1. Spirit Fanfics >
  2. Nothing Really Matters, Anyway The Wind Blows - (Scorose) >
  3. Que Mundo Maravilhoso

História Nothing Really Matters, Anyway The Wind Blows - (Scorose) - Que Mundo Maravilhoso


Escrita por: SrtaSchreave17

Notas do Autor


Gente! Mais um capítulos super fofo para vocês. Desculpem a demora. Minha rotina mudou e eu estou me esforçando para postar o mais rápido possível. Então assim que eu terminar um capítulo eu já irei disponibilizar o cap pra vocês. Espero que compreendam.

Boa Leitura!

A capa: É sobre o presente de aniversário da Hermione. Eu me baseei nessas imagens.

(Música que me inspirou nesse capítulo: What a Wonderful World, versão do Tiago Iorc, também conhecida como "abertura da novela das seis da globo". Sim, eu vejo novela. (agora não mais, não tenho tempo.)
Mas ouçam. É super fofa.

Capítulo 23 - Que Mundo Maravilhoso


Fanfic / Fanfiction Nothing Really Matters, Anyway The Wind Blows - (Scorose) - Que Mundo Maravilhoso

Eu vejo árvores verdes, rosas vermelhas também
Eu as vejo elas florescerem para mim e para você
E eu digo para mim mesmo
O que é um maravilhoso mundo

- What a Wonderful World 

 

Rose ainda não tinha se acostumado com essa coisa de ser oficialmente a namorada de Scorpius Malfoy. É claro que esse era o assunto mais comentado de toda Hogwarts. Todo mundo estava falando sobre os dois. Porém ela percebera que nem sempre era de um jeito bom. Principalmente por parte das garotas.

Isso até era de se esperar, porque, claro, Scorpius era um dos garotos mais bonitos e desejados de Hogwarts. Ele fazia até as garotinhas do primeiro ano suspirarem. E quando se tornou de conhecimento geral que eles estavam juntos as reações foram as mais diversas.

Foram poucas as pessoas, tirando seus primos, que lhe desejaram felicidades pelo novo relacionamento. A maioria olhava com certa, pode se dizer, inveja para Rose. Ela chegou até mesmo a ouvir boatos de que uma garota do quinto ano da Lufa-Lufa estava aos prontos por saber Scorpius não estava mais “disponível”.

Pra algumas garotas, o fato de estar namorando uma pessoa como ele seria um feito e tanto, muitas estariam até se gabando. Mas Rose era diferente. Aquilo a deixava mal, incomodada e até um pouco assustada. Vai que uma garota dessas resolvesse tirá-la do caminho? Há loucos para tudo!

Todavia, o que, ou melhor, quem mais lhe preocupava naquele momento era Kiera LeVill. Ela ainda não havia dado as caras. Na hora do almoço Rose estava constrangida demais com os burburinhos que se seguiam pela mesa da Grifinória e por todo o Salão Principal a seu respeito, para poder prestar atenção em qualquer outra coisa. Então ela simplesmente resolveu prestar atenção no purê de batatas no seu prato.

Quando já ia se levantando e seguindo para o Salão Comunal deu uma topada em alguém. A pessoa não chegou a cair, mas Rose ficou tonta. Apenas quando ergueu os olhos pra ver quem era e se desculpar, percebeu de quem se tratava.

Os olhos de Kiera pareciam prestes a soltar uma labareda de fogo em cima dela.

- Ahn... me desculpe. – Rose murmurou, num misto de constrangimento apreensão.

Kiera bufou e franziu a testa para Rose.

- Não pense que isso vai ficar assim, Weasley! – disse baixo para que apenas Rose escutasse. Porém seu tom de voz era frio e aquilo soou como uma ameaça.

E alguma coisa dentro do peito de Rose dizia que ela não estava se referindo no esbarrão que as duas haviam trocado segundos atrás.

Kiera passou por ela e desfilou até a porta do Salão Principal. Algumas pessoas, Rose percebeu, ficaram observando a cena. O rosto dela corou imediatamente e ela seguiu pelo mesmo caminho que Kiera havia tomado. Sequer se despediu de Scorpius. Ela sentiu os olhos as suas costas, mas tentou, apenas tentou, não se sentir incomodada.

- Já chega por hoje. – disse baixinho para si mesma e suspirou.

***

Na manhã seguinte, quando uma revoada de corujas entrou pelas janelas do Grande Salão, quase meia dúzia de cartas caíram a frente de Rose.

