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História Nosso fluxo perfeito - Capítulo 27 - " A guerra tava acabando..."


Escrita por: Agattah_Morena

Notas do Autor


Vlw pelos comentários e favoritos, amores!!!!!!😍😍😘😘😘

Boa leitura!💚

Capítulo 27 - Capítulo 27 - " A guerra tava acabando..."


Fanfic / Fanfiction Nosso fluxo perfeito - Capítulo 27 - " A guerra tava acabando..."

 

" Mas tudo seria questões de momentos, afinal, viver é um momento."


   Eu passei anos vivendo sob as regras daquele filho da mãe, ele sempre fez o que quis naquele morro e todos ali eram obrigados a se calarem diante dele, eu também fui... E quantas vezes eu queria mandar ele ir pra" casa de cacete" quando ele tentava arrastar Fernando pro tráfico, quantas vezes eu quis falar, e... Não falei. Mas agora é diferente, é hora de virar o jogo...E que vença o pior.
      Assim que coloquei o celular no bolso do meu jeans, eu caminhei até a casa, quando percebi que Gabriel me seguia.
- O que foi?
- Nada!- disse rude.
- Quem te ligou?- ele insistia.
- Romano.- eu falei , ainda caminhando. Ele fazia o mesmo.
- O que ele queria?
    Ele parecia preocupado, mas com certeza não era comigo. E mesmo sendo, pouco me importa, não vou perder mais tempo me iludido com Gabriel.
-Depois eu falo tá? Agora me deixa em paz!
     Assim que disse isso, Gabriel parou de me seguir. Eu subi as escadas da casa e o vi parado no mesmo lugar onde a nossa conversa tinha acabado, ele me observava. Eu revirei os olhos e entrei.
       Subi pro meu quarto e decidi tomar um banho, depois,  eu voltei a pensar em toda essa guerra que tava rolando,mas não fiquei por muito tempo assim, logo dormi. Às vezes, se você pensar demais, acaba não fazendo nada. É, a sua mente te manipula, cabe a você dizer quem é que manda.
  [...]
- Lia, eu já tô cansado de comer, porra. Manda logo a bomba da vez.- Felipi disse após acabar de comer outro pedaço de pizza.
   Eu , Felipi, Gabriel e a vadia tinhamos acabado de jantar,- ela tinha ido pro quarto, queria saber o que aquela carinha de sonsa tanto fazia lá.-  Gabriel me infernizava para eu contar o que aconteceu desde hoje de manhã, e Felipi nem se fala, mas eu fiquei adiando, talvez eu ainda quisesse achar um modo de acabar com isso sozinha, mas eu não consegui. Então, não vejo outra opção a não ser pedir ajuda. E ali estava eu, sentada no balcão, de frente com Gabriel e Felipi jogados , um na poltrona e outro no sofá. 
- Eu me encontrei com Fernando.- disse do nada.
- Tu o que?- Felipi me olhava assustado, e não pôde continuar porque se engasgou com a água.
- Tudo bem, então tu nos chama pra vir até aqui, pra dizer que se reconciliou com o papai? Ótimo, já podemos ir embora?- Gabriel falava, essa última frase soou um pouco sarcástica.
- Eu não te chamei, veio porque não consegue ficar em paz consigo mesmo então resolve pertubar os outros, e eu não terminei, caso me deixe terminar.
 - Ele te procurou? .- Felipi perguntou, assim que se recompos.
 - Não - tentei me acalmar, Gabriel conseguia me deixar com raiva em questão de segundos.- , eu fui até a casa dele - Felipi me olhou confuso.-. É, ele tem uma casa aqui.
 -Achou sozinha?- encarei o dono daquela voz que me lançava um sorriso cínico, por um instante eu esqueci que o demônio estava ali presente.
 - Não, o GPS me ajudou.- lancei um sorriso parecido com o seu.
 -Crianças - a voz de Felipi insinuava tédio.- ,será que eu vou ter que colocar vocês de castigo?
 - Talves se você tivesse vindo sozinho, já teriamos chegado em algum lugar!- retruquei.
- Não minta, eu sei que você ficou feliz em me ver.
 - Achei que o demônio ficasse no inferno.- retruquei.
- É, mas às vezes ele vem aqui pra te ver.
- Me pertubar, tu quer dizer né.- saí do balcão.
- Lia, cê vai me contar o que aconteceu ou tu quer que eu saia pra cês discutirem melhor?- Felipi me encarava com um olhar sério, então, eu resolvi para com aquilo , e continuar , tava ridículo.
- Eu conheci Brian num restaurante, ele me ajudou a encontrar Fernando. Tive que contar um pouco da minha história pra isso. Ele me disse que conhecia pessoas desse meio, e quando dei por mim, já tava na casa de Fernando.
 - Cê tem certeza que ele é confiável?- Felipi perguntou.
