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História Nosso Amor - Lua de mel - parte 4


Escrita por: ElizabethEliane

Notas do Autor


A lua de mel esta acabando viu gente kkkk, se Deus quiser no máximo mais dois capítulos!

Boa tarde a todos, e espero que gostem deste capitulo.
Eu disse que tentaria escrever dois, mas infelizmente ainda estou atrasada kkkk, vamos tentar na próxima semana com dois, até porque estou ansiosa para ver a Anastácia grávida! Mas já aviso que vai demorar um pouco, e é claro que eu não vou tirar nada do resumo original para que chegue logo kkkk, na verdade quanto mais penso, vou colocando mais coisas kkkkk.
Me perdoem pelos erros de português e de concordância.
Teremos uma cena de ópera na nossa história e já aviso que essa foi uma das grandes causas da demora porque eu adoooooooro ópera. E como não sei se todo mundo gosta, não queria espantar vocês kkkkkk. A cantora que coloquei era viva no período da história infelizmente morreu jovem vitima de ataque cardíaco, se quiser pesquisem mais sobre ela, vão se apaixonar!

Roupa de Anastácia a noite: https://editorial01.shutterstock.com/wm-preview-1500/1841195a/ed876b43/fashion-women-1940s-models-wearing-1940s-fashions-shutterstock-editorial-1841195a.jpg (a mulher do meio, apenas roupas e acessórios)
Cabelo de Anastácia: https://i.pinimg.com/originals/45/ec/63/45ec635cb6b2686a3f85a47b676c3bb4.jpg
Teatro de Herodes de dia: https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/7087422661_16b382b13f_o.jpeg?quality=70&strip=info&w=925
Teatro de Herodes em uso a noite: https://www.elitetraveler.com/wp-content/uploads/2012/12/Nabucco-Odeon-Herodes-Atticus.jpg (não é a ópera mencionada, apenas para vocês imaginarem)

Musicas:

Ópera apresentada, enredo: Gianni Schicchi é uma ópera cômica em 1 ato, de Giacomo Puccini, com libreto de Giovacchino Forzano, baseado no Canto XXX do Inferno, da Divina Comédia de Dante Alighieri. Na história, Buoso Donati morre e deixa em testamento toda sua fortuna para igreja. A família, cobiçando a herança, chama Gianni Schicchi para se passar pelo morto e alterar o testamento. Todos estão cientes de que a pena para esse tipo de crime é o exílio de Florença e o corte da mão direita. Imitando o falecido, Schicchi dá um golpe em toda a família e deixa os bens mais preciosos para si mesmo.
O Mio Babbino Caro (Oh, meu paizinho querido), da ópera Gianni Schichi, é considerada uma das mais belas obras de Giacomo Puccini. Feita especialmente para a voz feminina de soprano, foi imortalizada quando interpretada pela premiada e respeitada Maria Callas.
Maria Callas, foto: https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/1161343?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG&share=1&o=BarraFacebook_Ipsilon.png
Maria Callas - O mio babbino caro: https://www.youtube.com/watch?v=yyyfxxBwHoE

Divirtam-se!!!

Capítulo 29 - Lua de mel - parte 4


Fanfic / Fanfiction Nosso Amor - Lua de mel - parte 4

- Madame a senhora está bem? – perguntou o recepcionista do hotel após encontrar Anastácia toda molhada.

- Estou sim, muito obrigada! Foi apenas um incidente que aconteceu com meu marido e eu. – disse após ficar arrepiada com os ventos do ventilador de teto do hotel.

- Nós nos desequilibramos e o resultado foi esse. – falou o Professor mostrando o estado dos dois para o homem.

O homem olhou assustado pensando onde esses dois haviam se metido, até que de repente reparou em uma pequena mancha no pescoço do homem. Quando se deu conta do que era ficou completamente vermelho.

- Você está bem querido? – perguntou Anastácia ao ver o rapaz puxar a gola da camisa para um pouco de ar.

- Estou sim, tudo certo. – forçou um sorriso, mas sem olhar nos olhos da senhora.

