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História Noir - O Cafajeste Com Princípios


Escrita por: SaintGrey

Notas do Autor


Migalhas de Quinn e Justin interagindo no capítulo porque estou obcecada pelos meus personagens e essa semana o Justin ainda posta foto preto e branco de terno pra alimentar o Justin da fic. Sempre fui gratah.

Resolvi postar hoje porque a fanfic completa um mês de vida, literalmente no dia 21 do mês passado eu estava escutando Shades Of Gray e minha cabeça explodindo com a ideia, te amo Lana (Não mais que a @paynedesire), você é madrinha da história.

Capítulo ainda não betado.
Beijinhos.

Capítulo 4 - O Cafajeste Com Princípios


Fanfic / Fanfiction Noir - O Cafajeste Com Princípios

Capítulo 4 - O Cafajeste Com Princípios.  

 

Narrador

Alguns dias se passam desde o primeiro encontro da equipe conversível, nome dado por Quinn ao caso. Desde o dia que se conheceram, depois do interrogatório, Justin Bieber não pensa em mais nada que não envolva Quinn. 

Disse a si mesmo várias vezes que ela não o querer é o motivo para ele querê-la em dobro, mas não tem muita certeza disso. Justin sabe que a última vez que se sentiu assim por alguém, as coisas não acabaram muito bem. 

Mas o rapaz não aceitava que o que achava mais atraente em Quinn não era físico, é claro que ele se sentia atraído pela beleza dela, mas ele estava fascinado pelo cérebro da mulher e não conseguia ao menos esconder. 

Não conseguia mais contar nos dedos quantas vezes ficou fascinado com sua análise de fatos e dedução incrível, claro que ele omitia algumas coisas dela, como o abuso mental e físico que seu pai o fez passar, mas ele sentia que Quinn já sabia disso e somente não mencionava para não o deixar constrangido, era incrível vê-la atuar como assistente do pai, se a filha era assim, mal via a hora de conhecer o pai dela. 

Mesmo que Quinn rejeitasse todas as formas de aproximação dele, Justin não deixou de pensar se os pais dela o aprovariam, o achariam um bom partido e uma boa pessoa, não para Quinn, mas para alguma mulher no geral... era a desculpa que ele dava para si mesmo, qual é, o pai dela era detetive, é claro que sabia julgar uma pessoa. 

Uma vez que Quinn foi comprar café para eles no escritório em uma tarde de muita investigação sobre a vida de Barbara, Justin aproveitou para perguntar sobre ela para Elliot, não conseguia se segurar, se Quinn não queria falar, ele arranjaria outra forma de saber. 

Soube que os pais se conheceram porque a mãe dela estava envolvida com o caso em que o detetive estava trabalhando. Um caso grande de uma máfia que traficava pessoas de outros países para a América e Jolie, mãe de Quinn, era uma dessas pessoas. E mesmo depois de contribuir com o caso e terem sucesso, eles não conseguiram mais ficar longe um do outro, a mãe até voltou para a China, mas não conseguiu esquecê-lo, então ela e a família — que se tornou muito grata ao Benjamin por trazer a filha de volta — se mudaram para cá, eles se casaram e tiveram filhos em seguida e nunca mais se desgrudaram. 

Justin adorava conversar com Elliot, ele sempre parecia feliz e disposto se você falasse com ele, caso contrário era um homem bem sério, parecia ser o tipo perfeito para Quinn, que era seria igualmente. 

— E você e Quinn? Como se conheceram? — Justin pergunta se referindo a ela somente como Quinn para provocá-la, mesmo que ela não estivesse presente. Ele afrouxa a gravata que está usando até tirá-la do pescoço, todos do escritório estão íntimos o suficiente para não o achar desleixado por tirar o acessório desconfortável, tinha que usar o maldito terno todos os dias na empresa, sua pele precisava respirar um pouco.  

— Eu estava à procura de emprego há alguns anos e Quinn acabou gostando de mim, digamos que tenho cara de quem guarda segredo. — Ele dá de ombros, realmente aquilo era necessário para fazer o trabalho, mas Elliot parecia bem comum para Justin, talvez mais quieto quando está com desconhecidos. 

