Mari Narrando
Passamos uma noite incrível na sala de casa. Qual casa? A nossa nova casa que Luan tinha comprado. Não havia mobília alguma, segundo ele tinhamos que comprar juntos então ele só comprou a casa para termos onde passar a primeira noite de casados.
Estávamos acampando. Uma barraca, cobertores, uma fogueira artificial e muitos doces. Foi a melhor noite da minha vida. Eu estava completa com ele ali do meu lado. Ficamos conversando por muito tempo. Fazendo planos e decidindo nosso futuro.
- vai, por favor! – ele pediu manhoso. – eu tô ficando velho, amor.
- claro que não. Mais pra frente, eu juro.
- já ta na hora da Nicole vir, Breno ta muito sozinho.
- é pra isso que a Bruna tá grávida, pra dar companhia pra ele. E tem a Guilly, eles se dão super bem.
- não é a mesma coisa, ele quer uma irmã. – eu ri.
- ele não quer não.
- diz pra Bruna dar o nome de Nicole. Eu sei que é menina.
- eu também sei que é, mas ela não é louca de dar o nome da minha filha pra filha dela. – revirei os olhos rindo. Será que eu era a única que nunca teve preferência de nomes? Nunca parei pra pensar muito nisso e se fosse escolher seria de ultima hora.
A noite passou voando. Lógico que não poderia ser diferente, afinal quando a gente começa a se amar, o tempo voa que a gente nem vê. Ele consegue me satisfazer mais do que só sexualmente. A gente se completa até no sexo e eu sinto que jamais alguém me amaria de tal forma.
Na manhã seguinte, tomamos um banho juntos no banheiro da suíte que será nosso quarto, vestimos a roupa que ele tinha trazido em uma bolsa. E depois ele foi me mostrar o resto da casa.
- quarto do Breno, bem em frente ao nosso.
- é muito maior que o dele lá no apartamento. – falei assustada. Nunca fui fã de casa grande, mas Luan sim e isso era perceptível.
- isso não é bom? Ele tá crescendo, amor.
- é...
- esse é o quarto da Nicole. – mostrou o próximo quarto, eu ri.
- jura? Ela nem existe e já tem quarto?
- quem disse que não existe? – disse alisando minha barriga. – depois dessa noite... – falou beijando meu pescoço. Não contive o riso.
- eu tomo remédio! Esqueceu?
- devo te lembrar do Breno?
- devo te lembrar que naquela época eu era bastante desatenta? Agora eu faço acompanhamento médico, tomo certinho, não quero nada sem ser planejado. Já tivemos essa conversa antes. – ele pareceu frustrado.
- a gente pode planejar.
- ah amor, agora não. Tenho o orfanato, as crianças. Eu não posso parar tudo.
- nem eu, mas a gente para juntos.
- a gente não parou juntos quando foi com o Breno. – acabei dizendo sem pensar. Nunca foi minha intenção jogar na cara dele, mas eu sempre pensava na possibilidade de ele se manter distante como fez por conta da carreira durante o primeiro ano de vida do Breno.
- eu fiquei o máximo que pude, achei que você entendesse.
- eu entendo, mas eu fiquei por muito tempo sozinha, não saía de casa praticamente pra nada. Recebia visitas, mas ainda me sentia só. Sem contar que eu engordei horrores, sofri na academia por muito tempo pra entrar em forma.
- nossa amor, você faz parecer que foi horrível.
- não foi, o Breno é meu maior presente. Eu só não acho que seja na hora de passar por tudo isso de novo.
- ta bom. – respondeu visivelmente chateado e fechou a porta. – bom, ainda tem um quarto de hospedes, um banheiro e uma varanda. Da pra colocar uma rede e observar o quintal dos fundos. Bora descer? – concordei.
Concordamos que agora era necessário alguém para trabalhar ali. A casa era grande demais e eu não daria conta. Eu dispensava ter empregada no nosso apartamento. Mas agora nessa casa enorme eu queria até um cozinheiro, um jardineiro, alguém pra limpar a piscina. Sim, tínhamos uma piscina. Eu estava achando aquilo um exagero. Mas Luan estava bem feliz com a casa que tinha escolhido, no mesmo condomínio dos pais.
[...]
A decoração e a mudança para a nova casa foi extremamente cansativo.Mas estar com Luan fazia tudo melhor. Nós escolhemos juntos, acompanhamos juntos. E na hora de carregar caixas de mudanças, contamos com nossa grande família.
- Kiro!!! Cuidado. – resmunguei quando vi ele e Julio brincando de jogar uma caixa um pro outro.
- ei, briga com ele! – Kiro apontou pro Ju.
- ela me ama ô playboy, lógico que vai brigar contigo.
- para de levar o Kiro pro caminho da bagunça, Julio! – balancei a cabeça negativamente. Era incrivel como Ícaro, o cara mais certinho e engomado que eu conhecia, se tornava um moleque na companhia de Julio, Igor e Kaio. Que eram os amigos que me restavam. Eu gostava de vê-lo se divertindo daquela forma.
Dentro de casa, Luan ia dizendo pra onde levarem cada caixa. Agora tudo já estava mobilhado. Bruna e Pedro arrumavam o quarto do Breno com ajuda do pequeno. Nossas mães arrumavam nosso quarto. E eu garantia que os bobões lá fora não quebrassem nada.
- cadê a Tata?
- ta com a Lua em casa. – franzi o cenho rindo.
- quem é Lua?
- a nossa nova filha.
- você chamando cachorro de filha? Meu Deus, eu vivi pra ver isso! – falei rindo.
- é uma igualzinha ao Bucky!
- mentira! – falei supresa. – vão ser amiguinhos!
- foi ela que escolheu, eu mesmo queria um cachorro grande, macho, forte.
- resumindo: tudo que você não é. – Kiro falou e eu ri. Julio ficou sério e em segundos ambos corriam em volta do caminhão de mudanças.
- eu quebro essa tua cara de boneco, ô engomadinho! – eu só fazia rir, encostada no capô do meu carro. Luan saiu de casa e de longe viu os dois panacas correndo. Só balançou a cabeça negativamente e entrou.
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