- Pelo jeito a família inteira já está sabendo. – Lily comentou com um sorrisinho.

- Até seus pais me escreveram. – Rose disse analisando o pergaminho que tinha como remetente Gina e Harry Potter.

- É e me escreveram querendo saber tudo sobre a Sophie. Aposto que a mamãe encheu o Alvo de perguntas.

- Mães. – Rose levantou as sobrancelhas.

Ela começou a ler as cartas. A maioria dizia praticamente a mesma coisa. Desejavam-lhe felicidades e vários votos. Porém seus parentes não hesitaram em esconder a surpresa por ela estar namorando um Malfoy. Tia Gina estava claramente contente ao ver que a sobrinha havia enfrentado “ a ira de Roniquinho” e lutado bravamente para conseguir aquilo que queira.  A carta do tio Jorge estava carregada de ameaças ao “louro oxigenado com cara de doninha Malfoy”, que fora como ele se referira a Scorpius na carta, caso ele lhe fizesse algum mal a sua sobrinha.

Além deles, vovô Arthur e vovó Molly também haviam escrito. Havia uma carta do pai com o que ele chamou de “recomendações extras que esqueci de dizer ontem”.  Que basicamente eram “13 formas de acabar com o seu namorado usando magia”. Rose não se demorou muito na carta e não absorveu metade dos conselhos que estavam ali.

As duas últimas cartas realmente a surpreenderam. Uma era de seu primo Tiago e a outra de sua avó Jean. A do primo estava endereçada a ela e a Alvo. E ela leria depois quando estivesse junto do primo. Estava prestes a ler a da avó Jean quando a sineta tocou e ela se apressou a recolher tudo para ir para a aula de poções.

Quando estava guardando o material sentiu mãos taparem seus olhos. Imediatamente levou as próprias mãos sobre as da pessoa sentindo sua pele. Eram mãos grandes e fortes, mas tinham certo toque de delicadeza. Um sorriso formou-se em seus lábios instantaneamente.

- Scorpius. – disse ainda segurando as mãos dele.

- Como você adivinhou? – ela ouviu a voz dele. Seu rosto devia estar bem próximo ao dela porque ela sentiu sua respiração contra sua pele.

- Eu simplesmente sei.

- Simplesmente sabe... – ele suspirou. – Essa é a desvantagem de se namorar garotas inteligentes. - Então tirou as mãos de seu rosto.

Rose virou-se para encará-lo. Ele estava de braços cruzados olhando para ela com aquele sorriso torto. Seus músculos se destacavam embaixo do suéter. Os olhos prateados combinavam com as listras da gravata e o cabelo estava perfeitamente penteado para o lado. Uma ou duas mechas mais teimosas cismavam em cair na testa. A mochila, daquelas estilo carteiro trouxa, estava pendurada ao lado do corpo.

- Alguém aí vai pra aula de Poções? – ele perguntou.

- Claro. – ela sorriu voltando-se a sua mochila. – Deixe-me apenas guardar isto. – ela mostrou o bolo de cartas. Rose não pode deixar de reparar que as poucas pessoas que ainda estavam no Salão estavam prestando atenção nos dois.

- Admiradores? – ele perguntou.

- Família.

- Seu pai não voltou atrás, né? – perguntou preocupado.

- Não. – ela riu enquanto levantava-se.

- Ufa! – ela suspirou. – Deixe-me ajudá-la com isso. –pegou a mochila da mão da garota com delicadeza e depois esticou a mão para que Rose a segurasse. Ela pensou em dizer algo, mas resolveu ficar quieta e aceitar. – Então, você nem veio me dar boa noite ontem. – ele disse quando já estavam fora do Salão Comunal e longe dos ouvidos curiosos.

- Desculpe. – ela olhou para ele. – Não fiz por mal. Estava um pouco cansada e esse pessoal... – ela passou a mão pelos cabelos, jogando-os para trás. – Bem, já estava cheia de todo mundo me olhando.

- Claro. Eu entendo. – ele sorriu e apertou a mão dela.

- E o pessoal da Sonserina? Eles ficaram te enchendo também?

- Ah, as pessoas sempre falam. – ele deu de ombros. – Acho que sempre vai haver um descontentamento. Afinal, para eles, estamos quebrando todas as regras. Mas eu não ligo. – sorriu orgulhoso. – O prêmio maior sou eu quem ganho.

