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História Not a Sin - Capítulo XV


Escrita por: A020F0

Notas do Autor


Olá! Como estão todos neste fim de semana?
Eu to só nos estudos, fim de ano é assim mesmo!
Amei os comentários do capítulo anterior, vi que deixei vocês no chão, e sinceramente... vocês vão continuar no chão depois de hoje. Eu aviso mas tenho certeza que vai ter gente que vai ter um infarto com meu capítulo.
E sabem o melhor de tudo?
O próximo é mudança de POV!
Ou seja, vão ver as coisas do ponto de vista de outro azulado que mal apareceu e já causou um verdadeiro caos...
Era só isso leitores queridos do meu coração, beijinhos e boa leitura!

Capítulo 15 - Capítulo XV


Fanfic / Fanfiction Not a Sin - Capítulo XV

-O que você quer? - foi tudo que conseguiu perguntar, longos minutos depois, quando se acalmou consideravelmente.  

Suas mãos estavam envoltas da sua barriga, como se tentasse proteger seus bebês do Barão a sua frente. Erza não pareceu compreender tal ato, mas de uma maneira protetora também a abraçava pela cintura, encarando o azulado no outro da sala com uma expressão irritada e desgostada. Talvez um pouco decepcionada, também.  

-Conversar. - a voz firme fez seus pelos eriçarem de medo. Respirou fundo para evitar outro ataque de pânico. 

-Diga logo o que quer. - naquele momento não havia espaço para formalidades ou respeito. A única coisa que a azulada queria era que aquele homem desaparecesse dali e quem sabe da face da terra, tamanho era o seu horror. 

Na verdade, ela não entendia seus sentimentos. Metalicana jamais fizera algo ruim contra ela, mas só de ver ali, em sua frente, algum sexto sentido começou a apitar, indicando perigo, fazendo seu próprio corpo reagir e por muito pouco não havia saído correndo dali para o mais longe que conseguisse. E o seu tom de voz... havia qualquer coisa nas entrelinhas que ela sentia ser muito perigoso. 

-Em particular. 

-Não. - Erza o enfrentou, sem medo algum na voz. - Uma moça solteira não deve conversar sozinha com outro homem. Não é bem visto. 

O Redfox riu de escárnio. 

-Como quer tentar proteger a imagem dela, quando obviamente já não possui honra? - ele se referia á gravidez. A azulada tremeu novamente. - Entretanto, se esta é a condição,  falarei na frente de todos. - e novamente foi direto ao ponto. - Senhorita McGarden, quando irá embora da cidade?

-... O que? - franziu o cenho, encarando-o. Jellal, do outro lado da sala, olhava diretamente o Barão, como se esperasse por outro movimento do homem. 

-Irei repetir: quando pretende ir embora de Magnólia? - perguntou com certa impaciência.

-Eu não... não pretendo sair daqui. Só possuo uma única parente viva, e ela não me aceitaria grávida. 

-Compreensível. Porém, a senhorita não pode continuar nesta cidade. - falou de forma indiferente. - Não posso correr o risco de bastardo algum tentar tirar proveito do meu dinheiro. 

Levy engoliu em seco. 

-N-Não se preocupe, senhor. Não estou interessada em teu dinheiro e...

-Está dizendo isso agora. - estreitou os olhos. - Não pode me dar a sua palavra, pois de nada vale. Conheço bem o seu tipo. Irá usar o filho para garantir sua parte de minha herança quando eu me for. 

-Senhor... - a ruiva quase sibilou, os ombros tensos, e um rápido olhar foi tudo para demonstrar que começava a compreender o temor da menor, e mais ainda, estava ao seu lado para o que fosse. 

-O casamento de meu filho será em duas semanas. - Levy engasgou, não esperando por aquilo, por mais esse golpe para destruir seu já frágil coração. - Não permitirei que interfira e estrague tudo. Meus únicos herdeiros serão Gajeel e os filhos que terá com a Duquesa Juvia, e não posso arriscar que descubram esse bastando. Isso seria terrível e toda a nossa família cairia na desgraça. 

-Levy não está interessada em sua herança. - sua amiga lhe defendeu. Depois se virou para o azulado no outro lado da sala. - Diga isso ao seu senhor. Por tudo que é sagrado. - pediu de forma quase suplicante. 

Ele ficou parado por alguns instantes. 

-Senhor Redfox, eu conheci pouco da senhorita McGarden, mas posso lhe garantir que...

-Você não tem que achar nada. - lhe cortou friamente. - Essa discussão não lhe diz respeito. Fez bem o seu serviço, agradeço se não atrapalhar mais. 

Choque percorreu o rosto do outro homem. Humilhado, abaixou a cabeça, ainda um pouco incrédulo. Não que Erza também não estivesse. Aquele Barão começava a parecer um homem asqueroso. 

