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História Nosso Segredo - Capítulo Único


Escrita por: ShatteredGlass

Notas do Autor


- Todos os personagens dessa fanfiction são criações de Hiro Mashima.

- As imagens de capa desse capítulo e da fanfic foram obtidas através do pinterest.

- As partes em itálico podem ser ou parágrafos da última fanfic ou pensamento, se estiverem entre travessões, ou palavras-chave.

- Essa fic é um spin-off da minha primeira, “Assuntos do Passado”. Sua leitura não é necessária para entender esta fanfic.

Oiii leitores que leem as notas iniciais!!! VOLTEI!!! Sentiram a falta dessa neko aqui? Por que eu tenho certeza que eu senti muita falta de colocar minhas próprias histórias nesse site e dos leitores que as leem! Mas não me linchem pela demora, ok? Assim que eu terminei a última fic eu comecei essa, mas no fim do ano tive um bloqueio horrível! E depois minhas aulas começaram e meu colégio é integral, então fica meio difícil, não? Mas quando eu vi que fez um ano de minha primeira fic eu pensei “Agora eu acabo com essa daqui de qualquer maneira!”. E cá estamos!!!

Quem já foi autor de alguma fic sabe o quanto é realizador ter nossas histórias nesse site, mas também sabe o quanto é difícil às vezes. Dependendo da repercussão dessa fic, eu pretendo continuar ou não. O projeto está aqui, iniciado até. Então, se for possível, COMENTEM! Eu suplico!!!

Eu também gostaria de agradecer a todos os que comentaram a minha fic anterior. Esse espacinho no meu coração é para vocês: Nemori, MattDarkPhysic, yangdoyin e Loana-chan . Não fazem ideia do quanto fizeram essa neko feliz! Mas gostaria de agradecer especialmente a yangdoyin e Loana-chan, que são duas fofas lindas!!! Eu realmente espero que vocês gostem de mais essa minha fic!

E é isso! Já roubei demais do tempo de leitura de vocês. E vocês vão precisar, pois, quem leu minha primeira fic sabe que eu estou me dedicando apenas a one-shots por enquanto e todos ficam extremamente longas. Que não gosta, leia aos pouquinhos, mas leia. Quem gosta, leia e comente.

Beijos de neko e nos vemos nas notas finais.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Nosso Segredo - Capítulo Único

– Laxus! Mira! Venham aqui! – O mestre da guilda chamou os dois magos que nesse momento estavam conversando junto aos seus times. Assim que eles chegaram o Mestre disse. – Tenho uma missão classe S. Ela requer as habilidades de vocês dois em união, mas SÓ vocês dois! – Ele estava sendo bem claro. Sem times. – Eu espero o sucesso de vocês, afinal, são dois dos melhores magos da guilda e devem trabalhar bem em equipe, não é?

Laxus e Mira vinham convivendo bem mais, é verdade. Mas nunca tinham ido a missões juntos por razões óbvias. Ambos tinham gênios difíceis! Cada um deles a sua própria maneira. Mas Laxus não queria decepcionar o seu avô e Mira tinha uma dívida com o senhor, por isso, fez questão de sorrir e acenar positivamente com a cabeça.

...

Fazia apenas algumas horas que Laxus e Mira tinham saído da guilda, cada um deles para arrumar seus próprios pertences e suprimentos para a missão, e todos já comentavam sobre os possíveis finais para aquilo que eles chamavam de "parceria desastrosa". Não que Laxus ou Mirajane fossem magos ruins ou não estivessem aptos a cumprir a missão, muito pelo contrário, eram magos classe S, por tanto, seriam perfeitamente capazes de realizá-la. Não era esse o problema que os magos da Fairy Tail ponderavam, mas sim as personalidades divergentes de ambos e o fato de que eles tinham uma implicância mútua um com o outro. Também predominava a dúvida de como dois magos com maneiras, manias, gênios e até magias distintas trabalhariam em equipe um com o outro sem terem feito isso antes?!?!? Para todos que estavam na guilda, essas eram as principais questões. Essas e também como o Mestre não estava preocupado, nem com os seus "filhos", que poderiam muito bem acabar se matando, nem com o prejuízo, pois, com toda a certeza do mundo, uma missão que juntava Mirajane O Demônio e Laxus, o Dragon Slayer do Trovão (por lacrima, mas isso não vem ao caso) poderia acabar dizimando uma cidade inteira!!!

– Eu sei o que estão pensando meus filhos. – Todas as cabeças se voltaram para o velhinho praticamente ao mesmo tempo em que todas as vozes do locam se calavam. – Não precisam se preocupar com os dois. Eles podem não ter muita experiência um com o outro e podem adorar irritar um ao outro, mas são espertos o suficiente para conseguir trabalhar em equipe quando necessário. Eu acredito neles... – A voz dele acabou aí. Ele, é claro, também estava preocupado com os dois. Do mesmo modo que sempre ficava quando seus filhos saiam em missão, não importando quem era e quão fácil ela poderia ser. Era natural para ele se preocupar... – Como um pai que espera ansioso pelo retorno seguro de seus filhos ao lar... – Mas ele tinha razões para acreditar que ambos os magos se sairiam bem... Ou o mago das Runas receberia Aquilo!Afinal a ideia foi dele. Se algo acontecer...

O Mestre mal percebeu que ninguém mais disse uma palavra sobre o assunto, devido a suas divagações. Mas certo grupo de magos permanecia levemente nervoso. O Raijinshuu e os irmãos Strauss restantes permaneciam preocupados com ambos os magos, afinal, eles eram poderosos, mas inexperientes em lidar com situações como aquela e o temperamento explosivo da Strauss somado a capacidade do Dreyar de a irritar, mas permanecer indiferente (coisa que só a irritava mais) acabaria por colocar os dois um contra o outro. A recíproca, no entanto, também era válida, pois a maga Take Over era a única que consegui tirar o Dragon Slayer do sério o suficiente para ele reagir, e isso não era nada bom. Eles temiam isso. Muito. Mas não era possível fazer nada. O Mestre havia decidido, por tanto, seria daquela maneira e não havia mais discussão. Isso não os acalmava, é lógico, mas saber que o Mestre confiava em ambos, mesmo eles não confiando, de certa forma, os tranquilizava um pouco.

Eles estavam tão absortos, pensando em mil e uma maneiras daquilo acabar mal, que nem mesmo Lisanna ou Evergreen, as mais observadoras na mesa, notaram que Freed, na verdade, encarava o nada com um ar até... Sonhador. Não preocupado. Certamente tinha dedo do Justine naquilo tudo, mas acho que ninguém reparou...

Mas afinal, o que de pior pode acontecer? – Pensou o Justine.

...

Assim que arrumaram as suas coisas, partiram, cada um do seu lado, no habitual silêncio com o qual já estavam acostumados...

...

Antes de terem saído da guilda para arrumar as bagagens, os dois magos da Fairy Tail combinaram de se encontrar na estação de trem de Magnólia às duas da tarde. Mira, que tinha chegado adiantada, decidiu comprar as passagens logo, para poupar tempo. Depois disso, resolveu esperar por Laxus, pela área da bilheteria mesmo. Pontualmente no horário combinado, a albina pode ver o inconfundível casaco do Dreyar e sua carranca costumeira, que se destacava por sobre a multidão. Ele ainda não a tinha visto.

