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História Nosso Amor - Acertos


Escrita por: ElizabethEliane

Notas do Autor


Boa noite, como vocês estão?
Espero que gostem do capitulo novo e me perdoem por qualquer erro de português ou concordância.

Capítulo 14 - Acertos


Fanfic / Fanfiction Nosso Amor - Acertos

O Professor estava atônico, preso em cada palavra que saia dos lábios da senhora. Ele nunca havia visto Dona Anastácia tão feroz, imponente e ao mesmo tempo tão frágil por depositar todas as suas esperanças em uma decisão que cabia a ele tomar.

Todo o seu futuro estava em suas mãos, eles poderiam se distanciar completamente um do outro e viver como completos estranhos; ou ainda, poderiam tentar e ver que a avareza e a mesquinhes os destroçariam por não terem coragem de se separarem. Mas nada lhe dava mais medo do que pensar que perderia a oportunidade de ter uma vida feliz e amorosa ao lado da mulher que havia despertado o melhor que havia dentro dele.

- Dona Anastácia! – disse Pancrácio chamando a atenção da senhora completamente desconcertada. -  Se eu dissesse que seria capaz de viver sem a senhora, estaria destinando a minha própria vida a uma caminhada amarga de dor e sofrimento!

Enquanto Anastácia esperava o Professor tomar sua decisão, por um momento, ela teve completa certeza que tudo que ela fez em nome desse amor havia sido em vão, apenas quando percebeu ele olhando para ela intensamente foi que notou que estava completamente confusa e supôs que sua mente e audição estivessem brincando com ela.

- O que o senhor está me dizendo Professor? – disse Anastácia com olhar de descrença levando as mãos ao coração.

- Estou lhe dizendo que sou um tolo por apenas ter tido coragem ontem a noite de me abrir com a senhora. – disse se aproximando calmamente dela.

No mesmo instante Anastácia colocou as mãos na boca completamente emocionada e desconcertada, seu corpo estava tão fraco que acreditava que fosse desmaiar a qualquer momento. O Professor sem pensar duas vezes, a puxou para perto de si e a abraçou amorosamente.

- Não chore mais. – disse passando a mão em seu rosto e acariciando sua bochecha. – Nossos tempos de contenda acabaram. Tudo que mais quero é vê-la feliz, e demostrar o quanto sou feliz ao seu lado. – ouvindo o suspiro de um sorriso e uma lágrima discreta escaparem dela, constrangida por ainda estar chorando. Delicadamente ele ergueu seu queixo e olhou profundamente em seus olhos. – Anastácia... eu a amo ardentemente.

Anastácia sentiu seu coração disparar com essa declaração. Não esperava ouvir algo assim tão cedo do Professor.

- Assim como eu Professor. – disse passando a mão em seu rosto olhando de seus olhos para sua boca.

Automaticamente os dois fecharam a distância entre si. Anastácia passou os braços em volta do pescoço do Professor enquanto ele a abraçava fortemente pela cintura.

Anastácia ficou encantada por ser capaz de receber tanta atenção do Professor; os beijos estavam modestos, e ela pode sentir no processo as lágrimas escorrendo tanto dos olhos dela quanto dos olhos dele.

O Professor ficou muito emocionado por essa mulher encantadora ter sido capaz de aceita-lo mesmo depois de todas as suas oposições sobre os dois. Ele faria de tudo para que eles dessem certo, pois quando a teve completamente em seus braços soube imediatamente que não seria capaz de viver sem ela.

Delicadamente ele rompeu o beijo dos dois e encostou sua testa na dela. Os dois ficaram respirando pesadamente até o Professor sentir ela encostar a cabeça em seu peito. Então ele deu um beijo em sua cabeça e a guiou até o sofá.

- O senhor não sabe o quanto me fez feliz com sua declaração. – disse Anastácia olhando apaixonadamente para ele.

- Quero fazê-la feliz todos os dias. – disse beijando sua mão. – E me redimir pelo sofrimento que lhe causei.

- Eu também lhe causei desgosto. Vamos deixar o passado no passado. – disse segurando seu rosto nas mãos e o beijando novamente.

