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História Nosso Sangue - Um presságio de verão.


Escrita por: EliTassi e TomTom

Capítulo 5 - Um presságio de verão.


 

 

 Harry 

 O restaurante era um lugar bonito. Não muito simples como uma lancheira e nem muito chique para que os garotos não se sentissem desconfortáveis mais do que já se era esperado do primeiro encontro. A mesa deles era na rua, aos fundos, enquanto Draco e Harry ficaram do lado de dentro. 

 Claro que fora parte da estratégia de Draco. Ele comentara pelo telefone sobre o lugar. Por fora os vidros eram foscos, mas por dentro dava para ver tudo o que acontecia do outro lado. Perfeito para fingirem ser “bons pais” e ficarem de olho. 

 Não se importava tanto, na verdade. Quando conversara com James sobre o quanto era errado e que quatorze anos não era idade para decidir sobre relações sexuais e dar seu consentimento pudera ver a culpa nos olhos do filho. Ele estava à beira das lágrimas, se desculpando e jurando que tinha perguntado ao Scorpius se ele queria aquilo. Junto de Gina, sua falecida esposa e mãe de seus filhos, criara cavalheiros quando o assunto era romance, claro, mas nunca conversara seriamente sobre limites de idade e diferença de maturidade. Parte era sua culpa. Mas, acima de tudo, confiava nos seus meninos. 

 - Aposto que o Scorpius vai escolher pelos dois – Draco comentara, chamando sua atenção enquanto Harry abria o menu. 

 - Aposto que sim. E o James vai comer mesmo se não gostar. Ele é esse tipo de garoto que não consegue dizer não. 

 - Então eles vão se dar bem. Scorpius adora mandar – Draco lhe sorrira. Aquele charme natural que devia levar qualquer mulher à loucura. – Exatamente como a mãe – ele complementara baixinho, quase inaudível. 

 - E quanto a nós? – deixara escapar sem querer, quase indagando o homem sobre se aquilo significaria algo. 

 - O quê?! 

 Draco também parecia surpreso e Harry precisava consertar. 

 - Você vai escolher a minha comida ou eu a sua? 

 Draco relaxara. 

 - Acho que vou deixar para você – Draco comentara com mais um daqueles sorrisos sedutores. – Se bem que quando eu vim aqui da última vez o frango ao molho xadrez foi muito satisfatório. 

 - “Satisfatório”? – repetira com graça enquanto Draco mantinha a seriedade e dava de ombros. 

 - Não é excepcional, porém, não deixa a desejar. 

 - Você vai se revelar um crítico gastronômico agora? – questionara com graça. 

 - Bem, eu viajava bastante a trabalho, então experimentei muitos restaurantes ao redor do país. Também aprendi uma coisa ou outra sobre cozinha... 

 De repente sua mente estava o levando para muito longe. Uma fantasia sobre uma manhã seguinte após dormir com aquele homem, acordar grogue e perdido, vestir só a calça e o encontrar na cozinha, seminu, com um avental e uma colher na mão, lhe dando bom dia e avisando sobre ter preparado um delicioso café da manhã...  

 Um homem lindo e charmoso, excelente pai (embora um pouco superprotetor), solteiro, bem-sucedido e que sabia cozinhar? O que mais poderia querer? Uma boa foda, é claro, mas só pelo sex appel já dava para se ter uma ideia de como seria... 

 - Claro que estou brincando – Draco acrescentara e só então se dera conta de que estivera em silêncio, o encarando. 

 - Seus meninos têm sorte. Eu aprendi a cozinhar na marra, para não deixar eles morrerem de fome, mas com certeza preferem um fast-food à minha comida. 

 - Bom, talvez um dia eu possa cozinhar para você. 

 - Sério...? – questionara, perplexo, já sentindo o coração disparar. Será que realmente estava tendo abertura e tendo suas investidas retribuídas...? 

 - É claro - Draco respondera como se não fosse nada demais. - Pelo ritmo das coisas nossas famílias vão continuar juntas. 

 O loiro sinalizara o vidro ao lado e Harry o seguira. Do outro lado, James e Scorpius se encaravam como um casal de apaixonados, conversando sobre algo que não era audível daquele lado do restaurante. 

 Estava decepcionado e feliz ao mesmo tempo. 

 - Eu imagino que você não simpatize muito com meu filho, mas eu juro que ele é um excelente garoto – sentira a necessidade de defender seu primogênito. - E ele sabe respeitar as pessoas. Posso pôr a minha mão no fogo que ele nunca mais vai passar dos limites com Scorpius. 

 - Espero que sim. Meu discurso tem que ter servido para algo, porque para Scorpius foi só “humilhação”. 

 O garçom chegara para anotar os pedidos. Acabara pedindo o frango xadrez e sentira-se mais novo do que o filho ao trocar olhares e sorrisinhos com Draco. 

