HIATUS) - Reflexos de injustiças


Escrita por: sherdalx_lissa

Notas do Autor


e eu q to assistindo frozen 2 e quero chorar? Meu deus olha minha idade eu tenho q tomar vergonha nessa minha cara

Btw, eu adorei escrever esse cap
De vdd com td carinho

Capítulo 27 - Reflexos de injustiças


Fanfic / Fanfiction Nobody sees - Clace (HIATUS) - Reflexos de injustiças


-- Mas vem cá, você já pelo menos tentou pegar uma mina? - Alec revirou os olhos pela pergunta. Era tão absurda que ele sentia preguiça de responder. - A Lydia sempre foi na sua... E é mó gostosa! Peitão... Bundão...

Alec apenas se virou para o colega no vestiário, enquanto colocava sua blusa.

-- E você já tentou pegar um cara? Tem tantos LGBT's bonitos na escola! Tem abdômen sarado... Bíceps...

Oto franziu o cenho e fez cara de nojo.

-- Eu não. Não gosto dessas coisas. Isso nunca me atraiu.

-- Você tem sua pergunta respondida. - Alec deu dois tapinhas nas costas de Oto e saiu do vestiário, ouvindo as gargalhadas de Jace.

A nova rotina de Alec era aguentar piadas, algumas as vezes que realmente o ofendiam, e outras que ele rebatia. Teve vezes que ele deixou passar, pelo cansaço. Sua sexualidade não era mais um assunto do momento, e ele dava graças a Deus para isso. Odiava ser o centro das atenções, principalmente por algo tão íntimo.

Sua relação com seus pais até que estava boa. Ele não comentava sobre isso, seus pais tampouco. Talvez eles quissessem esquecer e achavam que aquilo era mesmo uma fase? Ele não sabia. Mas uma certeza que tinha na vida era que jamais iria parar de ficar paranóico com sua sexualidade. Era impossível.

Ele queria lidar tão bem quanto Magnus.

Não que Magnus não tivesse problemas, ele tinha, e muitos. Mas nenhum em relação a sua sexualidade e como isso ficava em torno dele. Alec queria aquilo para si, e esperava um dia conseguir.

-- Que m... - Clary trombou com ele. - Alec! Desculpa! - Corou.

-- Imagina. - Ele sorriu para a ruiva, que também sorriu e continuou seu caminho apressada.

Clary era alguém de quem ele começara a pensar diferente depois que o ajudou naquele dia, junto com Jace. Mas sendo sincero? Ela que o deu a força que precisava.

Antes de conhecer um pouco sobre a ruiva, Alec pensava que ela era só uma pessoa muito tímida, sem problemas para se preocupar, basicamente? Alguém sem conteúdo.

Era errado julgar pela capa, mas isso já era construído nele, assim como no resto da humanidade. Então era meio impossível ver alguns dos alunos vindo em seus carrões para a escola e pensar que eles tinham algum problema tão grande a ser resolvido. Mas eles tinham.

Todos tinham seus pontos fracos e seus problemas, isso era óbvio, mas será que era tanto assim? Pois era muito mais se falado de fazer academia ao invés de fazer terapia.

Ele se incomodou um pouco quando os pais simplesmente fingiam que Alec não tinha lhes dito nada sobre ser gay. Ele tinha sido aberto e específico o suficiente? Ele achava que sim. Mas o silêncio dos pais era horrível. Esperava que eles gritassem, ou mandassem indiretas como quando ele repetiu o nono ano por falta. Mas não. Eles ficaram em silêncio.

Isso era bom?

Ele nunca iria saber. Os pais as vezes eram muito mais complicados que se podiam imaginar. E não eram apenas pais também. Mas tinham que fazer seu papel, pelo menos Alec achava que sim.

Tudo aquilo podia ser resolvido com uma conversa. Mas achou que não conseguiria dar o primeiro passo sobre isso.

E aparentemente seus pais também não.