Nem partimos ainda e ele já está emburrado. – Pensou a platinada. – Pelo visto será uma longa viagem... – Suspirando derrotada com tal reflexão, Mira se dirigiu ao mago. Assim que o alcançou em meio a multidão, o fez parar pondo a mão em seu ombro e a descendo por seu braço. Ele conhecia bem esse gesto. Muito bem. Nem precisou se virar para saber de quem se tratava a mão que o tocava, apenas se dirigiu a um pequeno canto um pouco mais longe da massa de pessoas e se virou, esperando a fala da albina. – Cheguei um pouco adiantada, então, para nos poupar tempo, resolvi já ir comprando as passagens para a... Cidade de Hosenka. Pelo que vi no papel da missão, esse é o nosso destino.

– Então o que ainda estamos fazendo aqui? – Se pronunciou pela primeira vez, Laxus. Mas sua resposta foi tão grossa e mal educada, que Mirajane teve que se controlar, e muito, para não pular no pescoço do Dragon Slayer.

Ignorando sua vontade descomunal de esganá-lo, ela sorriu o mais zombeira e ironicamente que conseguiu e começou a se dirigir até a área de embarque do trem, plataforma número 12, com destino a cidade de origem da missão. Sem outra escolha, ele se colocou a segui-la, não fazia a menor ideia de qual era o trem correto.

Caminhando atrás da maga, se permitiu distrair e reparar como ela estava. Mirajane possuía um estilo único. Para dizer o mínimo. As roupas que Mira usava sempre tinham sido bem ousadas, mas hoje, elas pareciam ao mesmo tempo reveladoras e bonitas no corpo da albina. Os cabelos, fugindo do padrão dos dias comuns, o rabo de cavalo, se encontravam soltos por sobre seus ombros até a metade das suas costas, no entanto, a franja e mais algumas mechas de cabelo rebeldes, tinham sido presas em uma trança lateral no topo da cabeça, que ia do lado esquerdo ao direito. Suas vestimentas eram compostas por: uma blusa justa e negra, com detalhes em dourado e prata, planejados para formar desenhos intercalados pela superfície da blusa, com uma alça longa e translúcida-escurecida de apenas um lado, deixando o outro ombro exposto, que terminava um pouco acima do umbigo; uma saia, também preta, curta, mas levemente rodada, com o mesmo tecido da manga do "top" dela sobre o tecido enegrecido, mas o material quase transparente era levemente prateado; a saia se encontrava adornada na cintura com um cinto de couro escuro com pequenos espinhos de prata, fechado por uma fivela de caveira; como sapato, ela usava um par de botas de couro negro com fivelas e correntes de prata intrincadas por toda sua a extensão, que ia das solas até dois dedos acima do joelho.

Mira era bonita. Isso era um fato inegável, para o Dreyar e qualquer outro homem que a olhasse. Mas o mago só vinha notando isso recentemente, com a aproximação de seu time com o dos irmãos Strauss. Antes, ele apenas reparava o quanto a maga albina e a Scarlet adoravam se implicar, como duas crianças. Para ele, antes, era isso que Mira era, uma criança brigona e mal educada. Mas ao se aproximar dela, ele pode perceber que o comportamento dela e sua rivalidade com a maga ruiva eram maneiras de se ligar a ela e a outros da guilda, como Natsu ou Gray, pois a maga não era boa com gentilezas e nem com palavras carinhosas. Também notou que ela era extremamente protetora com seus irmãos e os amava acima de tudo, assim como a guilda. Viu que o estilo de roupas dela era só mais um disfarce, de uma mulher durona e inquebrável por fora para uma menina que por dentro era preocupada com sua família, amorosa a seu jeito e cheia de cicatrizes que foram alimentadas pela desconfiança em todos. Na verdade, sua própria personalidade, extrovertida e "má", era um tipo de máscara, para ocultar alguém que já quebrou e se reconstruiu sozinha, pelo bem daqueles que amava.

Laxus via isso e muito mais quando olhava para a garota a sua frente. Além de começar a perceber o porquê da imagem que a maga tinha criado de si mesma, ela também começava a reparar em outros aspectos da albina, entre esses, a beleza inegável que ela possuía. Só um cego negaria o quanto ela era bonita. Dona de um corpo invejável para a idade que tinha, cheio de curvas nos lugares certos, cabelos platinados levemente ondulados e que chegavam ao meio das costas quando estavam soltos, o que era raro, já que ela preferia os manter em rabo de cavalo (não que isso diminuísse a sua beleza) e, para completar, os olhos, azuis cristalinos como duas piscinas, penetrantes, desafiadores, mas, de certa forma, gentis e cautelosamente preocupados.

Em meio a esses devaneios, Laxus nem percebeu que eles já tinham chegado a 12ª plataforma da estação, muito menos reparado que tinham parado e esperado por dez minutos e, por todo esse tempo, ele se manteve observando a maga de canto de olho. Ele só reparou o quanto estava distraído quando Mira se pôs a cutucar a bochecha dele. Ele odiava que o tocassem daquela maneira irritante e saiu dos devaneios na hora.

– O que foi? – Perguntou, encarando a maga albina ameaçadoramente. Ela apenas revirou os olhos para ele, fato que o irritou um pouco, mas ele não deixaria transparecer. Não para Ela.

– "O que foi?"!!! O que foi digo eu!!! – Falou a maga extremamente irritada, fuzilando o Dreyar com seus olhos cristalinos faiscando de raiva. Contendo-se um pouco, prosseguiu. – Nós chegamos a plataforma há dez minutos! E desde então você só ficou aí! Parado! Olhando para o nada! Geralmente eu não perderia meu tempo me preocupando com você, mas nós temos uma missão a cumprir e eu quero você na terra dos lúcidos! Não sonhando acordado! – Esbravejava a platinada num tom controladamente baixo, mas mesmo assim ameaçador, que fez até Laxus Dreyar tremer levemente. Fato que passou despercebido a maga, devido a sua irritação, e que o mago loiro agradeceu mentalmente.

– Tsc... – Esse simples pronunciamento junto ao desviar de olhos do mago loiro irritou a albina muito mais do que ele poderia prever. E como ele nunca perdia uma oportunidade de provocá-la... – Não me perturbe. Eu poderia muito bem ir sozinho a essa missão. Portanto, não me incomode até o trem chegar, sim albina? – Ele respondeu curto e grosso com um pequeno sorriso de canto de pura ironia. Não queria conversar com ela. Não quando tinha passado os últimos minutos devaneando com ela apenas por pura distração. Mas irritá-la era uma das melhores maneiras de desviar a atenção. E também era extremamente... Divertido.

– Para a sua informação, senhor dos raios, o trem já chegou. – Respondeu a maga com um sorriso largo e vitorioso, apontando para o trem atrás de si. – Por que outra razão eu chamaria você? Para conversar? Me poupe, né?!?! – Disse desdenhosa, balançando as mãos de forma corriqueira e estreitando os olhos para o loiro. – E quanto a fazer a missão sozinho... Acho que não! Se você pudesse, o Mestre não teria me mandado junto... – Respondeu com um sorriso puramente irônico e com um cantarolar irritante aos ouvidos do Dragon Slayer.