— Estão juntos desde então? — pergunta por curiosidade, Elliot arqueia uma das sobrancelhas antes de gargalhar alto. 

Justin até sorri, mas um riso de confusão por não entender a graça. 

— Não, digamos que a Quinn não faz o meu tipo. — Justin pode até guardar segredos, mas era péssimo em guardar as expressões que fazia quando alguém dizia algo absurdo ao seu ver.  

Ele simplesmente não conseguia aceitar que Quinn não fazia o tipo de Elliot, mas ela também não fazia o tipo dele... e mesmo assim não a tirava da cabeça, mas somente porque Quinn Noir barrava todas as cantadas dele, nem rindo, apenas revirando os olhos e perguntando se eles podiam dar continuação ao trabalho. Uma das primeiras coisas que Justin notou nos primeiros dias em que começou a trabalhar com eles era que Quinn amava trabalhar. Mas com Elliot? Eles viviam rindo pelo escritório fazendo piadas internas a todo momento e se elogiavam a toda hora, sem contar que tinham muito carinho um pelo outro.  

— Entendi, eu acho. Que bom, eu ia me sentir péssimo em dar em cima de uma garota comprometida… com o noivo dela presente. — Ambos riem. 

— Cafajeste com princípios, essa é nova. Se isso tivesse mesmo acontecido, eu teria acabado com você na primeira cantada Bieber. — Não, Elliot não teria, mas Justin não precisava saber. — Sei o que está tentando com Quinn e desejo boa sorte, ela é bastante exigente com quem sai e prefere caras sérios. Ela acha as cantadas muito engraçadas, mas vive para o trabalho, por isso não vai te dar bola enquanto estiverem aqui e você fizer parte do caso, costumo dizer que ela é casada com o trabalho. — Elliot é um anjo, pensou Justin. 

— Então se eu a tirar do escritório e ser um pouco mais sério, pode ser que eu tenha uma chance? — O Bieber é insistente.  

— Não ouviu o resto da frase? A parte que digo que ela não é o seu tipo? — Elliot fala. 

— Ouvi, mas prefiro ser otimista, Quinn é tão chata e parece não se divertir nunca, isso está me enlouquecendo. — Bieber afasta os papéis com dados sobre Barbara da mesa para poder colocar os pés ali.  

— É só isso que está te enlouquecendo Bieber? — A frase tem triplo sentido, Quinn o enlouquece? Seus problemas na empresa estão ficando claros quando ele está aqui? Seus outros problemas estão visíveis? Droga de escritório de investigação fazendo um bom trabalho. 

— Ótimo saber que enquanto nos matamos de trabalhar você tira um descanso, Bieber, talvez eu o contrate depois do caso. — Quinn chega bem na hora, de fininho, Justin tira os pés da mesa em um salto só, com o coração na boca. Quinn saiu tão apressada e brava para comprar o café que os óculos de leitura estão presos no decote da blusa. 

— Mas o que? Quando diabos você chegou? — questiona a fazendo rir, ela entrega os copos de café para Justin e Elliot antes de ir para a sua cadeira. 

Justin adorou a roupa de Quinn hoje, uma saia preta com uma pequena fenda em uma das pernas e uma blusa social branca, gostou principalmente da saia que possibilitava a bela visão das pernas da mulher — e que pernas. 

— Eu poderia ajudar mais, porém você só me dá tarefas chatas que eu já até terminei, Barbara não comprou nada suspeito nos últimos meses. — Ela tinha comprado sim, mas nada que fosse preocupante, Justin sabia que era inofensivo. 

— Olha, também não tive muito sucesso aqui e você? — Elliot que estava responsável pelo check-in em hotéis e clubes, fala. 

— Nada demais e o detetive Quinn ainda não encontrou nada que comprove. — Algumas partes na frase de Quinn eram mentiras, mas tirando que seu pai estava morto, o resto era verdade. Depois de fechar o escritório e finalmente se livrar do parasita Bieber, ela foi fazer tocaia na residência de Jaxon e Barbara, uma linda mansão na parte mais rica da cidade, fazendo jus ao nome que Jaxon conquistou. 