Dessa vez Anastácia o puxou gentilmente sobre si, enquanto se encostava no canto do sofá. Delicadamente passou as mãos sobre seu pescoço e acariciou seu peito entre os botões da camisa que estavam quase se abrindo.

O Professor por sua vez, cedeu aos seus encantos e a beijou com mais paixão, passou a língua sobre seus lábios para aprofundar o beijo enquanto a sentia alisar seu peito. Fascinado por seu gosto e seu cheiro, não resistiu e foi dando pequenos beijos sobre seu rosto depois em direção ao seu pescoço. Com uma mão ele se apoiava no sofá para não ficar completamente em cima dela, com a outra ele alisava seu braço e conscientemente sentiu um desejo de tocar seus seios. Para não a assustar ou ultrapassar os limites do decoro, gentilmente ele prendeu a mão em sua cintura e apenas a acariciava por baixo com o polegar.

Anastácia estava cada vez mais solta com os toques do Professor, agora que eles haviam se entendido pensava que seria mais fácil para ela demonstrar todo o amor que sentia por ele. Quando sentiu ele acariciando delicadamente seu seio ela aproximou mais seu corpo do dele; com prazer ela beijou a lateral de seu pescoço e sentiu o Professor respirar pesadamente em seu ouvido. Quando ela passou suavemente a língua sobre sua pele sentiu ele mexer-se sobre ela e no momento seguinte afastar-se.

- O que houve? – perguntou com os olhos nublados.

- Não ouve nada. – respondeu ofegante enquanto beijava suas mãos.

Anastácia apenas o olhou atentamente em busca de alguma verdade.

- Está ficando tarde. Eu acho melhor leva-la embora. – disse se levantando. – Se você permitir é claro. Creio que estamos compromissados? – perguntou o Professor confusamente.

- Professor para mim sempre tivemos um compromisso. – disse se levantando e sorrindo para ele.

- Pois bem, eu só tenho algo para resolver e já volto. – disse saindo em direção ao quarto.

Anastácia o olhou intrigada, mas decidiu não o questionar agora. Eles haviam dado um grande passo esta noite e o tempo os ajudaria a alcançar todos os outros.

 

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Os dois fizeram todo o caminho de volta em silêncio, perdido em pensamentos e cheios de borboletas no estômago.

- Bem estou entregue. – sorriu Anastácia quando chegaram ao portão da mansão.

- Creio que ainda não. – disse olhando sonhadoramente para ela.

Em seguida o Professor segurou as mãos de Anastácia e caminhou com ela até a porta. Bateu e esperou o mordomo os atender.

Anastácia estava encantada por ele querer mostrar a todos a alegria que eles estavam sentindo. Quando entrou de mãos dadas com o Professor a reação não poderia ser outra.

- Oh mãe que demora. – disse Candinho preocupado. - Eu já tava falando mais o Pirulito que a gente ia ter que busca a senhora na..... – Candinho ficou sem palavras quando viu a mãe e o Professor tão próximos.

- Que horas a gente vai sair Candinho? A Maria avisou que a comida já ta... – disse Pirulito confuso após ver os dois juntos na entrada da casa.

- Boa noite queridos! – falou Anastácia alegremente.

- Boa noite Candinho! Pirulito! – cumprimentou o Professor se dirigindo aos dois.

- Fessor me desculpa a indelicadeza, mas o que o senhor ta fazendo? – disse Candinho vendo os dois de mãos dadas.

- Eu vim acompanhar sua mãe Candinho! – respondeu sorrindo e logo em seguida beijou as mãos ainda juntas da senhora.

- Vocês estão namorando? – perguntou Pirulito surpreso na cara dura.

- Pirulito não me deixe vexada. – respondeu Anastácia sentindo o rubor subir pelas bochechas.

- Pirulito, Dona Anastácia e eu não temos mais idade para namorar, mas sim, nós estamos apalavrados e temos um certo compromisso um com o outro. – explicou calmamente ao garoto.

- Então! Isso pra mim é namorar! – argumentou sem entender o ponto de vista do Professor.

- Não adianta insistir Pirulito, esses dois nunca vai admitir. – brincou Candinho com o Pirulito.