Cada indireta, desafio ou questão levantada pelo mago loiro foi rápida e esmagadoramente derrubada pela albina, que mantinha um sorriso de vitória, ironia e escárnio em sua face que só parecia, mas de angelical não tinha nada. Isso o deixou muito irritado! Como ela se atrevia a falar com ele dessa maneira?!?!? Que audácia!!! Quem ela pensava que era!?!?! Ele estava furioso com ela!!! Mas também estava furioso com si mesmo!!!! Como tinha se permitido se distrair com... Ela?!?!? Justo a maga demoníaca?!?!?

Que ódio!!!!! Garota irritante!!! Ela é idiota por acaso para não saber que não se deve me provocar!?!?! E eu!?!?! Sou o que por ter me distraído dessa maneira tão... tão... INFANTIL!?!?! Arg!!!!!

Enquanto Laxus se repreendia mentalmente e tratava de ignorar Mira por completo, ela pode ver que o tinha irritado de verdade e o quão irritado ele tinha ficado. Estava estampado nos olhos dele, porque o rosto permanecia na mesma carranca. No entanto, queria mostrar a ele que podia ser superior a isso. Só dessa vez, iria deixar seu passatempo favorito, irritar o Dreyar, para segundo plano e se concentrar na missão que teriam pela frente. Iria provar que dois podiam naquele jogo de indiferença.

– Bem... Acho que seu silêncio é mais que uma resposta! – Respondeu convencida a maga demônio, o que só fez o carranca do mago a sua se retrair um pouco mais. – Agora, se você já decidiu parar de birra Laxus, podemos pegar o trem, não acha?

Ela nem esperou pela resposta do mago. Assim que terminou de falar fez questão de virar de costas para ele e começou a caminhar em direção a plataforma de embarque. Seu sorriso não sumiria tão cedo.

Quanto ao Dreyar, ainda ficou ligeiramente estático por mais alguns segundos antes de notar que era melhor seguir a maga antes que a perdesse de vista. Ele estava bem surpreso. Geralmente ela brigaria e arrumaria confusão pelo jeito que ele falou e depois o provocaria. O que raios ela estava fazendo?!?!? Esse era a principal dúvida que zumbia na cabeça do mago dos raios.

...

Eles já estavam no trem fazia uma hora. Assim que entraram, o loiro fez questão de ignorar a presença da outra maga como se ela nem estivesse ali. Já que a albina queria jogar, ele iria jogar...

A albina sabia que ele faria algo assim. O conhecia bem o bastante para saber que ele era um péssimo perdedor. Mas, mesmo assim, o fato de Laxus seque dirigir o olhar a ela a afetou. Mais do que ela queria admitir. A verdade é que não imaginava que o loiro levaria aquilo por tanto tempo. Não queria ficar nessa situação com o loiro para sempre, eram amigos apesar de tudo, e tinham um trabalho a cumprir. Querendo ou não, Mirajane teria que fazer algo que detestava, somente a ideia de dizer aquilo em voz alta fazia com que seu estômago revirasse. Teria que dar o braço a torcer... E se desculpar.

– Laxus. – Ela o chamou com o máximo de calma que seu temperamento permitia, afinal, queria acabar com uma guerra e não começar uma nova! Ele nem se mexeu. – Laxus! Eu sei que você está me ouvindo chamá-lo perfeitamente. Você é um Dragon Slayer! – Ponto para a albina. Laxus soltou um suspiro cansado e virou seus olhos em direção a maga. Mínimo de movimentos possíveis. Já era um começo. – O que você acha que vai acontecer na missão? Mantenha o foco dele nisso Mira! Quem sabe ele se solta, pelo menos, um pouco.

– Não sei. – O mago levou o que pareceram horas, para a albina, para responder, mas, na verdade, foram só poucos segundos. – Por que você não lê o papel da missão, Mira? Está com você, não é?

Ele me chamou pelo nome?!? Que avanço rápido! – Ela pensava. Mas, a verdade, é que o mago loiro estava entediado. E estava ficando cansativo brincar de ignorar a maga demônio. Gostava de conversar com ela, por mais que quase nunca eles ficassem só na conversa e terminassem na  briga. E o assunto da missão seria uma excelente desculpa, caso ela perguntasse por que ele parou “de birra”, de acordo com ela. – Está comigo sim! – Ela falou depois de um tempo, percebendo que não tinha respondido a pergunta do Dreyar. – Espere um minuto. Vou pregar.

Enquanto a maga revirava sua mochila de caveiras atrás do papel, Laxus se permitiu, mais uma vez, se distrair, analisando-a. E se analisando também, já que ele não entendia as próprias vontades e pensamentos. Desde quando pensava em Mira? Desde quando se distraia com a simples menção de seu nome? Mais e mais, a cabeça do mago dos raios girava em perguntas sem resposta. Até que uma exclamação da albina o fez voltar a realidade e se virar, como se não a estivesse observando. Como se nada tivesse acontecido.

– Achei! Finalmente! – E se virado para o loiro, que, para ela, continuava na mesmo posição de antes, perguntou. – Quer que eu leia em voz alta ou você prefere ler? – Decidiu que daria um descanso para o Dreyar. Afinal, não podiam discutir até o fim da missão. Não queria que eles destruíssem a cidade durante uma de suas “discussões amigáveis”.

– Você pode ler, se quiser. – Declarou ele, tentando desviar a atenção do sorriso que Mira lhe lançava. – Francamente... Uma hora me ignora, na outra, me esnoba, e então, ela é gentil e... Fofa? Qual é o problema dela? É bipolar por acaso? – Mas o mago não podia mentir para si mesmo, por mais que tentasse, tinha achado a face dela, adornada por um verdadeiro sorriso, sem malícia ou desafio, muito adorável.

– Está bem! Vou ler!!! – Ela exclamou antes de retornar a atenção para o papel em mãos e passar a dita-lo alto, para o mago loiro e para ela mesma. –

“Ao mago que aceitar essa missão, dirija-se a Cidade de Hosenka para instruções mais precisas.

A cidade está sendo vítima de desaparecimentos sem motivo. Varia crianças estão sumindo de suas casas a noite, sem que o sequestrador deixe pistas ou rastros. A única criança que escapou, está em estado de choque e com ferimentos do tipo tortura por todo o corpo. Ela apenas balbuciou coisas como pesadelos de morte e demônios horríveis demais para se descrever. Após alguns exames, foram encontrados altos níveis de magia elemental God Slayer e demoníaca na pele da criança. Por isso, essa missão deve contar apenas com apenas magos usuários de magia demoníaca e/ou elemental superior a magia Slayer.

Por favor venham depressa!

Recompensa: 50.000.000 (cinquenta milhões de Jewels)

Missão Classe S”

– Apenas isso? – O mago estava surpreso! Geralmente missões classe S eram extremamente detalhadas, mesmo no papel, mas aquela só dizia o essencial. – “...dirija-se a Cidade de Hosenka para instruções mais precisas.”? Isso é sério?!?

A Strauss estava tão surpresa quanto o Dreyar. Que raios de instruções eram aquelas!?!?! Era SÓ aquilo!!! Isso era completamente ridículo!!!

