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História Nosferatu - Fangs


Escrita por: osakifairy e hwacolors

Notas do Autor


E vamos de começar fevereiro com uma fic bem boiolinha! Essa história me surgiu ontem do nada e eu pensei, pq não? Então comecei a escrever e simplesmente fluiu com uma facilidade incrível, fiquei até mesmo surpresa. Sim, a história tem um trisal como foco e imagina o surto meu como ficwritter em botar meus dois bias e meu utt junto namorando? Poise, fiquei histérica a cada cena. Dedico em especial essa fic a @blackouty , que é apaixonada por Seohee e ama o Hwanwoong (não tanto quanto eu pq quem tem meu numero sabe que eu falo 24/7 do hwani e de como ele é o meu mundinho). Então dya, essa fic é pra você, espero que goste desse capitulo e aguenta coração para o segundo pq nele você com certeza vai morrer de tanto boiolar.

Espero que todos gostem e se divirtam muito lendo essa fic, assim como fiquem muito boiolinhas com os momentos super família desse trisal de vampiros. A proposito, o nome Nosferatu não tem inspiração no filme de mesmo nome de 1922, na verdade ele vem da palavra húngara (Nosferatu) que significa basicamente, vampiro ksks. E talvez, vocês irão reparar que o modo como eles dialogam não é no estilo atual, isso pq eu quis que a história se passasse no século XVIII, apenas por motivos de roupinhas de estilo vitoriano e castelo góticos ksk. Sem mais falação, beijos e boa leitura <3

Ps. eU sou tão lerda que esqueci de marcar o @ ????????, não riam da minha desgraça.

Capítulo 1 - Fangs


OSAKIFAIRY©

NORTE DA TRANSILVÂNIA, 1795

Residência do Clã Lee

Hwanwoong mirava avidamente, através da grande janela oval de seu quarto, a bela e sombria Transilvânia; observando com visível curiosidade as diversas construções góticas, árvores de folhas escuras como a noite e as vielas estreitas serem parcialmente cobertas por frios, ainda que belos, flocos de neve. “Seria um inverno rigoroso e gélido, capaz de gelar até os ossos do corpo”; ele suponha ao envolver o próprio corpo magro com os braços e ver a paisagem tornar-se gradativamente branca de acordo com que a neve ia se acumulando; sem preocupar-se nem um pouco com a mudança de estação. Em um outro inverno, o Yeo estaria embrulhado em seus grossos cobertores, vestido com peças de lã enquanto rangia os dentes pela temperatura e praguejava; mas, naquele ano, seria diferente: ele não sentiria frio, mesmo que estivesse vestido com apenas uma longa camisa branca de babados; tudo graças a recém transformação que o tornara igual a Seoho e Keonhee — os homens que amava e os membros mais fortes do famoso Clã Vampírico Lee. 

O Yeo lembrava-se claramente do quão difícil havia sido convencer os namorados a realizarem a transformação: ambos haviam se oposto a ideia logo que Hwanwoong disse desejar se tornar um vampiro e foram inflexíveis quando ele tornou a insistir no assunto — não por ignorância ou por não apoiarem o menor; na verdade, amariam tê-lo junto deles por toda a eternidade; mas sim por ambos serem vampiros ancestrais e conhecerem os riscos de transformar um humano comum através da ingestão de sangue vampírico. Os Lee sabiam que muitos humanos sentiam tanta dor ao serem transformados que pediam para serem mortos, enquanto outros ficavam loucos diante a sede incontrolável por sangue humano ou do arrependimento iminente ao darem-se conta do quão cruel a imortalidade era quando se vivia sozinho; e por isso, temiam que algo de ruim viesse a acometer o garoto caso ele bebesse uma única gota do sangue de um deles.

Levou meses para que Hwanwoong, utilizando de todos os artefatos que conhecia e deixando evidente como não suportaria abandoná-los graças a velhice que o consumiria — diferente deles que continuariam belos e jovens por toda a eternidade —, enfim obtivesse o consentimento de ambos. Uma cerimônia simples fora organizada e assim, Seoho — o líder do Clã Lee — ofereceu-lhe durante a Lua Nova uma taça com seu sangue.

Para o alívio dos vampiros mais velhos, nenhum de seus terríveis temores se concretizou. Hwanwoong dormiu a noite inteira após a cerimônia de maneira serena e acordou na manhã seguinte perfeitamente bem, sem ter gritado, se debatido ou se queixado de dor. Nenhuma grande mudança pareceu ser evidente nele, exceto pelo frio intenso que o Yeo passou a sentir conforme o sangue que corria em suas veias começava a secar e lhe dar a temperatura gélida comum aos vampiros — levando o jovem vampiro a aninhar-se no colo de um dos namorados em falhas tentativas de se aquecer, visto que eles também tinham a temperatura baixa —; além do crescimento vagaroso e dolorido de suas presas, que antes pouco lhe importavam, mas que agora eram de extrema importância para que ele pudesse se alimentar.

