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História Nosso Amor - Amor fraterno


Escrita por: ElizabethEliane

Notas do Autor


Bom dia!
E lá vamos nós para mais um capitulo!
Como disse, tentarei atualizar toda semana essa fic para que ela termine esse ano ;)
Sem mais delongas, agradeço a todos que estão lendo e espero que me perdoem pelos erros de português e concordância, vou dar uma olhada melhor mais tarde.

Música:
I Feel You - Hong Dae Kwang: https://www.youtube.com/watch?v=MNoHC89brQ8

Vestido Anastácia: https://i.pinimg.com/originals/38/5c/04/385c042d8025446aeffbaae0ec6d9b1f.jpg (o do meio, em tom de rosa.... só pra lembrar kkkk)

Capítulo 46 - Amor fraterno


Fanfic / Fanfiction Nosso Amor - Amor fraterno

- Ora que bom que ocês vieram! – gritou Cunegundes ao ver o carro chegar na fazenda Dom Pedro II.

Anastácia olhou com o canto dos olhos para o marido e sorriu, ainda se sentia receosa com a recepção calorosa da mulher.

Pirulito apenas esperou o carro parar e desceu correndo para encontrar Candinho que estava ao lado de Cunegundes na escada, esperando a todos.

Como um cavalheiro, Pancrácio desceu e deu a voltar para abrir a porta para esposa e ajuda-la.

- Como vai Dona Cunegundes? – perguntou Anastácia após soltar a mão do esposo.

- A Boca de Fogo tá pulando de alegria mãe! Vai desencalhar outra filha! – falou Candinho sem pensar.

Cunegundes olhou feio para o jovem, podia sentir a veia acima do olho latejar de ódio em não poder xingá-lo.

- O meu nome é CÚnegundes! – lembrou-lhe mal morada.

- Acho melhor eu ir lá me arrumar com o Pirulito. – falou dando um sorriso sem graça para mãe e recebendo um olhar reprovador das duas senhoras.

- Tenho certeza que ele não fez por mal. – desculpou-se Anastácia pelas ações do filho.

Cunegundes fez seu melhor para não revirar os olhos, hoje não era um dia para discussão.

- Vamos entrar? - ofereceu Pancrácio ao retirar o presente dos noivos do carro.

- Claro, por favor. – falou Cunegundes saindo de um transe.

Ao passarem pela porta de entrada, Anastácia pode sentir o cheiro delicioso do feijão sendo temperado. Não demoraria muito para finalmente almoçarem.

- Boa tarde Dona Anastácia! – cumprimentou Filomena.

- Já lhe disse que não precisa me chamar de “Dona”, Filomena. – repreendeu amorosamente a senhora dando um abraço na jovem.

- Professor! – cumprimentou a jovem.

- Como vai?

- Muito bem obrigada. – respondeu feliz.

- E meu neto, onde está? – perguntou Anastácia.

- Está com Candinho e Pirulito. – falou naturalmente. – Mas não se preocupe, eles ainda estão aqui na casa. – acrescentou ao ver a sogra levar a mão ao coração preocupada.

- Eu posso vê-lo?

- Mas é claro siga-me por favor. – falou Filomena para senhora. - O papai está lá fora conversado com o Romeu. – disse ao ver o Professor seguir as duas.

- E Zé dos Porcos? – perguntou Anastácia se lembrando vagamente, que os dois disputavam o coração da jovem Mafalda.

- Esta emburrado no chiqueiro. – falou sem jeito.

- Bem... acho que vou cumprimentar os dois e dar alguns conselhos a Zé dos Porcos. – disse dando um olhar preocupado a esposa. – A vejo mais tarde?

- É claro que sim. – falou sorrindo antes de subir os degraus com Filomena.

Ao chegar no quarto encontrou Candinho e Pirulito com calções bem justos ao corpo, listrados.

- Prontos? – perguntou Filomena vendo a bagunça de roupas no quarto.

Candinho e Pirulito deram uma voltinha no quarto para mostrar que já estavam vestidos. Anastácia mordeu os lábios para segurar o riso que ameaçava escapar... decididamente, os dois pareciam ser realmente irmãos.

Atras deles, estava o embrulhinho que Anastácia mais gostava, seu neto.