– Mas o que diabos...!?!?! – A albina não estava só confusa. Estava fula da vida!!! Como Makarov sequer se atrevia a mandar a ela e o neto em uma missão com informações quase zero!!! O que demônios o Mestre tinha na cabeça!!! Não é possível dizer que os pensamentos do loiro passavam longe disso... Ele também estava muito confuso com as atitudes de seu avô e Mestre... Mas não podia se dar ao luxo de se trancar em pensamentos enquanto a maga a sua frente continuava a bradar impropérios aos quatro cantos de Fiore.

– Mira. Se acalme. – Acredito que a essa altura, o loiro já havia esquecido completamente que devia estar com raiva da maga demônio. Inclusive, a primeira reação dela foi olhar para ele incrédula! – Primeiro, está mais calma? – Incapaz de falar qualquer coisa, Mira apenas balançou a cabeça de maneira afirmativa. – Ótimo. Escute. Eu estou tão confuso quanto você, mas ficar reclamando a esmo AGORA não vai nos ajudar mais. Por tanto, se acalme. – Ele disse tudo aquilo com uma das vozes mais suaves que ela já tinha ouvido vir dele. Era possível sentir a serenidade...

Foco Mirajane!!! Não fique encarando ele feito uma retardada!!! – Mas era meio impossível... Afinal, querendo ou não, para Mira, Laxus era um dos homens mais lindos que ela conhecia. E o fato dele a tratar daquela maneira tão diferente, gentil... – Meu Kami! Acho que estou ficando louca! – E também tinha o fato de que ela ainda não tinha respondido ao loiro... – Eu... Eu estou mais calma. Obrigada. E lamento por ter insultado o seu avô. – Laxus focou na cara emburrada que, em sua opinião, ficava adorável em Mira. Quase se esqueceu de responder... Quase.

– Não se desculpe por isso, Mira. Acredito que eu teria feito o mesmo se você não tivesse começado antes. – Fez graça, apenas para descontrair. O que funcionou, pela risada que ela deu. Discreta, porém, estava ali. – Agora que estamos os dois mais calmos... O que acredita que está havendo com as crianças desaparecidas?

Mira se sentia uma idiota! Tinha ficado tão irritada com tudo que tinha esquecido a essência da missão. As crianças.

Como eu sou imbecil! Eu, mais do que ninguém, devia saber o que essas crianças estão sofrendo!!! Eu sou uma egoísta! – Mira se sentia péssima. E o loiro obviamente tinha reparado em sua mudança rápida de humor. Mas preferiu esperar que a albina se pronunciasse por si só. – Eu realmente não sei o que esperar dessa missão. Mas quanto as crianças, talvez eu possa dizer um pouco mais... Eu já tive algumas... Experiências... Ruins quando criança. Posso afirmar que os ferimentos das fotos que vieram com a missão não são de tortura. São precisos demais, regulares, constantes. Eram feitos periodicamente em intervalos de tempo parecidos. Eu não acredito que seja apenas pura maldade. Quer dizer... Tem isso também. Mas tem algo a mais... Talvez algum teste...

– Experiências! – O loiro se sobressaltou do nada. Sua mente tinha dado um estalo, mas, apesar disso, seu semblante sério e preocupado delatava que o que vinha por aí não era nada de bom. – Eu li algo sobre isso. A alguns meses, em uma cidade a norte de Hosenka, eu li algo sobre corpos encontrados desmembrados! Talvez tenha sido o início! E agora passaram para os testes de... Alguma coisa! – O loiro falava rápido, sem pausas e com o rosto contorcido em fúria e pesar. Mas Mira tinha ouvido tudo atentamente e concordava que fazia sentido. Experiências de magos-cientistas loucos e perturbados! Ela sabia que era bem possível...

– Isso faz sentido... Primeiro é preciso desenvolver a droga, o método “científico”... Enfim! E depois de “pronto” é preciso testar, e as crianças, principalmente se forem magas, são as mais indicadas, pois aguentam mais estresse, são resistentes, se curam mais rápido e são facilmente controladas!

– Exato! – O loiro afirmava em um murmúrio, consternado, virando a cabeça para a janela para tentar se distrair. Era crueldade demais. Maldade demais. Mais uma dúvida lhe corroía desde que Mirajane tinha começado a falar... – Como sabe de tudo isso, Mira? – Silêncio. O Dragon Slayer sentia um cheiro no ar que não era nada característico da maga demônio... Medo. – Mira? – Mais silêncio. O que raios estava havendo? – Mira, está tudo bem? – A pergunta foi feita enquanto o mago se voltava novamente para a maga demoníaca. Mas o que viu, lhe surpreendeu tanto, mas tanto, que ele tinha certeza que seu queixo tinha ido ao chão, assim como seu coração. Mirajane, a maga demoníaca mais poderosa que conhecia, a inabalável Mira, estava chorando.

As lágrimas dela caiam silenciosa, deslizado por sua pele acetinada. Seus olhos pareciam perdidos em algum momento distante de seu perturbador passado. Laxus jamais tinha visto a maga demonstrar fraqueza. Nem quando torceu o tornozelo em meio a luta. E continuou lutando assim mesmo! Sem pensar muito e sem ligar para mais nada, o mago levantou de onde estava sentado e delicadamente abraçou sua amiga. Porque era isso que eles eram. Amigos. E amigo se ajudam.

Mira, por sua vez, tinha parado de escutar o loiro assim que ele perguntou aquilo. Sabia que ele não tinha a intenção, mas a pergunta a tinha levado de volta ao passado distante. Aos seus sete anos de idade, nas duas semanas que ficou separada de seus irmãos. As semanas mais infernais de sua existência! Só foi tirada do transe, quando sentiu braços quente e protetores a envolverem. Laxus a havia abraçado. Mas por que? Estava chorando... Desde quando? Sua mente estava em branco. Só conseguia se concentrar nos braços acolhedores a envolvendo de maneira... O que? Doce? Meiga? Mira não saberia dizer. Assim como não saberia dizer quando tinha passado a retribuir o abraço e chorar de maneira contida rente ao ombro do loiro. Só sabia que levou muito tempo para se reerguer e desvencilhar de maneira lenta do mago loiro. Estava muito envergonhada. Ela, a Demônio Mirajane, chorando como um bebê. Que coisa... Humilhante.

– Mira... Você... Está melhor? Está tudo... Bem? – Era uma pergunta idiota. O loiro sabia. Mas ele não tinha nenhuma ideia do que devia fazer. Estava confuso... Nunca tinha precisado lidar com esse tipo de coisa! Mira não era como as outras mulheres. Ela não choramingava por nada! Nunca! Lidava com tudo como o loiro, na provocação. Passava por cima dos problemas e tudo bem! Mas ele sabia que se ela estava chorando ali. Agora. Queria dizer que algo muito ruim tinha acontecido a ela. Algo que a tinha marcado tão profundamente, que apenas uma pergunta a havia feito viajar no tempo. – Mira... Eu não sei o que está havendo. Eu só vou saber se você me contar! Mas não precisa ser agora, ok? Agora respire fundo e tente dormir um pouco. Ainda temos uma hora e meia de viagem.