 - Eu também tenho minha parcela de culpa por nunca ter perguntado a idade de Scorpius – assumira. 

 - Você disse que ele já comentava sobre meu filho? 

 - Há meses. Ele já gostava muito de Scorpius. Falava sobre o garoto bonito que assistia os treinos, era inteligente e ninguém se atrevia a mexer com ele, mesmo sendo menor e mais magro. Eles conversavam, até, mas se não me engano eram só pequenas conversas inocentes, como a matéria ou parabéns por algum jogo. 

 Esperava ajudar o filho a conseguir pontos positivos com o futuro sogro, após a péssima primeira impressão. 

 - Bom... Isso é menos pior, certamente. Pelo menos ele gosta de Scorpius. A última coisa que eu preciso é ter feito tudo isso para juntar eles e, no final, ele só querer levar meu filho para a cama. 

 - Não, não! Juro que não. James é muito romântico para sequer considerar isso. 

 E gostava daquela característica do filho. Era muito parecido consigo. Realmente, não sabia dizer como ele fora parar na cama com Scorpius logo na primeira oportunidade, se não o que lhe parecera: Scorpius tomara a iniciativa. 

 Mas claro que não contaria aquilo à Draco. 

 O garçom lhes entregara as bebidas. Conversara com Draco um pouco sobre trabalho e outro tanto sobre a vida, mas parecia que todos os assuntos culminavam em filhos. Até contara sobre seu menino do meio, Alvo, quem tinha ido fazer intercâmbio nos Estados Unidos há um mês e fazia muita falta em casa. Era um problema que tinha sempre que saia com alguém, homem ou mulher (não que estivesse em um encontro com Draco, infelizmente): falava demais dos filhos e acabava os afugentando. Draco, entretanto, parecia tão entusiasmado para falar de seus garotos quanto Harry. E aquilo só o fazia gostar dele ainda mais. 

 Se fosse outra situação... Se o relacionamento do filho não estivesse em jogo... Com certeza já estaria dando todas as diretas possíveis para aquele homem. Aliás, havia mais uma coisa para a sua lista: ele era divertido. 

 No meio do jantar precisara pedir licença para atender uma chamada de vídeo. Sua mãe surgira na tela, na frente de uma parede com fotos emolduradas da família, sua e dos netos. 

 - Oi mãe, tudo bem com a pequena Lilian? 

 - Ele está bem, mas não quer dormir se não ver o papai. 

 - Tudo bem. Cadê meu bebê? 

 O rosto de sua mãe dera espaço para o de seu pai e, junto dele, uma Lilian chorosa com o rosto todo molhado e visivelmente sonolento. 

 - Papai! 

 - Oi meu bebê. Você não quer dormir? 

 - ‘Quelo 'domi com o papai. 

 - Ah, minha bruxinha, vai ter que ser o vovô hoje. 

 - Não! 

 - Mas o papai está muito ocupado cuidando do Jayjay. Você não quer que o Jayjay fique bem? 

 Lilian balançara a cabeça concordando. O mar de cabelos ruivos sacudindo junto. 

 - Então dorme com o vovô que eu e ele vamos te buscar assim que a gente terminar aqui. Pode fazer isso por mim, meu amor? 

 Lilian era um furacão, mas também muito carinhosa. Crescer sem mãe a fizera muito mais apegada do que James ou Alvo – e Jay já fora uma criança carente. 

 Conversara mais um pouquinho com a filha antes de desligar. Percebera que Draco estivera o cuidando o tempo todo. 

 - Desculpe por isso. Ela é grudada em mim... Por não ter a mãe, sabe...? 

 - Não precisa se desculpar. Sei que é difícil, ser pai solteiro e se ausentar... Deixar um filho longe é deixar uma parte do coração com ele. 

 Concordara com uma grande admiração. Draco retribuíra com um sorriso charmoso. Se aquele encontro fosse deles... Nunca tinha estado com um homem que entendesse tão bem a paternidade. Era perfeito. 

 Era perfeito e não o pertencia. Jamais o faria. 

 Infelizmente o tempo voava quanto mais se precisava dele. Logo estavam na sobremesa e, mais um pouco, era tarde e os meninos teriam aula cedo no dia seguinte. 

 - Não quero ser o cara mau, como sempre, então você poderia ir falar com os meninos sobre terminarmos por hoje? 

 Forçara um sorriso, mesmo decepcionado por terem que se separar da melhor companhia que tivera em anos. 

 Levantara e fora até a rua. De longe já podia ouvir e reconhecer o riso de James. Se conhecia bem o filho, ele deveria estar fazendo graça (alguma coisa que tenha aprendido com os tios) para fazer Scorpius rir. 

