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História Noir - Imagine Yuta - XLI - zumbis


Escrita por: SadisticSade

Capítulo 41 - XLI - zumbis


Parando na porta de um prédio residencial, Shotaro e Hendery desceram do carro, que partiu logo em seguida. Os dois subiram pelo elevador até o sétimo andar, onde tocaram a campainha de um dos apartamentos, e quem abriu foi Yuta Nakamoto. Hendery nunca tinha o visto pessoalmente, mas de certa forma, ele batia com a imagem mental que havia criado, o que o fez sentir alguns calafrios nada discretos. — Podem entrar. — o chefe disse, sem muita cerimônia, conduzindo-os até a sala.

Dentro do apartamento, também estava Seo Soojung; a vaga semelhança com o líder da organização, Johnny, fez com que o biomédico ligasse os pontos e percebesse que aquilo lá era briga de cachorro grande, de fato… Engolindo seco, os quatro se sentaram à mesa, e o chá foi servido, sob um pesado silêncio.

— Você não estava brincando quando disse que iria fazer de tudo para encontrarem uma pista, Yuta… — Soojung ironizou, sentindo uma pontinha de satisfação ao perceber que seu palpite estava certo — Mas então, o que vocês encontraram?

— Vai, cara, explica aí esse laudo que eu não entendi nada. — Shotaro disse, cutucando Hendery com o cotovelo. Com uma troca de olhares entre ele e seu chefe, entendeu que se tratava de um assunto particular e deixou o apartamento, para esperar o desenlace do lado de fora. Sua partida apenas deixou Hendery ainda mais assustado de estar ali, sozinho, frente a frente com duas pessoas tão temidas pelos subordinados da organização.

Abrindo a pasta com os documentos, o biomédico começou a sua explicação. — B-bem, na cena do crime, foram encontradas várias digitais, algumas parciais, outras totais, e a maioria delas pertencia ao falecido, Moon Taeil, o que é de se esperar, considerando que ele é o dono do apartamento, enfim, todas… Menos uma. Essa impressão parcial não bate com o perfil da vítima, mas com o de outra pessoa, que já era fichada na polícia.

— Dong Sicheng. — Yuta concluiu. Disso nós já sabíamos, é claro, ele pensou: Soojung nunca erra… Restava apenas saber se ele estava sendo enquadrado por um crime que não cometeu, ou se era mesmo a mente por trás de tudo aquilo, essa parte ainda pairava no ar.

Hendery prosseguiu, hesitante. — Isso, e… Com certeza é ele, é uma compatibilidade inquestionável, mas… Tem alguns detalhes que não batem, sabe? Alguma coisa errada nisso tudo, e que pode parecer absurdo, loucura, só não sei como explicar… Mas quando Sicheng tocou aquela superfície, ele já estava morto.

— Mortos não tocam em nada. Como você chegou a essa conclusão? — o mais velho indagou, tentando imaginar que tipo de explicação poderia haver para isso. E zumbis… Bem, era fato que toda a situação estava caótica e imprevisível, mas não a esse ponto. Ainda tinham que manter um mínimo de racionalidade ao lidarem com isso tudo.

— É que nossas células sempre tem um nível de metabolismo basal, mesmo quando estamos em repouso, dormindo, por exemplo: as glândulas sudoríparas produzem suor para manter a pele hidratada, essas células da pele também produzem ácido úrico e outros compostos que são excretas, ou seja, coisas que temos que eliminar. — Hendery explicou, pacientemente, sentindo-se mais confortável a medida em que se aprofundava nas especificidades de sua área, sua linguagem corporal visivelmente mais relaxada e natural — E quando morremos, esse metabolismo cessa. Não tem suor, não tem ácido úrico, não tem nada… E foi isso que encontramos, uma digital perfeita, mas de uma pessoa que está morta.

Soojung e Yuta se entreolharam, surpresos: Sicheng estava morto, comprovadamente até… Mas alguém estava em possessão de seu corpo, ou pelo menos de sua mão, o verdadeiro assassino, que tentava enquadrá-lo como culpado. O que fazer agora?

— Entendi. Muito obrigada pela sua ajuda, Kun Hang, foi muito importante. Mas se não se importa, precisamos manter esse último detalhe entre nós, de que Sicheng está morto. Acha que pode fazer isso por nós? — Soojung pediu, educadamente.

Ele corou ao ouvir seu nome em mandarim, um tanto surpreso. Um pedido desses não podia ser negado, mesmo que não entendesse o motivo. — Eu… Posso tentar. Omitir que ele estava morto, somente?

— Isso: aliás, seria ótimo se você pudesse identificar corretamente como a digital de Dong Sicheng, apenas omitindo esse detalhe de que ele morreu e estão usando sua mão, entende? Não se preocupe com isso, nós cuidaremos de tudo, e você não vai entrar em problemas. — ela o assegurou, com um sorriso firme e charmoso. Johnny pode ser o mais carismático entre nós, mas de vez em quando, eu também consigo usar isso a meu favor, ela pensou, satisfeita, ao vê-lo concordar como um cachorrinho bem treinado.

(...)

Quando Doyoung acordou no hospital, sentia-se um caco. Seu corpo todo doía, e a cabeça ainda estava envolta em uma névoa de anestésicos, seu raciocínio prejudicado. As enfermeiras correram para chamar um dos médicos, que rapidamente explicou-lhe a sua situação de saúde, que felizmente era boa: não que entendesse muito de todos os termos complicados que usara, porém entendia perfeitamente o que “você vai ficar bem” significa.

Alguns minutos depois, uma visita chegou para vê-lo: era Johnny, que na verdade, estava ali desde bem antes de retirarem a sedação, mas que somente após o despertar fora autorizado a entrar na enfermaria pela equipe profissional. — E aí, como você está? — o líder perguntou, sem conter um sorriso de satisfação.

— Me sentindo horrível, mas vivo. O que aconteceu, hein? — Doyoung indagou, endireitando-se sobre a cama. Passando a mão pelo cabelo, sentiu que sua cabeça estava enfaixada, e pouco a pouco as memórias começavam a retornar, ainda um tanto embaçadas, envoltas em uma névoa de sonho — Lembro de estar na sala do Mark, vendo alguns documentos, e alguém me acertar atrás da cabeça, e aí mais nada, apaguei.

— Você foi sequestrado e esfaqueado, deu sorte de conseguirmos te encontrar antes de ser muito tarde. — uma sorte que Taeil não teve, Johnny imaginou — Aliás, conseguirmos é ser muito generoso… O palpite veio da Soojung, depois de uma ligação do assassino.

— E como ela está?

— Quase não saiu daqui do hospital depois que você entrou, mas ela ainda não sabe que você acordou, foi para casa, detesto vê-la assim, preocupada, sabe. Temos tido alguns dias difíceis, mas vamos com calma por enquanto… Você lembra de que documentos eram esses na sala do Mark? Encontramos uma bagunça por lá, o Jisung conseguiu catalogar tudo que estava lá e nos ajudar, só que não sei se alguma coisa foi retirada de lá, e ninguém melhor para me dizer do que você, não é?


Notas Finais


Então, senhoras e senhores, Winwin estava mesmo morto! Ou, pelo menos, a mão dele está morta, hehe.


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