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História Nossa história - Aquele menino


Escrita por: SrtKaulitz

Notas do Autor


Penúltimo capitulo, meus amores.

Gente, esqueci de dizer, mas como no cap anterior, ele fala mais profundamente de alguns momentos citados. O Cap anterior, "Dança comigo?" falou sobre a leveza e a molecagem da nossa Dih, citado no cap. 4. Esse já fala sobre momentos citados no primeiro e também do quarto capitulo. Deu p entender? Se não, se tiver tudo beleza até aqui, ok. heuheuehueheueuheuheuehuehehe

Espero muito que gostem.

Diana quem narra <3

Boa leitura

Capítulo 7 - Aquele menino


Fanfic / Fanfiction Nossa história - Aquele menino

Até o mais frio coração precisa se aquecer uma vez ou outra. Até o mais bravo guerreiro tem seus momentos de fraqueza. Até o mais forte dos homens, em algum momento, chora.

Bruce é forte. Um verdadeiro guerreiro. Valente, sempre lutou bravamente contra qualquer um para defender a vida daqueles que não podem lutar por si mesmos. Dedicou sua vida a proteger sua cidade e impedir que outras crianças acabassem como ele... sem os pais ou entes queridos. Porém, tudo tem seu preço. Sua vida se tornou solitária e escura, e ele acabou acreditando que esse era seu destino.

A vida lhe foi muito cruel, ferindo sua alma quando ainda era um menino. Bruce cresceu com aquele menino traumatizado preso dentro de si, impedindo-o de fazer novos vínculos afetivos, pelo medo de os perder. Custou para eu lhe provar que nada disso era necessário. Como eu já disse, inicialmente ele não ficou muito bem. Achava que estava me colocando em risco e todas aquelas inseguranças que ele sempre teve. Evitava ao máximo compartilhar sua vida comigo. Costumava ficar quieto e silencioso, procurando foco na vigilância de Gotham enquanto passava por suas guerras emocionais. As lembranças da tragédia e todos os seus nebulosos pensamentos sempre o atormentaram, inclusive em sonhos.

 

- Não faz isso... Pai...

- Bruce. – Tentei acordá-lo. – Bruce, acorda!

- Não! – O mesmo levantou rápido, atordoado.

 – Calma, foi apenas um pesadelo. – Tentei lhe dar algum conforto, mas o mesmo me impediu, virando-se para pegar água.

- Volte a dormir, estou bem. - Me beijou, deitando-se como se nada tivesse acontecido.

 

Ela não quis que eu notasse o quanto estava abalado, mas eu notei e apesar de toda sua resistência, eu não desisti. Após várias conversas, insistentemente comecei a ir até ele para lhe oferecer um pouco de conforto, até ele finalmente aceitar. Eu sei que ele nunca vai chegar e falar abertamente sobre “suas fraquezas”. É dele. É algo que ele não consegue e eu respeito. Mas ao menos, com o passar do tempo ele acabou entendendo que poderia e deveria vir até mim. Ele entendeu que eu estava disposta a aceitar e caminhar ao lado de todos os “Bruces” existentes nele e que quando ele precisasse, bastava estender a mão, e eu a seguraria.

 

- Miserável... Ela não. Não... – O mesmo se levantou com a respiração acelerada.

- Está tudo bem. – Acariciei seu rosto e o abracei. – Está tudo bem. – O encarei, acalmando-o. Diferente da outra vez ele não hesitou, pelo contrário. Me apertou em seus braços, como se tivesse medo de voltar a dormir. Lembro que fiquei um bom tempo acariciando seus cabelos até ele voltar a dormir. Desde então, quando algo o abala muito, ele vem a minha procura, mesmo sem falar nada.

Bruce tinha uma seria dificuldade em acreditar que merecia ser feliz, mas felizmente o fiz ver que as coisas poderiam ser diferentes. E mesmo com todo o sacrifício que seu caminho lhe exigiu, e apesar de todos os momentos de cansaço e tristeza emocional, ele aceitou que não poderia desistir da sua felicidade e então, pude perceber que conforme o tempo foi passando, conforme ele foi se acostumando com a ideia de amar e ser amado, as coisas foram melhorando. Às vezes tudo o que ele precisa é de um abraço demorado para saber que tem com quem contar. Ou apenas repousar a cabeça em meu colo e segurar firme uma de minhas mãos, para sentir que eu ainda estou com ele.

