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História Not Safe - Arriscando


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oiiii meus amorees <33

Esse capitulo ficou um pouquinho mais longo que o de ontem, eu me esforcei bastante para escrever algo legal e espero que vocês gostem do conteudo.
Por favor não se esqueçam de deixar a opinião de vocês lá nos coments. Um "continua" já é muito importante para mim.

Boa leitura <33

Capítulo 31 - Arriscando


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Arriscando

Carl volta sua atenção para a nossa frente, ele tenta se desviar, porém já tarde demais. Ele perde totalmente o controle do carro. A ultima coisa que eu escuto é um estrondo, e a última coisa que sinto é meu corpo se debatendo em varias partes do veiculo, me causando uma dor forte. E então tudo se apaga.

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Pov – Caroll

Ouço grunhidos ao longe, está bem baixo, como se estivesse a quilômetros de distância. Tento abrir meus olhos, mas não consigo. É estranho, pois não sinto nada, não sinto dor, é como se eu estivesse fora de meu próprio corpo, ou então voltando para ele. Aos poucos meus sentidos vão voltando, posso sentir a dor chegando aos poucos, ela toma conta dele devagar e com calma. Estou finalmente voltando para meu corpo, estou conseguido acordar. Tento novamente abrir meus olhos, mas sinto minhas pálpebras pesadas, como se eu não pudesse abri-los, os forço mais um pouco e consigo abri-los devagar. Quando firmo minha vista ao que está na minha frente vejo o zumbi em que batemos, e no mesmo momento minha audição volta, me alertando que o zumbi não estava longe, era minha audição que não havia se recuperado totalmente.

Acho que não fiquei desmaiada por muito tempo, talvez apenas o tempo dessa coisa chegar até nós. Ele tenta desesperadamente entrar pela parte que se quebrou do vidro dianteiro, ele coloca sua cabeça para dentro do carro e fica batendo seus dentes repetidas vezes tentando me morder. Me levanto e noto Carl em baixo de mim. O carro está caído de lado, e bem do lado do motorista, deixando a janela que eu havia quebrado antes tampada pelo chão.

Olho para meu lado tentando encontrar minha faca, mas não sei onde ela foi parar no meio dessa bagunça toda. O morto-vivo vai se contorcendo na tentativa de entrar e conforme ele faz isso, a parte quebrada do vidro fica maior. Ele consegue colocar um de seus braços para dentro e fica pegando o ar, já que ainda não me alcança. O desespero dentro de mim só aumenta, e sei que isso pode me atrapalhar ainda mais. Olho para a parte de trás do carro e vejo minha faca caída entre vários cacos de vidro. Me movimento para conseguir pega-la, tentando passar para a parte de trás do carro, mas o zumbi agarra meu pé, segurando minha bota com uma de suas mãos, começo a chuta-lo, e ele me puxa, e com isso sou arrastada sobre os cacos de vidro. Ele consegue colocar minha bota na boca e começa a mordê-la, rapidamente retiro a mesma com a ajuda do meu outro pé e consigo me livrar dele. Volto para o banco de trás tentando pegar a faca e finalmente consigo pega-la. Me viro para o zumbi  e acerto sua cabeça e o mesmo sessa os movimentos, largando meu sapato.

Suspiro aliviada e passo as mãos pelo rosto. Estou tremendo, meu coração está descompassado e minha respiração irregular. Minha cabeça lateja, passo a mão por ela e sinto um pouco de sangue molhar minha mão. Tenho que sair daqui, e o mais rápido possível. Olho novamente para Carl e ele ainda está desacordado, me aproximo mais dele e vejo que ele respira, sinto seu pulso, mas está fraco.

—Carl?! – o chamo virando seu rosto para mim – Carl, vamos lá acorda – dou leves batidas em seu rosto, mas não obtenho sucesso – nós temos que sair daqui, por favor.

Sinto meus olhos marejarem, mas me contenho. Tenho que ser forte para poder ajuda-lo. Não posso desabar e ficar perdendo tempo chorando. Respiro fundo mais uma vez e começo a pegar nossas coisas. Coloco minha bota novamente e guardo minha faca dentro da mesma. Passo para o banco de trás e vejo minha mochila jogada na estrada, pois o vidro traseiro se quebrou completamente. Saio do carro, pego minha mochila e coloco em minhas costas. Volto para dentro do veiculo e seguro Carl por trás, colocando meus braços em baixo dos dele, começo a puxa-lo. Ele é bem pesado e eu quase não tenho forças para tira-lo daqui, sei que conseguirei, se fosse ele no meu lugar faria o mesmo. Quando vou tentar puxa-lo novamente vejo sua calça toda ensanguentada, só agora pude ver que a flecha que ele guardou em seu bolso quebrou durante o acidente e está fincada em sua coxa, o fazendo perder muito sangue.