- É, certeza eu não tenho. Mas eu tive que arriscar... - me encostei no balcão.- Naquele dia que eu te liguei, eu tinha acabado de sair da casa do filho da puta do Fernando. Eu tava muito nervosa... - suspirei.- ele disse que a gente devia parar com isso, desistir de Júlia...  Que eu e Júlia não somos filhas dele. Eu disse que queria respostas, que ia atrás das resposta, e aquele desgraçado me mandou parar, falou que o que eu ia achar ia me machucar mais, eu...não sei o que fazer.- encarei o chão.
 - Lia, na boa, tu já se perguntou em quem pode ser teu pai?- parei de encarar o chão.
- Eu tô pouco me fodendo pro meu pai!- me alterei um pouco.- Felipi, eu só quero a minha irmã, só isso! 
- O teu...- percebi que ele ia falar algo, mas sua voz falhou.- O que "vamo" fazer?
 - Eu não acredito que eu vim até aqui pra resolver problemas dos outros.- Gabriel disse seco
   Eu o fuzilei com o olhar.
- Marins, agora é sério cara, para de encher...
     Gabriel me encarou e sorriu. Esse cara é doido, só pode.
-  Vamo fazer o seguinte, amanhã nós fazemos uma visitinha ao teu papai - ele se referia a mim.-, com certeza ele sabe de alguma coisa, e se tivermos sorte, ele nos dá uma pista de onde tá tua irmã, se conseguirmos, pegamos ela e nos mandamos daqui depois de amanhã.
- É, mas tem um problema, Romano sabe onde estamos. Ele sabe o que queremos fazer.
- E como ele sabe?- Felipi questionava confuso.
- Ele me ligou hoje de manhã.
- Isso não importa - Gabriel disse rápido - , E daí se ele sabe? Nós que estamos com toda a grana dele, nós temos o poder dele. Enquanto tivermos isso, ele não é nada.
- Gabriel, ele tem a sua mãe...- disse com um pouco de preocupação , era incrível como o meu tom mudou tão rápido. Podiamos sim viver em paz, mas só se Gabriel Marins desse trégua.
 - E nós temos o poder dele, ele já sabe de tudo...- ele deu uma pausa.- a casa caiu, agora temos que acabar logo com isso... Ele quer chantagiar, então chantagiamos de volta. E se tivermos sorte, saímos livres.
- E vivos.- Felipi completou.
- O jogo está à nosso favor, se soubermos jogar... Ele perde.
      Nos entreolhamos por uns segundos, até Gabriel quebrar o silêncio.
- Vou arranjar uns carros.- o mesmo saiu, restando apenas eu e Felipi naquela sala.
   Me sentei na cadeira próxima a ele.
- Eu queria dizer que não tô com medo de continuar, mas eu tô...- suspirei enquanto fechava os olhos.
- Chegamos até aqui, Lia... Não dá pra parar. Pensa em tudo que aconteceu até hoje, pensa em tudo que fizemos, em todo o estrago que causamos... Tráfico, sequestro, pessoas mortas... O medo que tu diz que tem, não existe mais.
- Será?- abri os olhos e encarei o teto.
- Medo é só uma palavra que vaga na tua mente, e uma palavra, é só uma palavra.
- Palvras tem poder...- comentei.
   Ele riu de leve.
- Talia Vieira, aprenda uma coisa com o seu irmão,- eu o encarei, ele me encarou.- Pessoas tem o poder de atingir as outras, palavras tem o poder de atingir pessoas, elas são como uma bala ,e nós não nascemos blindados por isso somos alvos facéis de serem feridos, mas nós temos a opção de ficarmos parados e a de se esquivar. Nem sempre temos opções, mas tu pode se esquivar se tiver.
   Eu sorri de lado.
- Valeu por lutar comigo até aqui. Valeu por tudo... Eu queria achar um forma de te agradecer por isso que cê tá fazendo, mas eu não acho, talvez porque ela não exista...
- Larga de melação e volta a me xinguar, tu fica mó esquisita assim.- ele disse assim que eu terminei de falar. Nós rimos.
      A nossa amizade não tinha muitas palvras, muitas demontrações diretas, mas rolava um "eu te amo" de vez em quando, também rolava demontrações indiretas , e era isso que fazia da nossa amizade, a nossa amizade.
  [...]
       Gabriel tinha arranjado os carros. Combinamos de ir na casa de Fernando de manhã, e mesmo tendo a noção de que podemos não conseguir achar Júlia , eu não conseguia "não ficar ansiosa", eram duas da manhã e eu andando pelo quarto igual uma sonambula.   Minha cabeça à mil e um ,eu não conseguia dormir... 
    Júlia...
    Felipi...
    Gabriel...
  Como Romano descobriu que a gente tava aqui? E essa Sandra? Ela não saía da minha cabeça mesmo tendo aquela cara de sonsa, mas eu não podia confiar, de onde menos imaginamos saem as piores pessoas. E, eu não confiava nela. 
    Felipi me disse que ela era uma ex namorada de Gabriel, que apareceu do nada lá no morro, disse que aquela Cássia falou onde ele tava... É, eu sabia que devia ter matado aquela "filhinha de papai". 
