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História Noir - Watson sem Sherlock


Escrita por: SaintGrey

Notas do Autor


Novas descobertas hoje hihihihi, mas sinceramente não sei se ajudam a descobrir algo ou atrapalham ainda mais.
Boa fuck leitura.

Capítulo 7 - Watson sem Sherlock


Fanfic / Fanfiction Noir - Watson sem Sherlock

Capítulo 7 - Watson sem Sherlock.  

  

Narrador  

— Elliot se você fazer isso de novo eu enfio essa porra inteira no seu rabo — Quinn diz entredentes para Ellis, que a olha no fundo nos olhos antes de despejar o antisséptico no corte que ela ganhou durante sua tocaia, ignorando a ameaça de morte.  

— Quem mandou dar uma de King Kong por aí? Estou aqui como uma boa alma que devia estar de férias e ainda sou tratado dessa forma. Pode gritar, mas se sua pele apodrecer, eu vou rir no seu enterro. — Ele também não parece tão feliz por estar ali, mas quando a detetive chegou toda arrebentada no escritório, ele decidiu adiar um pouco mais a viagem. — Acho que é uma ótima hora para mencionar o aumento do meu salário, de novo — ele diz enquanto faz o curativo, Quinn semicerra os olhos para ele, que dá de ombros, pelo menos ele tentou. — Qual o plano? Conseguiu umas fotos borradas e uma gravação. Jaxon quer fotos, ele ligou de novo perguntando como anda o caso, que cara insistente, típico homem rico e machão que quer tudo na hora. Sinto vontade de vomitar quando tenho que falar com o “Senhor Bieber”. — Ele faz careta ao falar no Jaxon, que insiste que o chamem de Senhor Bieber. Quinn ri porque ele tem razão, ri também porque está bêbada para ajudar a não sentir a dor.  

— Você quer dizer, quando tem que falar com este senhor Bieber. — Um sorriso igual ao do gato da Alice se forma no rosto dele.  

— Ele é uma ótima companhia se quer saber, enquanto você mentia dizendo que ia comprar café ou comida pra investigar a vida da Barbara, nós conversamos bastante. — Elliot sabe como atiçar a curiosidade de Quinn.  

— E sobre o que vocês tanto conversaram? — Ela vira mais um pouco da vodca, direto da garrafa.  

— Porque a senhora “não me envolvo com clientes” está perguntando? — Quinn caiu no verde que Elliot jogou, mas tenta se recuperar dando de ombros e fingindo desinteresse. — Finja o quanto quiser, querida, mas você quer beijar aquela boquinha, tanto quanto o Elliot solteiro que morreu em algum lugar há dois anos porque amo o meu namorado. — Ele beija a aliança, como se James o estivesse vigiando.  

— Ele nem é tudo isso. — Ela mente tentando fazer Elliot desistir da ideia, mas quando os olhos do rapaz se arregalam, ela percebe a merda que acabou de fazer.  

— E como cacete você sabe disso, detetive Noir? Você o beijou? Que escândalo. Eu preciso ligar pra sua mãe. — Ele se levanta de imediato, mas Quinn o puxa de novo para o banco, seus machucados gritariam se fossem pessoas, mas ela não se arrepende.  

— Caramba, Elliot, do jeito que você fala, parece que eu sou uma sem vida — diz enquanto passa pomada nos arranhões que ganhou.  

— Disse a mulher que está dormindo no sofá do escritório a quase uma semana, realmente, tem pessoas que implorariam para ter sua vida — Elliot retruca com deboche. — Para de enrolar e conta tudo logo. Eu tenho que adiar minhas férias, isso está tão interessante. — Quinn o repreende com o olhar, mas começa a contar os detalhes em seguida.   

Elliot ficou em silêncio quase todo o tempo, apesar das expressões que diziam mais que palavras.  

— Mais nada? Foi isso? Eu estava torcendo por um sexo selvagem no banheiro e você me vem com um beijo encenado? Eu esperava mais dele, sim, mas eu sei das suas histórias, Quinn. — A garota cora quando sua vida sexual é citada por Elliot.  

— A cena era falsa, mas o beijo foi real e impulsivo, e mal explicado. Ele é tão teimoso. — Ela bufa ao lembrar da noite de Sunset.  

