História Notas de uma vida com Dado - Viagens e contratempos

Acordamos no outro dia cedo, Dado acordou mais cedo que eu, claro, o ônibus iria sair em 10 minutos e ele me deixou dormindo, não me acordou, quando acordei, ele disse:
 - Bom dia, Anna. (Me abraçou)
- Bom dia Villa - Lobos (disse sarcástica)
- Bom senhorita, o ônibus sai em 10 minutos, tá na hora de se arrumar né?
-O Que? Você tá louco Dado? Tenho que arrumar a Laila.
- Já arrumei, só falta você, estava dormindo tão linda que esqueci de te acordar.
- Então tá. Vou tomar banho rapidinho.
Tomei meu banho, me maquiei enquanto Dado ficava com a Laila, desci pontualmente em 10 minutos, entrei no ônibus e procurei o Dado e a Laila, encontrei a Laila, com o João Pedro e com o Bonfá (como sempre) sorrindo e brincando com ela, e eu peguei ela no colo e disse:
- Roubando minha filha Bonfá?
- Não, ainda não estou aos poucos ainda ele e João riram.
-hahaha cadê o Dado?
- Eu não sei, ele deixou a Laila aqui e disse que iria no banheiro, deve estar bat...
- Cala a boca, ele não faz essas coisas.
- Ele tomou a insulina hoje?
- Não Sei, não percebi, eu me atrasei.
- Procura ele, talvez ele tenha passado mal, sério. Eu vou com você.
- João, fica com a Laila.
- Tá ok Anna.
Fomos atrás do Dado, no banheiro masculino de fora do hotel, nós chamamos ele, não respondeu. Eu me desesperei, o Bonfá tentou arrombar a porta não conseguiu, a recepcionista deu a chave reserva e nósabrimos a porta, eu encontrei ele caído no banheiro, estava vivo (graças a Deus) ele estava em estado de hipoglicemia, mas estava acordado, não tão lúcido. O Bonfá aplicou a insulina, e deu uma bala para ele. Ele voltou aos poucos, só aí então caímos na estrada novamente. Eu vou confessar. Tomei um susto terrível, não quero viver sem o Dado, ele é a pessoa que eu mais amo nesse mundo depois da minha filha.
Já no ônibus perguntei a ele:
- O que houve? Porque não aplicou hoje de manhã?
- Ah eu esqueci, a Laila chorou bem na hora que eu iria aplicar aí deixei ela com o Marcelo e esqueci de voltar e fui no banheiro.
Então eu o abracei, e deitei no peito dele
- Você nunca mais se esqueça. Eu amo você, não quero que você me dê outro susto desses ouviu?
- Ouvi, agora me dá um beijo?
- Mas aqui Dado?
- O que é que Tem? Não tem ninguém aqui olhando.
Então ele mesmo me beijou, ele simplesmente é maravilhoso em tudo que faz, seja transando, falando, beijando, andando. Ele é maravilhoso.
Dormimos abraçados no ônibus, a viagem seria longa, 5 horas. Fomos acordados pelo Dinho do capital que falou:
- Dado, acorda cara.
Ele acordou com a voz do Dinho que já conhecia bem e disse alegre:
- E aí cara?!
- E aí digo eu, quem é essa moça bonita?
Eu sorri e disse:
- Meu nome é Anna, prazer!
- O meu é Dinho, e o prazer é todo meu. (Disse me abraçando)
- Ei cara, flertando com a minha namorada?
- Claro que não, mas se o Dado mandar mal demais na cama me liga (sorriu)
- Ele manda super bem (disse olhando pra ele)
- Nossa, parece que tem alguém apaixonada aí não é mesmo?!
Todos nós rimos e saímos do ônibus. Hora da parada. Novamente, cadê minha filha? Bonfá some com ela e eu fico procurando igual uma louca, mas eu a achei no restaurante, com ele e com a Fernanda, a ex - esposa de Dado. Esperei que ela me matasse, por estar com o ex dela, mas Não, ela me tratou super bem, conversamos muito, sorrimos, ela é um amor, e linda demais também. Mas ela não poderia seguir viagem conosco porque teria um trabalho a fazer naquela mesma região. Uma pena. Mas já teríamos a capital Inicial inteira pra viajar conosco e isso equivale né. Eles iriam tocar em um fesrival próximo ao show da legião, então o Dinho foi no ônibus da gente, o Fê, Flávio e todos os outros foram no outro ônibus. Assim que entramos começamos a falar de lembranças da juventude, no caso eles, porque eu só escutei, Dinho falou da infância com Dado, Dado falou da paixão platônica pela professora ruiva em Paris, e Bonfá da insulina do Dadoque caiu na água. Nos divertimos muito, eu ri demais, enquanto a Laila dorgia serenamente no meu colo. Tudo bem até então.