     Gabriel ia fazer algo com ela quando aquela vadia chatagiou ele... Se ela morresse, um amigo dela saberia porque foi, então, denunciaria ele. Eu não entendi muito bem isso. Gabriel sendo chantageando por uma vadia... Era algo que não entrava na mimha cabeça, ele até veio com ela apenas pelo fato de ter medo de que ela faça alguma coisa, sozinha no Brasil.
     Será que essa Sandra tem mesmo tanto poder assim?
    Saí dos meus pensamentos quando uma cede bateu. Eu hein, nem abri a boca pra ficar com tanta cede assim. Ri do meu pensamento e saí do meu quarto.
   Desci pro andar de baixo e fui até a cozinha, peguei uma garrafa d' água na geladeira e bebi metade. Olhei pro relógio que tinha na parede , e marcavam duas e meia. "Agora é sério, eu preciso dormir."- pensei.
        Caminhei até a sala e sem perceber,acabei me sentando no sofá. 
    "O que tava acontecendo comigo? "
    Fiquei ali por uns minutos, e quando finalmente levantei, faltou energia.
   Valeu hein, essa merece palmas...
-Merda!- disse um pouco alto.
      Tentei me mover, mas andar no escuro sempre foi meio difício pra mim, eu achava que ia pisar num buraco à qualquer momento.
    Eu não pisei num buraco, mas meu corpo se chocou contra outro e isso me fez gritar, não que eu tivesse ficado com medo, aquilo foi apenas por impulso, é como quando você pisa em um caco de vidro, você tira rápido o pé dali assim que encosta de leve, mas não porque você pensou que devia tirar para não machucar, você só tirou porque sim.
     No mesmo instante em que tinha saído um som da minha boca, eu senti uma mão pressionando meus lábios e outra nas minhas costas. Não demorou muito para eu reconhecer aquele cheiro, Gabriel...
    Eu ouvia nossas respirações, eu podia sentir a energia do corpo dele se juntando à minha. Por que eu amava tanto ele? Por que tanto interesse em uma alma tão vazia, em um olhar vazio, em alguém vazio... Aquela sala tava escura como seus olhos, eu não enxergava nada, eu me sentia dentro da sua alma, mas mesmo sabendo que estava em meio à uma escuridão, não podendo ver nada, eu me sentia segura, porque o seu toque me acalmava,  ele me perturbava, mas também sabia me trazer paz.
     Eu tirei a mão dele da minha boca ,devagar. "Ele tava me olhando?"  
 - Cê devia tá dormindo.- a voz dele soou baixa e um pouco rouca.
- E você devia parar de me perseguir.- disse também baixo.
   Ouvi seu riso. É, aquilo me irritou.
- Eu tenho coisa melhor pra fazer, se tu não tem, deviar começar a procurar, quem sabe não para de se iludir.
- Imbecil!- disse rude ,e bufei. 
     Quando eu pensei em dar um passo e ficar bem distante dele, meus olhos me lembraram da minha situação. Tu ainda tava escuro.
 -Droga!- tentei dizer pra mim mesma, mas não deu certo.- Tem alguma lanterna?
     No mesmo momento eu senti uma luz queimar meus olhos.
- Tá Marins, agora abaixa essa porra!- o meu sussurro saía quase como um grito. Vi aquela luz parar no chão.- Como é que você sabia que ia faltar luz?- me referia ao fato de ele ter realmente uma lanterna.
- Na real eu não sabia, só tava indo caminhar um pouco pela praia e decidi levar essa lanterna, não tô conseguindo dormir.
   Eu pensei... Pensei...
- Ainda vai?- perguntei.
- Vamo...- ele me puxou.
     Chegamos na varanda.
- Eu não disse que queria vir.- falei um pouco alto, já que tinhamos saído de casa.
- Eu não pedi - ele me lançou o olhar frio de sempre e abriu um sorriso desafiador.- ,eu mandei. 
   Ah? Antes que eu podesse reclamar, ele me puxou mais uma vez e caminhamos até o mar.
- Você não manda em mim!- disse enquanto ele segurava firme minha mão.
- Digamos que hoje eu consegui.- ele parou e ficou na minha frente, igual à hoje de manhã.
    Eu olhei no fundo dos seus olhos e me perdi ali.
 - Tentando me decifrar?
 - Acho que sim...- disse ,ainda perdida.
 - Cê nunca vai desistir não?
- Não.- disse depois de uns segundos.
      Ele me puxou pela cintura.
- O que cê tá fazendo?- perguntei confusa, não por ele querer me beijar, mas, por ele ser tão imprevísivel e aparecer com uma noiva e depois querer me agarrar.
  - O que eu vim fazer aqui.
    Depois disso, eu não ouvi mais vozes, só o som do mar. Meus olhos se fecharam, os nossos lábios estavam grudados, as mãos dele me apertavam, e as minhas arranhavam sua nuca.
 E eu sorria por dentro, minha boca sorria, meus olhos sorriam, minha alma sorria. Eu sorria.
     