Jaxon só chegava tarde da noite, alguns dias mais cedo, mas ainda sim bem tarde. Deixando a senhora Bieber bastante tempo sozinha, mas pelo que Quinn pode ver, nenhuma visita ou movimento suspeito, ela não saía muito depois de escurecer e ficava bastante no telefone ou com a filha. Ela ainda precisava colocar o grampo nos telefones da casa, mas Justin estava atrasando toda a investigação com seu nariz enxerido a mando do irmão, mas Quinn não podia reclamar, além de manter os capangas do prefeito afastados quando estava por perto, Justin era interessante, no mínimo. 

— Precisamos conseguir rápido a agenda dela, talvez ela não faça nada em casa por medo de verem ou de Jaxon, mas sei que a seguir vai trazer respostas — Quinn diz passando os dedos no seu colar, tentando pensar em algum outro plano que ajude. 

— Podemos ir até a matriz no centro, preciso checar algumas papeladas, mesmo que eu esteja tecnicamente de férias não quero deixar tudo para Jaxon, senão a empresa vai acabar falindo, podemos pegar o contato da assistente pessoal de Barbara com a assistente de Jaxon e tentar convencê-la de que precisamos da agenda dela. — Justin tenta persuadir Quinn, ele não precisa disso tudo porque ela acha que é uma boa ideia, mas ela continua séria porque é engraçado vê-lo tentar. 

— Certo, até que não é má ideia. Elliot você dá conta? — Quinn se levanta e Justin a imita enquanto eles pegam seus casacos e o chapéu dele. 

— Claro, Quinn, porque não me deixar aqui no escritório fechado enquanto curtem o ar fresco? Eu adoro isso — Elliot diz com sarcasmo. 

— Pensa nas praias do Caribe daqui uma semana. — Quinn balança os dedos na frente do rosto de Elliot como se estivesse o hipnotizando.  

— Toma. — Justin tira dois maços de cigarro hollywood do bolso do casaco e os joga para Elliot que parece uma criança recebendo doce. — Vale refeição da empresa, por conta da casa. — Pisca para Elliot que gargalha e faz uma careta para Quinn. 

— Ele é um chefe muito melhor que você, vê se aprende durante o tempo maravilhoso que passarão juntos, senhorita.... — Elliot sabe como provocar Quinn que ergue o dedo do meio. 

— Nem ouse terminar essa frase. — Elliot sorri ainda mais, Justin permanece confuso. 

— Ela não gosta do primeiro nome. Nem se apresenta com ele para que ninguém saiba do nome de homenzinho dela — Elliot explica para Bieber somente para provocar Quinn, que ameaça jogar um grampeador na cabeça dele enquanto eles caminham em direção ao elevador. 

— Como assim você tem um primeiro nome que não é Quinn? — ele pergunta animado. 

— Nem comece, Bieber, eu não vou te dizer. — Ela o corta. 

— Não precisa, eu vou descobrir — diz animado com o desafio. 

Já fora do escritório, Justin e Quinn não perdem tempo em começar a discutir em qual carro devem ir. 

— Se eu fosse você eu pararia de ser uma mala e aproveitaria a única chance que vai ter de andar num conversível, além de que todos sabem que é o meu carro, vai ser vista com um dos donos de Hollywood. Eu não negaria tal honra. — Quinn bufa, como se ele fosse uma superestrela, para muitos podia até ser um tipo de ídolo, mas para Quinn, só um rico metido. 

Mas ele não está errado, óbvio que Quinn nunca admitiria para ele, mas não perambular por aí com o seu carro não é boa ideia. 

— Abre logo essa lata velha, não quero perder muito tempo, o detetive Quinn precisa de provas urgentemente. — Justin destranca o carro. 

— Assim você fere os sentimentos da Cheryl, querida. — Ele se refere ao carro enquanto fala.  

Ele destrancou o carro... ou a Cheryl, se é que pode chamar um carro assim, mas não abre a porta, apenas pula no banco do motorista, fazendo uma cena.  

Quinn fica imóvel enquanto espera as pessoas na rua pararem de olhar, mas Bieber liga o carro e acelera sem sair do lugar enquanto a olha rindo, fazendo Quinn ficar mais envergonhada ainda. 