Aproximou-se com cuidado do berço e colocou o bebê em seus braços. Por incrível que pareça, o menino já parecia enorme. Nem parecia que havia se passado três meses que ele trouxe tanta alegria ao mundo.

- Olá Candinho. – falou amorosamente com a voz manhosa.

O pequeno piscou os olhinhos e olhou para vovó como se a estivesse entendendo, em seguida levou o dedinho até a boca e passou a chupa-lo.

- Nós vamos indo mãe. – falou Candinho vendo Pirulito sair correndo na frente.

- E vocês passaram protetor solar? – perguntou arrumando a mantinha do bebê nos braços.

Candinho olhou para mãe pensando em como dizer que não havia feito nada disso.

- Não..., mas eu vou passar. – acrescentou rapidamente.

- E Pirulito?

- Ele saiu correndo. – falou passando o líquido branco em si mesmo. – Mas vou tentar passar nele lá no lago. – acrescentou com um sorriso.

Anastácia suspirou insegura após o filho descer com uma cesta carregando as toalhas, protetor e as roupas.

- A senhora parece preocupada. – afirmou Filomena ao ver a mulher olhar pensativa para porta.

- Não estou confiante que Candinho conseguira disciplinar Pirulito... quem dirá ficar de olho nele. – acrescentou com o coração aflito.

- Sendo sincera com a senhora, se os dois se tratam como irmãos..., dificilmente um irmão obedece ao outro. – falou Filomena levianamente sem perceber que apenas piorara a situação.

- Eu vou descer com eles. – falou convicta, antes de olhar para o pequeno segurando o decote de seu vestido.

Filomena observou a sogra com dificuldade em devolver a criança, e de onde ela estava, ele parecia tão confortável com a avó.

- Por que a senhora não leva o Candinho Junior junto? Assim ele pode tomar um pouco de ar fresco. – acrescentou vendo o rosto da mulher se iluminar.

- Obrigada Filomena. – agradeceu feliz. – Você pode chamar Pancrácio para mim por favor?

- Mas é claro! – falou a jovem, e saiu em busca do Professor.

- Você viu meu amor... vai passar um tempo com a vovó e o vovô. – falou feliz após a jovem sair e deu beijinho doce na cabecinha do neto.

- Estava me procurando? – perguntou Pancrácio após encontrá-la no quarto.

- Sim! Candinho e Pirulito desceram em direção ao lago, eu o deixei responsável por Pirulito, mas...

- Não está confiante que ele seja capaz? – acrescentou a ela.

- Não é que ele não seja capaz! – disse em defesa do filho. – Acho que estou apenas mais preocupada que o normal com eles. – desabafou frustrada.

- E para que precisa de mim? -perguntou curioso.

- Nos dois vamos até o lago também! Ficaremos de olho neles, mas teremos a desculpa que estamos levando Candinho Junior para passear.

“Desculpa? Sei!” – pensou Pancrácio sabendo que a mulher era louca pelo neto.

- Então a senhora não quer ir sozinha e me chamou? – perguntou recebendo um olhar preocupada dela. – Estou brincando... é claro que será um deleite passar um tempo com as pessoas mais importantes da minha vida. – disse dando um beijo nas têmporas da esposa.

- O senhor pega a toalhinha dele para nós por favor? – perguntou sorrindo feliz.

- Mas é claro! Pode descer as escadas que vou logo atras da senhora.

- Obrigada. – respondeu feliz antes de se virar e partir.

Anastácia desceu com cuidado os degraus com o bebê em seus braços, e encontrou Filomena em frente à casa vendo Candinho e Pirulito sumirem felizes em direção ao lago.

- Acho que a senhora os alcança. – falou apertando os olhos.

- Não estou com pressa em alcança-los. – afirmou feliz vendo o neto bocejar.

A jovem observou a senhora e logo ouviu passos, o Professor vinha ao encontro das duas com uma toalhinha azul devidamente dobrada nas mãos.

- Tudo pronto? – perguntou colocando a mão livre no ombro da esposa.

- Sim senhor. – respondeu feliz.

- Até mais ver. – despediu-se Filomena do casal.

- Até mais. – falou Pancrácio.

- Até!... Há, antes que eu me esqueça, avise Mafalda que depois desejarei minhas felicidades a ela.

- Não há problema, ela ainda está se arrumando. – falou pensando em como a irmã parecia nervosa. – Mas sem problemas, eu avisarei.

