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História Notre destin - After that dance


Escrita por: tatah_mirac

Notas do Autor


Hellooo, meus queridos e queridas!!

Então...

No capítulo anterior, tivemos o "auge" - cof cof 😏- do nosso Marichat lindo!
Espero ter agradado vocês, apesar de estarem meio sumidos... rs...

Esse capítulo vai começar com a narração da Marinette, pra gente se aprofundar um pouquinho nos sentimentos dela. Principalmente nesse conflito dentro desse coração entre o Cat e o Adrien... Vai ter o resultado da competição, claro...

Depois passaremos pra terceira pessoa de novo, outras perspectivas... Um pouco do que está se passando com o Adrien também.

E, sinto dizer pra vocês, que terminará com problemas... Segurem esses coraçõezinhos aí porque a coisa vai desandar, mas é necessário...

Forte abraço!

Boa leitura!

Capítulo 24 - After that dance


Fanfic / Fanfiction Notre destin - After that dance

Marinette Dupain-Cheng

Depois de momentos, no mínimo, inesperados daquela noite, Cat Noir desceu comigo no colo novamente para o jardim.

– Te vejo em breve, princesa... – ele me sorriu daquele jeito lindo de sempre, beijando a minha mão – estou torcendo por você.

– Obrigada, gatinho. Te espero... – dei um selinho em seus lábios.

Meu coração ainda estava disparado. Belisquei-me de leve, num ato completamente infantil, com receio de que tudo aquilo tivesse sido um sonho bom.

Sentia-me completa.

Amada por completo.

Aquele que era meu parceiro nas batalhas, em quem antes eu não prestava atenção, foi capaz de me amar, não só pelo fato de eu ser a heroína de Paris, mas por ser Marinette, a princesa desastrada dele. E o mais incrível é que ele sequer sabia disso.

Sentia-me em paz. Feliz...

Como se tivesse achado o melhor dos pontos de equilíbrio em meus sentimentos.

Mesmo com essa enxurrada de pensamentos, corria para dentro do salão onde estava o palco, procurando Adrien ou algum dos meus amigos. Achei Alya e Nino e fui na direção deles. Agora eu tinha que me concentrar em disfarçar bem sobre aquele meu sumiço repentino. E o pior era que Alya era expert em pegar as informações no ar. Certamente não iria conseguir esconder isso dela por muito tempo, já que eu sentia um sorriso quase que involuntário estampado no meu rosto.

– Amiga... Onde você se meteu? Já tava preocupada e indo atrás de você... – ela disse colocando as mãos na cintura.

– Depois eu te explico... Eu só fiquei... no jardim. – apertei meus lábios e vi ela arqueando as sobrancelhas pra mim – depois, Alya... – fiz um sinal circular com os dois indicadores.

Ela entendeu que eu não poderia contar ali e desistiu. Só ficou com aquele sorrisinho no rosto.

– Só me diz uma coisa: você estava com o Adrien? – ela perguntou baixinho no meu ouvido, e eu me surpreendi com aquela pergunta.

– O quê?! Claro que não, Alya... – suspirei colocando meu melhor sorriso no rosto – estava com outra pessoa...

Vi ela colocar as mãos na boca de surpresa.

– Ok. Definitivamente você me deve uma conversa depois daqui, dona Marinette... – minha amiga disse, dando-me uma sentença.

Eu apenas sorri. Estava aliviada por conversar com ela sobre isso. Já tinha segredos demais com a minha melhor amiga.

Procurava por Adrien até vê-lo chegando perto de mim. Ele chegou apressado e logo me lançou aquele sorriso que tirava o fôlego de todas as garotas. Ah, eu sei que sou horrível por dizer isso, mas acho que nunca vai deixar de ser verdade que ele é lindo... Fazer o quê?

Percebi que ele estava bem tenso também.

Cumprimentamos um ao outro rapidamente com um abraço. Senti seu perfume de leve... Era tão familiar que eu não consegui acreditar.

O mesmo do gatinho.

Não é possível! Claro que é possível.

Minha mente brigava com essas informações.