— Você tenta esconder que gosta dele, faz um bom trabalho, mas não um trabalho perfeito, o jeito que você olha para ele, Quinn… os olhos não mentem. — A frase faz Quinn se arrepiar, isso a deixa no mínimo pensativa.  

  

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HOLLYWOOD  

  

Um dia depois, Quinn está andando pelo último andar do prédio da empresa Hollywood, Jaxon pediu para ser atualizado do caso pessoalmente, com medo de estarem sendo grampeados, foi uma parte do acordo que fizeram, trocar informações apenas pessoalmente e em um lugar seguro e por ele estar viajando muito, a empresa era o único lugar seguro possível. Falou que Quinn poderia ser a mensageira entre ele e Noir, assim seria mais seguro para todos, se ele soubesse...   

Ele até a fez marcar a reunião para um horário que não tem muita gente na empresa.  

Os saltos de Quinn fazem barulho ao andar pelo grande salão do andar exclusivo de Jaxon, o de Justin fica no andar debaixo e Quinn até pensou em dar uma espiada por lá, mas tem medo do que pode acontecer, por isso veio direto ao último andar quando chegou.   

Tem algumas salas no andar, por mais que ele seja reservado para Jaxon. A recepcionista está atrás do balcão inteiramente dela e quando Quinn para em frente a ela, um momento constrangedor de silêncio é feito antes da detetive falar algo.  

— Tenho uma reunião marcada com o senhor Bieber. — Seu olhar não vacila ao olhar para Olivia que desde o dia que conheceu Quinn, tem a mesma cara de escárnio.  

— Você pode sentar ali e aguardar, ele está em uma reunião importante por telefone, vou avisar que você chegou. — Como se odiasse o trabalho, Olivia bufa antes de sair do seu assento e caminha com os saltos agulha em direção ao escritório de Jaxon.  

Cinco minutos depois, Olivia ainda não retornou, Quinn não sabe o que ela quis a deixando na recepção, ou não quer acreditar no que parece ser.   

Quinn já olhou para todas as portas do escritório, mas principalmente para a que tem a placa “Documentos”.   

Ela não consegue evitar a curiosidade sabotando seus pensamentos, mas porque Jaxon tinha outras salas em um andar que é próprio para ele? Quinn sabe que o andar também é protegido por seguranças que Jaxon dispensou hoje por causa da visita dela, então talvez há mais coisas que Jaxon queira proteger.  

Quando se deu conta, a detetive já estava caminhando na ponta dos pés para não fazer barulho em direção a uma das salas.  

Uma estava destrancada por ser uma sala de reuniões, mas a sala de documentos estava trancada. Quinn olhou para o elevador e depois a porta do escritório de Jaxon, para conferir se alguém iria pegá-la no flagra antes de se abaixar na altura da fechadura e começar a destrancá-la com os grampos que ela sempre carrega por aí, nunca se sabe quando você vai precisar abrir uma porta.  

Depois de algumas tentativas e muita paciência, a tranca se abre com um “click”, um som que Quinn adora.  

Ela guarda os grampos novamente e fecha a porta ao entrar na sala escura.  

Quando liga a luz, percebe que se trata de uma sala de arquivos, mas ela viu a planta da empresa e o arquivo de tudo que diz respeito a empresa fica há alguns andares, construíram assim pois ficaria mais próximo a fábrica que funciona no prédio do lado.   

Tem várias prateleiras com caixas em pastas e uma mesa cheia de papéis no centro, alguns até esquecidos no chão.   

Quinn lê alguns desses papéis, mas não entende muito bem ao que eles se referem, parece ser um contrato de sociedade, venda de produtos e recibos, nada suspeito para estar nesse andar.  

No fundo da sala existe uma prateleira com livros ao invés de caixas e é o suficiente para chamar a atenção de Quinn que anda rápido até lá para xeretar.  

Ela passa a mão pelos livros e puxa para ver o conteúdo. A capa é feita de couro e as páginas estão preenchidas por anotações feitas à mão, os números datam anos atrás e Quinn quase cai para trás ao notar do que se trata.  

São os cadernos de ideias que Justin mencionou que tinha.  

Realmente tem muitas anotações de ideias de produtos novos, empresas e até mesmo nomes para eles, tudo detalhado pela letra corrida do Bieber.  

Mas o que aqueles cadernos estavam fazendo no andar privado de Jaxon é que era a grande questão já que Justin parecia ter apego a aqueles cadernos.   