Anastácia não achou que ele parecia bem, mas se não queria ajuda, não seria ela que ia se intrometer.

- Você pode pegar a chave por favor. – falou o Professor querendo tirar essa roupa molhada.

- Sim senhor! – respondeu o homem assustado e virou-se rapidamente para pegar a chave do quarto do casal.

- Rapaz, minha mulher e eu não queremos ser incomodados. – sussurrou o Professor ao se aproximar para pegar as chaves. – Então não nos incomode apenas que o hotel esteja pegando fogo.

- Sim senhor! – respondeu o jovem sem jeito.

- Vamos Pancrácio. – chamou Anastácia em frente as escadas. – Estou começando a ficar com frio aqui. – falou Anastácia passando a mão por seus braços.

O Professor deu uma piscadela para o rapaz, esperando que ele tivesse entendido o recado e subiu para acompanhar a esposa.

- O que você tanto conversava com ele? – perguntou Anastácia após subirem o primeiro andar.

- Estava agradecendo os serviços do hotel. Achei tudo muito elegante e confortável. – falou descaradamente. Tecnicamente não era uma mentira, pois ele havia escrito esta mensagem para deixar na caixa de melhorias amanhã cedo.

- Fico feliz que tenha gostado. – falou Anastácia passando a mão por seu braço e terminado de subir junto com ele.

 

- Finalmente chegamos! – falou Anastácia após ouvir o marido fechar a porta.

- Foi um passeio muito agradável. – falou o Professor olhando feliz para esposa.

- Tenha certeza que o senhor achou mais que agradável. – falou Anastácia com o canto dos olhos, enquanto começava a desabotoar seu vestido para tomar um bom banho quente.

- E como não acharia se tudo foi pensado com tanto amor pela senhora. – falou o Professor ao pé de seu ouvido enquanto colocava as mãos em seu ombro para ajudá-la com o vestido.

Após retirar todo o vestido, Anastácia sentiu um arrepio percorrer seu corpo ao sentir o marido tocá-la com tanto carinho.

Pancrácio por sua vez, atento com as reações da mulher, começou a dar pequenos beijos em seu ombro indo em direção ao pescoço.

Quando Anastácia o sentiu apoiar suas mãos em sua cintura, ela lutou contra seu desejo e afastou-se dele.

- Tomarei banho primeiro! – disse com a voz ofegante. – Nós já estamos atrasados.

- Atrasados para que? – perguntou o Professor com os olhos cheios de desejos ao olhar a bela mulher apenas de combinação. Está, que por sinal, estava toda colada em seu corpo marcando todas as suas curvas e intimidades, graças a água molhada.

- Eu planejei varias coisas para nós. – disse lambendo os lábios após sentir o olhar do marido. – E a noite ainda não acabou. Até mais ver! – falou rapidamente fechando a porta, após sentir o coração mais rápido com o olhar faminto do homem.

Pancrácio sorriu com a atitude de Anastácia e ficou pensativo quanto à onde iriam. Após ouvir o barulho da água do outro lado da porta, passou a imaginar como sua bela esposa estaria.

“Como estou ficando um homem sem padrões” – repreendeu-se Pancrácio após ver que deveria estar sendo muito insistente com a mulher. – “Mas o que posso fazer se sempre a vejo como a mais bela das flores” – refletiu pensativo enquanto retirava sua gravata e separava sua roupa para saírem depois.

 

Quando Pancrácio saiu do banheiro parcialmente trocado, ficou encantado ao ver como Anastácia parecia ainda mais linda de vestido longo. Ela estava com um lindo vestido de seda rose acinturado com um decote princesa, que a deixava mais feminina e em evidência seu lindo busto. Seus lindos cabelos negros estavam parcialmente presos na lateral da cabeça, certamente era para que não caíssem nos olhos. Mas o que ele mais gostou foi que eles estavam mais soltos do que nunca. Não estavam envoltos na rede costumeira que ela sempre usava. Se ele fosse corajoso o suficiente, falaria para ela deixar o cabelo solto mais vezes.

