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História Notre destin - Bônus: Spin-off Alvos e Melodias


Escrita por: tatah_mirac

Notas do Autor


Olá, meus queridos!
Esse capítulo foi uma coisa que fluiu aqui... Não sei explicar bem pra vcs o porquê, mas lembrei de algumas situações da minha vida e... nasceu!

É a "faísca" de um shipp que eu, particularmente, gostei e imaginei em várias situações e conflitos... E a sementinha pra um outro aí também. 😂

Considerem como um bônus. É um capítulo que não é voltado exclusivamente pra Marinette, mas ela participa, assim como nosso querido Adrienzinho... Mas o foco é o início da amizade entre Luka e Kyoko. Não pretendo evoluir isso nessa fic aqui, não é o foco.

Espero que alguém goste dessas loucuras minhas.😂😂

Capítulo 12 - Bônus: Spin-off Alvos e Melodias


Fanfic / Fanfiction Notre destin - Bônus: Spin-off Alvos e Melodias

Naquela tarde de sábado, quem chegasse à residência dos Cesaire, já ouviria de longe os ruídos.

Risos, conversas, músicas...

Os alunos do segundo ano do Françoise Dupont resolveram fazer uma pequena confraternização só para passar o tempo mesmo. Além da anfitriã, Alya, estavam quase todos os alunos e alguns amigos. Até mesmo Chloé e Lila. Para não parecer injusta, Alya permitiu ainda a presença dela, mesmo que a contragosto.

Adrien não pudera ir, pois seu pai havia solicitado sua presença em mais um evento da empresa Agreste. Evento esse em que estaria sua amiga Kyoko também.

– Deixa eu explicar como funciona. Você vai tentando fazer os quartetos com as quatro cartas... e vamos passando o coringa. Quem formar primeiro, tem que abaixar... E aí todos têm que abaixar também. Quem fizer isso por último, bebe um copo d'água. Tem que ficar esperto! – Alya dizia para os amigos que estavam todos sentados em volta da mesa prontos para começar o jogo.

– Ah... sinto que eu vou beber muita água hoje. – Marinette colocou a mão no rosto e os amigos riram.

E isso aconteceu mesmo. Das três primeiras rodadas, dois copos de água foram tomados pela azulada. Logo a campainha tocou com mais um convidado chegando.

– Luka! – Alya deu um abraço nele – que bom que você conseguiu vir. Já tá todo mundo aqui.

O músico entrou, cumprimentou a todos, inclusive Marinette que já sentia uma leve acelerada nos batimentos cardíacos ao perceber ele chegando e sentando-se ao seu lado. Ele vestia um jeans mais escuro um pouco rasgado nos joelhos, uma camisa preta do Scorpions, o cabelo sempre uma bagunça azulada que Marinette achava lindo, com seus olhos azuis claros. Ele a cumprimentou com um beijo na bochecha.

– Tudo bem? – perguntou sorrindo.

– Ah... tudo! Depois de perder duas vezes e ter que tomar dois copos de água nesse jogo, acho que vou desistir... – disse ela dando uma gargalhada de leve.

A mestiça sempre conseguia formar frases coerentes perto dele, ao contrário de quando estava com Adrien. Mesmo achando-o atraente, simpático, bonito. Ficava muito mais à vontade.

Ele riu junto com ela e começou a conversar com todos ali em volta.

– Ah, então... eu tenho uma sugestão. Uma brincadeira muito interessante... – Lila dizia com o sorrisinho de sempre.

Alya já arqueou a sobrancelha para ouvir com desconfiança.

– É a brincadeira da carta. – ela pegou uma das cartas e colocou sobre os lábios – Vocês já ouviram falar?

Todos se entreolharam e Kim deu um sorriso de canto como alguém que talvez já tivesse participado.

– Hum, interessante. – ele afirmou.

– Então, é assim... A gente faz um círculo. O primeiro apoia uma carta colada na boca e vai passando pro outro. Quem deixar cair ou... sair um beijo – todos deram uma risadinha – é eliminado.

– Hum, entendi... Nino, fica do meu lado! – Alya já sentenciou.

Todos riram dos ciúmes da morena.

Luka, como já estava sentado próximo de Marinette, aproveitou a oportunidade e ali mesmo ficou.

Enquanto eles estavam se organizando, a campainha tocou novamente.

– Adrien! Kyoko! Que bom que vocês conseguiram fugir, de novo... – Alya cumprimentou-os com um abraço.

O modelo usava uma camisa social de botões azul escura, e mangas dobradas até próximo o cotovelo, com um detalhe na manga em quadriculado e calça jeans. A japonesa vestia uma saia preta reta que ia até quase os joelhos, uma blusa branca mais solta de botões e mangas pequenas e um scarpin vermelho.

