História Nova Chance - Grávida - Últimos Capítulos!

Luíza: A onde é que você estava com a cabeça quando teve a infeliz ideia de raptar a Eva, em?

Beto: Nem eu mesmo sei.

Luíza: E depois a maluca, sem juízo, que mete os pés pelas mãos sou eu. É, parece que você conseguiu me superar. —Disse com um sorriso travesso.—

Beto: Você não leva nada a sério, não é mesmo?

Luíza: Mas é claro que levo, o meu amor por você, por exemplo, é uma coisa muito séria!

Beto: Sabe Isa, toda esta confusão me fez refletir, eu tomei uma decisão. Se você ainda quiser, eu me caso com você.

Luíza: Mas é claro que eu quero! Te prometo uma coisa, vou te fazer muito feliz. —Disse o beijando apaixonadamente.—

            —No quarto de Nina...—

Nina: Que lindo! —Disse encantada ao entrar no quarto enfeitado de flores com pétalas de rosas espalhadas pelo chão.— —Foi você quem fez tudo isto?—

Leo: Sim. Bom, como nós não tivemos uma noite de núpcias como se deve... Pensei em algo romântico para hoje.

Nina: Deste jeito você só me faz ficar ainda mais apaixonada.

Leo: Que bom, porque é isto exatamente o que eu quero! —Disse a beijando. Os dois passaram uma noite mágica, cheia de amor e paixão.—

            —Nas duas semanas que se passaram, tudo caminhava em perfeita harmonia. Beto e Luíza se casaram e ainda viviam no hotel, pois estavam à procura de uma casa para alugar. Leo e Nina estavam morando na fazenda até que sua casa ficasse pronta.—

—Sítio O’Neill.—

Eva: Bom dia meu anjinho, vamos, já é hora de acordar.

Clara: Só mais um minutinho mamãe. —Disse bocejando, se recusando a abrir os olhos.—

Eva: Que preguiça é esta em? Vamos, já é hora de levantar.

Clara: Sim mãe. —Disse fazendo careta.—

Eva: Vai escovar os dentes e depois. —Ela dá uma pausa, pois sente uma vertigem.—

Clara: O que foi mamãe, está tudo bem?

Eva: Não, não é nada querida. —Disse tentando disfarçar.—Vai escovar os dentes, se não irá chegar atrasada na escola.—

            —Na mesa de café da manhã, Eva toma apenas um suco e come um pedaço de bolo, pois não estava se sentindo muito bem.—

Conrado: Algum problema Eva? Você quase não comeu.

Eva: Não nada, só estou sem fome. Terminou querida?

Clara: Já sim mamãe. —Disse com a boca cheia de broa de fubá.—

Eva: Não se deve falar de boca cheia mocinha.

Clara: Me desculpe. Até mais paizinho! —Disse lhe dando um beijo e se despedindo em seguida de sua avó e do DR. Rafael.—

            —Após ter deixado Clara na escola, Eva vai até a um laboratório fazer o exame de sangue para confirmar suas suspeitas. O dia para buscar o resultado do exame, foi aguardado com muita ansiedade pela pianista. Decidiu guardar segredo e só dar a notícia para Conrado quando tivesse certeza que estava realmente grávida.—

Eva: Positivo! —Disse com lágrima nos olhos, muito emocionada.— —Não vejo a hora de contar a novidade para o Conrado.—

            —Como Conrado tinha ido até Morro Alto para tratar de alguns assuntos da Jazida de Diamantes, e iria passar todo o dia fora, Eva teria de esperar até a noite para contar a boa nova. O dia demorou para passar. Como Clara ficou de levar os amiguinhos para dormirem com ela, isso fez com que Eva se ocupasse a tarde toda.—

            —Eva estava sentada no sofá folheando uma revista quando Conrado chega.—

Conrado: Boa noite. —Disse lhe dando um beijo.—

Eva: Nossa, como demorou Conrado.

Conrado: É eu não via a hora de chegar em casa.

Eva: Nem eu. —Disse o abraçando.— —A Aninha, o Quinzinho e o Severino vieram dormir aqui.—

Conrado: É, esta casa está cheia de crianças.

Eva: E ficará ainda mais. —Disse sorridente.—

Conrado: E por que está dizendo isto?