Quando olhou para baixo e viu ela levantar o vestido para colocar a outra meia de seda antes de colocar os sapatos, não pode se segurar e soltou o suspiro que estava prendendo nos lábios a muito tempo.

- Ah o senhor já saiu. – sorriu Anastácia após ver o homem parado na porta enquanto abotoava os sapatos sentada na cama.

- Sim.

- Então não se demore se não chegaremos atrasados. – falou após terminar com os sapatos e ir terminar de se maquiar.

- A senhora está belíssima. – falou Pancrácio após sair do transe e ficar ao lado dela para se ver no espelho da penteadeira e arrumar seu cabelo.

- Eu agradeço o elogio. – respondeu sinceramente. – Apenas não gostei do modo como ficou meu cabelo. – disse passando a mão pelas mechas ainda húmidas. – Mas foi o melhor que consegui prender após ficar todo molhado.

- Então terei que molhar seus cabelos sempre, pois a senhora encheu meus olhos com tanta beleza. – disse após espia-la pelo canto dos olhos e ir em busca de seu casaco.

- O senhor não conta, é um bajulador. – falou sorrindo. – E além do mais é meu marido, mesmo que eu esteja feia, creio que falará que estarei bela.

- A senhora esqueceu que acima de tudo sou filósofo, e meu compromisso é apenas com a verdade minha bela Afrodite.

- Não comece. – repreendeu Anastácia tentando segurar o riso.

- E então como estou? – perguntou a esposa após colocar um lenço no bolso. – Pensei em ir sem a gravata, tudo é tão quente aqui.

- Não vejo problema algum do senhor ir sem. – falou Anastácia após perfumasse e se virar para analisá-lo.

- O senhor está lindo! Super elegante! – disse o analisando dos pés à cabeça. – Só preciso arrumar algo e estaremos prontos.

Anastácia então se aproximou para arrumar a gola de sua camisa e ficou em choque após deixá-la mais aberta como ele gostava. Bem em cima da sua garganta, perto de seu pomo de adão, ela podia ver manchas roxas salpicadas por sua pele. Quando puxou um pouco mais a gola, viu que a base de seu pescoço estava muito pior. Ao se afastar um pouco e olhar em seu rosto sereno que esperava seu aval para saírem, ficou vermelha de vergonha e olhou para baixo timidamente.

- Anastácia o que foi você está bem? – perguntou preocupado com a reação dela.

- Pancrácio eu nem sei o que lhe dizer. – falou Anastácia sem olhar em seus olhos enquanto pensava em mil coisas para se explicar. – “Como você pode chegar a esse ponto Anastácia? Virou uma mulher da vida agora?” – se repreendia mentalmente sem escutar o que o marido falava.

Pancrácio vendo o nervosismo da mulher aproximou-se do espelho e começou a mexer em sua gola para ver o que estava acontecendo.

Ao notar seu pescoço todo manchado com pequenas bolinhas seu rosto começou a ficar vermelho também.

- Me perdoe. Eu não sei o que aconteceu. – falou Anastácia após ver o homem descobrir as manchas no espelho e não dizer uma palavra. – Eu prometo nunca mais fazer isso com o senhor. – continuou Anastácia com a voz desesperada.

O Professor se virou e aproximou-se dela para olhá-la atentamente.

- Eu não quero seu perdão. – falou seriamente para ela.

Anastácia a ouvir essas palavras sentiu seus olhos se marejarem de lágrimas. Como ela poderia ser tão tola ao ponto de machucá-lo dessa forma.

- Não a nada para se perdoar aqui. – disse segurando seu rosto com uma mão e com a outra secando seus olhos. – Eu nunca ficaria bravo por ter uma esposa tão apaixonada ao meu lado. – disse olhando em seus olhos e beijando sua testa amorosamente.

- Mas o senhor não está bravo? – perguntou passando a mão suavemente pelas manchas após se acalmar um pouco.

- Nem se eu quisesse poderia estar. Seu novo eu atrevido e sedutor me encanta. – disse com certa coragem a ela. – Essas coisas somem com o tempo – falou apontando para as manchas. – Nada que uma gravata não resolva.