Lentamente, com calma e delicadeza, o Dreyar se levantou de onde estava, na frente da maga, e se sentou ao lado dela. Ainda com lentidão, passou seu braço pelos ombros da albina e a puxou com leveza contra seu corpo, fazendo com que ela repousasse a cabeça em seu braço, devido a diferença de tamanho. Ela não protestou ou fez qualquer esforço para impedi-lo em nenhum momento. Porque, no fim das contas, Mira queria se sentir protegida, amparada. Não era nenhuma donzela em perigo, mas só porque não precisava ser protegida todo o tempo, não queria dizer que não gostava de se sentir segura. Principalmente nesses momentos, quando a fragilidade vinha à tona. E isso quase nunca acontecia. Seus olhos pesaram, embalados pelo calor acolhedor do loiro, que tinha aceitado ajuda-la, ela, que sempre discutia com ele por razões tolas. Antes de adormecer por completo, apenas duas palavras transbordaram de sua boca.

– Obrigada... Laxus...

E nesse momento, entre a vida real e a inconsciência, ela sentiu os lábios desajeitados sobre sua testa e pode ouvir as seguintes palavras sussurradas, rentes ao seu ouvido.

– Tenha bons sonhos, Mira. E não se preocupe, eu ainda estarei aqui quando você acordar...

...

– ... Ra... Mira... Mira – Ela ouvia uma voz conhecida a chamando com suavidade. Seu despertar foi gradativo e quando finalmente reuniu as forças necessárias para abrir os olhos, deparou-se com o mago loiro bem a sua frente. Perto demais.

– Laxus...? – Mesmo com a surpresa da proximidade, sua voz saiu arrastada e sonolenta. Seu corpo estava tão relaxado que nem parecia que tinha dormido num trem em movimento. – Já chegamos? – A pergunta saiu automaticamente, afinal, por que outra razão ele a acordaria depois de... Flashes do que ouve antes de cair em sono profundo começaram a rodar sua mente. Um suspiro cansado saiu de seus lábios enquanto Laxus a analisava. Sabia que teria que lidar com isso depois, mas, por hora, se concentraria apenas na missão.

– Sim. Temos que nos organizar para sair. Saltamos em dez minutos. – Ele continuava agindo da mesma maneira. Mira estava inclinada a acreditar que ele tinha se esquecido de tudo. Mas sabia que estaria se iludindo se o fizesse. Sabia que Laxus, muito provavelmente, estava apenas respeitando seu espaço, mas perguntaria mais tarde. Afinal, não era sempre que Mira se mostrava tão... Fraca.

– Tudo bem. – Mais um suspiro. Ela, definitivamente, não estava bem. – Vou ao banheiro e depois pego a minha mochila e esperaremos o trem parar. Precisa que eu traga algo? Vou passar pelo vagão restaurante. Estou faminta. – Mira fazia graça para tentar diluir o clima. E funcionou, em partes. Por hora, o loiro iria fingir que nada tinha acontecido, mas, quando chegassem a pousada ou o que quer que fosse, a albina que se preparasse.

– Já que está sendo tão gentil, acho que aceito algum petisco. Não me envenene. Confio no seu bom gosto, rainha dos demônios. – Laxus provocou. Ela somente riu de lado. Estavam agindo como sempre. Como se nada tivesse acontecido. E, por hora, isso teria que ser suficiente.

...

– Finalmente! – A albina exclamou alegre. Nunca gostou de espaços reduzidos ou ficar confinada por muito tempo. Adorava a liberdade. E isso nunca mudaria. – Laxus! Podemos parar e comer de verdade antes de ir à casa do cliente? Aqueles petiscos não deram nem para o cheiro!

Laxus até queria poder discordar, mas era impossível. A maga estava certa. Os petiscos que comeram estavam ótimos, mas eram muito poucos. Não comiam nada decente desde que saíram de Magnólia e, se queriam ter sucesso em uma missão classe S, precisavam comer. Se rendeu a albina. As vezes ela sabia pensar.

– Ok Mira. – Esquadrinho a rua principal, que ficava de frente a estação, e logo encontrou o que queria. – Vamos ali. Parece bom e com preços razoáveis. – Na verdade, Laxus conhecia uma filial desse mesmo restaurante de outra missão que tinha ido. Eles faziam uma comida deliciosa e tinha certeza de que havia um prato lá que a albina adoraria. Sorriu só com o pensamento. – Desde quando me importo?

– Humm... “Iguarias e magia”... Parece interessante... Estou com muita fome para perguntar o “porquê” desse! Vamos! – Pegou o loiro pela mão e saio puxando-o na direção desejada. Sentiu o rosto esquentar de leve, mas, por ser albina, tinha certeza que estava muito vermelha. Deu graças a Kami que estava à frente do loiro. Seria capaz de começar uma guerra se ele a visse corada. Na verdade, nem sabia o porquê de estar corada. Só sabia que era culpa do loiro. Tudo culpa dele.

O Dreyar por outro, estava confuso com o gesto da albina. Geralmente ela só o tocaria se fosse para tentar derrubá-lo (falhando, é óbvio). Mas, internamente, estava feliz. Tinha pensado que com o que tinha acontecido no trem, a maga o evitaria, mas não era isso que estava acontecendo. Ela estava sendo até mais... Gentil. O loiro estava confuso. Muito confuso. As não deixaria quilo assim. Não mesmo. Descobriria o que estava havendo.

Percebeu que estavam chegando às portas do restaurante e se pôs ao lado da companheira de guilda. Já saiba como o estabelecimento funcionava. Era só pedir a mesa.

– Mesa para dois, por favor. E se tiver ao ar livre, eu agradeço. – O loiro pediu de maneira polida ao atendente que os encarava com um ar estranho. O loiro sentiu o cheiro do perfume barato e soube na hora que seria um almoço difícil. Era o cheiro de gente esnobe. E ele não tinha muita paciência para formigas com complexo de grandeza.

– Mas é claro. Me acompanhe por favor. – Apesar do sutil ar de desdém, o homem não os destratou nenhuma vez. Pelo contrário, quando seu olhar se concentrou na maga albina, um sorriso de pura malícia se desenhou em seu rosto.

O loiro não gostou nada disso e fez questão de apertar um pouco mais as mãos, ainda entrelaçadas de ambos. Se aquele homem nojento continuasse a encarando daquele jeito, o Dreyar não tinha certeza de que conseguiria controlar seu instinto, que clamava pelo sangue daquele homem nojento. O loiro não entendia suas próprias emoções e ações e, naquele momento, não estava preocupado em entender. Só havia dois desejos em sua mente naquele momento. Manter Mira salva e estraçalhar qualquer homem que se aproximasse. Ele só tinha certeza de uma coisa. Estava definitivamente perdido e sua perdição tinha nome e sobrenome.

Mirajane Strauss.

Mira por sua vez, já tinha notado o que estava havendo. Não era tola e tinha lidado o suficiente com gente como aquela para saber que o melhor era não procurar um conflito e ignorar por completo, mesmo que ele a comesse com os olhos. Mas jamais aceitaria nada desrespeitoso de cabeça abaixada. Esse atendente de uma figa que contivesse a língua e seus olhos ou ela não responderia pelas próprias ações.

Também estava confusa pelas ações do loiro. Ele tinha apertado sua mão e encarava aquele homem claramente desconfortável, irritado e com uma aura assassina que ela não tinha ideia de como o imbecil do atendente não tinha notado. Será que ele estava assim... Por ela?