Céus, ele adora chamar a atenção. Quinn pensa quando finalmente entra no carro e ele dá partida.  

— Sempre tentou bancar o engraçadinho? — Quinn indaga enquanto acende um hollywood, Justin fica um pouco incomodado já que odeia a fumaça, ainda mais depois que Quinn passou um sermão de que os cigarros dele fazem mal, ele sabia, mas agora que era legal nos Estados Unidos, o que ele poderia fazer? As pessoas sabiam no que se metiam. 

Ele acelera o carro até o vento ser o suficiente para apagar o cigarro, deixando Quinn irritada enquanto ele sorri. 

 — Acho que sim, fui uma criança bem tímida, mas ser engraçadinho como você diz chamava a atenção dos meus pais para mim, e nem sempre era uma atenção ruim, sempre foram bem elogiados por terem me criado tão simpático e gentil, a não ser pelas encrencas na escola. Ser “engraçadinho” não é ruim, todos gostam de mim assim, Quinn, só você que é uma sugadora de felicidades. — Ele liga o rádio para finalizar a conversa, odiava falar sobre seu passado, se Quinn soubesse disso ela pararia de falar que ele adorava falar de si mesmo e pararia também de fazer perguntas sobre isso, mas infelizmente Quinn não sabia de tudo. 

— Talvez eu poderia sugar outra coisa. — Um péssimo exemplo do que fazer quando você quer dar uma lição em alguém. Justin ergue as sobrancelhas e desvia os olhos da estrada para olhar a cara vermelha de Quinn. — Droga, só queria fazer uma demonstração de como suas piadas em horas inadequadas não são engraçadas para as outras pessoas, mas não pensei muito bem no que dizer — a coitada se explica, fazendo o sorriso de Bieber aumentar a cada palavra. 

— Claro, claro. Se engane o quanto quiser, espertinha — responde. 

Ela belisca seu braço, Justin não sabe se é pelo cigarro apagado, pelo cabelo dela soltando pelo vento, pelo comentário de que ela repudia a felicidade ou por envergonhá-la ainda mais. 

— Para mim, parece que você só é assim para que as pessoas gostem de você, porque acha que se for você mesmo as pessoas não vão gostar. — Quinn percebe que as mãos de Justin estão apertando o volante e sua expressão está fechada agora. — Aí está, o Justin de verdade que não gosta de dar as caras. O que você tem de tão mal que as pessoas iriam odiar? Enquanto o engraçadinho está fora você pode me dizer. — Ela se vira para Bieber, agora com o maxilar fechado com força marcando o osso que fica ali, Quinn admira o quão bonito ele ficou assim.  

— O que está tentando arrancar de mim… Quinn, não vai conseguir. É melhor parar agora com isso, seu trabalho é investigar o caso, não eu. Se parasse de ser enxerida nós nos divertiríamos juntos — bufa irritado, realmente cutucar a onça o magoou. 

— E quem disse que não estou me divertindo? É excitante evocar as partes que as pessoas não querem que vejam, para mim são as mais legais. — Ela enfia a mão no bolso do paletó dele, já decorou onde ele guarda o isqueiro de ouro, mesmo que não o use muito, ela sentiu quando ele tirou o dela do casaco e guardou no bolso da calça, Quinn o usa o isqueiro chique dele para acender o cigarro novamente, o fuzilando com os olhos caso tente acelerar o carro.  

 

(_̅_̅_̅(̅_̅_̅_̅_̅_̅_̅_̅() 

HOLLYWOOD 

 

Quinn está impressionada com como Justin Bieber é na empresa, ela está em silêncio perambulando pelo escritório dele enquanto o mesmo fala com um dos sócios da empresa, ela escuta tudo atentamente, porque sabe que como um homem de negócios ele é mais parecido com ele mesmo do que em qualquer outro lugar. 

Isso na verdade a choca, na cabeça de Quinn, é impossível associar aquele homem de negócios ao Justin que chega no escritório cambaleando de ressaca da noite anterior, talvez ainda bêbado do que de ressaca. 

E ele não parece se arrepender da dor de cabeça durante o dia, porque no dia seguinte lá está ele de novo pedindo para Elliot esfaquear seus olhos ou fechar a cortina, Quinn não gosta de pensar nisso, mas adoraria ver como o Bieber se diverte nas noites. 