Quantas pessoas usavam o mesmo perfume no mundo, Marinette? Muitas. Todavia, a Lei de Murphy combina esses dois garotos para eles usarem perfumes iguais. Conforme-se.

Saindo daquele pequeno devaneio, notei que o resultado iria sair naquela hora, pois os jurados já entraram no palco com envelopes na mão. Eu também estava super ansiosa! Nossos professores nos elogiaram muito. E eu senti que fomos muito bem. Por Adrien ter cantado, acho que fizemos uma apresentação muito emocionante.

– Primeiramente, boa noite a todos e a todas. É com muito prazer que vamos anunciar os três casais vencedores do festival, nas categorias balé, tango e valsa, nessa ordem... – o jurado falava e meu coração não parava de bater forte.

Nesse momento, Adrien me deu uma de suas mãos e entrelaçou os dedos aos meus.

Bom, entendi que aquilo seria pela nossa torcida, né?

Mentalizava só isso...

Fiquei incomodada ao lembrar das palavras do meu gatinho.

Estarei mais perto do que você imagina...

E se ele estivesse olhando para nós ali daquele jeito?

O que iria achar?

Via a Alya olhando pra mim com as sobrancelhas arqueadas de sempre. Na mesma hora, fiz uma expressão de surpresa. Evitei olhar muito para os lados pra não ver também nem o Luka, nem a Kyoko de novo... Definitivamente eu era uma pessoa com muitas pontas soltas, e precisava dar um jeito nisso.

Ainda mais depois daquele dia.

– No balé, o primeiro lugar fica com... – o jurado fez uma pausa de suspense – Clara e André. – era um casal de outra escola.

No mesmo instante, a Chloé começou a ter um ataque perto de nós e ameaçou a subir no palco para tirar satisfações. Kim a segurou pelo braço. Via que ele falava umas palavras tentando acalmá-la, mas ficou difícil a situação. Como sempre, quando se tratava daquela loira. Apesar de ela ter mostrado um lado muito melhor naquele ano, ainda tinha seus ataques como de costume.

Depois disso, eles anunciaram os vencedores do tango que, felizmente e infelizmente, não ficaram com Lila e Nino. Pela expressão dele, vi que até ficou aliviado por não precisar se expor mais com aquela garota abusada. Tentei ver se conseguia encontrar Lila, mas ela não parecia estar por perto.

Aliás, desde que descemos do palco da apresentação que não a via. Não que me fizesse falta, bem longe disso. Era até um alívio para o clima pesado que ela deixava no ar. Eu não costumo guardar sentimentos ruins de ninguém, também não desejo mal a ela, porém ficar perto de Lila Rossi era uma coisa torturante. Eu nunca tinha visto uma pessoa mais sem sentimentos do que ela, que atormentava os outros por puro prazer.

E então chegava o grande momento de sabermos ao menos em que lugar Adrien e eu havíamos ficado. Sabia que era quase impossível ficar em primeiro lugar numa competição desse porte. Não tinha assistido as outras apresentações de valsa antes de nós, mas já sabia disso. Todas as escolas de Ensino Médio de Paris haviam se apresentado.

Era muita gente!

Adrien olhou pra mim, sorriu nervoso e eu também... Estávamos com as mãos até um pouco suadas de tanta ansiedade. Apertamos mais as mãos e os jurados começaram a falar.

– Na categoria valsa, nós temos o prazer de chamar aqui o casal, que conseguiu o primeiro lugar, em uma apresentação surpreendente... Marinette Dupain-Cheng e Adrien Agreste! – ele disse e eu apenas me abaixei com as mãos nas pernas que queriam bambear. Achei que não iria me manter de pé naquele instante.

Não estava acreditando!

Adrien deu aquele sorriso largo pra mim de novo, abriu os braços e me abraçou tão forte que senti o chão saindo dos meus pés. E eu só conseguia chorar de emoção, vendo todos os nossos amigos sorrindo pra nós e nos parabenizando. O prêmio de ganhador de primeiro lugar era um dinheiro bom! Dividido com o Adrien, claro, mas ainda era muito pra mim.