Quinn abre todos os cadernos, lendo tudo o que tem escrito, até uma ideia de uma caneta esferográfica chamar a sua atenção. Ela corre de volta à mesa e abre uma das pastas que já tinha mexido quando entrou, encontrando o contrato de uma venda de um produto com o mesmo nome, mas no nome de Jaxon.  

Ela checa o número da pasta e vai até a caixa com o mesmo número, a colocando no chão e tirando os papéis que tem dentro. A ideia foi vendida para Lásló Bíró, um húngaro sócio da empresa, mas o nome de Justin como inventor da ideia não consta em nenhum documento, nem mesmo no recibo, somente o nome de Jaxon e outros homens associados à empresa.  

Quinn se recorda de um caso que envolvia plágio da parte do suspeito e o documento que o cliente pediu para achar era muito parecido com esse que ela tem nas mãos.  

Sem pensar duas vezes ela pega o caderno de couro, o recibo e o documento de venda e enfia tudo na bolsa, tentando fazer isso o mais rápido possível.  

Com o coração a mil depois de deixar a sala do mesmo jeito que encontrou, uma Quinn brava está caminhando em direção ao escritório de Jaxon, ela vai tirar a história a limpo agora mesmo e é bom Jaxon ter uma boa explicação.  

Mas para antes de encostar na maçaneta ao notar a porta entreaberta.  

Talvez fosse um sinal de que ela devia manter o profissionalismo e fazer o que foi paga para fazer, descobrir.  

Por isso ela se aproxima mais da porta para ouvir o que Olivia e Jaxon tanto conversam lá dentro e liga o gravador, por precaução.  

— Eu preciso que aquele detetive descubra, você não entende, mas eu prometo que logo vai acabar. — A obsessão de Jaxon em saber da traição da esposa não faz sentido, tem mais motivos do que aparenta.  

— Eu não aguento mais a espera, Jax. — Então as peças se encaixam. É sempre com a secretária.  

Quinn fica brava, na verdade irada demais para fazer qualquer coisa. Se Jaxon estava traindo a esposa, por que o desespero em saber se a própria esposa o traía também? Chifre trocado não dói.  

— A venda de mais uma das nossas moedas de ouro acabou de ser feita com sucesso, o cliente da Carolina do Norte ofereceu mais. Até mesmo as ideias ruins estão sendo vendidas por causa da fama de Hollywood. — A detetive liga os pontos, Jaxon está mesmo vendendo as ideias do irmão e Justin parece não fazer ideia, isso explica as viagens que anda fazendo.  — Assim que eu conseguir acabar com aquele último caderno, tudo vai mudar. Seremos você e eu e muito, muito dinheiro. — Quinn se afasta da porta, com medo do que mais pode ouvir, mas principalmente porque ouviu os saltos de Olivia se aproximarem da porta.   

— A mulher que você pediu para ver está lá fora esperando. Posso deixá-la entrar? — Quinn arregala os olhos ao ser citada na conversa, por isso dá as costas para o escritório e corre em direção a saída.  

  

(_̅_̅_̅(̅_̅_̅_̅_̅_̅_̅_̅()  

HOLLYWOOD  

  

Bastou apenas uma semana para Justin se lembrar do quanto odeia ser presidente de Hollywood.   

Ele já fez a parte dele tendo a ideia e administrando tudo até as coisas darem certo, mas assim como sua família, quando algo dá errado, é ele quem tem que resolver. QUE MALDIÇÃO!  

E para piorar, Quinn não saiu da sua cabeça nem por um minuto, até o maldito café o fazia lembrar dela. E por mais que estivesse evitando, não conseguiu parar de pensar em tudo o que aconteceu no Sunset, foi uma noite longa e cheia de acontecimentos e o que ele fez foi colocar o rabo entre as pernas e fugir para longe da bagunça, força do hábito.  

Mas o beijo foi estranho, ele sabia que não teria outra chance e por isso a beijou e isso o deixa com um pouco de medo, desde quando foi tão desesperado para beijar alguém que não controla os próprios atos? Maldição de mulher.  

Maldição de boca incrível, maldição de beijo viciante.  