Rose sorriu tímida para ele.

- Vamos ao corujal mais tarde? Preciso enviar o presente da minha mãe.

- Claro, mas achei que já havia enviado.

- Não. Ela só deve chegar do trabalho depois do almoço. Como temos um tempo livre... pensei em ir a essa hora.

- Está ótimo. – ele sorriu,

- E seus pais? Já contou pra eles? – ela perguntou enquanto desciam a escada que levava as masmorras.

- Ah, sim. Ontem mesmo. – ele sorriu. – Na verdade eles viram o jornal não, é? Mamãe está radiante. Ela quer te conhecer melhor. Na próxima visita a Hogsmead, disse para avisarmos que ela vai querer almoçar conosco.

- Que ótimo. – Rose sorriu animada. – Pelo menos ela não quer me matar.

Eles caminharam mais um pouco até chegarem a porta da sala de poções. Praticamente a classe inteira já estava ali. E mais uma vez eles foram vitimas dos olhares das pessoas.

- Ora, se não é o casal mais famoso de Hogwarts! – Kennedy McCloskey disse com um sorriso idiota. – Será que podem autografar o meu caderno.

Scorpius mudou o peso de uma perna para outra, claramente desconfortável. Rose sentiu o rosto corar e mirou o chão. Tentou soltar sua mão da de Scorpius, mas o garoto a apertou um pouco mais forte, num gesto que dizia que ele estava com ela.

Antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, uma voz alta e grave encheu o corredor.

- Bom dia, bom dia. Com licença. – o Professor Slughorn espremeu-se com sua enorme pança em meio aos alunos. – Vamos entrar pessoal. Temos muito que trabalhar hoje. – ele se aproximou da porta e a abriu. Os alunos começaram a se deslocar lá pra dentro.

- Vamos lá. Não liga pra eles. – Scorpius disse segurando seu queixo e fazendo com que ela o olhasse.

- Está bem.  – ela sussurrou e juntos eles entraram na sala.

Os alunos ocupavam seus lugares ao poucos. Scorpius não soltou a sua mão até chegaram a seus lugares na mesa central. Sophie e Alvo logo chegaram, trazendo com eles mais olhares curiosos.

- Porque eu tenho a impressão que a cada dia – Alvo se inclinou na direção dos dois – o povo dessa escola fica mais fofoqueiro? – perguntou.

- Isso já está enchendo o saco! – Sophie disse.

Slughorn deu início a aula continuando a explicação sobre  a Veritaserum. Mas não se demorou muito, pois foi interrompido quando a porta da sala foi aberta. Sebastian e Alexis estavam parados no portal e encavam a turma. Pareciam ofegantes.

- Srta. Brackenridge, Sr. Button... – Slughorn  franziu a testa para eles. – Estão atrasados.

- Desculpe professor. – Sebastian se desculpou. – Nós... quer dizer, eu, me atrasei.

- Eu também senhor. – Alexis acrescentou com certa urgência.

- Tudo bem. Entrem. – Slughorn fez um gesto com a mão para que os dois entrassem. – Vamos continuar com a aula. Como eu ia dizendo, a Veritaserum...

A turma voltou os olhos para a frente da sala onde Slughorn falava. Mas Rose ainda estava prestando atenção nos dois. Sebastian deixou que Alexis passasse primeiro (o que Rose achou ser um gesto cavalheiresco demais para um brutamonte como ele) e depois entregou uma mochila a ela. Os dois trocaram um pequeno sorriso e cada um seguiu para o seu lugar.

Que é que eles estavam fazendo juntos? Agindo com tanta... afinidade. Não era a primeira vez que Rose os via tão próximos...

- Você não vai anotar? – Scorpius disse tirando-a de seus pensamentos.

- O que? – ela perguntou virando-se para ele e depois para o quadro já preenchido. – Ah, claro. Eu me distraí. – sorriu.

Scorpius virou-se em direção a mesa da Grifinória e olhou em direção a Sebastian.

- Estranho né? Os dois juntos.

- É, eu estava pensando nisso. Será que eles tem alguma coisa? – perguntou baixinho.

- O Button com uma sonserina? – Scorpius riu. – Meio improvável.

- Falou o Malfoy que namora uma Weasley! – ela beliscou o queixo dele.

Scorpius sorriu e deu de ombros.

Os dois começaram as fazer as anotações. E assim a aula se seguiu. Rose não conseguia tirar da cabeça que Alexis e Sebastian tinham alguma coisa.