Pensava que seria uma ajuda pra minha faculdade, quando começasse, ou até mesmo pra meus pais, por tudo o que eles sempre faziam por mim, com tanto esforço. Ainda segurando a mão dele, fomos andando até o palco. Agora eu realmente precisava daquele apoio em alguém pra não cair com aquele salto. Se eu já sou desastrada naturalmente, nessa situação poderia elevar o nível a décima potência!

Assim que chegamos lá em cima, recebemos o prêmio. E eu só conseguia sorrir e deixar as lágrimas escaparem. Não estava realmente acreditando em estar ali, junto com Adrien, e ganhando o primeiro lugar.

Depois de todas as dificuldades que tivemos para ensaiar, passar aquela vergonha toda com a Lila, valeu a pena não desistir. Pensava que o gatinho deveria estar ali me observando de algum lugar, feliz por mim.

Isso me fez sorrir mais.

– Parabéns, Adrien. A sua voz foi a revelação para que a gente ganhasse hoje, você sabe, né? – disse, abraçando-o novamente antes de descer.

– Imagina, pr- quer dizer... Marinette. Você foi incrível... – ele disse um pouco corado, com um sorriso tão lindo que eu apenas sorri de volta e desviei o olhar rapidamente sem graça.

Que fofo ele ficar constrangido com um elogio meu!

Geralmente era eu quem ficava assim... Que engraçado.

Ah, Adrien... Pode sair da minha frente com esse encanto todo seu.

Eu meneava a cabeça tentando espantar esses pensamentos.

Descendo novamente as escadas do palco, encontramos nossos professores. Os dois nos abraçaram. Félix falou algumas coisas pra Adrien que não consegui ouvir e vi-os apenas sorrindo. Lara estava exatamente igual a mim, desidratada de tanto chorar. Ela era uma pessoa maravilhosa, que me ajudou tanto nesse período que tivemos que ensaiar fora da escola. Apoiou-me depois daquela humilhação toda da Lila. E esse resultado também se devia a ela, e ao Félix, claro.

– Ah, eu sabia, meus amores... Eu sabia que vocês iam brilhar hoje. – Lara disse e abraçou a gente forte – vocês merecem muito!

Depois disso, voltamos para perto de nossos amigos. E os meninos resolveram que iam se juntar para jogar Adrien para o alto. Era muito engraçada a cara dele de "me tira daqui", e ao mesmo tempo tão feliz por termos conseguido chegar tão longe.

Nós fomos os únicos da Françoise Dupont a ganhar o primeiro lugar entre as categorias. O senhor Damocles e a senhora Bustier só fizeram elogios a nós dois. E até pediram para que nos apresentássemos na abertura das festas de encerramento do ano.

Concordamos felizes com a proposta.

Hoje, vendo a atitude do Adrien, seu carinho em fazer aquela surpresa ao cantar na apresentação, sua gentileza comigo, eu só me fazia uma pergunta: por que ele tinha que ser tão incrível assim? Isso não ajudava nem um pouquinho a acreditar naquilo que eu vinha repetindo para mim mesma há dias: ele é só um amigo, um bom amigo, mesmo que você tenha amado ele loucamente desde o primeiro ano. Meu ponto de equilíbrio amoroso só parecia sair do eixo quando eu me deparava com essas qualidades dele.

Mesmo sabendo do que eu sentia pelo Cat Noir (agora mais do que nunca) uma pequena parte de mim parecia que sempre ia se balançar pelo Adrien. Talvez seja aquela regra que dizem: o primeiro amor a gente nunca esquece, apenas fica adormecido...

Depois que os meninos colocaram Adrien no chão, todos voltamos a conversar e vi que Luka se aproximou novamente de nós, mas dessa vez foi falar com Adrien. Consegui escutar próxima a eles, mesmo com o barulho.

– Adrien, você tem um minuto? - disse a ele apontando a direção do jardim.

– Claro – ouvi Adrien responder e ele o acompanhou.