Não se iluda Mirajane Strauss! Por que ele faria isso? Somos amigos... Só amigos... – Esse último pensamento fez Mira ficar estranhamente triste. – O que diabos está havendo comigo afinal?!?!?

Seguiram o atendente em silêncio tenso, cada um por suas razões, mas algo era certo. Só se permitiriam relaxar quando ele estivesse longe. O que, graças aos céus, não demorou, pois assim que chegaram a mesa, ele se foi os deixando sozinhos com os cardápios.

– Detestei esse atendente. Mal-amado e pervertido com certeza. – A albina disse, mais para aliviar o clima do que qualquer outra coisa. E funcionou, já que o loiro soltou um riso de canto mal contido. – Mas o restaurante é lindo. Excelente escolha, dragão dos raios. – Mira não tinha a intenção de provocar. E, naquele tom de voz, pareceu mais um apelido amigável que qualquer outra coisa.

– Obrigado, rainha dos demônios. – O mago devolveu a ela no mesmo tom. Não importava mais nada. Nem atendente, nem missão. Nem a estúpida rivalidade, que nem sabiam como tinha começado. Pareciam quase...

– São namorados? – A voz extremamente aguda machucou os ouvidos do Dragon Slayer e fez a albina se virar para a fonte com um olhar homicida. Diante da mesa estava uma garçonete, mas, pela roupa, se passaria por uma meretriz. Apesar do uniforme para os garçons que a maga tinha visto em todos, aquela garota, que não devia ter mais que dezessete, usava uma variação um tanto quanto vulgar da roupa. O vestido, preto e branco, era colado ao corpo e ficava a menos um palmo de distância do meio da coxa. As mangas estavam rasgadas nos ombros, tentando (tentando!) dar um ar sexy. E os seios, já não muito avantajados, ficavam mortalmente comprimidos dentro daquele vestido extremamente justo, dando a entender que essa parte da moça era inexistente. Um rosnado de ira pode ser ouvido por parte da albina enquanto o loiro apenas encarava aquela pessoa com sua usual face neutra.

– Olha aqui. Ninguém te ensinou a se anunciar antes de chegar assim nos clientes? – A voz da maga demônio estava assustadoramente calma. O loiro tinha ciência de que quando isso acontecia só havia duas opções para as vítimas, corra e morra ou apenas morra.

– Vocês estavam entretidos demais para me notar. A culpa não é minha. – Definitivamente aquela garota não tinha nenhuma noção de perigo. E a cada momento sua voz feria mais a audição apurado do mago. – E então, são namorados ou esse loiro gostoso está livre? – O olhar que ela lançou ao loiro fez com que sua máscara de indiferença quase vacilasse para uma careta de nojo, mas se conteve. Queria ver como Mira lidaria com a situação. Estava muito curioso.

– Desculpe, mas de que isso te interessa. – A albina estava se segurando muito para não pular no pescoço da maldita meretriz. – Calma Mira! Calma! Não se rebaixe ao nível dela. Agora, você vai anotar os nossos pedidos ou teremos que mudar de restaurante devido ao péssimo serviço de atendimento?

A garçonete lhe dirigiu um olhar de superioridade afetado que foi prontamente devolvido pela albina como seu melhor olhar de ódio velado e indiferença. Mira era boa nisso. A garçonete mandou um último olhar para o loiro, que ignorou, bufou de raiva como uma criança mimada e disse, baixo de tanto ranger os dentes.

– O que desejam para o almoço?                                     

A maga tinha um pequeno sorriso de vitória estampado e o loiro se permitiu suspirar aliviado, não tinha precisado de ouvidos novos e nem impedir um assassinato. Olhou para Mira tentando entender, agora, suas ações e as dela. Deixaria isso para depois. Num momento, só estar com ela ali bastava...

...

– Obrigada e voltem sempre! – A atendente, muito mais educada que o outro por sinal, desejou a eles assim que saíram do restaurante. Passava das três da tarde e agora, devidamente alimentados e deixando os empecilhos do almoço de lado, estavam prontos para encarar o cliente e realizar aquela missão. Pela honra da Fairy Tail.

Todo o caminho até o casarão indicado pelos moradores foi feito regado de conversas descontraídas entre ambos. Tinham chegado a um acordo silencioso que só discutiriam tudo o que tinha acontecido ao entardecer, quando descansariam, já que a missão era noturna.

Só pararam de conversar quando se viram diante do extenso portão. Tinha que ser aquela casa. Os moradores tinham dito que ela era a maior da cidade e não viam nenhuma maior. Sem mais esperar, tocaram a campainha e esperaram por pouco tempo, pois logo um mordomo chegou e os guiou até o que eles identificarem como escritório assim que entraram. Um homem alto e de pose altiva esperava por eles de pé, ao lado de uma poltrona.

– Isso é tudo Théo. Obrigado. – E dispensou o mordomo com um gesto de mão enquanto que com a outra, chamava os magos para se aproximarem. – É um prazer conhecê-los, senhor Dreyar, senhorita Strauss. Makarov me disse que viriam. Por favor, sentem-se.

Passada a surpresa por aquele completo estranho saber seus nomes, sentaram-se lado a lado. A maga olhou para o mago, um gesto silencioso para que ele falasse a princípio. Afinal, ambos sabiam que ele era um pouco melhor nessas coisas que a maga albina. Só um pouquinho...

– Bem... O senhor sabe nossos nomes, mas, queira desculpar, quem seria você?

– Eu sou Marcus, prefeito dessa cidade, cliente de vocês e amigo de Makarov. Eu acredito que querem saber mais detalhes da missão, não? – Eles só balançaram afirmativamente cabeça. – Pois bem. Os desaparecimentos começaram há duas semanas e meia. Várias das crianças que desapareceram eram filhos de um dos pais mago ou estavam começando a apresentar aptidão para tal. Os pais que eram magos procuraram indícios nos quartos das crianças incansavelmente, mas não encontraram nada. A única explicação que eles encontraram é que os sequestradores possuem um mago com habilidades avançadas de camuflagem. Não acharam sequer um rastro... – Os magos da Fairy Tail podiam ver o quanto era difícil para ele falar sobre o assunto. Por um momento, desejaram que a missão não existisse e que as pessoas daquele vilarejo pudessem viver em paz. O prefeito se recompôs e continuou com o relato. – Enfim, estávamos perdendo a esperança e não podíamos chamar nenhuma guilda, devido à falta de informação. Mas então...

– Uma criança escapou. – Mira decidiu terminar por ele. Ela via o quanto falar daquilo de maneira objetiva e imparcial o estava destruindo por dentro. – Ela escapou dos sequestradores de alguma maneira e voltou andando a pé para cá de uma distância desconhecida. – Olhou para Laxus em busca de apoio. Podia parecer durona, mas tinha coração fraco quando se tratava de crianças. Precisava de ajuda. E a conseguiu.

– Maga ou não, é uma criança. Duvido que tenha andado uma distância muito grande. E depois de ter sido exposta a experimentos e torturas, ela não aguentaria correr muito. Cinco quilômetros é o limite para o Natsu, que tem a mesma idade. E olha que ele é extremamente energético.