Ele sabia que o próximo passo de Quinn depois do beijo seria impedi-lo de continuar sendo parceiro dela no caso e ele precisa desse último favor para Jaxon antes de sair da empresa, ele tem tudo pronto e está esperando para saber o que Quinn vai descobrir sobre o caso para Jaxon, mas depois de passar uma semana maravilhosa com a mulher, ele sabe que tem outros projetos que ele pode trabalhar. Talvez não como detetive, mas ele tem outras ideias de negócio em mente, e agora ele tem o mais importante, dinheiro para patrociná-las.   

Mas pensar em Quinn não estava ajudando muito agora, em poucos minutos ele teria que se reunir com Jaxon e os sócios de Hollywood para discutirem sobre algumas mudanças que a empresa precisa para continuar crescendo e tudo o que ele conseguia pensar era em Quinn conseguindo provas sem ele, o que será que ela tinha descoberto?  

Culpando a curiosidade e não a saudade, ele disca o número do escritório, torcendo para que ela não atenda, porque é mais fácil para ele lidar com a solidão do que com sentimentos que não sabe nomear.  

— Escritório de investigação Noir, Quinn falando. — A voz dela é séria e profissional e Justin ri com isso, tão a Quinn.  

— Sentiu minha falta, espertinha? — Justin puxa o telefone para o colo, assim pode colocar as pernas em cima da mesa e se encostar com conforto na poltrona.  

— Não acredito que corri para atender o telefone e ser você. É você quem está passando os trotes que estamos recebendo? — Quinn bufa após dizer uma frase grosseira, mas seu coração bate forte, querendo saber o motivo da ligação de Justin.  

— Por mais que eu ame a ideia de te irritar, eu ando muito ocupado para isso. Como anda a investigação sem mim, Sherlock? Eu disse que seria ruim para você ficar chorando pelos cantos, sentindo minha falta. — Dessa vez ela ri, se ele soubesse o que a assistente Quinn anda fazendo sem ele.  

— Meu pai progrediu bastante e eu também, mas não falo de casos pelo telefone, não é seguro. — Do outro lado da linha, Quinn olha para os papéis amassados e o caderno que ela roubou da empresa, quando Olivia voltou a recepção ela já tinha sumido, mas a detetive ligou para Jaxon e mentiu sobre o pai precisar dela urgentemente no caso e é claro que ele nem questionou, se o motivo o favorecia. Mas a verdade é que Quinn se trancou no escritório e deixou que os pensamentos a consumissem, ela tirou a lousa que usava em alguns casos para juntar todo o material que tinha, porque estava tão louca com a adrenalina correndo que não conseguiu achar seu caderno em nenhum lugar, por isso andou fazendo anotações ilegíveis para o mundo na lousa, mas que fazia sentido para ela.   

Mas a pergunta que ela mais fazia a si mesma era como contaria para Justin?   

E agora ele liga para saber do caso, como se soubesse que ela estava escondendo mais uma coisa em um mar grandioso de várias mentiras, talvez Justin não sobrevivesse ao tsunami que estava se formando, talvez nem a própria Quinn sobrevivesse.  

— Isso é um pedido de socorro para que eu volte, Quinn? — ele brinca, a verdade é que ele não ligou por nenhum desses motivos que Quinn supõe, ele simplesmente não consegue parar de pensar no que rolou no Sunset e de como as coisas pareceram mal resolvidas com aquela conversa, infelizmente a empresa precisou dele para assuntos importantes e no fundo ele quis um ar de todo esse drama, porque não sabia o que dizer a Quinn.   

— É sério, senhor Bieber, precisamos conversar. — Ele para de sorrir no mesmo instante, a voz dela parecia diferente, brava e até magoada e foi o suficiente para deixá-lo em alerta, o que foi que ele fez?  

— Eu tenho algumas reuniões agora à tarde, mas posso passar aí a noite, o que acha? — Talvez ela tenha descoberto tudo e odiou a verdade e sobraria para Justin ser o culpado mais uma vez.  

— É urgente, é bom vir assim que possível. — Justin não sabe se a voz dela acabou de tremer mesmo.  

— Quinn, se for sobre o que eu fiz no Sunset, me desculpa, eu achei que... — ele começa o assunto que estava evitando.  

— Eu consegui as fotos, talvez Jaxon me libere do caso quando eu conseguir mostrá-las, estou tentando revelar as fotos, mas usei o zoom então pedi para um amigo me ajudar com a qualidade. — Porra, era pior do que ele imaginava, ela já tinha tudo que precisava para acabar, Sherlock e Watson estava chegando ao fim, Justin Bieber estava.  