A Alya já me fez logo uma cara de quem estava suspeitando de alguma coisa, mas não dei muita importância. Afinal de contas, é muita paranoia minha achar que os dois tem alguma coisa pra falar sobre mim.

Ou não?

Essa dúvida ainda iria ficar rondando na minha cabeça, com certeza.

🐞

Narradora

Adrien ficou apreensivo com aquela repentina aproximação de Luka, ao lhe chamar para uma conversa particular, mas mesmo assim ficou curioso e saiu com ele para o jardim onde poderia conversar melhor. Lá havia algumas mesas de pedra, com alguns banquinhos em volta.

Os dois sentaram-se ali.

– Então... – Luka começou a falar com as mãos apoiadas sobre a mesa – vou direto ao ponto, Adrien. Você tá gostando da Marinette?

Adrien sentiu uma batida do coração falhar.

Estou, estou com ela pra falar a verdade, quer dizer... mais ou menos, na verdade ela tá comigo, só que sem ser com o Adrien Agreste, mas com o Cat Noir... 

Ele pensava confuso.

– Ah... não... Quer dizer... – coçou a nuca – como amiga mesmo, Luka... Mas por que tá me perguntando isso? – o loiro o olhava confuso, e o músico duvidava ainda dessa resposta dele.

Como se não bastasse essa situação embaraçosa, o modelo sentia o kwami da destruição se remexendo dentro de seu bolso. Devia estar rolando de rir de ouvi-lo falando assim de Marinette, ainda mais para o concorrente dele, como o pequeno gato o chamava.

– Bem, você sabe que nós ficamos juntos no aniversário da minha irmã, depois saímos algumas vezes... e, não oficializamos nada porque ela precisava de um tempo, por sua causa... – ele disse ainda olhando pro modelo que começava a apertar as mãos de nervoso – infelizmente aquela garota Lila deixou tudo bem claro pra você da pior forma, mas você sabe que a Marinette sempre gostou de você, né?

O modelo engoliu em seco.

– É, eu sei, Luka...

– Cara, eu não quero entrar no meio de uma história de vocês dois, porque eu sei que sairia perdendo. A Mari já gostava de você antes. Então eu preciso que você me dê certeza de que por você tá tudo bem se eu pedir ela em namoro. Eu sempre fui apaixonado por ela, desde o primeiro dia em que a conheci, e nunca tomei nenhuma iniciativa porque era bem óbvio que ela só tinha olhos pra você... – só você que não notava mesmo – o músico pensou, praticamente cuspindo aquelas palavras a Adrien.

– Era sim, só pra mim que não, né? – o loiro soltou um riso fraco, pensativo, lendo os pensamentos do azulado – mas tudo bem, Luka... Ela e eu nos aproximamos esses dias mesmo por causa dos ensaios dessa apresentação. Eu nunca tive nada com ela. – apesar de termos feito coisas agora há pouco no quarto do hotel, mas tudo bem – pensou ainda explodindo por dentro com aquela situação.

Adrien se corroía por dentro ao dizer essas palavras, mas não poderia de modo algum dizer o contrário, porque sua relação com Marinette era como Cat Noir. Como iria explicar se isso chegasse aos ouvidos dela?

Era um beco sem saída.

Teria que confiar que sua princesa não aceitaria o pedido dele... Não poderia impedir o outro de tentar.

Por fim os dois voltaram para dentro do salão, deixando Marinette e Alya super curiosas sobre o principal assunto da conversa.

– Nino, você vai dar um jeito de saber direitinho o que o Luka foi falar com o Adrien – a morena cutucou o braço do namorado.

– Nem pensar, Alya... qual é! A gente não tem esse negócio de ficar fofocando igual vocês não... – o moreno disse e a morena franziu o cenho pra ele – tá bem... Mas só se tiver oportunidade... assim, por um acaso...

Marinette riu daquilo.

Ela achava ainda bem pouco provável que fosse alguma coisa sobre ela.

Por que seria?

Adrien a tratava como amiga mesmo. Até onde ela havia percebido...

O loiro se dirigiu ao banheiro, já que Plagg não ficava mais quieto dentro do casaco.