 - Me beijar?- perguntei ofegante.
 - Talvez...- ele sorriu.
   Fomos até uma pedra e nos sentamos , Gabriel observava o mar. Eu observava ele.
- Por que cê é assim? Uma hora tenta me irritar, outra hora me beija , e quando eu penso que estamos bem, você é grosso. 
    Seu riso leve soou.
- Eu não consigo me controlar, eu sou como o gelo, se me tirarem da geladeira eu derreto e logo depois viro água, alguém tem que me colocar de volta pra me lembrar de quem eu sou.
- Deixa eu adivinhar, eu sou a pessoa que te tira da geladeira e te faz derreter.
- Exatamemte, e quando eu tô voltando a ser quem um dia eu já fui, o passado me faz lembrar que eu não posso ser mais assim.
- E o passado é a pessoa que te coloca de volta na geladeira.- o encarei.
- É, por isso essa minha mundança de temperamento constante.- seu olhar ainda estava fixo no mar.
- Você é tripolar.- disse e logo rimos.
- Tenho vários lados.
- Fica assim pra sempre.- ele me olhou, senti seu olhar sob mim então olhei de volta.
    Ele acariciou meu rosto, e por um segundo eu vi os olhos dele brilhar, lágrimas? Não sei, mas naquele momento, ele não estava vazio.
- Eu sou só mais uma cópia de algum otário, mas você não, cê é original... E eu tenho certeza que não te mereço, mas mesmo assim eu te trouxe até aqui, eu não sou bom o suficiente pra te pedir em casamento na frente de geral, e  deixar você  arriscar a sua felicidade comigo. Eu não sou bom em nada, essa é a real. Mas eu te trouxe aqui. Tentei me isolar do mundo, achei que talvez podesse conseguir viver sem sentimentos, mas você me faz ficar assim - ele pegou minha mão e colocou no lado esquerdo do seu peito, eu senti seu coração bater. Aquilo fez o mundo parar de girar, e não importa se ele não parou, pra mim, ele parou. - , eu fico assim toda vez que você chega perto. É, isso que eu tô falando é mó merda, o que tá rolando comigo é mó merda. Mas e daí? Eu sei que se você me esquecesse um pouco, cê poderia conhecer alguém bem melhor que eu, mas tu não me esquece e eu sei disso. Porque o moleque que te irrita tanto, te faz sorrir por dentro mesmo que a alma dele esteja chorando e tu não faz ideia... Eu costumava achar que se eu fosse tão frio a ponto de não me importar com ninguém, ninguém iria se importar comigo, mas... É isso Talia Vieira, você foi a louca que se importou.
  