- O que está acontecendo aí? Ouvi a campainha tocar, mas não vejo ninguém voltar para a mesa. – disse Celso ao ver o quarteto perto a porta.

- O Professor e a Dona Anastácia estão namorando! – Pirulito falou tão alto a Celso que certamente até Maria e Quitéria haviam escutado.

- É verdade titia? Professor? – perguntou Celso admirado.

- Nós estamos compromissados Celso. – respondeu Anastácia ruborizada.

- E eu aproveitei e acompanhei sua tia para que voltasse sã e salva para casa. – disse sorrindo amorosamente para ela.

- Eu fico muito feliz por vocês dois. – disse cumprimentando a tia e o Professor. – Até eu já estava ficando agoniado.

- Celso! – repreendeu Maria vendo a impertinência do rapaz.

- Agora só falta vocês né Maria? – perguntou Candinho se divertindo com tudo isso.

- Candinho minha situação é diferente. Por hora fico muito feliz pela senhora e o Professor Dona Anastácia.

- Eu agradeço os cumprimentos, mas quero deixar claro que tudo foi possível graças a esses dois espertinhos aqui. – disse o Professor divertidamente apontando Candinho e Pirulito.

Pirulito ajeitou a gravata borboleta orgulhosamente enquanto Candinho olhava envergonhado para o chão.

- Foi graças a nós todos. – afirmou Anastácia muito feliz.

- Bem eu já vou indo. – disse soltando a mão dela. – Eu realmente apenas vim acompanhá-la.

- Professor eu insisto que o senhor fique e jante conosco. Pelo que ouvi Maria e Quitéria estavam prestes a servir o jantar, estou correta?

- Sim senhora. – respondeu Quitéria eficientemente.

- Por favor Professor. Será um deleite ter o senhor presente. – disse olhando com um olhar apaixonado para ele.

- Se a senhora insiste. – disse tentando esconder o sorriso que crescia em seu rosto.

Enquanto isso todos os presentes estavam de coração mole vendo esse lindo momento de afeto entre os dois.

 

- Eu agradeço muito pelo jantar, como sempre estava excelente! – disse o Professor caminhando com Anastácia até o portão.

- Se o senhor quiser sabe que pode vir jantar todos os dias. Para mim será um gosto! – disse se aproximando dele.

- Para mim também seria um gosto. Não pelo jantar, mas sim por poder passar mais tempo com a senhora. Mas como a senhora sabe, não quero abusar de sua hospitalidade. – disse gentilmente a ela enquanto colocava sua mão sobre a dela.

- Eu sei sim Professor! E saiba que isso me faz admirar mais ainda o senhor. – disse com a voz aveludada de desejo.

O Professor então, se aproximou delicadamente para lhe dar um beijo de despedida. Mas quando estava prestes a beija-la ouviu um barulho alto vindo da casa. Olhou para a janela e encontrou Candinho, Maria, Celso e Pirulito os observando curiosamente.

- Eu acho que estamos sendo observados! – sussurrou em seu ouvido tentando conter o riso.

- O senhor tem certeza? – perguntou se afastando um pouco de seu abraço.

- Olhe por si mesma. – disse a incentivando.

Discretamente Anastácia fingiu que estava arrumando o cabelo e espiou para traz na janela que o Professor havia indicado. Quando olhou viu a cortina da sala balançando e era perceptível alguns cachos de Pirulito, fora o contorno de quatro silhuetas pela luz da janela.

- Já que estão curiosos vamos dar algo para falarem! – afirmou Anastácia se abraçando ao Professor.

- A senhora tem certeza? – perguntou o Professor pensando que ela estava brincando.

Anastácia apenas humedeceu os lábios em antecipação ao beijo.

 

Pirulito e Candinho começaram a olhar o beijo do casal com expectativa, mas logo desviaram o olhar e saíram de lá completamente envergonhados. Depois que os dois saíram, Maria e Celso olharam para os dois completamente apaixonados e decidiram que era melhor deixar os pombinhos em paz.


Notas Finais


Agradeço a todos que leram até aqui e até o próximo capitulo. ;)

Quase esqueci de falar kkk a frase: "eu a amo ardentemente" foi retirada da declaração do Sr. Darcy para Elizabeth em Orgulho e Preconceito.


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