Anastácia sorriu e partiu com o marido ao seu lado.

 

A caminhada até o lado não era longe, o terreno era um pouco íngreme, mas Pancrácio estava feliz em segurar em seu braço quando achava arriscado para ela. Além disse seu vestido mais solto, a permitia andar com mais leveza e muito mais livremente, e ainda bem que ela pensou em pegar sapatos de salto mais baixo. No geral estava bem confortável.

Assim que se aproximaram do lago, Anastácia avistou um lindo balanço de madeira enfeitados com flores. As cordas pareciam bem firmes, então achou que seria um bom lugar para se sentar, até porque na pressa, nem Pancrácio e muito menos ela se lembraram de pedir um cobertor emprestado.

- Por aqui Anastácia... – sugeriu Pancrácio ao ver o balanço também. – Eu seguro para senhora. – sugeriu o marido ao ver ela dar a volta para se sentar, e o assento se mexer um pouco.

Ela sorriu com a delicadeza do marido e ficou feliz ao sentar-se e sentir seu peito em suas costas.

- É muito lindo este lugar. – falou Anastácia apreciando a vista.

- Sim muito belo. – falou olhando para ela. – Bem, acho que vou dar uma olhada nos meninos. – sugeriu ao ouvir a risada dos dois, mas nem um sinal deles.

- Volte logo vovô, estamos esperando por você. – brincou feliz recebendo o sorriso mais lindo do amado.

Enquanto Pancrácio saiu em direção ao som, Anastácia aproveitou para paparicar ainda mais o neto.

- Sabia que você é uma dadiva em nossas vidas? – falou feliz para o pequeno. – A vovó o protegerá de todo o mal..., e espero viver o suficiente para vê-lo crescer feliz e saudável. – acrescentou dando um beijinho no topo de sua cabeça e se lembrando inconscientemente do filho ao nascer.

Com o coração pesado sentiu a barriga dar um salto, e como se o bebê a entendesse o que estava acontecendo, tirou o dedinho que estava nos lábios e colocou a pequena mãozinha na barriga da avó. Anastácia olhou para baixo e sentiu o coração apertar com esse simples gesto.

Mas antes que pudesse refletir sobre isso, viu um lindo buque silvestre inundar seu campo de visão.

- Para senhora. – falou Pancrácio saindo de trás da esposa com um sorriso nos lábios.

Pancrácio foi ao encontro dos meninos e viu que os dois estavam bem, brincando em uma parte mais rasa do lago. Não sabia se deveria se fazer visível ou não, então, quando estava descendo para chama-los e desistiu no último momento, tropeçou em uma pedra e acabou escorregando um pouco, fazendo um barulho alto e esquisito.

Pensando em se esconder, abaixou-se na hora e foi quando viu as lindas flores silvestres bem baixas na terra. Não pensou em outra coisa a não ser levar algumas para esposa.

- Não sei o que fiz de bom para ser tão paparicada pelo senhor. – falou Anastácia feliz recendo o buque de suas mãos.

- A senhora é muito modesta. – falou pegando uma das flores do buque e colocando na lateral oposta em que estava o grampo de cabelo. – Como diria o filósofo Tolstói, “A verdadeira felicidade esta na própria casa, entre as alegrias da família.”, e como eu seria capaz de saber isto com toda certeza, se não fosse casado com a senhora? A senhora abriu meu coração e trouxe um novo sentido para minha vida. Não há filosofia no mundo que eu trocaria pelo seu amor. – concluiu dando um beijo em seus lábios.

Não demorou muito e ouviu Anastácia fungar em sua frente.

- Não se importe com isso. – falou sentindo as lágrimas escorrerem pelos olhos. – Eu estou ficando muito sentimental ultimamente, é apenas isso. – disse acalmando o homem ao ver seu olhar preocupado.

Pancrácio sorri sem jeito e senta-se ao seu lado no balanço, em seguida passa o dedo delicadamente por uma de suas lágrimas.

- Bem... isto era para Candinho Junior, mas acho que pode ser para senhora também – disse ao retirar um pequeno ursinho de pelúcia de dentro do bolso da calça.

- Quando o senhor pegou isso? – perguntou divertida e completamente surpresa.