- Eu...- ele me interrompeu com um beijo. Sua boa saiu de perto da minha, devagar.
- Por favor, não pensa muito...- ele disse baixo no meu ouvido. 
- Eu te amo tanto que chega a doer.- aquela frase saiu sem minha permissão. 
    O que eu tava fazendo? O que a gente tava fazendo?
     Somos como fogo e gasolina, impossível não sermos atraídos, mas quando isso acontece, causamos muito "estrago", e era isso que me causava medo.
     Ele pôs o braço no meu ombro, eu encostei minha cabeça em seu peito, eu já ia apagar, quando eu ouvi sua voz dizer um : " eu também te amo".
[...]
      Abri os olhos devagar e percebi que tava no meu quarto, na minha cama. "Aquilo foi um sonho?"
     Passei minha mão direita no rosto e senti o cheiro daquele perfume... O perfume dele. Ele me deixou aqui. Não foi um sonho.
    Peguei meu celular e vi que já eram oito horas, fui até o banheiro , tomei um banho rápido e vesti um jeans preto , uma regata branca e calcei uma bota preta de cano curto.
    Fiz um coque no cabelo e coloquei meu celular no bolso.
   Desci e não encontrei ninguém na sala, caminhei para fora e vi três carros na estrada ali perto. Andei um pouco até chegar lá,  vi Felipi, Gabriel e...Sandra.
- Não tá afim de voltar e demorar mais um pouco não? - Gabriel comentou, e isso podi alimentar mais ainda de que o que aconteceu ontem foi mesmo um sonho, mas não foi, eu sei que não.
- Não, mas tô afim de voltar pra pegar minha arma que eu esqueci, e dá um tiro no meio dessa tua cara de idiota.- retruquei.
      A vadia me fuzilava com os olhos enquanto não soltava de jeito nenhum a mão de Gabriel, nem se um raio caísse ali. Já Gabriel usava um óculos escuros que cobria seu olhar, mas sua cara continuava a mesma de sempre, seca.
-E... Vai começar.- Felipi falou.
- Acabei de terminar.- retruquei.- vamos?
- O teu é o vermelho, o preto é do Felipi.- ele jogou nossas chaves.
- Por que vamos em carros separados?- Felipi fez a mesma pergunta que eu ia fazer.
- Por que se acontecer alguma coisa, podemos nos dividir.- Gabriel disse , seco, e entrou no carro com a sua querida " noiva".
    Merda, droga! Eu tô com ciúmes...
-Beleza.- Felipi respondeu.
    Eu disse o endereço da casa de Fernando e  nós nos colocamos na estrada, como numa corrida, do meu lado direito estava Felipi, ele me olhou como se dissesse : "É agora",  do meu lado esquerdo eu vi Gabriel focado na estrada.     Coloquei as mãos no volante e encarei o que tava à minha frente, ... "E que o jogo comece."
     Em um piscar , eu ouvi barulhos de motor, Gabriel saiu em disparada, e logo depois Felipi... Eu fui em seguida.
      Depois de uns minutos, eu cheguei naquele lugar esquesito. Se aquele GPS não tivesse me confundido tanto, talvez eu teria vindo mais rápido.
- Finalmente.- Felipi disse, assim que eu saí do carro. A gente tava numa área mais afastada da casa. Ao menos isso mostra que Felipi pensa.