 - Ei meninos. Sei que é péssimo dizer isso, mas já é tarde e vocês tem aula amanhã. Precisamos ir embora. 

 Os dois murmuraram em decepção. 

 - É, eu sei, mas terão outras oportunidades. Vou dar cinco minutos e nos encontramos aqui na frente. Okay? 

 - Tudo bem – Scorpius murmurara, mesmo parecendo contrariado com a ideia. 

 - Pai! – James o chamara antes que pudesse sair. Aproximara-se, então mais até que ele pudesse sussurrar no seu ouvido: - Posso beijar ele? 

 - Acredito que sim – respondera sem tentar esconder, então se afastando. – Mas você precisa... Sabe... – da permissão dele. 

 - Sei sim. 

 - Então acho que tudo bem. Eu e Draco vamos pagar a conta e esperar lá fora. Cinco minutos, ein? 

 Depois dos meninos concordarem fizera o retorno para junto de Draco, quem já estava de pé ao lado da mesa. 

 - O que ele te sussurrou lá? 

 Tentara conter o sorriso e fracassara. 

 - Queria saber se podia beijar o Scorpius. 

 O homem arregalara os olhos, como se tivesse acabado de ouvir um absurdo. Harry não conseguira evitar o riso. 

 - E o que você disse?! 

 - Que acreditava que sim, desde que ele tivesse a permissão do Scorpius. 

 - Como ousa? – Draco dramatizara, pondo a mão no peito como se estivesse ferido. 

 - Não dá para namorar sem um beijo ou outro, não é? 

 - Na idade dele namoro deveria ser andar de mãos dadas. 

 - Ah, bem, acho que os tempos mudaram – brincara de volta, tentando manter o clima ameno. 

 - Vamos? 

 - Vamos. Eu dei cinco minutos para ele, enquanto a gente paga. 

 - Já paguei. 

 - O nosso? – perguntara com estranheza. – Então eu pago o deles. 

 - Também paguei. 

 - O quê? Por quê? 

 Draco dera de ombros enquanto caminhava na direção da saída. Já tinha notado que o loiro era um tanto quanto controlador, assim como o filho, mas aquilo extrapolava a lista de coisas com as quais Harry não se importava. Queria ser um cavalheiro, assim como ensinara o filho. Que tipo de homem, e exemplo, seria deixando aquilo acontecer?! 

 - Então deixa eu te pagar. 

 - Está tudo certo. Foi minha ideia, ademais, separei você da sua pequena. 

 - Mas isso não é justificativa. Metade do relacionamento é meu filho e eu também quero o melhor para ele. Teria aceitado de qualquer forma. 

 A recepcionista os desejara uma boa noite enquanto passavam pela porta. 

 - Harry, deixa para a próxima. 

 Draco piscara um olho, brincando inocentemente e fazendo o coração de Harry parar. 

 - Vai ter uma próxima? – indagara, surpreso e arrependera-se por ter sido pego tão de surpresa. 

 - Por quê? Não gostou da minha companhia? - Draco entortara os cantos dos lábios em desaprovação. 

 - Claro que não! Eu só... Você não deveria brincar assim. 

 - Por que não? 

 - Posso interpretar de outra forma... – respondera de forma um pouco mais ousada, deixando um sorriso de segundas intenções tomar conta de seu rosto. 

 - Mas eu quis dizer exatamente isso. 

 E ´poderia ser impressão sua, mas por Deus...! Ele parecia estar sorrindo da mesma forma. 

 - “Exatamente”? – repetira da forma ainda mais sugestiva, disfarçando as mãos trêmulas ao perceber não só o que estavam dizendo, mas que aquele homem charmoso realmente estava retribuindo, depois de tudo. 

 Aquilo estava mesmo acontecendo. 

 Ele estava mesmo apoiando o braço na parede ao lado da sua cabeça enquanto aproximava o rosto do seu, o suficiente apenas para provocar com a proximidade, e então molhava os lábios e repetia, lento, sílaba por sílaba: 

 - Exatamente. 

 - Então eu também quero dizer exatamente a mesma coisa. 

  Mas Draco não avançava mais, permanecendo ali, como uma provocação. Fora Harry quem avançara um pouco mais, parando antes de encostar os lábios, apenas para ver o que o loiro faria. 

 Jesus, suas mãos estavam tremendo e formigando para tocar logo naquele corpo esguio. Há quanto tempo não se sentia daquele jeito...?! 

 - Exatamente? - Draco mantivera o tom baixo e tentador. 

 - Exatamente. 

 Dera-se por vencido e finalmente avançara, pressionando seus lábios nos dele. Draco não recuara, retribuindo o contato, mas o corpo dele ainda parecia longe demais, logo, passara os braços pela cintura dele e o puxara para mais perto, grudando o corpo dele no seu. Como em um reflexo Draco retirara a mão da parede e apoiara-se no seu ombro, firme, como se pudesse afastá-lo a qualquer momento. 