- Mas o senhor disse que aqui é tão quente. – falou Anastácia vendo o marido abrir a gaveta para escolher uma gravata.

- Pela senhora eu ficaria até no deserto do Saara sem água, se no final soubesse que a teria em meus braços. – disse enquanto terminava o nó.

Anastácia respirou mais calmamente com as palavras do marido. Ela não poderia ficar mais feliz por tê-lo como esposo.

- Agora anime-se. – disse lhe dando um selinho nos lábios. – Estou curioso para nossa próxima surpresa. – disse segurando suas mãos e a levando para fora do quarto.

 

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- O senhor está com os olhos fechados? – perguntou Anastácia enquanto olhava animada para a multidão de pessoas nas ruas.

- Estou desde que entramos no carro. Como a senhora pediu. – afirmou super curioso para onde estava sendo levado.

- Nós já chegamos. Só um momento que abrirei a porta para ajudá-lo.

- Mas quem abre a porta é o cavalheiro. – falou Pancrácio indignado.

- Em outros casos. – respondeu sorrindo. – Neste serei eu!

Anastácia pagou ao motorista e desceu para ajudar o esposo.

- Agora posso abrir? – perguntou super animado.

- Pode sim! – falou Anastácia após colocá-lo de frente ou lugar misterioso.

Pancrácio abriu os olhos e ficou deslumbrado ao ver uma parede enorme de rochas e mármore. Olhou para os lados e percebeu que uma multidão de pessoas estava entrando nesta construção.

- Onde estamos? – perguntou nervoso. – Estamos tão perto que não consegui reconhecer.

- Este lugar meu amado esposo é o antigo teatro Odeão de Herodes Ático. – falou Anastácia animada.

- Não creio... mas está completamente intacto. – começou a gaguejar Pancrácio ficando sem palavras com a magnitude daquele lugar.

- Sim meu amor, está. Houve uma reforma no teatro e atualmente é usado para festivais e concertos. Assim como esse em que viemos hoje!

- Nós vamos entrar? – perguntou espantado.

- É claro que vamos. Ou o senhor achou que eu o traria apenas para ver o exterior? – perguntou Anastácia recebendo uma risada gostosa em resposta.

Pancrácio amaria essa mulher todos os dias de sua vida e ainda não seria o suficiente para agradecer tudo que ela estava fazendo por ele.

- Agora vamos, temos apenas cinco minutos antes do espetáculo começar. – Anastácia se agarrou em seu braço e juntos os dois caminharam em direção a um rapaz que estava recebendo os ingressos.

- Boa noite senhor, senhora. – cumprimentou o garoto com um sorriso. – Ingressos por favor.

- Aqui estão. – entregou Anastácia.

- Tudo certo. – falou o rapaz após destacar uma parte e devolver ao casal. – O lugar de vocês estão ali. – apontou o menino para o meio da enorme plateia de mármore branco. – Aproveitem o espetáculo.

- Obrigada. – respondeu sorridente.

Quando Pancrácio pisou no lugar, ficou encantado em como era belo e intimidador. É claro que as memórias e o desgaste deixados pelo tempo eram bem visíveis, até a noite, mas isso só o tornava mais especial e único.

- A senhora primeiro. – ofereceu dando passagem para que ela se sentasse quando chegaram.

- Obrigada. – agradeceu Anastácia e sentou-se.

Pancrácio sentou-se ao seu lado e segurou sua mão amorosamente antes de leva-la aos lábios.

- Eu não tenho palavras para agradecer por tudo que a senhora está fazendo. – disse olhando em seus olhos.

- Apenas suas ações já bastam para mim. Eu quero que o senhor seja feliz ao meu lado, que possamos um desfrutar do que o outro tem de melhor a oferecer. – falou seriamente olhando em seus olhos. – Me faz tão feliz ver o senhor contar sobre tudo com tanto entusiasmo, a sua felicidade é a minha felicidade. – afirmou confiante e lhe deu um casto beijo nos lábios em público.

Pancrácio ficou tocado com as palavras dela, mas engoliu em seco para não chorar em sua frente.