– Nossa, mas vocês não erraram a festa não? Que luxo é esse, hein, amigos? Arrasaram! – a morena dizia com um sorriso.

– É o ofício, Alya... a gente veio direto do evento lá da empresa, então... – o loiro riu.

– Se você tivesse noção de como esses sapatos já estão me matando... É um preço alto a pagar. – a japonesa disse e eles riram juntos.

– Pode ficar à vontade, viu, gente? Kyoko, até se você quiser tirar o sapato, eu tenho sandália mais baixa que posso te emprestar. – a morena ofereceu e a japonesa aceitou, pois estava muito desconfortável mesmo.

Depois disso, os dois chegaram próximos à rodinha de amigos e Alya explicou a brincadeira aos dois novos convidados. Deixou-os à vontade se quisessem participar. Eles acharam divertido e entraram no círculo. Como a velha Lei de Murphy sempre funcionava para a mestiça azulada, ela ficou entre o músico e o modelo. Os dois estilos totalmente diferentes, mas lindos de qualquer jeito. Lembrou-se do dia em que ela e Cat Noir derrotaram a Capitã Hardrock e sua bússola parecia totalmente desregulada ali... Ela pegaria a carta da boca de um, e passaria ao outro...

Como poderia ser pior?

A brincadeira começou com Alya, passando para Nino... Sabrina... Lila... Mylene, que quase desequilibrou a carta... Ivan, Chloe, Kim, Kyoko, Adrien... e a carta caiu fazendo com que o modelo ficasse por um triz de beijar os lábios de Marinette. E o pior é que ele não fizera de propósito dessa vez.

Por que comigo? 

Ela pensava já corando como sempre, vendo o sorriso de canto que o modelo dera a ela.

Lila, em determinado momento, ficara do outro lado de Nino. Apoiou as mãos no ombro do moreno, dando um leve sopro na carta em sua boca de propósito, e deu um selinho na boca dele.

Todos ficaram alvoroçados. 

Alya ferveu de raiva, mas continuou no jogo, tentando não dar esse gostinho de vitória para a outra morena. Lila ficou satisfeita de aproveitar mais uma oportunidade de criar problema na vida da melhor amiga de Marinette, que apenas levou as mãos ao rosto pela indignação.

Ao continuar o jogo, Marinette foi eliminada também por deixar cair a carta ao passar para Luka, o que fez com que o azulado e Kyoko ficassem lado a lado.

Nesse meio tempo, Juleika passou a carta para Rose e, ao deixar cair, também quase acertou um selinho nos lábios da amiga. As duas sorriram um pouco sem graça, e Luka já olhou diretamente para a irmã com um sorrisinho sarcástico. Ele já havia notado há tempos a aproximação das duas. Só esperava mesmo o momento em que sua irmã estivesse à vontade para se abrir sobre o assunto. Ela nunca havia namorado ninguém antes, e era muito tímida...

Por fim, a japonesa e o músico permaneceram, tendo que fazer praticamente um duelo. Eram realmente determinados aqueles dois. Eles se entreolharam com um sorriso e uma expressão desafiadora de brincadeira.

– Que vença o melhor, esgrimista! – ele dizia dando um sorriso de canto para ela e fazendo a reverência típica do Japão.

– Assim seja, guitarrista – ela sorriu de volta devolvendo o cumprimento.

Adrien e Marinette assistiam e, na mente de ambos, se passava o mesmo pensamento: que ironia do destino...

Eles iam passando a carta um ao outro e todos gritavam deixando o clima mais tenso:

– Mais rápido! Mais rápido!

E eles apoiavam as mãos nos ombros do outro para facilitar, ambos internamente nervosos, até que a carta se desequilibrou dos lábios da japonesa. Como eles estavam em ritmo acelerado, Luka acertou um selinho nos lábios dela, o que fez os dois arregalarem os olhos e corarem instantaneamente pela surpresa, e ele disse baixando os olhos:

– Me desculpe... – ambos começaram a rir um pouco constrangidos, seguidos de todos os amigos presentes.

– Tudo bem, você foi o melhor... – disse ela sem perceber o duplo sentido em sua fala, sentindo o rosto queimar.

Kyoko nunca fora de demonstrar insegurança, nem desconforto com nada; muito menos Luka. Mas naquele dia, eles mesmos se surpreenderam com suas reações. Ela engolia em seco tentando disfarçar o rubor provocado pelo calor em sua face. E Luka sentia o suor formando-se na testa pouco a pouco pelo nervosismo.

