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História Not Safe - Medo


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oiiii minhas lindas <3

Boa leitura <3

LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Capítulo 22 - Medo


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Medo

A felicidade invadiu meu corpo, fazendo com que eu me sinta bem, mas essa felicidade toda some quando um barulho vindo da antiga torre de vigia chama a atenção de todos aqui, e em questão de segundos ela começa a tombar até cair totalmente sobre o muro.

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Pov – Caroll

Poeira. A única coisa que vejo e sinto agora é a poeira causada por esse estrago que a torre fez sobre o muro e que agora adentra Alexandria, nos impossibilitando de enxergar qualquer coisa com clareza, tento de alguma forma enxergar algo ou alguém, preciso encontra-los, preciso encontrar um lugar seguro para ficar agora. Me levanto do tombo brusco que levei por conta do impacto da torre e do muro que caíram. O som dos grunhidos já está se aproximando cada vez mais, me avisando que preciso ser rápida, os zumbis começam a surgir entre a poeira em questão de segundos, foi tempo para eu poder me levantar. Tiro minha arma da cintura e a empunho firmemente. Começo a correr para escapar deles e acabo tropeçando e caindo de joelhos no chão, sinto a mão de um dos zumbis tentando agarrar meu ombro, então me viro rapidamente para ele e atiro em sua cabeça, outros zumbis se aproximam enquanto eu me afasto ainda sentada no chão, miro na cabeça deles e acerto em cada uma. Consigo finalmente me levantar e voltar a correr. Acabo trombando em Maggie que também está correndo.

—Vamos pra lá – digo apontando para a plataforma de madeira onde estávamos antes, que agora é a única coisa que eu consigo avistar.

—Ok. Rápido! – ela diz.

Continuamos correndo até chegarmos à escada que nos leva até a superfície da plataforma. Maggie sobe na frente e fica atirando nos zumbis, me dando cobertura. Começo a subir a escada e os zumbis tentam puxar meu pé me fazendo ter que aplicar ainda mais força para poder terminar de subir. Balanço minhas pernas tentando chuta-los para que eles me larguem, mas parece ser em vão. Quando consigo subir mais um degrau, a corda que prende a escada na plataforma arrebenta e a escada começa a cair pra trás e irá me levar junto, direto para a morte. Impulsiono meu corpo para frente, seguro na madeira da plataforma e no mesmo instante a escada cai entre os zumbis.

—MAGGIE! – eu grito me esforçando para não soltar as mãos e cair.

—SEGURA A MINHA MÃO – ela estende a mão para mim e eu a seguro.

Enquanto ela tenta me puxar eu tento jogar minhas pernas para cima, para poder alcançar a superfície plana e segura de madeira. Consigo apoiar um de meus pés em uma viga, pego impulso e coloco minha perna em cima da plataforma. Maggie me puxa com toda força, com isso consigo terminar de subir, e nós duas caímos deitadas ainda ofegantes sobre a superfície daqui. Sinto os batimentos do meu coração acelerados, fecho meus olhos enquanto recupero minha respiração normal. Os grunhidos entram em meus ouvidos e me fazem ter a total certeza da realidade cruel que está acontecendo aqui.

—Obrigada – agradeço Maggie e me sento ao seu lado.

—Não foi nada – ela diz e se senta também.

—Você viu se minha mãe conseguiu escapar?

—Não, nem ela e nem ninguém.

Permaneço em silencio. Por um lado posso ficar um pouco aliviada com quanto Mistério, até porque eu decidi deixa-lo naquela garagem, pelo menos não correria tanto perigo, Sam disse que levaria comida pra ele, então acho que ele está bem. Já por outro lado estou preocupada com os outros, não sei se minha mãe conseguiu se salvar, ou então meu irmão Spencer, ou então... O Carl. Eu não posso pensar em perdê-los. Claro que não quero que ninguém aqui morra, mas eles para mim no momento são os mais importantes na minha vida. Sempre me preocupei em perder minha mãe e meu irmão. Mas nunca me preocupei tanto com Carl quanto agora, nem mesmo quando aquelas pessoas entraram aqui e mataram varias pessoas. Pela primeira vez estou sentindo isso, não sei o que é, mas é um sentimento diferente, algo misturado com o medo que sinto em perdê-lo. É como se a cada segundo eu me preocupasse ainda mais com ele, como se a cada segundo esse meu sentimento aumentasse dentro de mim. Sinto falta dele aqui comigo, sinto falta das suas melhores palavras para me acalmar, me sinto desprotegida sem ele, mas ao mesmo tempo sinto vontade de protegê-lo de qualquer maneira, é como se faltasse uma parte minha. Quero chorar, gritar, descontar esse sentimento, mas não consigo, não consigo fazer nada disso, como se algo estivesse me bloqueando.