Quando a sineta tocou, eles saíram das masmorras em direção a Sala de Feitiços.

- Ah, Alvo – Rose disse olhando para o primo. – Tiago mandou uma carta endereçada a nós dois. Mas eu ainda não abri.

- Estava demorando. – ele revirou os olhos. – Já não basta a mamãe?

- Lily disse que ela ficou chateada por você não ter contado sobre vocês dois. – ela apontou Sophie com a cabeça.

- Minha mãe acha que eu ainda sou uma criança. – balançou a cabeça.

- E os seus pais Sophie? – Scorpius perguntou. – O que disseram?

- Ah, eles ficaram surpresos por termos saído no jornal. Mas eles são legais. Pra eles está tudo bem. – ela sorriu e segurou a mão de Alvo.

- Então agora está tudo bem. – Scorpius suspirou e passou os braços ao redor dos ombros de Rose com aquele sorriso torto. Mas ele escolheu uma péssima hora para fazer aquilo.

- Ou quase tudo. – Sophie murmurou.

Kiera estava parada no corredor conversando com uma amiga e sua expressão se transformou numa carranca de ciúmes quando viu o gesto de Scorpius.

- Mas que saco! – ele bufou. – Eu nunca tive nada com essa garota e vejam como ela me olha!

- Você não está sozinho. – Rose comentou. – Ela está quase se transformando num basilisco quando olha para mim.

- Ela veio falar alguma coisa pra você? – perguntou preocupado.

- Não. Quer dizer... nem precisou. Viu como ela está olhando pra gente? Dá pra ver que não está nada contente.

- Ai, cruzes. – Sophie franziu a testa. – Ela está agourando vocês.

- Acho melhor colocarem uma gota daquela Felix Felicis no suco de abóbora matinal. – Alvo riu. – Pelo menos enquanto essa garota estiver por perto.

Durante a aula de feitiços Kiera não tirou os olhos deles. Sua carteira ficava na mesma direção que a dela e seus olhos pareciam nunca sair de cima de Rose.

- Ela ainda está olhando. – Sophie suspirou. – Ela não se manca não? – cochichou.

- Acho que ela ainda tem esperanças com o Scorpius. – Rose murmurou.

- Ela está muito enganada. – Scorpius, que estava na fileira da frente, falou por cima do ombro. Devia estar prestando atenção a conversa das duas – Porque a única esperança que eu tenho com ela, é que ela fique longe de mim.

Rose sorriu.

- Srta. Weasley, Sr. Malfoy. – A Srta. Young chamou. – Deixem o romance para depois e prestem atenção aqui. – ela bateu com a varinha no quadro. A turma inteira deu risadinhas.

Rose sentiu o rosto ficar vermelho.

- Fala sério, até a professora? – Sophie disse num sussurro quase inaudível.

Rose seguiu em silêncio o resto da aula. Quando a sineta tocou e os alunos foram se levantando para ir embora foi que eles voltaram a falar.

- E então? O que vão fazer agora? Tem um tempo vago antes do almoço. – Alvo perguntou.

- Nós vamos ao corujal. – Scorpius apontou a cabeça na direção de Rose. – Mandar o presente da minha sogrinha. – riu.

- Já está assim é? – Alvo levantou a mão. – Vocês são rápidos!

Scorpius bateu nele com o livro de feitiços antes de guardar o objeto na mochila.

Rose viu pelo canto do olho Kiera lançar mais um olhar cruel a ela, ainda sentada em seu lugar.

- Acho melhor irmos logo, Scor. – Rose disse – Preciso pegar o presente com o Hugo ainda.

- Está bem. – ele sorriu.

Eles se despediram de Alvo e Sophie, e então seguiram para biblioteca, onde Rose havia combinado de encontrar com Hugo.

- Ah, você o trouxe junto. – Hugo apontou para Scorpius quando os dois chegaram perto dele na biblioteca, o que fez Madame Chandezon dirigir um olhar mortal aos três.

- Ah, qual é cunhadinho? Ainda não se acostumou comigo? – Scorpius sorriu para ele.

Hugo revirou os olhos e cruzou os braços.

- Não sou seu cunhadinho. – disse carrancudo.

- Ok. Vai. Terminou o presente da mamãe?

- É claro.

- Deixa eu ver. – Rose se sentou enquanto o irmão abria a mochila.

Hugo tirou o álbum de fotos que ela havia comprado em Hogsmead e colocou em cima da mesa.

