História Nos encontramos Novamente (Swanqueen) - Parece um ratinho

Zelena andava de um lado para o outro, olhava no seu telefone, um que Regina deu para ela, dizendo que ligaria. Ela achava engraçado, como um mundo tecnicamente sem magia, tinha tantas coisas incríveis, como comunicação a distância e equipamentos os quais basicamente faziam tudo por você, ela já tinha até se acostumado com tudo isso, nos tempos que viveu longe de Storybrooke. Zelena divagava tentando acalmar sua ansiedade, ela por mais que não admitisse estava sim  ansiosa com a possibilidade de sua irmã ir vê-la, mas a angústia e a sensação de mais uma vez ter sido deixada de lado, fazia ela querer chorar. — Droga Zelena, é claro que a Regina, prefeita da cidade, pessoa importante— fez aspas com os dedos— vai vir só porque você quer!— "Ela disse que viria!" — Sim. Mas desde quando as pessoas cumprem com suas palavras com você, Zelena?— suspirou — Já deveria estar acostumada. —Seus devaneios foram interrompidos pelas batidas na porta, as quais fizeram brotar um largo sorriso nos lábios de Zelena. Mas este não durou muito, foi se desfazendo aos poucos com a presença de Ruby, sorrindo na sua frente. 

— O que faz aqui? — Perguntou sem paciência. 

— É realmente gratificante ver a felicidade estampada no seu rosto, meu coração até palpita de alegria! — disse sorrindo com implicância. 

— Lobinha, me diz o que trás você na minha humilde residência?— debochou. 

— Não vai me convidar para entrar?— 

— Onde está minha educação?— deu passagem— entre. Agora me diz o que veio fazer aqui? — 

Ruby virou se para Zelena com um sorriso forçado disse: — Eu venho a pedido da Regina.— 

— Por que ela não veio?— Zelena perguntou com raiva. 

— Será que a gente pode?— Ruby disse apontando para a mesa com cadeiras, logo atrás delas. Zelena consente,e elas se sentam— Então sua irmã não está nada bem, ela queria vir,mas convenci que não viesse.— 

— Por qual razão, ela não veio, e não está bem?— 

— Sabe que a Emma voltou no tempo né?— 

— É claro que sei!— disse revirando os olhos. 

— Então…ela encontrou a Regina, bem mais nova, tipo uns 18, 19 anos sei lá, acho que era isso.— 

Zelena se levantou começando a andar pela casa, estava inquieta, suspirando fundo ela perguntou: — Não me diga que a Emma transou com minha irmã adolescente?— 

— Regina não era bem, bem uma adolescente!— disse acompanhando Zelena com os olhos. 

— Como não?— indignou-se— Emma tem 29 anos, e foi criada nesse mundo aqui, pelo pouco que conheci deste lugar, Regina com 18,19 seja qual for a idade, era como uma menina de 13,14 anos. O conhecimento que uma pessoa de 19 nesse mundo tem, é muito maior do que alguém da mesma idade na Floresta Encantada e, que ainda era mantida presa em um castelo pela mãe. — 

— Zelena por favor não é bem assim…Regina já era adulta e, casada, por favor não faça isso, não diga que a Emma fez uma coisa que ela não fez, ela até poderia ser um pouco mais inocente que as meninas daqui, mas nós 2 conhecemos sua irmã, e ela sempre foi muito inteligente…e tem mais. Pelo que eu sei foi a Regina que seduziu a Emma. — 

Zelena sentou boquiaberta, sorrindo disse: — Entendi tudo…minha irmã se apaixonou pela loirinha, mas ela não podia ficar lá, porque não era seu tempo, e poderia estragar tudo e, mais uma vez, ela teve seu coração partido, não é isso?— 

— Sim, bem isso!— 

— Mas por que só agora? — 

— Quando Regina descobriu que a Emma era mãe biológica do Henry, apagou todas as memórias que tinha dela, por isso não se lembrava o que tinha acontecido, e ontem a Emma deu uma poção que fez ela se lembrar— balançou a cabeça em negação,ao se recordar— foi horrível toda aquela cena, a sua irmã tá sem coração, só pra não matar a Emma. — 

Zelena suspirou se levantando e disse: — Bom,diga a ela que agradeço a preocupação que estou bem— foi até uma escrivaninha, pegou um envelope pequeno— eu fui ao médico, e tá tudo bem com o bebê, aqui.— Mostrou a Ultrassom para Ruby— não serei mais um problema pra Regina, só diga que tá tudo bem, e que não se preocupe comigo.— disse triste.