— Tá bom, droga. Eu vou. — Ele já está levantando da cadeira e procurando pelo seu terno, quando Tyler atravessa a porta.  

— Senhor Bieber, a papelada dos novos fornecedores chegou para ser assinada. Também preciso que aprove a recomendação que os novos sócios trouxeram. — Seu assistente está segurando diversos papéis que até então Justin não tinha conhecimento.  

— O que? E o Richard? Que novos sócios? — Justin não está sabendo de nada que Tyler fala, o garoto apenas arregala os olhos e ergue os ombros, como se estivesse confuso também, é mais sério do que aparenta. — Quinn, preciso desligar, nos vemos mais tarde. — Ele bate o telefone no gancho, sem esperar uma resposta de Quinn. — De que merda você está falando? — pergunta a Tyler.  

Vinte minutos depois Justin está entrando furioso na sala de reuniões.  

— Que porra é essa, Jaxon? Trocou nosso fornecedor de filtro para um caro pra cacete? E que caralho é esse de novos sócios? Porque pelo que eu saiba, todas as vagas para sócio já estão preenchidas, então a menos que você esteja vendendo a minha parte na empresa, é impossível termos mais sócios. — Os sócios presentes se viram todos chocados para Justin, mas ele não contava que o prefeito estivesse presente, os seguranças dele ficam em alerta, tentando se aproximar de Justin. — Se tentarem encostar em mim vão se arrepender, eu boto todos para fora da porra da minha empresa agora! — exclama furioso para os homens de terno, que pelo menos param de se mover.  

— Irmão, finalmente deu as caras — Jaxon fala ao ver o irmão finalmente, mantém a pose enquanto se serve de whisky, mas Justin o conhece muito bem para saber que está furioso.  

— Quero todos fora, agora. Marcaremos outra reunião, uma em que o dono esteja presente. — Justin praticamente cospe as palavras para os homens na sala, que olham para Jaxon, como se Justin não tivesse autoridade ali. O irmão apenas dá de ombros.  

— Vocês ouviram, caros senhores, reunião de família. — Tenta amenizar a situação com piada, os homens bufam por terem que fazer algo que não querem, mas se levantam e saem da sala, o prefeito se levanta por último, olhando para os irmãos enquanto sorri.  

— Me ligue quando as coisas forem resolvidas, Jaxon, temos muito trabalho pela frente.  — O prefeito cumprimenta Jaxon com um aperto de mão, depois olha Justin de cima a baixo com a boca paralisada em um tipo de horror, só então sai da sala, após expressar seu desprezo por Justin.  

Ele lembra de Elliot mencionar que o detetive Noir trabalhou em um caso que o incriminava, mas ele não precisava de nenhum detetive para dizer que aquele homem não prestava, Justin viu os projetos dele caso fosse eleito novamente e são horríveis.  

— É bom começar a falar. — Justin bate na mesa, Jaxon apenas arqueia a sobrancelha para o ato e vai se sentar na cadeira que fica na cabeceira da mesa, a cadeira do chefe, ele acha que isso exerce algum poder sob Justin, mas ele só acha isso patético, Jaxon não é dono de nada, é apenas um ladrão.  

— Sim, irmão, enquanto você estava ocupado por aí se aventurando e aproveitando a grana, eu tive que trocar Richard por um novo fornecedor, o velho estava pedindo muito dinheiro e a qualidade do produto caindo. — É mentira, tudo mentira.  

— Vai se foder, Jaxon. Richard faz negócios com nossa família quando nós nem existíamos ainda, ele só estava sendo pressionado por alguém, eu pensei que fosse o filho dele, mas a porra do prefeito estava aqui, então o que posso dizer? Já ouvi muitas histórias de como ele consegue convencer as pessoas a fazerem o que ele quer, mas porque ele está se envolvendo nos nossos negócios é que é a questão e eu acho que você sabe. — Jaxon bufa, ele não esperava que seu irmão sacasse as coisas até elas terminarem e agora vai ter que lidar com a dor de cabeça.  