 Mas ele não o fizera. 

 Subira uma de suas mãos para segurar o rosto dele, esfregando o polegar e sentindo a pele macia, o contorno dos ossos... 

 Deixara que Draco tomasse a iniciativa de aprofundar o beijo. A língua quente e ávida dele vindo ao encontro da sua era uma sensação que fizera os pelos de sua nuca eriçarem-se. Era indescritivelmente bom, como se estivessem conectados por mais do que um desejo. Era mútuo. Era como se se conhecessem o suficiente para saber que dariam certo e queriam mais um do outro... 

 E ao mesmo tempo tinha aquele receio, bem lá no fundo, o indagando: será que não era só consigo...? Será que Draco também estava sentindo-se da mesma forma...? Ao menos ele parecia querer o beijo tanto quanto, retribuindo com intensidade. 

 Barulho na porta fizera os dois se afastarem de repente. Era apenas um casal. 

 - Acho melhor os garotos não verem isso – Draco comentara sem lhe fitar. 

 Mas ainda podia senti-lo, em suas mãos, em seus lábios... A mão firme que lhe apertara o ombro contrastando com a doçura do beijo... 

 O silêncio permanecera por mais um minuto eterno onde Harry não soubera o que dizer, uma vez que o loiro nem o fitava. 

 Os meninos saíram pela porta do restaurante. Ambos com sorrisos enormes e mãos dadas. 

 - Vamos? – Draco chamara. 

 Ainda precisava aguentar a caminhada até os carros. 

 James e Scorpius foram dois metros à frente, como antes. De mãos dadas. Scorpius quase grudado no braço de James enquanto eles conversavam sobre as estrelas serem explosões e a lua um asteroide. Bobagem que, de repente, era importante para eles. 

 Não sabia o que conversar com Draco sobre, mas sabia que queria poder segurar a mão dele. Andar por aí como um casal apaixonado, comentando sobre qualquer bobagem como se, de repente, isto fosse muito importante. 

 Não era só falta de um relacionamento, era aquele homem quem o provocava. Chegara até a aproximar sua mão um pouco mais, contudo, fora parado ao lembrar do que Draco lhe dissera após o beijo: era melhor os garotos não saberem. 

 Por quê? 

 Quando chegaram no estacionamento da biblioteca os meninos continuavam grudados, com olhares de decepção. 

 - Vamos, Scorpius. Você tem aula amanhã. 

 O casal virara-se um de frente para o outro. Ambos naquela mesma expectativa e mesma tensão. Os dois queriam e nenhum tinha coragem. 

 Não podia negar que achava bonitinho ver um casal de adolescentes, inocentes e apaixonados, ainda mais com um deles sendo seu filho. 

 - Estamos virando de costas – anunciara em alto e bom tom, lançando um olhar para Draco, no intuito de que ele não arriscasse discordar. 

 Draco demonstrara seu descontentamento com um olhar quase desafiador, mas acabara cedendo, os cantos dos lábios crispando-se em um sorriso escondido conforme ele cedia. 

 Os dois se viraram, mas também não aguentaram não espiar. Queria ter certeza de que não parecesse um beijo mais do que inocente. Afinal, fora só um beijo carinhoso e lento, com Scorpius na ponta dos pés, as mãos apoiadas nos ombros de James enquanto ele segurava sua cintura. 

 - Tempo acabou! – Draco anunciara, fingindo não ter espiado. 

 O casal se separara. 

 - Tchau, senhor Potter. Obrigado por tudo. 

 Scorpius viera ao seu encontro e lhe abraçara com um carinho e animação adorável. Ele era mesmo uma criança linda demais. 

 - Não foi nada. E não precisa me chamar de senhor Potter, pode ser Harry. 

 Scorpius sorrira e concordara. 

 Já James estava tendo um momento muito mais difícil com Draco. 

 - O-obrigado senhor Malfoy – seu menino gaguejara como fazia desde criança. Disseram-lhe que tinha a ver com ele ser inquieto e ansioso, então tropeçava nas palavras, mas após o tratamento se tornara só em momentos de nervosismo. 

 - É bom andar na linha, garoto – Draco ameaçara de volta, trocando um aperto de mão com James. 

 - Sim s-senhor. 

 Então os filhos se separaram e seu olhar encontrara o de Draco. 

 - Foi um prazer conhecê-lo em uma situação melhor, Draco. 

 Oferecera a mão para um aperto, voltando ao seu tempo de adolescente apaixonado quando sentira a mão macia e quente do outro homem. 

 - Digo o mesmo, Harry. 

 Então era a hora de se separarem. 

 



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