– Se estivesse assustada, o que, sem dúvida, ela deveria estar, mesmo cansada e fisicamente esgotada, eu calculo que ela poderia correr por uns dois quilômetros... Talvez dois e meio... Acredite, você não faz ideia do que o pânico ou o medo fazem com alguém... – A maga demônio falou aquilo de maneira sombria e foi assim que Laxus soube que estava pisando em vidro fino. Tinha que tomar cuidado. 

– Sim... Você tem razão. Senhor prefeito, primeiro, precisamos que nos mostre o exato local onde a menina foi achada. Sou um Dragon Slayer e tenho certeza que posso achar a trilha do odor ela, mas só se estiver recente. Segundo, vamos precisar falar com alguns dos magos que analisaram os locais dos raptos. Somos mais experientes em missões, já que viemos de uma guilda de magos e podemos, talvez, perceber algo que eles deixaram escapar. Terceiro, e eu sei que esse é difícil, mas vamos precisar falar com a menina... – Laxus sabia que, como prefeito, ele tinha que fazer o que era melhor para a cidade e isso significava ajudá-los no que precisassem. Mas, como homem bondoso que ele aparentava ser, sem dúvida não devia estar sendo nada fácil lidar com o sofrimento de seus amigos.

– Entendam, a menina que escapou era órfã, por tanto, não tem pais que a acalme e ninguém conseguiu fazê-la falar. Alguns pais até pensaram em... Invadir a mente dela. Eu entendo o desespero deles, mas não pude permitir... A garota já deve ter sofrido tanto...

– O senhor não pode se culpar. – Mira disse com uma gentileza que o mago loiro só havia visto ela ter nessa missão. Ele tinha que admitir que gostava desse lado dela. Ela se tornava mais a Mira, maga da Fairy Tail, e menos o Demônio Mirajane. – Sabemos que o senhor é um homem bom em uma situação impossível. Mas precisamos falar com ela. Eu tenho certeza que consigo conversar com ela. O senhor permite?

– É... É claro. – Ele sorriu paternalmente para a maga. – Eu realmente espero que vocês consigam. Vou fornecer tudo que precisam. Os pais serão reunidos e podem falar com eles ao entardecer. O local, assim como para vocês, é por nós, desconhecido, pois a presença dela só foi notada quando ela chegou ao chafariz de Una, dentro da cidade. A menina é a única que sabe de onde veio. Terão que perguntar a ela. Vou levá-los ao hospital assim que falar com os médicos, o que deve levar algumas horas. Mas primeiro vocês devem descansar. Nós iremos as três. É tempo suficiente para vocês arrumarem suas coisas nos quartos da estalagem que mandei reservar para vocês. Tomem banho e durmam um pouco. Mandarei chamá-los quando der o horário.

– Agradecemos a hospitalidade e vamos fazer como sugeriu. Quanto a menina... Eu posso levar algumas roupas e brinquedos para ela? Para se sentir confortável. – Mira perguntou mais por educação, pois, sendo como era, levaria as roupas e brinquedos de qualquer jeito. Laxus teve que conter o riso, se contentando com um repuxar de lábios.

– Faça o que achar melhor.

– Com sua licença então. É melhor irmos para a estalagem. – O Dreyar finalmente se pronunciou depois de um tempo.

– Claro! Claro! Vou mandar levá-los. Passem bem, filhos do Makarov.

...

– Nossa... Como eu precisava de um banho! – Mira e Laxus tinham chegado na estalagem fazia meia hora. Ambos já tinham tomado um bom banho relaxante e agora descansavam deitados em suas respectivas camas. Mira tinha dormido no trem, por tanto, não estava cansada. Já Laxus, não queria dormir. Não se sentia cansado. Só precisava dar uma folga a seus músculos.

Agora, os magos esperavam em silêncio e pacientemente que desse o horário combinado para encontrar a pequena garota. Mira já tinha comprado o que precisava para a menina quando estavam ainda a caminho desse lugar. Até queria iniciar algum assunto com o loiro, mas tinha receio de acabar parando no assunto do trem. Quem diria... A grande Mirajane Demônio, com medo de conversar.

Laxus não estava muito diferente. Tinha tido tempo para refletir sobre tudo desde o início daquela missão. Mira, o trem, o restaurante... Tudo estava começando a fazer sentido, mas a resposta a qual tinha chegado assustava o mago dos raios. Poderia ele, Laxus Dreyar, o Dragon Slayer dos raios, estar se apaixonado pela maga demônio que lhe tirava a paz? Sua mente dizia que isso era impossível enquanto que seu coração dizia que já havia acontecido. Tinha que ter certeza e, para isso, só tinha um jeito.

Mira não iria escapar.

– Mira? Esta acordada? – Ele sabia que sim, mas queria ver o que ela faria.

– ... Estou. – Ela sabia que era uma questão de tempo até que ele decidisse que era a hora de conversarem. Mas agradecia mentalmente por ele não ter pedido que ela se sentasse ou conversassem frente a frente. Não tinha certeza que teria coragem. – Quando foi que você virou uma covarde, Mira?

– Você quer me contar sobre o que ouve no trem? – Laxus não queria obrigá-la a nada. Se estava curioso? É claro que sim. Mas respeitava Mira e seus limites. A admirava por ter sido capaz de burlá-los por tanto tempo. Ela era, sem dúvida, uma das pessoas mais fortes que conhecia.

– ... Promete só ouvir? – Mira tinha que contar. Depois do que ele fez por ela no trem, ele merecia saber. Mas precisava ter a certeza que ele não a interromperia. Corria o risco de perder a coragem se ele a confrontasse.

– Eu prometo. Mas precisa prometer contar tudo.

– Tudo bem. – O clima do quarto estava começando a pesar. Mas isso eram só o começo. – Você sabe que quando eu era pequena eu quase fui linchada porque diziam que eu tinha um demônio em mim, não é? Bem, nessa época, eu e meus irmão fugimos do vilarejo onde estávamos e acampamos na floresta. Eu sabia que os camponeses estavam nos perseguindo e decidi que se eles me encontrassem junto ao Elfman e a Lisanna, eles os maltratariam também e isso eu não iria permitir. Então eu me separei deles. – A maga não podia ver a reação dele, mas sabia que ele devia estar bem chocado. – Eu deixei um bilhete dizendo para eles se esconderem por perto e me esperarem que eu voltaria logo. Era para ser só por algumas horas... Para despistar aqueles monstros... Mas... Mas eles... Eles me acharam.

O silêncio dominava aquele cômodo, tal como Mira, que tentava domar sua vontade de chorar. Ela não se permitiria tal fraqueza novamente. Não agora. Enquanto Laxus tentava assimilar o que a maga tinha dito. As peças daquele quebra-cabeça começavam a fazer sentido. Ela tinha sido pega. Provavelmente torturada. Graças ao fato de ser uma maga, ela tinha escapado. Ele duvidava firmemente que seus irmãos não soubessem disso. Ela tinha dito duas semanas. O quão cruel um ser humano pode ser?

– Laxus... Eu preciso continuar? – Sua voz embargava levemente, mas nenhuma lágrima descia.