Esse último detalhe, claro, não era do conhecimento dos Lee.

Havia sido uma decisão imprudente ocultar por livre arbítrio aquele fato dos namorados, Hwanwoong sabia bem disso; mas começou como uma dor tão fraca e boba — como as que outrora sentia em seus dentes quando ainda era humano — que ele logo considerou besteira incomodar os vampiros com algo tão mínimo. Com o passar dos dias, porém, a dor atenuou-se até tornar-se insuportável; ao ponto de o Yeo precisar se esconder pelos cômodos do macabro castelo gótico, em companhia de uma compressa gelada que ele colocava próxima às presas doloridas enquanto chorava e resmungava baixo de dor. Ansiava manter aquilo em segredo por mais um tempo por saber que em breve passaria e seus dentes não iriam mais doer; entretanto, naquela noite, olhando a Transilvânia ser coberta pela neve, a dor lhe apunhalou com tanta intensidade, que ele se rendeu à força.  

Hwanwoong levantou-se da cama com dosséis e caminhou em passos ágeis ao corredor, percorrendo-o e saltando os degraus da escada circular em uma velocidade o qual ainda estava se adaptando — não conhecia nem sabia utilizar metade dos atributos que foram passados de Seoho para si após ter se tornado um vampiro. Ele esfregou os olhos, para afastar as lágrimas, antes de fechá-los e reunir a pouca concentração que conseguia ter por estar sentindo tanta dor; podendo assim localizar o paradeiro do único namorado presente no castelo ao escutar o som longínquo e harmonioso das notas de um piano de cauda. Keonhee provavelmente estava em um dos cômodos mais distantes, optando pelo piano e não pelo de órgão de fole apenas para não lhe incomodar de dormir, visto que andava tentando se habituar a inversão de horários e as grandes mudanças em sua rotina. Antes que percebesse, o Yeo deixou que seus pés o levassem até o local correspondente, somente parando quando alcançou o centro do cômodo, bastante próximo do Lee — que estava virando em direção à entrada da sala, sentado sobre o banco acolchoado do piano com uma expressão preocupada no rosto. 

Quase todas as vezes, Keonhee conseguia sentir quando algo afligia o menor, e não havia sido diferente daquela vez: graças aos sentidos aguçados pelo vampirismo, ele tinha escutado o som baixo dos soluços contido, o ranger da porta quando Hwanwoong saiu do quarto e os passos apressados — ainda que leves e suaves contra o assoalho pelo fato de os pés pequenos estarem descalços. O Lee supôs que poderia ter sido algo pequeno, como uma lembrança ruim ou um pesadelo; porém, nada o havia preparado para ver o rosto do Yeo manchado pelas lágrimas, os olhos inchados e vermelhos pelo choro recente mesclando-se aos fios loiros bagunçados e os lábios trêmulos. 

— Hwani, o que houve? — Levantou-se do banco velozmente ainda que graciosamente, ignorando o estalo feito pelo objeto ao cair no chão de mal jeito, esse acidentalmente derrubado pelo vampiro em meio às passadas largas que ele dava em busca de encurtar a distância que o separava do namorado. Sua preocupação naquele instante era descobrir o que fizera o menor chorar enquanto abrigava-o na segurança de seus braços; e apressou-se em fazer isso, tomando os ombros pequenos entre as mãos e o trazendo para que encostasse em seu peito. 

Dói, dói muito… — Sussurrou e choramingou fraquinho, seus olhos ardendo quando novas lágrimas se acumularam, essas não mais pela dor, ainda que ele sentisse um latejar regular; mas sim por sentir que estava ali, interrompendo Keonhee de praticar ou compor uma canção para se preocupar com algo tão bobo.

O sussurro baixo do Yeo poderia ter passado despercebido para qualquer outro, mas não para o Lee, que não somente estava preocupado, como compreendeu cada uma das palavras graças a audição aguçada. A simples menção a alguma dor sentida pelo namorado, o deixou desesperado e ele logo adiantou-se ao envolver a cintura e as pernas de Hwanwoong com os braços, segurando-o e levantando-o facilmente do chão para que pudesse levá-lo até o sofá grande no canto da sala. Keonhee sentou-se sobre o estofado macio com o menor em seu colo, arrumando-o de maneira que ficasse confortável antes de buscar avidamente por algum ferimento ou fonte de dor; o desespero dentro de si rugindo como uma fera ao não encontrar nada no corpo pequeno à sua frente e imaginar como Seoho reagiria caso descobrisse que o garoto, deixado aos seus cuidados, vinha sentindo dor. 