📰🏈📰


Izzy arregalou os olhos quando sentiu algo escorrendo para sua calcinha, suas pernas e seu traseiro. Ela tinha quase certeza que tinha sentido no começo da aula, mas agora? No final? Foi impossível não saber.

Ela olhou para baixo discretamente e separou as pernas, vendo sangue entre suas pernas manchando as coxas da calça jeans clara e a cadeira. Isabelle quis morrer. Seu olhar devia ser mesmo desesperado, pois Simon, que estava na mesa dupla ao lado da dela perguntou se estava tudo bem.

Ela apenas engoliu em seco. Não conseguindo disfarçar. O que raios ela faria? Como ia disfarçar? E não tinha nenhuma blusa de frio ali para ajudá-la a se esconder e ir no vestiário. Ou algum lenço para limpar a cadeira.

No momento Isabelle só pensava em chorar.

Simon levantou a mão assim que o professor se virou para a classe e parou de escrever no quadro.

-- Sim, Simon?

-- Eu poderia sentar do lado da Isabelle? Fica melhor para copiar...

O professor olhou para os dois, e depois assentiu, voltando a passar sua matéria para o quadro.

Simon se mudou rapidamente de lugar, e sussurrou para Isabelle.

-- O que aconteceu? Pode falar comigo.

Isabelle engoliu o nó que sentia na garganta.

Como admitiria para Simon que sangue de sua menstruação tinha manchado sua calça e o banco? Aquilo era no mínimo nojento para um menino. É claro que ela sabia que aquele sangue era limpo e menstruar era saudável. Mas explicar aquilo para os outros? Era impossível. Ela preferia ficar quieta sobre isso para pressão e comentários horríveis caírem em cima dela.

E se Simon contasse para alguém? Ou aquilo se espalhasse e todo mundo soubesse? Seria o fim dela.

A Isabelle Lightwood era perfeita. Ela não tinha imperfeições na pele, seu cabelo e roupas estavam sempre impecáveis. Seu peso sempre estava ideal, ou deveria estar. E ela estava sempre de bom humor e de bem com a vida. E principalmente? Não esquecia de seu ciclo e menstruava na cadeira da escola no meio da aula, manchando não só sua calça, como também o banco que estava sentada.

Ah, se eles soubessem a realidade de Isabelle Lightwood...

Ela ouvira tempos atrás, enquanto passava no corredor, alguns idiotas comentando sobre menstruação. Um deles disse que preferência mulheres que não menstruam, pois eram mais higiênicas. E outro disse que as mulheres só menstruavam porque queriam.

Isabelle engoliu tudo que tinha para falar e foi embora dali.

Era por isso que estava perdida. Se aquilo caísse nas fofocas da escola se tornaria bem pior do que era. E seria seu fim. Apenas por ser saudável e menstruar como qualquer menina de sua idade.

Ela sempre desejava ignorar totalmente comentários e ser ela mesma. Mas aquilo exigia muita coragem. E Isabelle Lightwood podia ser perfeita, mas era covarde, e sabia disso.

-- Izzy? - Simon sussurrou.

-- Eu... Eu... Eu... - Ela gaguejou. - Tive um acidente.

-- Desceu para você? - Sussurou ele, normalmente.

-- É-é... - Ela sentiu as bochechas ficando quentes.

-- Quer minha blusa emprestada enquanto eu pego alguns papéis? - Perguntou. E ao notar o espanto de Izzy por Simon saber o que fazer, ele deu um sorriso tímido. - Isso aconteceu uma vez com Clary.

Ela suspirou bem mais aliviada. Às vezes parecia que isso só acontecia com ela, e não com outras meninas.

O sinal tocou. Informando todos da hora do almoço.

Rapidamente a sala se esvaziou, sobrando apenas Simon e Isabelle.

-- Aqui. - O de óculos ofereceu o casaco a ela. - Eu vou pegar os papéis rápido. - Disse e saiu. Voltou em menos de um minutos com papéis úmidos.