– Temos que admitir que foi uma batalha épica! – Nino disse fazendo com que todos concordassem – Mas o nosso amigo aqui é o grande vencedor.

O moreno pegou em um dos braços do azulado, levantando-o como vencedor.

Apesar de estarem, em tese, "acompanhados", Luka e Kyoko ficavam repassando aqueles acontecimentos em suas mentes... Ela analisava o jeito simples e despojado dele de se vestir.

Como poderia ficar tão lindo mesmo desse jeito diferente?

E ele notara as curvas que a saia reta e justa lhe dava no corpo. Nunca havia reparado nela assim, pois nem era costume dela se vestir daquela forma no dia a dia. Mas o evento ao qual ela e Adrien foram exigiu isso.

Ainda que esses pensamentos fossem sutis, iam e voltavam como pequenos detalhes se encaixando em uma trama maior...

Os dois faziam uma ideia totalmente diferente um do outro, até o dia em que foram obrigados a se trancarem em um quartinho na cafeteria em que ele trabalha, a fim de se protegerem de um akumatizado.

Ficaram amigos a partir de então.

Uma história bem parecida com a de Nino e Alya, que estavam juntos até o momento.

Passado algum tempo na sala, com os amigos, o músico se dirigiu à cozinha para pegar mais copos descartáveis, a pedido da dona da casa. Ao sair distraído com as coisas na mão, ele sentiu alguém se chocando em seu peito.

– Ah, me desculpa... – ele disse à Kyoko se abaixando para pegar os copos descartáveis que escaparam de suas mãos.

No choque, ela sentiu as mãos dela alcançando os músculos do peitoral dele e engoliu em seco por ver de quem era. Ela se abaixou para ajudar e os dois tocaram as mãos involuntariamente.

Maldito clichê de filme... 

Eles pensaram, enquanto riam juntos da situação.

– Segundo pedido de desculpas hoje, guitarrista... – ela disse olhando para ele, encontrando aquelas íris azuis que, de tão intensas, pareciam alcançar seus segredos mais profundos, o que lhe causava uma sensação de imediato desconcerto.

Marinette do céu, o que mais você está esperando... – ela pensava e se repreendia por isso.

– Hum, verdade, esgrimista... Mas hoje descobrimos mais duas coisas em comum: somos determinados e até um pouco distraídos, mesmo que seja bem raro... – ele riu e continuou – já é um bom começo!

Isso se referia a algo que eles conversaram muito durante a tarde em que ficaram trancados juntos.

🐞

Dias antes...

– Porque não é complicado, Luka. Nós simplesmente temos quase tudo em comum... Nossos pais são amigos, temos gostos parecidos, fazemos esgrima... – Kyoko falava tamborilando os dedos nos joelhos dobrados.

– Sei... E você acha que isso é suficiente? Vocês têm tantas coisas em comum que fiquei até entediado agora... – ele fez uma careta e ela riu – é sério, Kyoko. Você não tem que buscar ser feliz com alguém simplesmente SÓ porque essa pessoa tem tudo em comum com você... Desculpa pelo que vou dizer, não estou julgando pelo seu caso... Mas só por ser mais confortável, ou conveniente... isso não basta.

– É, eu sei... Eu me aproximei do Adrien por esses motivos. Essas coisas me atraíram nele. Parece que ele sente que temos isso em comum... Nós dois passamos tempo juntos porque é agradável... confortável. Mas eu ainda sinto que falta alguma coisa a mais – ela disse cabisbaixa – eu vou te dizer uma coisa que nunca disse pra ninguém... – ele a interrompeu.

– É, eu meio que tenho esse superpoder... – ele deu uma risadinha.

– Ah, convencido é um dos adjetivos seus então... – ela sorriu e engoliu em seco percebendo que havia dado brecha para ele perguntar sobre "outros" adjetivos dele. Ela, definitivamente, não estava preparada para essa conversa.

– De modo algum... Mas as pessoas costumam me avaliar como um bom amigo, digamos assim... Se tivesse algum aplicativo pra avaliar isso, eu te mostraria minhas estrelinhas – apontou para o celular na mão e sorriu, arrancando uma risada espontânea rara da japonesa – mas agora vamos continuar com você... Me diga, o que você ia dizer que nunca contou para ninguém?

– Promete que não vai me achar ridícula? – ele confirmou com a cabeça pensando que isso seria a última coisa a se pensar de uma garota como ela – mas me sinto como se eu ainda não fosse o suficiente para ele gostar de mim.

– Então você nunca vai ser feliz com o Adrien – ele sentenciou.

– Nossa, você é bem direto, hein? – ela sorriu – Mas como assim?! – franziu a testa.