Rasgo um pedaço de minha blusa e levo o pedaço de pano até o ferimento de Carl. Amarro a faixa em sua perna, para poder estancar o sangramento e então volto na tentativa de tira-lo daqui. Retiro o máximo de força que tem em mim, e aos poucos vou conseguindo arrasta-lo para fora do carro, ainda com muita dificuldade. Quando já consegui tirar completamente seu corpo de dentro do carro, vejo o chapéu dele do outro lado da estrada. Deixo Carl no chão e vou pegar seu chapéu, até porque isso é muito importante para ele. O coloco na cabeça de Carl e então começo a arrasta-lo, tentando encontrar um lugar para ficarmos. A estrada parece estar calma, até porque Carl dirigiu por vários quilômetros para longe daquela horda, o que nos dá um pouco mais de tempo.

Os segundos vão se tornando minutos e eu continuo puxando Carl. Minhas pernas e braços já doem. E meu psicológico parece estar totalmente destruído. Não vou perder Carl, não posso perdê-lo. Ele se tornou uma das pessoas mais importantes da minha vida, não posso deixa-lo ir embora assim. Prometi a ele que seria forte, e é assim que vou me manter, forte. E só assim conseguirei ajuda-lo. Minhas pernas fraquejam e eu caio sentada no chão, com Carl deitado entre minhas pernas. Olho para nossa situação, e sem demora as teimosas lagrimas começam a descer pelo meu rosto. Abraço ele por trás e depois olho para o céu.

—Se você realmente existe, por favor, me ajuda – digo ainda olhando para cima – não deixe que ele se vá também. É a única coisa que eu te peço. Ele é importante para mim e só você sabe o quanto eu tenho medo de perdê-lo – minhas lagrimas rolam e rolam sem parar – não sei qual é a sua proposta para o mundo, não sei quais são os seus próximos planos para nós, mas a única coisa que eu te peço é que ajude ele. Por favor. Eu sei que nunca tive fé, e também nunca fiz questão de saber se você existia mesmo, na verdade eu nunca acreditei nisso, ainda mais depois do que você deixou o mundo se tornar, mas se realmente está ai me da uma chance, só uma chance.

Uma rajada de vento passa entre nós e o chapéu de Carl cai de sua cabeça. Pego o mesmo do chão e fico o observando. O coloco em minha cabeça, respiro fundo e limpo minhas lagrimas rapidamente. Me levanto e volto a puxar Carl.

Mais alguns minutos se passam e eu ainda não encontrei um lugar para ficarmos. Minha respiração voltou a ficar ofegante por conta do esforço que estou fazendo para poder carrega-lo. Meus braços doem muito. Sem tirar as outras dores que sinto, dos ferimentos causados pelo acidente. Durante o percurso que eu estou fazendo, eu vou olhando em minha volta para poder ver ser acho pelo menos uma lojinha de conveniência por aqui. Parece incrível, quanto mais a gente precisa de um lugar mais fica difícil de encontrar um. Dou mais alguns passos para trás e finalmente avisto uma casinha de madeira, na floresta, beirando a estrada. Vou puxando Carl devagar, até pararmos em frente à porta da casa. Olho pela janela da mesma e ela tem apenas um cômodo, e pelo o que parece não tem ninguém lá dentro. A única coisa que tem lá é um armário também de madeira. Abro a porta devagar e entro com Carl, fecho novamente a porta e ajeito o corpo de Carl no chão, colocando minha mochila em baixo de sua cabeça. A casa possui um odor fétido de mofo. E aqui dentro está tão frio quanto lá fora. Observo ela e parece que ninguém entra aqui por um bom tempo.