E também ficou de costas enquanto ela se levantava, amarrava o casaco na cintura e limpava a cadeira. Jogou os papéis no lixo e arrumou suas coisas.

-- Eu vou no vestiário colocar minha calça de moletom reserva. - Informou. Simon apenas assentiu.

Correu até o vestiário. Isabelle sempre se orgulhava de ser uma pessoa prevenida. E era.

Pegou uma sacola plástica, uma calcinha reserva e absorventes. (Dois noturnos pois seu fluxo era intenso no começo, e não queria que vazasse novamente). Então procurou sua calça o quanto pôde, mas não achou. E se lembrou que tinha a deixado em casa para lavar. Ali então só existia uma pequena saia xadrez azul branca e vermelha. Estava um pouco pequena mas teria que servir.

Depois de colocar a calça jeans que usava na sacola e enfiar na mochila para levar para casa e lavar ela mesma. Se arrumou e saiu. A saia ficou curta como ela imaginava, cobria apenas metade das coxas, graças a altura de Isabelle.

Ela conseguiu disfarçar um estilo colocando seu moletom cinza claro dentro da saia e ajeitando.

Então saiu do vestiário. E foi até a sala onde estava Simon.

-- Aqui. Obrigada. - Ela estendeu a blusa.

O olhar de Simon se demorou nas pernas agora nuas de Isabelle. E quando ele viu que ela reparou nisso, corou profundamente.

-- D-De nada

-- Ainda bem que eu sempre depilo a perna. - Disse ela. Enquanto eles saiam da sala.

-- Eu não acho que seja algo importante. - O de óculos continuou a conversa, parando nos armários para guardar seus materiais. Por sorte o armário de Izzy era apenas quatro armários do dele, então puderam continuar a conversa no corredor milagrosamente vazio.

-- A maioria dos meninos acha pelo em mulher nojento. - Comentou.

-- Prazer, Kelly. - Brincou ele.

Ambos riram.

Isabelle achou Simon estranho. Ele não se importou nenhum pouco sobre o incidente que ela teve com a menstruação, e agora isso. Uau... Ele era tão... diferente. Ela sorriu ao lembrar do beijo. E beijava bem também.

-- Eu não te agradeci direito. - Disse ela enfiando seus livros no armário. E então olhou para ele, que já olhava para ela. - Muito obrigada, Simon. De verdade.

-- Era o mínimo que eu poderia ter feito. - Ele sorriu de volta.

E Izzy começou a reparar como o sorriso dele era lindo.

-- Que pernas gostosas em, Lightwood! - Disse Steve passando pelo corredor.

-- Babaca. - Isabelle bufou para si e revirou os olhos. Simon balançou a cabeça.

-- É uma merda tem que ouvir essas coisas, né? - Simon continuou enquanto eles iam para o refeitório.

-- É melhor que um xingamento.

-- Eu não sei se soa muito diferente.

E Isabelle percebeu que ele estava certo. Era tão derespeitoso quanto, se não mais.

Mais e mais comentários sobre a saia de Isabelle encheram os corredores. Ela ficava cada mais envergonhada. Era algo que esperava que vissem. Claro. Mas não achou que causaria tanta confusão o tamanho de uma saia.

-- Sabia que você era uma vagabunda, Isabelle Lightwood, mas porra... - Lydia riu quando Izzy passou com seu almoço pela mesa dela e seu grupinho.

-- Vai se foder. - Isabelle revirou os olhos e continuou para sua mesa.

-- Adorei a saia. - Disse Clary com um olhar e sorriso bondoso. Ela ouviu os comentários. E entendeu o quão ruim era.

-- Obrigada. - Isabelle lhe deu o mesmo olhar.

-- Você tá fantástica nessa saia, Izzy. - Jace acrescentou. - Com todo respeito. - Disse para Clary.

A ruiva riu.

-- Apenas vire de costas e eu beijo a Izzy. - Disse ela.