— O prefeito é o nosso sócio agora, ele admira nosso trabalho e o quanto crescemos em tão pouco tempo, até quer contratar nosso time de advogados e nosso time de marketing, incrível, não? — Jaxon bebe um gole da bebida, como se realmente fosse uma notícia incrível. — Sei que está se perguntando, por que o prefeito quer ser nosso sócio? Mas acredite, vai ser benéfico para os dois lados. Já viu o projeto dele para depois que for reeleito? — Jaxon pergunta, jogando algumas pastas com imagens do projeto na frente de Justin.  

— Claro que vi, o cara quer demolir todas as casas do norte e construir mansões, ele vai deixar milhares de pessoas sem casa, Jaxon, não quero fazer negócios com um homem assim. — Justin folheia o projeto, vendo as mansões tomarem conta de todas as casas humildes que existem na região.  

— Não é só isso, vai olhando. Ele ofereceu uma parte para nós, uma segunda sede de Hollywood bem no centro de New York e por uma pechincha, irmão, vamos ficar mais ricos e ele será apenas um sócio. — Era o que Justin temia e Jaxon era ganancioso demais para ver.  

— Porra, Jaxon, você não vê? Ele quer nos foder, provavelmente para usar de fachada ou pedir favores que podemos cumprir sem levantar suspeitas. — Mas Justin desconfia que o irmão já sabe disso.  

— E isso importa? Ganharemos tanto dinheiro que poderemos abrir quantos prédios quisermos, trocar de fornecedor quando quisermos, aumentar a produção dos cigarros em massa, vamos ser os mais ricos na América inteira. — O irmão abre os braços e grita, extasiado com a ideia.  

— Não é assim que funciona, você sabe o plano que temos, se não traçarmos ele, vai dar errado, você sabe disso, eu te falei sobre os riscos desde o início. — Justin não tem mais controle do seu tom de voz, ele grita com Jaxon na tentativa de fazê-lo ouvir o que ele tem a dizer.  

— Eu sabia que reagiria assim, por isso estou vendendo sua parte na empresa, irmãozinho, está na hora de deixar os adultos lidarem com os negócios de verdade. — Justin não está acreditando.  

— Vai se foder, Jaxon, a ideia foi minha, não pode simplesmente me expulsar. — Justin já passou por muitas coisas que o fez sentir raiva de Jaxon, mais do que ele pode contar nos dedos, mas nunca sentiu tanta vontade de socá-lo na cara como agora e está a um ponto de fazer isso.  

— É o que veremos, irmãozinho. Porque pelo que eu me lembre, quando eu fundei essa empresa com o meu dinheiro, você integrou na equipe apenas como vice-diretor e sócio, nada que prove legalmente que a ideia saiu da sua cabecinha e eu acho que ninguém acreditaria nisso, porque convenhamos, olhe só para você. Eu só não queria que fosse assim. — Jaxon realmente acredita do que sai da própria boca, acredita fielmente na mentira que criou em sua cabeça.  

— Você vai se arrepender. — Justin aponta o dedo para Jaxon, saindo da sala.  

— Você é quem vai, Justin. Se tentar arrumar confusão — Jaxon ameaça.  

— Não estou falando de alguma vingança seu tolo. Sua arrogância vai ser a cova e a sua ganância vai ser seu coveiro. Vai ser o seu fim e não vou chorar no seu túmulo, porque eu avisei você. — Jaxon mantém a expressão neutra, mas Justin consegue ver quando o irmão engole a seco.  

Jaxon disfere mais alguns xingamentos, mas Justin apenas o ignora enquanto sai da empresa em direção ao seu conversível.  

No caminho para o escritório de Quinn, ele dirige como um louco enquanto amassa os maços de cigarro entre os dedos.  

Ao saltar do carro estacionado de qualquer jeito ele corre para o elevador, mais irado do que nunca.  

Quinn não sente ele chegando, mas ouve a porta da frente se abrir, por isso abre minimamente a porta da sala de revelação de fotos para não estragar os filmes que estão sendo revelados.  

— Meu Deus, Bieber, quer me matar? — Mas ele não a responde, não com palavras.  

Ele não pensa em mais nada enquanto anda depressa em direção a ela, em menos de cinco passos ele já a alcançou a prensando na porta, Quinn não tem tempo para avisar das fotos sendo reveladas porque no segundo seguinte Justin já está com a boca na dela.  

(_̅_̅_̅(̅_̅_̅_̅_̅_̅_̅_̅()  

HOLLYWOOD  

 
 


Notas Finais


Terminei bem ai mesmo, próximo capítulo pegando fogo kakaka.


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