- A vovó e a tia Gina me ajudaram. – disse enquanto Rose abria.

Ela sorriu ao ver uma foto dela com os pais e o irmão logo na primeira página. Todos sorriam e acenavam. A foto deveria ser de uns dois anos antes.

- É claro que eu escolhi aquelas em que eu estava mais bonito. – Hugo disse orgulhoso.

A foto seguinte era de Rose bebê enrolada em uma toalha. Ela sorria e batia palmas. Os cabelos ruivos era o que mais chamava atenção.

- É você? – Scorpius perguntou sorridente por cima de seu ombro.

- Sim. – ela assentiu.

- Você é linda desde sempre. – beijou sua bochecha, o que a fez corar um pouquinho.

Hugo olhou para os dois com cara de nojo e fingiu colocar o dedo na garganta, como se vomitasse.

- Ah, veja. É o Hugo. – Rose apontou a foto. Onde um Hugo bebê olhava curioso para a câmera. Suas mãozinhas gorduchas pareciam querer agarrar a câmera. – Que fofinho!

- É... eu sou. – Hugo disse convencido.

A próxima foto era de Rose, com uns quatro anos de idade aproximadamente, tinha um buquê de flores na mão e corria de um lado para o outro amostrando-o.

- Que gracinha! – Scorpius comentou.

- Acho que foi o casamento de alguém. – Rose comentou.

A próxima foto era de um Hugo sorridente e com o rosto coberto de lama, como se tivesse acabado de fazer alguma travessura.

- Nossa, cara! O que aconteceu com você? – Scorpius perguntou.

- Guerra de lama com Fred. – Hugo disse como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.

- Eu me lembro desse dia. – Rose disse. – Vovó  ficou furiosa porque vocês acertaram a janela da cozinha da Toca.

A outra foto era de Rose e Hugo no jardim de casa.

- Essa foi no verão antes de eu entrar para Hogwarts. – Rose disse enquanto sua versão no papel acenava para ela e Scorpius.

- Essa é a última. – Hugo disse apontando para a foto de Hermione, Rony e Harry ainda crianças com os uniformes de Hogwarts. – Tio Harry quem deu.

O Rony e o Harry da foto se abraçavam com sorrisos de orelha a orelha enquanto Hermione, de pé ao lado dos dois, sorria.

- Ficou incrível Hugo! – Rose sorriu.

- Claro, eu que fiz. – disse convencido.

- Nem vem! Você só arrumou as fotos. A ideia foi do Scorpius.

- Ele já está dando palpite? – perguntou admirado.

- Tenho certeza que ela vai adorar. Aliás. – Sorpius disse. – Tem espaço no álbum ainda não é? –perguntou enquanto se sentava e mexia em sua mochila.

- Tem. Por que? – Rose perguntou.

- Que tal mais uma foto? – Scorpius sorriu para ela mostrando uma câmera.

- Nossa? – ela perguntou.

- É... pro seu pai ir se acostumando comigo nos álbuns de família. – sorriu mais ainda. – Hugo? Você faria a gentileza? – apontou a câmera.

- Cinco galeões. – Hugo levantou a sobrancelha.

- Te dou dez. – Scorpius disse pegando algumas moedas no bolso da frente da mochila.

- Hugo, não seja explorador. – Rose o censurou.

- Dez? – Hugo disse animado - Aonde você quer que eu tire? –pegou a câmera na mão de Scorpius. – Está um dia lindo lá fora!

- Que tal os jardins? – Scorpius apontou a janela da biblioteca.

***

- Você não vai fazer isso? – Rose dizia.

- Ah, eu vou sim. – Scorpius riu dela.

- Rose fique quieta. Ele vai me dar dez galeões! – Hugo disse animado

Eles estavam parados nos jardins, próximo ao corujal. Scorpius parou perto de uma árvore e puxou Rose para perto de si.

- Aqui está bom. – disse colocando a mão na cintura de Rose e cutucando suas costelas, o que a fez gargalhar.

- Ah, não! Scorpius... – ela tentou protestar mas era tarde demais. Já estava caindo na gargalhada com a foto.

- Sorria! – Scorpius brincou.

Rose olhou par ao irmão ainda gargalhando. Um flash a atingiu e logo a foto estava saindo na parte de baixo da câmera.

- Coloquei uma poção para revelar filmes direto na máquina. – Scorpius explicou. – Fica pronto na hora.