“Ele provavelmente enlouqueceria”, o Lee pensou enquanto segurava o rosto pequeno entre os dedos longos e afagava carinhosamente uma das bochechas gordinhas, seus olhos brilhando em um vermelho fraco ao olhar para Hwanwoong aflito e recordar a vez que o menor se ferira com um caco de vidro. Havia sido um corte pequeno, mas profundo o bastante para o sangue pingar constantemente, deixando o vampiro mais velho tão preocupado ao ponto de seus instintos — que o tomavam diante uma mera gota de sangue — simplesmente fossem suprimidos diante a preocupação. Seoho era extremamente protetor com ambos, em especial com o Yeo, pois sabia que ele, diferente de Keonhee — que já sabia controlar suas habilidades vampíricas —, mal havia ainda formado suas presas. 

Onde dói, meu amor? Mostre-me. — Inquirir após checar todos os lugares visíveis e não encontrar nada incomum, sua mão colocada sobre o rosto menor tremendo tanto que Hwanwoong precisou segurá-la para evitar que os dedos longos resvalassem de mal jeito nas regiões próximas aos seus dentes. 

O Yeo esperou que o mais velho se acalmasse e parasse de tremer um pouco para guiar o dedo indicador dele aos seus lábios, colocando-o com cuidado sobre a região dolorida. O gesto surpreendeu Keonhee, que por alguns segundos pensou que aquilo pudesse se tratar de uma das artimanhas de Hwanwoong — ele sempre usava de algo diferente para obter beijinhos, fossem seus ou de Seoho, pois ambos se derretiam fácil por qualquer biquinho e expressão emburrada dele —; entretanto, assim que olhou mais atentamente, ele percebeu que o menor estava com os lábios entreabertos, graças as presas avantajadas e fortemente fincadas sobre o inferior, ameaçando perfurarem com suas pontinhas afiadas a pele fina, avermelhada e inchada.

— Há quantos dias está escondendo isso? — Perguntou ao afastar o dedo indicador e colocar o polegar de modo que o deixasse com a boca dele mais aberta, criando um espaço maior e evitando assim que ele se machucasse caso mordesse o lábio. — Hwanwoong. — Usou um tom firme ao receber o silêncio como resposta, segurando a nuca dele e afagando os fios loiros para passar confiança.  

D-dois… dois dias. — Balbuciou fracamente e levemente embolado graças ao polegar colocado sobre seus lábios, tremendo no colo do Lee quando o dígito dele tocou sobre a ponta de uma das presas, parecendo testá-la. — Eu não deveria ter escondido isto, eu sei, mas… — Abaixou a cabeça timidamente, sentindo o afago carinhoso em sua nuca cessar quando Keonhee afastou a mão para segurar seu queixo e criar contato visual entre eles. — Não queria lhes preocupar; Seoho já está tão preocupado com a ameaça imposta pelas alcateias de Geonhak a Transilvânia e tu já cuidas tanto de mim, não queria que tivesse de fazer ainda mais. 

A voz baixa de Hwanwoong amoleceu por completo o Lee, que até pensara a princípio em repreender o menor por ter escondido algo tão importante dele e de Seoho; entretanto, ele compreendia o porquê de o Yeo — e futuro Lee — ter ocultado aquilo: o garoto sempre havia sido um humano independente, mas a nova realidade no mundo dos vampiros, com todos aqueles conflitos entre clãs, guerras e ataques das alcateias lycans, trouxera a ele o medo e preocupação o qual não estava antes tão acostumado. Seoho era o líder do Clã e por isso estava sempre ocupado solucionando os conflitos causados tanto por vampiros menores quanto pelos povos inimigos; enquanto Keonhee liderava na ausência do Lee e logo, tinha tantas responsabilidades quanto o mais velho em alguns dias. 

— Sabe que gosto de cuidar de ti e irei gostar por toda a eternidade, por isso nunca pense que isso me incomoda. — Acariciou o rosto dele e aproximou-se, roçando os lábios sutilmente sem ainda aprofundar o selar. — Não sei dizer o que há de errado com suas presas, por isso, teremos de esperar Seoho. — Murmurou baixo, vendo o Hwanwoong acenar fraquinho e moldar um biquinho, pedindo silenciosamente por um beijo. — Ficarei contigo até que ele chegue. — Uniu os lábios com calma, suspirando e levando uma das mãos a cintura do Yeo para segurá-lo, trazendo-o para mais perto enquanto se beijavam. 

Hwanwoong separou os lábios a contragosto quando tornou a sentir suas presas doerem, resmungando e murmurando palavras emboladas antes de aninhar-se ao peito de Keonhee e chorar de modo abafado — apenas por dengo —; acalmando-se somente quando os dedos longos do Lee começaram a acariciar suas costas por baixo do tecido macio da blusa de babados que usava. 


Notas Finais


Espero de verdade que tenham gostado e não esqueçam de surtar aqui nos comentário comigo sobre o que estão achando da historia, se tudo der certo a segunda parte sai esse mês ainda ksks. depende só da minha coragem para terminar e revisar ele. Bjs e obg por lerem <3


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