-Então me diga o seu preço. - ele se virou totalmente para a garota. - Não importa o quanto for para partir. Eu lhe darei o dinheiro, então irá embora e jamais retornará á esta cidade. 

Levy e Erza trocaram olhares. A menor respirou fundo. 

-Eu não sairei daqui, e muito menos irei aceitar o seu dinheiro. - não era louca de dar as costas ao único lugar que havia lhe aceitado grávida. - Não estou á venda. - sentenciou. Envolveu ainda mais os braços ao redor de seus filhos, que não paravam de se mexer, agitados demais, da mesma forma que ela. 

-Vejo que não irá se dobrar perante a minha vontade. - Metalicana a olhava intensamente. Abaixou a cabeça, não conseguindo sustentar aquele olhar. Segurou na blusa de Erza, tentando ganhar o suporte dela, mas a própria parecia hesitante e temerosa. - Não queria ter de decorrer desta forma... senhorita McGarden, ou você sairá de Magnólia por livre e espontânea vontade, ou seu filho irá. 

Levy lentamente levantou a cabeça. O que viu naqueles olhos vermelhos... foi esmagador. 

-O que?! - a Scarlet perguntou, como se não tivesse ouvido direito.

-S-Senhor... - Jellal gaguejou, com os olhos arregalados. 

-Isso... foi... uma... ameaça? - as palavras saíram arrastadas, e o Barão notou o tom incrédulo na voz. 

-Irei repetir. Não posso deixar que desonre minha família e meu nome, não posso deixar que esse bastardo futuramente tente tirar proveito de minha herança. Viver aqui seria um risco, para todos nós. Serei claro. - sua voz se tornou ainda mais profunda e sombria. - Ou você sai da cidade por livre e espontânea vontade, ou terei de lhe afastar de seu filho. 

O silêncio que se seguiu foi absurdamente pesado. Jellal e Erza, se encontravam, igualmente abalados e incrédulos. Levy sentiu o ar faltar novamente, bem como lágrimas se formarem nos olhos. De medo e raiva. Quem o Barão Redfox pensava que era? Para vir até ali, e ameaçar uma mulher grávida? E que espécie de homem era ao dizer abertamente que iria sumir com seus filhos? 

-Como você ousa...? - a mulher disse, engolindo em seco. - Nenhuma de nós vai deixar você encostar em um dedo na Le-chan! 

-É mesmo? - falou com escárnio. 

-Se algo acontecesse, pode ter certeza que iriamos chamar a polícia. E eu tenho meus próprios contatos no Conselho que poderiam lhe causar um grande prejuízo. 

Ele não pareceu nem um pouco intimidado, o que era bem raro, visto o olhar mortal que a ruiva lhe dirigia. 

-Eu sou um homem muito influente em Magnólia. Acha que as pessoas acreditariam na minha palavra ou nas palavras de uma mulher? - falou com ar superior. 

Pior de tudo, ele tinha razão. Entre um Barão e uma simples esgrimista, ainda por cima mulher,  era óbvio em qual histórias as pessoas iriam acreditar. 

-Metalicana... - o azulado sussurrou, balançando a cabeça com força. - Você não pode fazer isso. 

-Mais respeito seu insolente. - disse com a voz elevada. - Não ouse me dizer o que eu posso ou não fazer. Eu farei o que for preciso para que nada nem ninguém desonre minha família. 

-Você jamais vai afastar meus filhos de mim! - Levy finalmente gritou, e antes que qualquer um pudesse notar ou fazer algo, ela correu para longe daquela sala. 

Levy parou ao adentrar no seu quarto. Lágrimas escorriam pelas suas bochechas. O ar faltava em seus pulmões, e todo o seu ser tremia de raiva, e principalmente de medo. 

Metalicana queria sumir com seus gêmeos. 

Ele era um monstro. 

Um homem desprezível, abominável, repugnante,  ela... ela não conseguia colocar em palavras o quanto odiava o Barão. Mesmo sendo pai de Gajeel, ele estava querendo sumir com os próprios netos! E pensar que vivera e trabalhara sob o mesmo teto que ele...

Um chute a despertou de seus pensamentos. Fechou os olhos e arfou buscando ar. Tinha de se acalmar. Mesmo que seus sentimentos estivessem se remexendo dentro de seu ser, lutando para explodir, o que importava agora era respirar fundo, relaxar os ombros tensos, se acalmar e...

Ficou estática e com a respiração presa ao sentir algo molhado descer pelas pernas. 

Lentamente olhou para baixo, arregalando os olho quando viu uma mancha em seu vestido. Não foi preciso muito para entender o que havia acontecido. 

A bolsa havia estourado. 



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