- Cadê o Marins?- perguntei. E no mesmo instante , ouvi um barulho de pneus, ele chegou.
- Atrás de você.- Felipi falou.
    Lancei um sorriso óbivio.
- Onde tá a querida Sandra?- perguntei cínica.
- Deixei ela em uma loja, pra você não ficar com ciúmes.
   Não, ele não disse aquilo.
- Eu não fiquei com ciúmes.- menti.
- Ahãn, eu acredito...- ele disse irônico.
- Tá, não comecem... Eu vou ficar aqui e vocês entram.
-  Beleza, nos vemos daqui a pouco.- falei , e eu e Gabriel fomos caminhando até a casa.
     Como já era de se esperar, alguns seguranças estavan na entrada. Esses não eram os mesmos da outra vez.
- Queremos falar com o Fernando.- disse.
- Tem hora marcada?- um deles perguntou.
- Não, diga que a filha dele tá aqui.
    Aquilo me causou mais nojo do que Gabriel que me olhava surpreso, podesse imaginar.
- Ok, vocês podem entrar.- ele disse após falar com alguém pela escuta.
     O portão se abriu e nós entramos.
- Filha do chefe é?- Gabriel disse, só para me irritar.
- Não me faça querer brigar com você, agora.- retruquei.
- Tá...- ele sorriu cínico.
   Caminhamos um pouco e logo chegamos no escritório.
- Olha só quem veio me visitar.- a voz irritante de Fernando soou no mesmo instante que entramos.
   Ele tava sentado numa cadeira giratória de frente para a parede. Mas logo ficou de frente à nós.
- Não estamos afim de perder tempo , então , nos poupa de falcidade e deixa um pouco dela pra quando tu tiver no inferno e ter que agradar o diabo.- Gabriel comentou.
- É assim que tu fala com o teu querido sogro, Gabriel?- ele não parecia irritado.
- Não vivo para agradar os outros, e muito menos você.- retrucou.
- Tu sabe porque estamos aqui, então ,diz logo onde tá a Júlia.
- Cês até que se merecem né...- e mais uma vez ele me ignorava.- Tão parecidos, parecem até irmãos.
- Onde tá a minha irmã...?- eu perguntei mais uma vez, a raiva me consumia.
- Como eu sou um papai muito legal...- ele falava , irônico.-  E já que vocês querem tanto, eu vou dar o endereço...
- Ótimo, quanto menos tempo vendo essa tua cara, melhor.
Ele riu um pouco.
- Acho que tu vai ficar feliz em reencontrar uma pessoa que tú não vê há muito tempo, Gabriel.
   Eu fiquei confusa, já Gabriel, continuou firme, como se não tivesse ouvido nada.
- Boa sorte...- ele entregou um papel com um endereço à Gabriel.
   Sem nem dar um "tchau", saímos dali e encontramos com Felipi.
- Conseguiram?- ele perguntou.
   Gabriel mostrou o papel.
- Nos encontramos no centro.- ele disse, nós assentimos e entramos nos carros.
    Eu dei partida e fui na frente. Será que essa guerra tá mesmo prestes à acabar?

 


Notas Finais


Eu amo tanto vcsss!!😍😍😍💓💕💖💞
Obrigada por ficarem cmg até aki, a fic já tá acabando e já tá me dando vontade de chorar..😢😢😢 espero q vcs estejam gostando.
#AdeusNossoFluxoPerfeito😢💕

Faltam só mais três..😢😩👊kkkk
Comentem aí, galera!!😍😍😘😘😘 bjsss!!😘😘😘💓💕💖💞


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