Pode não parecer, mas com esses pequenos gestos, ele sempre me mostrou o quanto precisava de carinho e de atenção. Recentemente, pude notar vários desses gestos. A aparição de Terry lhe causou uma turbulência. Bruce ficou melancólico, enciumado, estressado, feliz... foram muitos os sentimentos causados. Vê-lo vestindo o traje do Homem Morcego pelas ruas de Gotham, acabou lhe trazendo muitas lembranças. Volta e meia o pegava analisando por um longo tempo cada um dos adereços usados por ele nas missões. E nessa melancolia, ele sempre me envolvia em um abraço protetor, como se assim, ele se sentisse tão forte quanto no tempo em que era o Batman.

Já com ciúmes, Bruce costumava sempre segurar minha mão. Não era algo possessivo ou agressivo, era, de verdade, o medo que eu optasse pelo jovem Batman. Ver o Morcego de Gotham, que não era ele, novamente ao meu lado não o agradou. Mas apesar de todas as brigas, consegui convencê-lo de que não era somente “O Batman” que eu amava, mas também o “pacote” que vinha no “meu” Justiceiro. O engraçado disso tudo é que ele não tinha ciúmes apenas de mim. Ele também tinha do traje e do nome, que usou por tantos anos. Se eu falar, ele nega até a morte. Mas eu não preciso da sua confirmação para saber que o que estou dizendo é verdade. Porém, apesar de tudo, algo que amei, foi ver o quanto a aparição desse rapaz o deixou feliz. Ver aquele brilho em seus olhos novamente, coisa que eu só via quando ele estava a fazer algo pessoalmente por Gotham, não tem preço. Apesar do ciúme, apesar dos estresses iniciais por Terry não fazer algo como ele faria, apesar de querer estar no lugar daquele menino, Bruce está novamente completo. Eu mal chego na batcaverna e já sou recebida com um sorriso de quem está realmente feliz fazendo algo para ajudar sua cidade e o mundo.

O único momento em que ele hesitou vir até mim foi no dia da morte de Alfred. Quando chegamos, ele ficou na batcaverna sozinho por alguns minutos. Quando fui até ele, vi que ainda estava com seu traje completo. “Batman não tem fraquezas” e talvez assim, fosse mais fácil lidar. Ele queria sufocar toda sua dor, mas não conseguiu. E assim que o abracei, senti seu corpo completamente frágil, entregue ao pranto.

Ele passou por uma verdadeira guerra interna. A culpa, a tristeza e a raiva se misturaram, não resultando em algo bom. Eu estava vendo as trevas se apossar a cada vez que ele vestia o manto do morcego. Conversei muito com ele, tentando não ser repetitiva ou lhe dar sermões, mas sim mostrando que eu estaria ao seu lado e que não o deixaria fazer qualquer besteira, mas ele estava no limite. E naquele dia, quando ele chegou, me dando aquele abraço suplicante de ajuda, eu pude ouvir o grito de socorro sufocando seu coração. Bruce estava afundando nas trevas e confiando em mim para ajudá-lo. E foi o que eu fiz. A princípio, o abracei como se fosse realmente puxa-lo para longe do todo o mal. Vê-lo tão transtornado me deu medo. Eu não sabia o que tinha acontecido, mas ele precisava daquele abraço e eu iria fazer o que fosse preciso para conforta-lo. Bruce não quis olhar em meus olhos, não queria sair do “refugio”. Ficamos abraçados por um longo tempo e então, aos poucos, fui me afastando, acariciando seu rosto, tentando ver em seu olhar o quão grave era a situação. Foi um período de tumulto emocional, mas felizmente, conseguimos superar.

Apesar de toda escuridão que o rodeia, apesar de todo seu trauma quando menino e também quando adulto, Bruce é um ser maravilhoso, admirável e que sempre mereceu ser feliz. Ele não acredita, mas é especial. É como se ele brilhasse em meio à multidão. Eu poderia listar tudo de bom que esse homem tem na mente, no corpo e na alma, mas certamente levaria mais 50 anos. O que posso dizer é que não me arrependo nem um só dia por ter decidido investir na nossa relação. E tudo o que eu ainda puder fazer para que ele se sinta melhor, eu farei.


Notas Finais


Gostaram meus anjos?
Putz já está me dando saudadezinha >0< heuheuehuehueheueuehh

Beijos, até o último cap!


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