Todos na mesa riram.

-- O moletom com a saia e o salto com meia ficou incrível. - Magnus assentiu.

-- Obrigada gente.

Alec apertou sua mão e Simon sorriu novamente para ela. Ela sorriu de volta. Gostava do sorriso de Simon, era doce e puro.

-- Isabelle Lightwood, por favor aparecer na diretoria. - O anúncio soou pelo refeitório mais duas vezes.

-- Que merda. - Bufou. - Já volto. - E saiu, indo para a direção.

Sentiu olhares em suas costas. Sabia que normalmente atraia alguns deles. Mas agora era muito desconfortável. Demais. Era como se estivesse na rua sendo assediada novamente.

Quando chegou na sala do diretor, viu seu olhar de reprovação.

-- Sabe porque te chamei aqui.

Izzy apenas assentiu.

-- Irei te dar uma advertência por se vestir inadequadamente.

-- Mas... mas...

-- Isso não tem explicação, senhorita Isabelle. Nenhuma. Quero isso asssinado por um de seus pais amanhã.

-- Mas eu...

-- Isso é apenas uma provocação aos meninos. Sabe disso.

O diretor apenas lhe entregou o papel.

-- Trate-se de se vestir de forma adequada da próxima vez.

Morrendo de vergonha e raiva, Isabelle saiu da diretoria. E resolveu ir diretamente para casa. Não aguentava mais ser humilhada e objetificada pelo tamanho da sua roupa numa escola. Onde os alunos deveriam estar presentes para estudar e não para olhar os outros.

Provocação. Não era uma provocação. Isabelle era punida por usar uma roupa que fizesse os meninos se dispesarem, mas a culpa não era dela. Deveriam ensinar os meninos a se controlarem, droga.

Quando chegou em casa apenas entregou o papel para sua mãe, sem mais forças. A mulher a olhou de cima a baixo, e depois leu o papel.

-- Filha, você deve usar roupas apropriadas. O tamanho das suas coxas não ajuda.

-- Minhas coxas? - Izzy empalideceu.

-- São grandes, minha filha. Você sabe disso.

Isabelle engoliu em seco e assentiu, sentindo um nó se formando em sua garganta.

-- Tudo bem.

A mãe apenas assinou e a entregou.

-- Fome?

Morrendo.

-- Não. - Isabelle sentiu seu estômago se contorcer. Ultimamente ela comia apenas na escola. Apenas o almoço era o suficiente. Era demais até.

Mas agora tinha suas coxas. Ela até gostava delas mas... eram grandes demais? Isabelle se trancou em seu quarto e começou a chorar. Não conseguiu se controlar não mais.

Se sentia burra, achou que estava minimamente decente. Mas suas coxas... merda.

Entre lágrimas, ela pesquisou exercícios e dietas para diminuir suas coxas, e então anotou-as para colocar em prática. Negou novamente quando a mãe lhe perguntou sobre a janta e ignorou mensagens e Alec batendo na porta. No momento ela não precisava ouvir mentiras sobre si mesma para se sentir melhor.

Então entre soluços, ela acabou adormecendo.

📰💄📰


No dia seguinte, Clary não entendeu a comoção que havia nos campus e nos corredores. Mas quando viu suas fotos... Soube que não conseguiria aguentar.

-- Clary? - Ouviu Jace chamá-la. - Clary?!

Ela apenas correu para longe, odiando fazer uma cena. Mesmo assim correu e correu, as lágrimas se formando nos cantos de seus olhos.

A memória estava vivida em sua mente.

Ela não aguentaria uma participar de uma homenagem a Dotty. Nem agora, nem nunca.


Notas Finais


Lembram da Dotty....?

Capítulo um pouco mais reflexivo pra vocês , espero ter passado tudo o que eu queria. E prestem atenção nos detalhes e nas palavras e frases sem muito importância... elas às vezes falam coisas importantes

Btw

O prox cap... to e não to ansiosa para escrevê-lo


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