Faz uns trinta minutos que estão discutindo a possibilidade de trocar de fornecedor, porque o atual aumentou todas as taxas abusadamente porque a empresa está faturando muito, o fornecedor sabe e quer se aproveitar. 

— Richard está conosco desde o princípio, eu o visitei na empresa duas semanas atrás, alguém do escritório está colocando lenha para ele ter pedido esse aumento, ainda mais agora que a neta dele nasceu e ele quer fazer uma poupança para ela. — Ele está com uma caneta cara em uma das mãos, enquanto a outra coça o queixo lentamente. Justin permanece com a postura reta, como se quando ele chegou aqui parecendo subir a guarda ao máximo. Seu olhar é um pouco duro para o homem com quem conversa, mas ele parece mais focado do que querendo ser rude.   

— Marque uma reunião com os sócios dele e ele para a semana que vem e mande Jaxon, ele sabe ser intimidador. Diga para ele para ele falar ao Richard sobre quando ele e meu pai eram sócios e amigos e quanto tempo essa parceria durou. Se ele não desistir de aumentar as taxas apele mais um pouco, quero que ele pense que precisamos dele, se ele continuar dê somente 10% das taxas e se não der certo fale sobre a concorrente que mandou uma proposta para nós. — Ele está assinando alguns documentos que o homem trouxe, ele assente para tudo o que Justin fala, Quinn observa as feições de Justin enquanto finge olhar para a prateleira atrás da cadeira dele. 

— Mas a concorrente não mandou nada. — Ele parece cauteloso com Justin, como se não quisesse contrariá-lo, não porque temia Justin, mas porque não tinha certeza se estava certo. 

— Richard não sabe disso. Ele vai voltar atrás, eu sei que vai se Jaxon fizer o trabalho dele direito. Se mesmo assim não adiantar, sobe a proposta mais 5%, é merecido que ele ganhe mais, visto que vamos aumentar a produção nas fábricas também, não podemos deixá-lo de mãos abanando. Se ele não topar, eu mesmo vou até lá tentar descobrir quem é o filho da puta que entrou na cabeça dele, talvez seja o merdinha do filho que vai assumir quando ele morrer, então acho que vou direto na casa dele, é um ataque mais pessoal, mas deve funcionar. — O cara parece fascinado com o modo de pensar de Bieber, como se ele fosse um ídolo ou algo do tipo.  

— Pode ir agora, Tyler, se tiver algum recado importante de alguém, encaminhe para a secretária eletrônica da minha casa. Mande lembranças para a Sophie e diga que estou ansioso para o nascimento.  — Ele entrega para Tyler as coisas que assinou, Tyler sorri e se despede dos dois. 

— Foi um prazer, senhorita. — Quinn sorri genuinamente enquanto acena e o observa sair do escritório. 

Ainda perambulando, ela olha atentamente para cada objeto. Ele tem alguns porta-retratos na mesa, em poucos ele aparece, mas parece ter apego por todos. 

— Sempre sabe da vida dos seus funcionários e sócios? — Quinn pergunta ao vê-lo interagir com Tyler e ao falar de Richard. 

— O que posso fazer se as pessoas gostam de falar comigo? Quer dizer, quase todas. — Olha diretamente para Quinn, que desvia o olhar para a mesa dele. 

— Quem são? — Quinn pergunta, curiosa para saber sobre a família dele e ele. 

— Eu e minha mãe. — Ele aponta para uma mulher bem jovem, de cabelos castanhos e pele branca, com um bebê que olha para a câmera, ela não consegue ver a cor dos olhos dela, pois a mulher olha para o bebê enquanto sorri.  

— Ela parece feliz — comenta Quinn. 

— Sim, ela era — diz Justin sorrindo minimamente. 

— Ela morreu? Me descul... — Quinn tenta se desculpar, mas está se perguntando como não viu nada disso nos documentos. 