– Não. – Ele disse, se levantando e se dirigindo a cama dela, fazendo com que ela também se levantasse ao perceber o movimento. Pela segunda vez, ela sentiu os braços musculosos e acolhedores a circularem. Novamente, estava fraca demais, carente demais, para recusar o carinho. Aconchegou-se mais no loiro e se permitiu derrubar suas lágrimas. Apenas algumas, mas o suficiente para espantar temporariamente a tristeza. Ficaram assim por tempo indeterminado, até Laxus pegar delicadamente o rosto da albina e levantá-lo, obrigando-a a fitá-lo. Delicadamente, coisa que a albina pensava ser impossível para alguém como ele, carrancudo e rabugento, ele secou os rastros de lágrimas e disse com sua voz o mais suave que ele conseguia. Não era muito, mas fez a albina aquecer por dentro. Nunca tinha sido tratada com tanta gentileza.

– Escute Mira. Eu sei que não sou a pessoa mais gentil ou boa do mundo, mas eu estou aqui. Estou aqui por você e para você. Sempre que precisar disso, desabafar, ser ouvida, conforto, pode contar comigo. Eu sei que isso não acontece sempre e sei que essa não é você. Você não é assim. Mas, quando quiser descansar, eu ainda vou estar aqui. Promete lembrar disso? – O loiro estava corado. Era discreto, mas a proximidade permitiu que ela notasse. No entanto, ela devia estar muito mais vermelha que ele, com certeza. Nunca ninguém a tinha tratado como ele estava fazendo nesse momento. Nem mesmo seus irmãos eram desse modo com ela. Laxus estava sendo tudo que sempre quis e nunca se permitiu ter. Um porto seguro. Ela era isso para seus irmãos, mas não queria ter um. Não podia se dar ao luxo de fraquejar quando tinha duas crianças para tomar conta. Precisava ser forte, mas estava cansada. De ser forte e de resistir. Estava cansada de fingir que não sentia nada pelo mago a sua frente. Já fazia um tempo. Mas nunca pensou que tivesse chance e ser rejeitada não era uma opção. Era forte, mas nem tanto. Por isso, se contentava em estar perto dele, mesmo que por provocação.

Naquele momento, Mira se sentiu mais corajosa do que nunca. Ela o queria. E queria já.

Laxus não teve tempo de assimilar nada. Num momento, Mira o encarava sem desviar os olhos cristalino, no outro, tudo que pode sentir eram os lábios da maga albina sobre os dele. Um selinho, como dizem. Um singelo roçar de lábios. Os olhos dele automaticamente fecharam, acompanhando os dela. Uma de suas mãos foi para a cintura de Mira, aproximá-la mais de si, enquanto a outra permaneceu onde estava, em seu rosto, o acariciando, tendo a certeza de que era real. Mira também não ficou para trás. Suas mãos foram do peito do loiro ao pescoço, se entrelaçando lá e acariciando levemente a nuca. O beijo tornou proporções mais intensas.

No entanto, seres vivos precisam de ar.

A contragosto, ambos se separaram do contato com lentidão torturante. Naquele momento, nada mais importava. Nem como a guilda reagiria, nem o time, nem a missão, nem passado. Só importavam os olhares se cruzando infinitamente, sem jamais se afastar.

– Acho que temos que agradecer ao velhote.

A risada de Mira preencheu o quarto totalmente depois da fala do Dreyar mais jovem. Seus braços, ainda no pescoço do mago, apertaram mais o afago de modo que os lábios de Mira subiram diretamente o ouvido do mesmo.

– Isso quer dizer que gostou do beijo? – Mira não costumava ser insegura, mas precisava ter certeza que ele era real. Que tudo era real.

– Isso responde a sua pergunta? – Dito isso, a puxou para mais um beijo. Diferente do outro, esse começou intenso, se tornando mais lento e carinhoso a medida que o ar faltava. – Por que nunca me disse nada?

– E por que você nunca disse? – Perguntou maga divertidamente. Ela tinha uma ideia, mas se fosse isso, riria da cara do loiro para o resto dos seus dias.

– Está louca, rainha dos demônios? Se eu dissesse antes de você, era bem capaz de você me nocautear e fugir de mim! – Apertou ainda mais a cintura dela, como que para dizer que ela não iria a lugar nenhum.

– Nem pensar dragão dos raios! Você não sobreviveria sem mim. – Virou o rosto corada e completou. – Além disso, eu também não vou a lugar algum sem você... Nunca mais...

E com aquela frase, continuaram aos beijos. Até que um dos pais que eram magos veio vê-los e levá-los ao hospital. Daquele momento em diante, acabariam com aquilo e salvariam todos. Como magos da Fairy Tail que eram.

...

– Então o que faremos sobre a guilda? Vamos contar? – Estavam no trem fazia meia hora, apenas curtindo a companhia um do outro e comemorado pela missão terminada com sucesso. Mas então a maga albina levantou a questão se eles contariam ou não a guilda sobre eles e até agora não tinha conseguido entrar em um consenso.

– Eu não quero contar. Já comentam sobre nós por estarmos no mesmo time! Imagina se souberem que estamos namorando... Eu não quero comentários pervertidos para cima de você! – O loiro era claramente contra.

– Mas eles vão descobrir uma hora ou outra mesmo! Não é melhor poupar tempo e comentários desnecessários? – A albina também não queria contar, mas sabia que eles descobririam e queria se poupar do estresse. Ela sabia que acabaria cedendo, mas queria discutir com o loiro. Sentia falta disso. E agora, tinha um método incrível para fazê-lo concordar com ela. Só não esperava que o feitiço virasse contra o feiticeiro...

– Por favor Mira... – Dizia o loiro manhosamente no ouvido da albina para depois passar a beijar o pescoço e os ombros. Maldito mago dos raios!!!

– Está... Está bem... Ok... – A pele da albina com certeza estava da cor dos cabelos da Scarlet. Sua voz saia entrecortada assim como sua respiração. – O que acha Laxus? – Disse marota ao mago atrás de si, ainda corada e um pouco sem fôlego. O mago olhou para ele esperando. – Vai ser o nosso segredo...

– Mira Strauss... Você tem uma mente diabolicamente brilhante. – Voltou a beijá-la.

E, naquele trem, onde tudo começou, firmaram um pacto. Guardariam seu segredo mais precioso. E apenas aquele trem, o céu e seus astros seriam testemunhas de, não como aquele amor nasceu, mas como ele viveu. E como foi bela a união entre um dragão dos raios e uma rainha dos demônios.


Notas Finais


E então? O que acharam? Valeu a pena a espera? Por favor, comentem! Elogios são preferíveis mais aceito críticas construtivas (brincadeiras à parte...).

Perguntinha para os interessados... Preferem que a próxima fic seja com que casal? Eu ofereço três opções; Levy e Gajeel, Mavis e Zeref (eu, particularmente, AMO esses dois) ou Elfman e Evergreen. Vou escrever uma fic de todos eles eventualmente, mas quero saber QUAL eu faço primeiro.

Mais uma coisa. A parte em que eles cumprem a missão foi cortada, pois não tinha muto "deles" então não faria muita diferença e porque eu achei que ficaria grande demais (fala a garota que escreve mais de 8000... palavras. Fans de Dragon Ball entenderam). Vocês querem que eu poste ela no Spirit também? Coloco o link aqui se for assim, mas isso eu preciso saber.

Eu realmente espero ter atendido as expectativas dos leitores. Mas se não, digam como eu posso melhorar. Sabem onde? Que chutou comentários, acertou!

Beijos e mais beijos de neko! Comentem por favor! E eu espero que gostem!


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