– Plagg, pelo amor de Deus. O que você quer? Eu tô conversando com as pessoas e você não para quieto.

– Garotão, eu confesso que estava rindo de você entregando a Marinette de bandeja pro músico bonitão lá... – o pequeno kwami só ria – mas eu tô com muita fome... Sei que você não usou o cataclismo, que foi se encontrar com a sua princesa. O que vocês fizeram? – ele disse e Adrien ficou pensando em uma resposta que não fizesse Plagg deixá-lo constrangido.

– Ah... nada demais, Plagg. Você que não aguenta me transformar por dois minutos e já fica com fome... Já vou arrumar um queijo pra você.

– Dois minutos? Qual é, Adrien! Eu sei exatamente o tanto de esforço que você faz, apesar de não saber com o quê... – o kwami faz uma pausa pensando e arregala os pequenos olhos verdes – não vai me dizer que vocês transaram?

– Sh... Plagg, cala a boca! – Adrien disse olhando para os lados.

– Garoto, você seguiu meus conselhos?

– Não se preocupe comigo, Plagg... – ele tentava desconversar, mas o kwami ria mais alto ainda.

– Eu sempre tenho razão! Ficou com aquele papo ontem de que "com a Marinette não é desse jeito", "não vou apressar as coisas com ela"... – ele tentava imitar o seu portador falando e Adrien apenas colocava as mãos no rosto.

Como ele era irritante, ainda mais quando estava certo...

🐞

– Amiga, vem aqui... – Alya puxou Marinette pelo braço para um canto e ela sabia exatamente o porquê – me conta pelo menos alguma coisa... o que ficou fazendo lá fora naquele jardim esse tempo todo?

– Alya, você sabe com quem eu estava – a azulada deu um sorriso de canto.

– Com o Cat Noir? – a mestiça assentiu – não acredito! Mas, amiga, vocês são doidos de ficarem ali, alguém poderia ver... – Marinette corou na hora – pode sair contando, senhorita... Onde vocês foram? O que aconteceu? Porque foi muito tempo que você ficou sumida. Já tava quase começando o resultado, e a gente tava surtando aqui que não achava você, nem o Adrien...

– O Adrien? – ela ficou confusa.

– Sim, senhora. Por isso que eu te perguntei se estava com ele. Porque vai que vocês resolvem assumir isso logo, né... – a morena falava arqueando as sobrancelhas.

– Assumir o que, Alya? Não tem nada pra assumir... Você cismou com isso... Eu sou uma amiga pra ele, Alya. Só isso. E ele acabou sendo pra mim também. – disse e viu a morena fitá-la com um olhar bem duvidoso.

– Aham... Mas enfim, e sobre o gato?

Marinette sorriu sobre o jeito que Alya perguntou dele.

– Ele me levou pra um dos quartos de hotel. Subimos pelas varandas... – Marinette colocou as mãos no rosto escondendo.

– Amiga! Peraí, para tudo! – a morena disse e não viu a outra negar, mas apenas ficar mais e mais corada – não acredito que vocês... – ela perdeu a fala boquiaberta.

– Aconteceu, Alya... Eu não sei te explicar, mas parece que eu já o conheço a tanto tempo – e realmente ela conhecia – mas só agora descobrimos tudo isso...

– Meu Deus, Marinette... Você não é mais inocente! Vou poder pegar mais pesado nas piadas agora – ela ria da mestiça.

– Não! De jeito nenhum que você vai fazer isso, Alya... Ninguém pode saber, amiga... Lembra? Segredo. – ela fez um sinal de boca fechada.

🐞

Já no final daquele evento, as pessoas começavam a se retirar para irem embora. Adrien ofereceu carona para o casal de amigos e Marinette até em casa.

Alya e Nino conversavam animadamente no banco de trás enquanto Marinette e Adrien bocejavam pelo cansaço. O hotel era um pouco mais afastado da casa deles. A ordem seria deixar Nino primeiro, depois Alya, e por fim Marinette. Depois que Alya desceu em sua casa, Adrien passou para o banco de trás para fazer companhia à Marinette.