Volto minha atenção para Carl e me ajoelho ao seu lado. Sua perna parece não estar mais sangrando, talvez a minha tentativa de estancar o sangramento tenha dado certo.  Seguro sua coxa e observo o ferimento atentamente. Não posso arrancar essa flecha daqui. Se eu fizer isso ele pode sangrar até morrer. Não sei se atingiu alguma artéria, então é melhor não arriscar. Rasgo mais um pedaço de minha blusa, e amarro onde eu havia amarrado a outra, fazendo ainda mais pressão no lugar. Passo a mão pelo rosto dele e selo nossos lábios durante alguns segundos. Sinto que os mesmo estão gélidos então me afasto rapidamente. Toco suas mãos e as mesmas também estão frias. Seguro seu pulso e quase não o sinto. A temperatura dele está baixando. Tiro meu casaco e coloco sobre ele, tentando de alguma forma aquece-lo.

Vou até o armário e o abro, na esperança de encontrar algo que nos aqueça, mas dentro dele há apenas três enlatados. Pego cada um deles e olho a data de validade, as quais indicam que já estão vencidos. Não sei mais o que fazer, não posso sair e deixa-lo sozinho aqui, mas também não podemos ficar aqui por muito tempo, assim ele não vai aguentar.

—Vai ficar tudo bem eu prometo – digo me ajoelhando ao seu lado e passando a mão pelo seu rosto – você só tem que se manter forte, fica comigo Carl, por favor. Não me deixe, não me deixe aqui sozinha. Eu preciso de você – digo baixo e beijo sua testa.

O som daquele caminhão na estrada chama a minha atenção. No mesmo instante saco minha arma e aponto para a porta, esperando alguém se aproximar. O som do motor se sessa, indicando que ele parou. Minhas mãos tremem, e sinto um arrepio percorrer minha espinha. Não tiro os olhos da porta, não posso me distrair. Passos se aproximam da casa. Me deixando cada vez mais nervosa. Me levanto rapidamente e de repente a porta é aberta devagar. E por fim revela o mesmo homem que estava na floresta antes. Ele me olha curioso enquanto aponta seu rifle para mim.

—Olha só quem encontramos – ele diz num tom sarcástico.

—O que você quer com a gente? –eu pergunto séria, sem desviar a direção da arma.

—Abaixe a sua arma e nós poderemos conversar melhor – ele diz e eu nego com a cabeça – você é muito teimosa sabia?! – ele vai entrando na casa e eu vou me afastando – vamos dizer que eu estou dando uma segunda chance à vocês, e eu não costumo fazer isso, então acho melhor cooperar, até porque seu amigo aí não parece estar nada bem – ele fala e eu olho para Carl – e você também não – ele continua, me fazendo olhar para meus cortes por conta dos cacos de vidro.

—Que garantias eu tenho de que você não vai nos matar depois disso? – eu pergunto voltando meu olhar para ele novamente.

—Seja uma boa menina e assim ajudará o seu amigo. Nós levaremos vocês para onde estamos, temos tratamentos médicos lá e assim ele poderá ter a chance de sobreviver. Apenas não faça a escolha errada novamente – ele diz se referindo ao que aconteceu na floresta.

Sei que não posso confiar nesse cara. Eu nem o conheço. Mas pelo o que me parece, ele é a única ajuda que eu terei por aqui. Tenho que manter Carl a salvo, tenho que pensar nele. A situação dele é critica e não quero ser a culpada pela sua morte. Em nenhum momento você tem uma opção. A única coisa que você pode escolher é pelo o que você irá se arriscar. E eu tenho que arriscar. Se eu não fizer isso ficaremos aqui e ninguém mais irá nos ajudar. Talvez eles possam mesmo nos ajudar.

—Você me garante isso? – eu pergunto ainda apreensiva.

—Se eu tivesse que te matar já tinha feito isso antes. Lembre-se é a segunda chance que eu te dou – ele diz e eu baixo minha arma – ótimo, está indo bem. Agora, segunda fase me entregue sua arma.

—Porque deveria?

—Porque não é sua.

—O que?

—Suas armas, sua mochila, se tiver balinhas dentro dela também, sua água, suas lanternas, seus mapas, curativos de primeiros socorros escondidos nesse armário, a comida que tiver dentro dele... Nada mais disso é de vocês.

—E de quem é? – eu pergunto num tom desafiador.

—Sua propriedade agora, pertence ao Negan.


Notas Finais


"Sua propriedade agora, pertence ao Negan" cheguei até me arrepiar com essa frase, tanto aqui quanto na serie kkkkk

Espero que vocês tenham gostados meus amores. E por favor me digam o que acaharam <3

Bjos, amo vocês <33


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