Foi quando eu abri meu celular cheio de mensagens de um número Desconhecido com tais ameaças:
Eu sei onde você está Anna tenha certeza e quero que saiba desde já que eu irei até o fim do mundo para fazer com que sua vida acabe lenta e dolorosamente. Você sabe do que eu sou capaz e a minha sede pelo seu sangue ainda não acabou.
Eu entrei em pânico ao ler. As lágrimas  começaram a sair do meu rosto e eu não pude impedi - las e nem me mover, não conseguia esboçar reação, apenas chorava em silêncio enquanto vi o Dado pegar o celular da minha mão e todos tentando fazer com que eu me movesse, até que só havia dor e a escuridão.
Quando acordei eu estava em uma cama de hospital (Que bosta), só pensava na minha filha e no Dado. Aquela sala fazia me dava agonia, muita agonia. Queria sair dali mas o máximo que eu consegui foi dormir novamente. Quando abri pelo segunda vez meus olhos tinha uma enfermeira ao meu lado. 
- Boa noite (ela falou) Como está se sentindo?
- Tonta, com sono, cansada, agoniada e quero muito meu namorado aqui, minha filha também.
- Quanta coisa (sorriu) vou te dar esse remédio para você se sentir mais ativa e cuidarei para que seu namorado e sua filha venham dentro de cinco minutos.
- O que eu tive?
-Bom, você teve um ataque epiléptico, mais conhecido como uma convulsão resultante de uma crise de pânico nervosa, mas você já está bem. Estes exames indicam que você está saudável e poderá sair daqui logo. Agora vou buscar seus amados. Tenha uma ótima noite.
- Obrigada, igualmente.
Enfermeiras boazinhas são as melhores possíveis, eu tenho que relaxar, antes que eu pire de vez porque não está dando, meu ex marido me manda mensagem me ameaçando, será que ele não acha que já se agravou minha vida o suficiente não? Mas todos esses pensamentos somem quando eu vejo ele, na minha frente.
- Anna, como você está? (Disse Dado entrando na sala)
- Dado... Eu estou um pouco lenta mas estou bem.
Então ele me abraçou forte, e eu me senti longe, em uma outra estação. Distante de todos aqueles problemas.
- Quanto tempo eu estou aqui?
-Dois dias, dormindo, mas você está se recuperando bem. Tive dois shows e quase meu raciocínio não funciona, só pensava em você, não quero perder você nunca.
Ele me beijou com força, mas ao mesmo tempo lentamente, sem pressa, eu o amo tanto.
Saí do hospital no dia seguinte e fui direto para o ônibus. Outros destinos agora, eu quero apenas estar bem, mas espera cadê minha filha? Aaaaaaaaaaah Bonfá sumiu quando eu achar ele,  ele morre. O André também sumiu, beleza. Entrei no ônibus a procura deles e não os achei. Legal né? Mas tá ok. Saí procurei e achei o Dado, amém né. O perguntei sobre eles, e onde foram? PARA A CACHOEIRA COM A MINHA FILHA. Vou matar eles, sério. Quando eles voltaram todos molhados e a Laila sorrindo, eu espanquei o Marcelo, que ódio, minha filha só tem 3 meses pra sair por aí.
- PORQUE CARALHOS VOCÊ LEVOU ELA PRA CACHOEIRA? ELA TEM 3 MESES!
- Calma (riu) Não te achei e levei ela, ELA adorou a água.
- Eu fiquei morra de preocupação, e de vocês escorregam? E se ela caí e se machuca?
- Eu não matei o João matei? O André estava lá, A Laila amou, calma Anna, vou trocar de roupa pra seguir viagem, e você deveria fazer o mesmo com a Aventureira
- Eu vou fazer né.
Subi e dei um banho na Laila, que gosta muito de água e sabão, ela sempre sorri, meu amorzinho, razão de viver da mamãe. Troquei a roupa dela, e coloquei uma confortável já que estava fresco o tempo, e fiz a mamadeira dela, já eram 12:00. Eu estava desaprendendo a cuidar da Laolá, Bonfá e João cuidam dela sempre, fazem de tudo menos trocar fralda e dar banho. Eu dei a mamadeira para ela que dormiu após tomar tudo mesmo assim a coloquei para arrotar que adotou mesmo dormindo fiquei com ela no colo até o Dado chegar para me chamar as malas já estavam no ônibus e fomos, quando entrei no ônibus e sentei o João pediu ela, eu dei e ela sorriu ao ir para o colo dele. Então olhei para oDado que estava ao meu lado olhando a janela e falei:
- Está pensando no que?
- Na vida, em tudo
- Eu amo você, embora nós conheçamos a pouco tempo, eu quero estar sempre com você Dado, até quando você Estiver brocha com 79 anos.
- Quando eu estiver brocha terei dedos, boca, qualquer coisa pra te satisfazer.
Então eu Sorri esquecendo completamente aquele momento do meu ex assassino.
Dado se encostou no meu peito e eu fiz carinho na cabeça dele, até nós dois pegarmos no sono eu não deveria ter esquecido as mensagens. Não naquele momento.