- Bem... eu o separei quando peguei a toalhinha! Fiquei com medo que o bebê chorasse e pensei que seria uma boa distração. – explicou enquanto balançava o objeto em frente ao pequeno.

Anastácia olha feliz para o marido e consegue segurar sua língua no último segundo.

“Pancrácio teria sido um ótimo pai” – pensa feliz ao vê-lo brincar com o pequeno tentando arrancar um sorriso de sua boquinha banguela. – “Mas é claro que ele é pai... nós temos Pirulito, e ele cuida dele de todo coração, assim como eu.”

Pancrácio colocou uma das mãos no ombro da esposa a abraçando e encostou a cabeça no outro ombro enquanto brincava com o pequeno.

- Vamos Candinho... sorria para vovó. – falava com sua voz grave, enquanto via Anastácia morder os lábios tentando segurar o riso.

Não demorou muito e o pequeno soltou uma risadinha discreta e abriu a boquinha feliz.

Pancrácio olhou Anastácia feliz e viu seus olhos muito brilhosos, ela estava tentando segurar uma nova onda de choro por ele. Talvez era bom e doloroso para ela ter o pequeno nos braços, afinal nunca lhe foi permitido essas pequenas coisas de mãe e filho.

Amorosamente ela ergueu o pequeno nos braços e o levou perto de sua cabeça para dar lhe mais um beijinho e o ninhar em seu peito.

Pancrácio passou a mão nos cabelinhos do bebê estando em seus braços e logo ouviram passos se aproximar.

- FESSOR! DONA ANASTACIA! A BOIA TÁ PRONTA! – gritava Quincas a metros de distância.

Pancrácio se virou, mas não respondeu nada, esperou o jovem chegar mais perto.

- Professor a boi tá pronta. A mãe mandou chamar... – repetiu as palavras sem fôlego.

- Certo, obrigado! – respondeu calmamente.

Quincas mexeu nos suspensórios orgulhoso e sorriu para o sobrinho.

- Quincas você pode chamar Candinho e Pirulito para nós por favor? Eles estão ali no lago.

- Claro Dona Anastácia!

- Muito obrigada querido. – agradeceu se levantando do balanço.

- Nós vamos na frente Quincas, mande os meninos não demorarem por favor.

- Sim senhor Professor! – e desceu até o lago sem nem olhar para trás.

Pancrácio e Anastácia sorriram um para o outro e seguiram em direção a fazenda.

 

- É melhor colocarmos Candinho no berço. – sugeriu Anastácia após finalmente chegarem na fazenda.

Pancrácio observou o pequeno embrulho em seus braços e via o bebê bocejar e fechar os olhinhos.

- Penso igual a senhora, alguém está precisando dormir um pouco. – disse acompanhando a esposa.

Quando terminaram de subir a pequena escada na porta de entrada, ouviram uma gritaria acontecer. Olharam para trás e podiam ver os três: Quincas, Candinho e Pirulito, correndo que nem doidos em direção a fazenda.

Anastácia sorriu da situação e entrou em casa com o neto nos braços, logo depois Candinho e Pirulito entraram prestes a ir para sala de jantar.

- Onde pensam que vão?

- Comer mãe! – falou Pirulito.

- É mãe, o Quincas falou que a boia tá pronta. – acrescentou Candinho se virando para entrar.

- Nananinanão! Os dois para o banho agora mesmo. – falou seriamente. – Dona Manuela está acabando de organizar a mesa ainda, tomem um banho rápido depois voltem para cá. – falou vendo a senhora no outro cômodo.

- Sim mãe. – responderam tristes em uníssono.

Pancrácio sorriu ao ver a feição dos meninos, sempre soube que sua esposa tinha pulso firme.

- Vamos Pancrácio! – chamou Anastácia após subir alguns degraus da escada e tirar o marido do transe. – Sinta esse cheiro delicioso... também estou faminta! – terminou sorrindo.

Pancrácio acompanhou a esposa até o quarto e juntos colocaram Candinho e o ursinho no berço de madeiras, prontos para dormir.

Assim que desceram até a mesa, encontraram já esperando: Cunegundes, Quinzinho, Quincas, Mafalda e Romeu. Como previsto, Candinho e Pirulito estavam atrasados.

- Felicidades a vocês dois, Romeu e Mafalda. – cumprimentou Anastácia dando um abraço caloroso na jovem.