Ruby ao notar a tristeza com que Zelena falou, pegou sua mão sobre a mesa e disse: — Você não é um problema Zelena, sua irmã se preocupa com você, porque ela se importa, por favor não diga isso.— Zelan não respondeu, ela parecia entender o que Regina estava passando,mas mesmo assim sentia- se triste, por não poder estar presente de verdade na vida da irmã— Ei!— Ruby chamou fazendo Zelena olhar para ela— Aqui tem dois, é um para o Robin? — 

Zelena retirou sua mão debaixo dela e disse: — Não vejo o Robin faz dias, ele não responde quando chamo e, até o garoto não vi…Esse aí era pra quem quiser. — 

No intuito de acabar com o baixo astral que de repente tomou conta da ruiva, Ruby disse: — Tem certeza que está ultrassom é sua mesmo? — 

— Sim, a enfermeira disse que era. — disse confusa. 

— Ah bom, por um momento pensei que fosse de um filhote de rato, olha como parece um ratinho cabeçudo.— disse sorrindo, fazendo Zelena rir também. 

Zelena observou mais de perto a imagem e disse: — Queria dizer que tá errada, mas parece um ratinho cabeçudo mesmo. — 

Ruby olhou para mulher na sua frente e, por um momento, esqueceu que ela já tentou matar todo mundo ali, mas pensou. "E quem nesta cidade,não tentou matar todo mundo?" — O que foi? — Zelena perguntou ao perceber o olhar da mulher que parecia perdido nela. 

Ruby, abriu a boca e respirou como quem iria falar alguma coisa, mas desistiu fez novamente a menção de que falaria e, assim até criar coragem, ela disse: — Será que eu posso te pedir uma coisa?— Zelena consente— vai parecer um pouco estranho, mas eu posso ouvir o coração do seu bebê?— disse já ficando na ponta da cadeira— é que eu nunca ouvi o coração de alguém dentro de outro alguém…posso? — Sorriu forçado. 

Zelena não se impôs, até se  afastou um pouco dando espaço para a garçonete, que concentrava seus ouvidos nas batidas de coração, se ajoelhou encostando seu ouvido na barriga da ruiva, a mesma suspirou fundo, acelerando seu coração. Ruby que tinha as mãos na cintura da ruiva, se apoiou ali, levantando a cabeça para olhar para ela disse sorrindo: — Ei acalma seu coração, pra que eu consiga ouvir do seu bebê.— disse voltando suas orelhas para a barriga da mulher. A qual se desculpou, tentando acalmar seu coração. 

Ruby que ia só fazer uma visita rápida para Zelena, acabou ficando mais tempo do que esperava, ela se assustou ao olhar no relógio, e disse: — Bom não vi o tempo passar. — sorriu para Zelena— você é bem divertida quando não tá tentando roubar bebês, e matar pessoas.— 

Zelena gargalhou com o que ouviu, ela disse: — Você também não é nada mal! — 

— Zelena, será que eu posso te pedir uma coisa? — Zelena deu de ombros— a Emma ele precisa de ajuda, eu quis vir aqui também pra pedir isso, será que você pode ajudar ela a controlar os poderes…sua irmã tava ajudando,mas com tudo que aconteceu, as duas não podem se ver tão cedo. — 

— É, eu normalmente não ajudaria, mas você foi bem gentil comigo hoje e, eu sei que a Emma ama a Regina e, aquele menino mimado precisa das suas mães bem…se ela quiser eu ajudo! — 

— Obrigada Zelena.— disse se levantando e dando um beijo no rosto da mulher— amanhã passo aqui pra te pagar, às onze pode ser? — 

— Cla…claro! — Zelena disse sem jeito, ela não estava acostumada a que as pessoas dessa cidade fossem legais com ela, e isso a deixava desconcertada. 

Ruby se despediu indo a caminho da casa dos Encantados, mas antes que chegasse Emma ainda sobre efeitos de calmantes,mas já acordada conversava com sua mãe, ela perguntava um pouco grogue: — Ela nunca vai me perdoar né?— 

— Claro que vai ela te ama! — 

— Eu não perdoaria! — Emma disse triste. 

Branca que estava sentada na beirada da cama, onde Emma estava deitada, alisou o rosto da filha e disse: — Pois precisa, porque quando a Regina te perdoar, se você não tiver se perdoado, vocês não vão poder viver esse amor, e Emma— segurou o choro— um amor verdadeiro é tão raro, e vocês tão ligadas, não só pelo garoto, mas porque vocês são como, o Yin-yang, são diferentes mas se completam, uma sem a outra é uma tragédia, ela é a lua e você o sol. — 

— Quando ela me perdoar, se tem tanta certeza assim que isso vai acontecer?— 

— Absoluta!— disse dando um beijo na testa da filha.