— Não, ela não morreu, só não é mais assim, as coisas eram mais fáceis antes de nascermos, piorou à medida que fomos crescendo, acho que ela só ficou muito amargurada com o homem que escolheu para casar, mas não tem coragem de fazer algo para mudar, só… se acomodou, e os filhos pagaram por isso. — Justin é sincero, seus olhos ainda estão na foto, mas não parece estar com a cabeça aqui.  

— Suponho que aqueles sejam Jaxon e Barbara se casando? — Quinn franze o cenho para a foto, a mulher claramente está vestida de noiva, o vestido é bufante e enorme, tão grande que a mulher quase some nele, mas o véu e as luvas têm estampas de oncinha, Justin não exagerou quando disse que o casamento foi extravagante. 

— É, eu sei. Os sapatos eram iguais, ela disse que era moda, mas sempre foi obcecada por estampa de onça, Jaxon permitiu porque fala que as onças representam bem o espírito selvagem da esposa. — Justin revira os olhos enquanto fala, fazendo Quinn gargalhar. 

— Eles parecem se completar, sabe o porquê Jaxon procurou o meu pai para investigá-la? — Quinn passa os dedos pela foto.  

— Creio que Jaxon já deve ter falado tudo isso que está tentando arrancar de mim, Quinn. — Ele passa a língua entre os lábios antes de sorrir, Quinn gosta do nome dela quando Justin é quem fala, mesmo que ela já tenha dito que preferia que ele continuasse a chamando de senhorita, não consegue mandá-lo parar. 

— Só quero saber mais de um lado da história, para apurar os fatos. — Tenta convencê-lo, ainda olhando para as fotos. Dessa vez aponta para uma com Justin já mais velho, ele usa uma regata na foto, mostrando as inúmeras tatuagens que Quinn não fazia ideia, no escritório pensou ter visto uma ou outra nos pulsos e nas que subiam pelo pescoço e o terno não cobria, mas eram muitas. Na foto ele segura uma garotinha bastante loira no colo, ela sorri mostrando todos os dentes e ele também. — Essa é a sua sobrinha? — Ele assente. 

— Sim, é a Mia. — Sorri para a foto, afetivo. — Sei lá, Jaxon sempre foi muito paranoico com a esposa, ele dizia não querer cometer os mesmos erros que os nossos pais. Em um jantar para promover a nossa empresa na casa dele, ele pensou ter visto Barbara entrar com alguém no quarto, não conseguiu ver o cara, mas viu Barbara ajeitar a roupa ao sair. Depois disso foi só ladeira abaixo, até ele procurar o seu pai para descobrir. — Bate exatamente com o que Jaxon disse. 

— Certo, tudo bem, obrigada. — Ela anota no caderno, fazendo Justin bufar, ele odeia quando ela faz isso e não o deixa ver o que tanto escreve. 

— Você adora vasculhar a vida dos outros e nunca fala nada sobre si mesma. Fala que sou falso com todos, mas sei que você também é. — Ele é direto e atinge Quinn sem nem disfarçar as palavras duras. — Vamos Quinn, me fale algo sobre você ou eu paro de responder o que você perguntar e estou falando sério, quando se trata de negócios, eu sou imbatível. — Ele não precisa provar, ela viu com os próprios olhos, mas não tem certeza se quer que ele se envolva com sua história, que se interesse por ela, claro que ela adoraria uma, duas ou mais algumas noites com ele, talvez torturá-lo de uma forma diferente até que ele diga o significado de todas as suas tatuagens, mas depois que se envolver, provavelmente vai partir assim que souber o que Quinn faz, mesmo que ele tenha achado que ela era a detetive Quinn desde o início, talvez não aprove o risco que ele corre ao se relacionar com ela.  

— Você não vai gostar, Bieber, e eu posso garantir. — Ela encosta o corpo na mesa, ao lado da cadeira de Justin. Ele se encosta na poltrona, para olhá-la melhor. 

— E se eu gostar? — Justin não resiste, como se precisasse tocar na pele daquela mulher para conseguir respirar mais uma vez. Ele toca levemente a perna dela, perto do tornozelo, tocando a pele macia que a saia o proporciona fazer. Ele sente Quinn se arrepiar e ficar tensa no mesmo momento, mas não o para. — Do que você tem tanto medo, Quinn? Adora saber sobre as pessoas, mas não gosta que elas saibam sobre você. Temos muito em comum, Sherlock. — Ela até ri com o apelido dele, mas arfa em seguida, prestando atenção no toque traiçoeiro subindo pela sua perna, a arrepiando inteira. 