– Você também tá cansado, né? – ela disse olhando para ele bocejando novamente – desculpa, Adrien... Dançar acho que esgotou todas as nossas energias. – ela deu um risinho.

Ele tentava controlar a risada pra não parecer sarcástico, pois sabia bem a fonte daquele esgotamento todo dos dois.

– É, isso cansa muito, Mari...

Os dois tiveram os mesmos pensamentos de quando estavam juntos, mantinham o mesmo sorriso bobo no rosto, apesar de cansados. Com o pequeno detalhe de que Marinette nem imaginava que o modelo estava pensando exatamente na mesma coisa. Adrien percebeu que a mestiça adormeceu e caiu sobre seus ombros.

Lembrou de quando fizeram a viagem para Londres, quando ele e Ladybug tiveram de enfrentar a Startrain. Exatamente a mesma cena. Naquele tempo, ele ainda não havia percebido seus sentimentos por aquela que achava ser apenas uma amiga... Afinal, seu amor pela Ladybug era tudo pra ele.

No fundo, ele sentia que a heroína sempre teria um lugar cativo em seu coração. Porém achava que algumas coisas não tinham que ser... Ela gostava de outro e ele estava em paz com a amizade da sua joaninha. Até já havia desconfiado que Marinette seria ela. Se não tivesse as visto lado a lado, até voltaria a ter essa desconfiança.

Marinette sentiu o carro parar e viu que estava abraçada dormindo com o loiro. Levantou seu olhar muito sem graça para ele que também estava com os olhos cerrados. Um dos braços do modelo estava estendido por trás dela. Então ele teria que acordar para ela poder sair.

– Adrien... – ela o chamava baixinho, bem próxima a ele – Adrien...

Ele abriu os olhos e fitou-a ali naquele abraço e percebeu que ela ficara um pouco sem graça. Então logo retirou os braços.

– Marinette, me desculpe... Eu também peguei no sono... – ele coçava os olhos.

Ela sorriu.

– Tudo bem, Adrien – ela falava olhando nos olhos dele – você foi maravilhoso hoje. Muito obrigada mesmo, viu? – ele sentiu a face corar em todos os tons possíveis pelo duplo sentido que entendeu, enquanto ela depositava um beijo leve no rosto dele.

E já era a segunda vez que ela o via assim. Era muito difícil pra ele não pensar no nível de intimidade que os dois tiveram horas antes.

– Ah, eu que agradeço, Mari... Final do ano já temos uma apresentação na nossa agenda – ele disse tentando disfarçar e sorriu de canto pra ela.

– Estamos ficando famosos. – ela soltou um risinho – boa noite, Adrien – ela disse já descendo do carro.

– Boa noite, Marinette... – ele disse e soltou um longo suspiro vendo-a ir embora.

Sentiu uma vontade imensa de ficar com ela ali naquela noite, já que sabia que ela dormiria sozinha, pois seus pais ainda estavam em viagem.

🐞

Ao entrar em casa, Marinette trancou a porta atrás de si, deixando a chave pendurada no pequeno chaveiro ao lado da porta. Ao se dirigir ao centro da sala, em direção às escadas para seu quarto, sentiu uma presença atrás dela.

Quando ela se virou, uma pancada muito forte a atingiu na cabeça, fazendo-a ficar atordoada e cair no chão. Só conseguia ver que era uma mulher. Passou as mãos pela cabeça e sentiu que havia sagrado.

Porém, antes que ela tivesse a reação de lutar, alguém a imobilizou por trás tampando sua boca com um pano. Ela soltou um grito abafado, deitada sobre o chão, imobilizada pelo peso da pessoa que deitara sobre seu corpo.

Ela olhou de relance para os pés daquela mulher que usava um salto altíssimo, mas não conseguia reconhecer, estava muito escuro. Tentou soltar mais um grito abafado pelo pano, porém não conseguiu. Sentia cada vez mais um cheiro adocicado invadir suas narinas. Seus músculos pesavam, e apagou lentamente...


Notas Finais


Postei e saí correndo...😳


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