- Esse tipo de máquina é antigo. Como conseguiu?

- Eu já tinha, estava em casa. Pedi para os meus pais mandarem ontem. Foi meu tio quem me deu.

- Está boa? – Hugo perguntou se aproximando deles e mostrando a foto.

O casal sorria alegremente e se abraçava na foto.

- Perfeito. – Scorpius disse. – Obrigado pelos serviços.

- Quando tiver uns galeões pra gastar é só dizer. – Hugo sorriu. – Agora vocês tem que embrulhar o presente da mamãe. Tenho que ir. A Lily está me esperando no Salão Comunal. Temos trabalho de poções! Vejo vocês mais tarde! – ele acenou enquanto se afastava correndo.

- Vamos sentar ali. – Rose disse apontando uma grande pedra a sombra de uma árvore. – Preciso embrulhar o álbum.  – Scorpius assentiu e adiantou-se a se sentar. Rose se juntou a ele.

Rose começou a pegar o papel de presente na mochila e com um aceno de varinha embrulhou o álbum rapidamente. Acrescentando um cartão de Feliz Aniversário.

- O que acha? – perguntou mostrando o embrulho.

- Perfeito. – ele sorriu.

- Vamos até o corujal, então? – ela perguntou.

- Claro. – ele disse se levantando.

***

- Espero que seu pai não queira me matar... – Scorpius comentou enquanto eles observavam Otis se afastar em direção as montanhas com o embrulho nas garras.

- A ideia foi sua. – ela riu.

- Eu sei, eu sei. Vou correr o risco. – ele levantou as mãos.

- No aniversário dele você manda uma camisa do Chuddle Cannons, e vai ficar tudo bem. – ela disse se aproximando dele. Rose encarou seus olhos prateados e sorriu. Ela tocou uma mecha de seu cabelo que lhe caía na testa e a pôs no lugar.

- Dá pra acreditar?– ele perguntou.

- No que?

- Em nós dois. - acariciou sua bochecha com o polegar. – Juntos.

- A gente brigava muito né?

- É. – ele suspirou - Que bom que paramos... Pelo menos por enquanto.

Rose riu.

- Se eu disser algo idiota de novo, não hesite. Me estupore.

- Espero não precisar.

- Não vai. – ele colou a testa na dela.

- Te amo. – ela disse de repente. Foi algo natural, sem planejar. Mas foi carregado de amor.

- Eu também, meu amor. Eu também... – ele a beijou.

A respiração dois parecia em total sincronia. Mas então Rose se deu conta de algo e se separou dele lentamente.

- Espera. O que disse? – perguntou.

- Que te amo. – ele disse como se fosse óbvio.

 - Não. Você... – ela prendeu a respiração - me chamou de meu amor. –sorriu.

- Eu nunca tinha chamado? – ele perguntou com um sorriso bobo.

- Não... Acho que não. Na verdade você perguntou se podia me chamar de meu amor aquele dia, lá no trem. Mas não chegou a chamar.

- E você quer que eu chame agora? – ele perguntou encostando a testa na dela novamente.

- Eu vou amar se chamar. Já estou amando, na verdade. – ela disse com os olhos fechados.

- Não devia ter dito isso. A partir de agora vou encher sua paciência com isso.

- Nunca vou me cansar. – ela colocou a mão em sua nuca.

Scorpius aproximou o rosto de sua orelha, o que fez os pelos de sua nuca arrepiarem-se.

- Eu te amo, meu amor. – sussurrou e em seguida deslizou os lábios para os seus. – E vou te amar pra sempre, Rose Weasley.

 

Os raios de sol do meio-dia infiltravam-se pelas janelas do corujal e deixavam a cena brilhante e dourada. Toda a vida ao redor daquele local parecia sorrir para eles. Não havia espectadores (pelo menos não humanos), mas era uma cena digna de ser admirada.

E durante aquele momento, pelo menos naquele momento, o mundo parecia ter ficado um pouquinho mais maravilhoso.

 

Is this the place, we used to love
Is this the place that I've been dreaming of


Notas Finais


Ownt, amo esse casal! Espero que tenham gostado.
E eu estou com umas ideias, umas coisas que vão acontecer mais pra frente e vocês vão adorar, espero.

Obs.: No próximo cap eu coloco a carta do Tiago e a da Vó da Rose. A carta da vó dela tem algo especial. Porque avós são tudo :3

Mal feito, feito.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...