- Pois bem. A senhora conhece a história do lugar em que estamos? – perguntou com a voz embargada.

- Claro que conheço. – afirmou Anastácia segurando sua mão e tentando acalma-lo ao ver que ele não teria condições de falar assim.

- Então me conte. Hoje sou eu que quero me deslumbrar com a senhora. – disse após endireitar as costas e lhe dar um sorriso.

- Pois bem. Este lindo teatro que estamos hoje foi construído por Herodes Ático, um nome importante dentro das grandes famílias atenienses, para comemorar a memória de sua falecida esposa Regilia. Possivelmente em torno de 174. A construção do teatro foi muito custosa, tanto pelos materiais nobres, como o mármore e o cedro, quanto pelas técnicas construtivas avançadas empregadas na cobertura, de 38 m de diâmetro, que não tinha fixação interna, algo raro mesmo nos dias de hoje.

- Meus parabéns. - afirmou o Professor orgulhoso da esposa. – Ao ver a senhora explicar, tenho certeza que teria se tornado uma ótima professora se assim quisesse.

- Agradeço o elogio, mas na nossa família a espaço para apenas um mestre. – respondeu sorrindo para ele.

- Com licença. – interrompeu um garoto em torno dos seus dezesseis anos. – O casal gostaria de comer alguma coisa durante o espetáculo. – perguntou mostrando uma bandeja cheia de guloseimas, como: pipoca, amendoins, bombons, balas.

- A senhora gostou de algo? – perguntou a esposa.

- Bem já que perguntou, eu adoraria comer alguns chocolates. – respondeu honestamente.

Anastácia achou estranho o Professor perguntar, certamente ele havia pegado algum dinheiro com si, caso precisassem de algo. E é claro que ela não se oferecia para pagar para não o deixar ofendido.

- Bombons e pipoca por favor.

O garoto separou tudo rapidamente e entregou aos dois.

- Se o senhor quiser um bombom fique à vontade. – ofereceu Anastácia enquanto mordia seu doce delicadamente. – Pois estou tentada a provar um pouco de sua pipoca. – sorriu sem jeito.

- Com todo prazer. Eu gostaria mesmo era de sentir esse doce maravilhoso diretamente...

As palavras de Pancrácio foram interrompidas pelo barulho do primeiro sinal, indicando que o espetáculo estava prestes a começar.

- Silêncio, a ópera já vai começar. – falou sorrindo para o esposo.

Em seguida ouviram o segundo sinal e o centro se iluminou um pouco para mostrar a linda orquestra que havia começado a tocar.

Toda a platéia estava encantada com as apresentações de todos no palco, a ópera estava belíssima. Mas quando chegou a vez da personagem, Lauretta, que estava imensamente apaixonada por Rinuccio, cantar a seu pai pedindo que faça algo pôr os Donati. E ele a questiona severamente: "Por essas pessoas?", "Nada! Não faço nadinha!" É a vez que Lauretta, com sua famosa ária “O mio babbino caro” esforça-se e amolecer o coração do seu pai Gianni.

Anastácia ouvia atentamente cada palavra que a moça cantava, era de uma interpretação impecável. Ela conseguia sentir o sofrimento daquela garota a cada nota, era como se ela mesmo estivesse passando por isso.

Pancrácio sentiu seu coração apertar com as súplicas da menina, queria a todo jeito ajudá-la e dizer que tudo ficaria bem, mesmo sabendo do trágico final.

Após a moça terminar sua ária, e a luz se apagar brevemente, toda a platéia ovacionou de palmas e se levantou para agradecer a obra prima que haviam acabado de ouvir.

Pancrácio olhou para o lado e viu as lágrimas escorrendo dos olhos da esposa que ainda batia palmas emocionada.

- Parece que adivinhei que precisaria do lenço. – falou ao pé de seu ouvido.

Anastácia olhou para ele e sorriu sem jeito antes de olhar para baixo e pegar o lenço para enxugar o canto dos olhos.