– Desculpe, eu sou muito franco, mas meu jeito é assim mesmo... – ele apertou os lábios levantando as mãos em sinal de rendição – Kyoko, você não tem que mudar pra ser suficiente a ninguém. Se ele não se apaixonar por você é porque... primeiro, ele é um idiota... – ele riu e ela corou numa expressão de indignação – tô brincando. Agora é sério... Talvez você esteja tão apegada a focar em alguém que tem tantas coisas em comum com você, e isso não vai ser suficiente, não vai haver nada pra completar um ao outro... Nem pra ele e certamente nem pra você. Mude o seu alvo, tente algo diferente... – ele disse e ela o olhou fixamente, se perdendo nos detalhes de seu cabelo azulado, os olhos azuis mais cristalinos ainda...

Seu coração errou uma batida e lembrou que eram as palavras que ela mesma dissera a Adrien quando o loiro pareceu ter se decepcionado com alguém assim que a conheceu.

Ele continuou:

– Às vezes você vai achar o que procura em quem menos está esperando. A mim, me parece que você é uma pessoa extremamente racional, que mede as palavras a todo custo, planeja tudo... Talvez você tenha que achar alguém que te faça sair um pouco da linha para preencher essas lacunas. – ela gelou ao ouvir isso dele – E faz sentido procurar isso em alguém milimetricamente parecido com você? Talvez sim, mas provável que não...

– Você tem razão... Nossa... – ela fez uma pausa e continuou observando-o, mudando o assunto – mas me diz, e você e a Marinette?

Ele suspirou.

– Ah, eu gosto muito dela, sabe? Mas eu sei que é um "terreno perigoso" ainda... – ele dizia enigmático.

– Ah, o perigo se chama Adrien, né? Pode falar, eu sei que ela gosta dele... – ele fez uma expressão de surpresa.

– Ah, então você sabe? – ela assentiu – eu fiquei com a Marinette aquele dia confesso que um pouco levado pelo momento. Não que eu não quisesse, eu sempre quis... – ele suspirou – Mas estava esperando porque...

– Porque você tá apaixonado. – ela completou a frase.

– É... – ele confirmou coçando a nuca.

Ela chegou a pensar que aquele era um gesto comum de quando os homens estão tensos, pois Adrien também fazia a mesma coisa

– Você também é bem direta, hein? – ele continuou e ela sorriu – nem pode reclamar de mim. – ele fez uma pausa e suspirou – mas eu tenho consciência de que será arriscado se a gente assumir algo. Enquanto isso, o que eu posso fazer é estar ali e esperar ela se decidir... Melhor assim do que o fracasso certo, né? – ele sorria arqueando uma das sobrancelhas.

– É, igualmente pra mim... Com a diferença que eu não tenho nem metade da sua paciência, guitarrista – ela deu uma risada e continuou – lembrei de uma frase perfeita pra isso: A suprema felicidade da vida é a convicção de que se é amado – ele a interrompeu.

– ...amado por si mesmo, em outras palavras, amado apesar de si mesmo. Les Misérables, Victor Hugo... – ele completou – perfeito mesmo.

– Olha só... e eu fazendo uma ideia totalmente diferente de você – ela sorriu e ele soltou uma risada.

– Mas que ideia você fazia de mim? – ele perguntou curioso.

– Ah, eu te via assim e achava que você era só tipo "deixa a vida me levar" – ele soltou uma gargalhada e ela continuou – que não era tão maduro, culto...

– Hum, então você concorda que nós dois hoje aprendemos que as aparências enganam e até mesmo nós somos um pouco parecidos? – ele sorriu e encarou seus olhos levemente puxados amendoados.

– Sim, com certeza...


Notas Finais


Esse capítulo foi a centelha da ideia que tive antes de começar com o spin-off dessa história: Alvos e Melodias. O foco de lá é desenvolver o casal Luka Couffaine e Kyoko Tsurugi, porém Adrien, Marinette, os amigos e heróis também estarão lá sendo explorados de outro ângulo, além de outros assuntos mais sérios até da vida real.
Sei que esse casal não foi nem aproximado na série original, mas vejo muito potencial para eles. Por isso, criei um enredo para esses ele que também moram no meu coração! Sim, eu gosto da Kyoko, não me julguem. :) Ela é bem incompreendida pelo fandom, só porque não é simpática como a Marinette. Me identifico totalmente, e a entendo, acreditem. rss... Nada melhor do que um Luka na vida dela para equilibrar toda essa frieza. S2

Quem quiser conferir esse outro trabalho, pode acessar pelo link abaixo:
https://www.spiritfanfiction.com/historia/alvos-e-melodias-20912781


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