- Desejamos que sejam muito felizes. – falou Pancrácio estendendo a mão para apertar a de Romeu.

- Eu só tenho que o agradecer Professor! – falou o rapaz apertando a mão e dando um abraço surpresa no homem. – Se não fosse seus conselhos, eu nunca teria conseguido.

- Só fiz o meu dever como filósofo. – bradou estufando o peito orgulhoso.

Anastácia sorriu para seu marido pomposo e aproximou-se da mesa pronta para se sentar. Em um segundo Pancrácio apareceu ao seu lado e puxou a cadeira para que ela.

- Muito obrigada. – agradeceu sentindo o rosto corar ao sentir a mão dele permanecer mais que o necessário na pele nua de seu pescoço. Não esperava um comportamento amoroso assim, na frente de todos.

Cunegundes que estava no centro da mesa, observou tudo em silêncio e deu um cutucão em Quinzinho para que ele olhasse também.

Pancrácio sentou-se ao lado da esposa feliz e pegou sua mão amorosamente por debaixo da mesa. Em seguida levantou a cabeça para apreciá-la e viu a flor do buque ainda em seu cabelo.

Anastácia sentiu o toque agradável do marido e tentou esconder o calor que sentia com um simples toque de mãos... talvez porque tudo parecia mais excitante e de certo modo perigoso com todos ao redor. De repente viu ele aproximar-se cada vez mais e mais de seu rosto.

- Acho que a senhora esqueceu algo nos cabelos! – cochichou em seu ouvido.

Sentindo as bochechas esquentarem com tal aproximação, olhou em seus olhos e disse o mais baixo que pode.

- Pode deixá-la aí... ou estou ridícula ou desarrumada assim? – perguntou divertida.

- Sempre linda e elegante. – disse verdadeiramente enquanto aproximava a mão entrelaçadas deles de seu joelho.

Não demorou muito e Filomena apareceu trazendo Pirulito e Candinho consigo... agora sim os dois pareciam perfeitamente apresentáveis.

- Muito melhor agora. – falou Pancrácio elogiando o trabalho bem feito.

Pirulito arrumou a gravata borboleta orgulhoso e sentou-se ao lado do irmão, que por sua vez estava ao lado de Filomena.

- MANUELA! A BÓIA NÃO TAVA PRONTA? – gritou Cunegundes esquecendo que estava com visitas em casa. – Quer dizer... que horas vamos comer?

- Não precisa gritar sogrinha, nós já estamos trazendo! – falou Dita divertida, sabendo que ela odiava ser chamada de sogrinha.

Dona Manuela e Dita trouxeram várias travessas menores e logo a mesa começou a encher-se de fartura. Por último trouxeram juntas o grande caldeirão de feijoada. Parecia bem quente, então Cunegundes teve que se levantar da ponta para que elas pudessem colocar com mais facilidade na mesa.

As duas sentaram-se também e começaram a retirar as tampas de tudo. Instantaneamente a boca de todos passou a salivar de desejo, para começar a devoras todas essas gostosuras. Por ultimo a tampa de ferro da famosa feijoada foi retirada com cuidado.

Todos começaram a se servir, menos uma pessoa.

Anastácia observava com curiosidade tudo ser mostrado, e sentia o estomago roncar de fome, eles haviam apenas tomado café a muitas horas atras. Mas assim que a tampa da feijoada foi levantada, foi impossível de ignorar o que aconteceu. O desejo que tinha ao ouvir falar tão bem da comida e o cheiro maravilho que sentiu assim que chegaram em casa, mudou-se completamente. Quando sentiu o cheiro forte do feijão e da gordura bem próximos a si, sentiu seu estômago apertar, e quanto mais olhava para as carnes na panela, mais enjoada ficava.

Ela tentou ficar calma e concentra-se em outra coisa, para que seu filho e marido comecem e ate ela mesmo pudesse sentir algo melhor e menos forte inundar seu nariz. Mas foi em vão.

Quando olhou pela segunda vez para panela, sentiu um borbulhar no estômago e algo subir pela garganta.

Sem nenhuma delicadeza levou a mão aos lábios e levantou-se correndo da mesa.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capitulo novo, e espero vê-los semana que vem!
Até breve e um bom final de semana. ;)


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