—Eu queimei a ultima foto que tinha do Glenn. Disse que não ia mais precisar dela, pois nunca mais nos afastaríamos. Ele não queria que eu saísse com ele e eu acatei. Se eu tivesse ido, se eu estivesse com ele, talvez pudesse ajuda-lo. Minhas esperanças já tinham sumido, e depois que vi aqueles balões pelo céu, pude sentir minha esperança voltar, tinha a certeza de que ele estava vivo, tinha um sinal que comprovava isso, era o sinal que Michonne disse que ele mandaria. Mas agora o muro caiu, estamos passando por isso e eu já não sei mais se ele está vivo, ele pode ter sido pego pelos zumbis que se aproximaram por conta do barulho que a torre causou quando caiu... Eu só quero ver o rosto dele, mas não posso. Não sei o que aconteceu, nem por que aconteceu, se errei ou não. Mas preciso me conformar – Maggie diz chorando e me tira totalmente de meus devaneios – eu estou gravida Caroll – ela olha para mim.

—Você não tem que se conformar, ainda não. Não temos certeza de nada agora, não podemos ter certeza, não sabemos quem está vivo ou quem morreu. Não devemos aceitar com facilidade a primeira visão que o mundo nos oferece. Devemos persistir até podermos ter a total certeza de que o que achamos é realmente real. Só aí podemos e devemos nos conformar. Pra ser sincera, eu acho que os que estão lá fora, estão mais seguros do que quem está aqui – tento conforta-la com os olhos marejados – e quanto a esse bebe – coloco a mão na barriga dela – ele vai poder conhecer o pai corajoso que tem e vai ter orgulho disso.

—Obrigada – ela me abraça enquanto nós duas conseguimos nos entregar ao choro.

Noto que o que Maggie disse, as coisas que ela sente agora, é a mesma coisa que eu sinto pelo Carl. Eu quero ver o rosto dele, quero poder ter certeza de que ele está bem. Sinto a vontade de estar com ele nesse momento, para poder ajuda-lo em qualquer dificuldade, mas não posso. Tenho medo do que acontecerá daqui pra frente, medo de ter que enfrentar as situações que virão, ainda mais sem o apoio das pessoas que eu mais gosto, sem ter o apoio de Carl para me incentivar a seguir em frente. Não quero ter que seguir sozinha. Não quero ter que sentir a mesma dor que senti quando meu pai morreu, tendo que ver o que restou da minha família partir também, o que restou das pessoas que eu amo partirem. Quero apenas sair logo desse pesadelo. Poder abraça-los e sentir que ainda estão aqui comigo.

Maggie se preocupa com Glenn, assim como eu me preocupo com Carl.

Um longo tempo se passa, posso dizer que podem ter sido até horas. Permanecemos aqui em cima sem podermos fazer nada. A maior parte desse tempo nós passamos em silencio, talvez refletindo sobre as coisas que aconteceram e que podem acontecer depois de tudo isso. Já não sei mais no que pensar, já não sei mais no que acreditar, tudo já me parece sem vida, sem cor. Meu mundo está voltando a ser o que era antes de Carl estar comigo. Sinto que podemos ser as únicas sobreviventes no meio disso. Sinto que no meio desse grande barulho de grunhidos não existe mais ninguém pedindo por socorro, ou então alguém tentando ser o nosso socorro. O medo me afeta aos poucos e intensamente, tentando retirar o resto de esperança que me sobrou, se é que isso ainda existe dentro de mim.

De repente um barulho alto chama a nossa atenção...

 

 


Notas Finais


Vocês devem estar pensando "nossa por que essa louca não colocou a personagem Caroll junto com o Carl nesse momento?", e a resposta é o seguinte... Eu acho que todos sabem que a mãe da Caroll morre na série e aqui acontecerá isso também, e como ela já sofreu com a perda do pai que foi na frente dela eu achei que seria muito dolorido passar pela mesma coisa e agora com a mãe, decidi não colocar ela junto com eles para não faze-la sofrer ainda mais na questão de perder a mãe e ter que deixa-la naquela casa sozinha. E tambem nao podemos nos esquecer de que eles estao num apocalipse zumbi, ou seja, as coisas nao acontecem do jeito que eles querem, e eles tem que aproveitar a primeira oportunidade de se salvar que tiverem e a da Caroll foi a plataforma. Então quis fazer isso diferente, e não se esqueçam que isso será importante para a Caroll começar a perceber que se importa com o Carl mais do que ela podia imaginar e também esse momento com a Maggie será importante para ela.

Terminarei de responder os comentarios do capitulo anterior daqui a pouco.
Espero que tenham gostado <3
Deixem a opinião de vocês <3
Bjos <3


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