 

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- Divina aquela moça não é mesmo? – falou Anastácia enquanto retirava os brincos no quarto. – Nunca ouvi ninguém alcançar um timbre tão alto. Ela é bonita, jovem, certamente terá um grande futuro pela frente.

- Também achei incrível. – afirmou o Professor após se deitar na cama de costas, tentando descansar um pouco. –  Suas interpretações me fizerem pensar em uma profunda análise psicológica sobre sua personagem e sobre a mulher por trás dela. Como ela se chama mesmo?

- Maria Callas. – falou enquanto soltava seu vestido. – Tenho certeza que ainda vamos ouvir falar muito sobre ela.  Isso me faz lembrar que... – Anastácia perdeu a linha de raciocínio ao ouvir um ronco inundar seus ouvidos. Olhou para trás e avistou Pancrácio dormindo esgotado e pior ainda, completamente vestido. Ela sorriu para a visão de seu esposo assim e acabou de tirar seu vestido antes de ajuda-lo.

Delicadamente colocou as mãos em sua gravata e a afrouxou para que ele não se sentisse sufocado. Desabotoou alguns botões de sua gola e ao avistar as marcas no pescoço não pode deixar de ficar vermelhar.

“Pelo visto hoje não terá marcas em nenhum de nós dois” – pensou após se lembrar em como ele a olhava antes de entrar no banho. – “Anastácia controle-se sua depravada. Você se esqueceu que é uma senhora recatada em torno de meia idade?”

Anastácia sorriu após todas as bobagens que estava pensando e colocou a mão em seus ombros para ajudá-lo a tirar o paletó. Após certa dificuldade pois ele estava um pouco pesado já que estava dormindo profundamente, sentou-se na beirada da cama e desamarrou seus sapatos e o livro das meias também.

Parou para um tempo para olhar seu progresso e pensou se seria bom tirar a calça ou a camisa também. Notou que o homem estava soando e foi até a varanda e abriu as portas. Uma brisa fria inundou a sala e deu um respiro para seu corpo que também estava quente, mas ao menos estava de combinação, muito mais fino que o vestido que ela usou.

Calmamente olhando atentamente em seu rosto em busca de qualquer desconforto, ela retirou seu cinto sem fazer barulho e desabotoou sua calça para retirá-la. Abriu o zíper o máximo que pode e tentou puxar o tecido para lateral. Foi aos pés da cama e puxou bem devagar até que estivesse toda para fora.

“O mais difícil já foi!” – pensou após dobrar a calça e coloca-la na cadeira em frente a mesa no canto do quarto. – “Agora só falta a camisa”.

Ela aproximou-se de seu peito e desabotoou todos os botões sem dificuldade, mas erguê-lo novamente seria um problema, pois ela também estava começando a ficar com sono.

Ele respirou fundo e tentou puxar seu corpo para cima para tirar ao menos um dos braços, pois assim ficaria mais fácil.

Quando ela estava prestes a conseguir esta proeza, ele se mexeu pela primeira vez desde que ela começou a despí-lo e seu corpo caiu em cima do dele. Uma de suas mãos havia ficado presa nas costas dele, e com ela assim, deitada nessa posição, seria um tanto quanto impossível sair sem acordá-lo. Ela olhou para toda essa situação e bufou em seu rosto já estando desanimada.

Espantada sentiu Pancrácio abraça-la pela cintura e quando olhou em seus olhos viu que ainda estavam fechados.

- Esposa minha. – falou sorrindo provavelmente sonhando com ela.

- Esposo meu. – respondeu antes de soprar em seu pescoço e ver se ele se mexia novamente achando que ainda estava sonhando.

Ele se mexeu novamente e se virou para jogar a esposa para o lado enquanto a abraçava amorosamente.

Com este movimento Anastácia conseguiu tirar a mão que estava presa e ao olha-lo dormir com um lindo sorriso, desistiu de se levantar e terminar o que havia começado.

- Eu o amo. – falou em um sussurro e beijou seus lábios suavemente, antes de colocar a cabeça em seu peito e fechar os olhos pronta para dormir.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, e até a próxima! ;)


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