Quando sua mão entra pela saia, Quinn até tenta argumentar, mas Justin a distrai. 

— O que você está escondendo, Quinn? — O meio das coxas dela são tão quentes que ele deixa escapar um gemido, o que não daria para estar entre as pernas dela. 

É agora, ele vai perguntar se ela é a detetive do caso e ela vai dizer que sim, porque não consegue mentir quando a mão dele está nela, porque ela não quer. 

— Me diga seu nome. — A voz dele é baixa, mas ecoa na mente da mulher, praticamente sussurrada e soprada na direção da detetive que apenas arfa, sem conseguir se concentrar em algo que não seja a mão dele a tocando e a voz dele entrando em seus ouvidos. De todas as perguntas que ele poderia fazer, ele escolheu essa, pior ainda, ela queria dizer. 

— Mandou me chamar, Senhor Bieber? — A secretária de Jaxon interrompe o momento fazendo Quinn se assustar, mas Bieber retira a mão dela lentamente para que Olivia não desconfie de nada, de onde ela está não consegue ver o que está acontecendo atrás da mesa. 

A respiração de Quinn está tão ofegante que ela tem medo de Olivia ouvir. 

— Olá, Olivia, essa é Joan Watson, uma amiga. — Ele apresenta Quinn com outro nome, é inteligente da parte dele, mas ela ri ao notar que Joan Watson seria o feminino de John Watson, assistente de Sherlock Holmes. 

— É um prazer, Senhorita Watson. Senhor Bieber, bom te ver novamente. — Olivia a cumprimenta sem quase a olhar nos olhos e uma frase carregada de duplo sentido é direcionada a Justin, Quinn já presenciou isso antes, mas não tem certeza se esse é o caso. 

Olivia é bonita, tem cabelos cacheados e escuros e os olhos pretos também, tem bastante corpo que não deixa passar despercebido pelo vestido colado, mas ou ela vê Quinn como ameaça por estar próxima a Justin ou está sendo racista. 

— Posso ajudar? — Olivia pergunta, um pouco incomodada, olhando para Justin é claro. 

Ele está nervoso, foi pego por algo que claramente queria ter continuado, além de sua cabeça ainda estar no momento que acabou de acontecer, ele não é um bom mentiroso, então não sabe o que dizer, olhando para Quinn. 

— Estamos planejando uma surpresa para Barbara, a esposa de Jaxon. Ele nos pediu para perguntar a você se pode entrar em contato com a assistente pessoal de Barbara para pedir a agenda das próximas semanas dela para podermos organizar tudo sem que ela perceba. — Olivia ainda parece um pouco desconfiada, ainda mais porque Justin deixou que Quinn assumisse a conversa. 

— Até pediríamos para Jaxon pedir a você, mas ele anda bem ocupado com os fornecedores e está viajando, por isso somos nós que estamos organizando. Você consegue isso para nós e trazer para cá, por favor? Obrigado. — Olivia assente e se retira. 

— Você é bom nisso. — Quinn o olha com os olhos semicerrados fazendo-o rir de nervoso, ele ajeita a gola da camisa como se o pano estivesse sufocando-o. 

— O segredo é não deixar ela pensar demais — responde. 

— Do mesmo jeito que fez comigo? — Isso o gela, porque foi exatamente o que ele fez. Agora Justin está encurralado, engolindo a seco. 

Jamais uma mulher o deixou tão nervoso e sem palavras do que Quinn, não gostava de ser pego no pulo, ainda mais mentindo. 

— Elementar, meu caro Bieber, elementar. — Isso o faz gargalhar, Quinn o acompanha. 

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HOLLYWOOD 

 


Notas Finais


Um minuto de silêncio para esse momento no fim, totalmente impusivooooo.

Amei o Justin ignorando totalmente o que o Elliot disse no inicio e Elliot é meu protegido, nunca pensei em alguém para interpretá-lo, mas acho que seria o bill skarsgård ou o Harry Styles.


Até o próximo.


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