Eva: E você não imagina? Estou grávida Conrado. —Disse com os olhos iluminados.— —Nós vamos.—

Conrado: E quem é o pai desta criança? —Disse com o coração aos pulos, os olhos em fúria. Tinha medo da resposta que ela lhe daria.—

Eva: Como? —Toda sua euforia, se transformou em dor, mágoa.—

Conrado: Quero saber quem é o pai desta criança eu ou o.

Eva: Eu não acredito nisto Conrado, você acha que este filho é do Alberto, é isso?

Conrado: E o que quer que eu pense? Você e ele passaram nossa noite de núpcias juntos e...

Eva: Eu sabia, sabia! Não houve nada entre o Alberto e eu naquela noite, nada! —Disse chorando, com o coração em pedaços.— —Mas se você não acredita em mim, eu já não posso fazer mais nada. Mas tome cuidado Conrado, porque talvez quando você se dê conta disso, seja tarde demais! —Disse subindo as escadas.—

            —Eva então seca suas lágrimas e tenta ao máximo se recompor, em seguida vai até o quarto onde estão às crianças.—

Clara: A senhora demorou mãe. Está tudo bem?

Eva: Está sim, agora vamos crianças, já é hora de irem para a cama.

Clara: Mas e o papai, não vem dar um beijo de boa noite?

Eva: Claro, daqui a pouco ele aparece.  o que acham se eu lhes contar uma história?

Aninha: Eu adoro histórias.

Quinzinho: E qual será a história?

Eva: Bom, eu vou contar a história de Xerazade, do livro As Mil e Uma Noites. —Disse indo até  seu quarto e pegando um livro que estava dentro de um baú.—

Clara: Que nome engraçado. —Disse sorrindo.—

Eva: É um nome Árabe. Então vamos lá. Conta-se - mas só Alá sabe tudo - que havia nas dobras do tempo e dos séculos um rei da dinastia dos Sassan que reinava nas ilhas da Índia e da China. E tinha dois filhos: Chahriar e Chahzaman. Ambos eram governantes justos, e seus povos amavam-nos.

Certo dia, Chahriar sentiu irresistível saudade do irmão e enviou seu vizir para convidá-lo. Chahzaman respondeu :

"Ouço e obedeço."Fez os preparativos necessários, encarregou o vizir de governar na sua ausência e partiu.

Severino: O que é Alá e Vizir?

Eva: Alá é o nome do Deus árabe, Vizir é uma espécie de primeiro ministro.

            —Enquanto Eva contava a história para as crianças, Conrado sai de casa e vai tirar satisfações com Beto.—

Luíza: Conrado, como vai? —Disse surpresa em vê-lo.—

Conrado: Eu vim falar com o Beto.

Luíza: Bom é que ele saiu... —Ela então interrompe ao ver que Beto já voltara.— —Olha ele aí. Eu vou sair para que falem a vontade.—

Beto: Quer falar comigo Conrado? Sobre o quê?

Conrado: Sobre a Eva, quero saber o que houve entre vocês dois naquela noite. A Eva está grávida e eu preciso saber se este filho.

Beto: É inacreditável! Como é que você pode duvidar dela assim? Eu sabia, tinha a certeza que você só a faria sofrer. Eu já disse uma vez e volto a repetir, não aconteceu nada entre nós dois, não fosse pela chuva, a Eva teria ido embora aquela noite mesmo. Definitivamente, você não a merece!

            —A conversa só o fez ficar mais desnorteado, estava cego de ciúmes e não conseguia enxergar, quão errado estava agindo. Foi então até o bar para afogar suas mágoas, bebeu, bebeu e bebeu.—

Angélica: Então é assim que um homem recém-casado passa suas noites?

Conrado: Não, mas um cheio de dúvidas sim. —Então ele a conta toda a história, precisava desabafar.—

Angélica: Vocês enciumados, não veem um palmo na frente do nariz. Hora Conrado, acha mesmo que se tivesse acontecido algo entre o doutor e a Eva ele negaria? Claro que não! Ainda mais agora que ela está grávida. E ela também não teria porque negar. Não a conheço bem, mas deu para ver que ela é uma mulher de atitude. Abre os olhos!— —Disse se levantando e indo em direção até o balcão.— —SR. Brasil, não o deixe sair, vou falar com o Lucas.—

            —Já era quase uma da madrugada quando Lucas tentava levar Conrado para casa.—

Lucas: Vamos embora Conrado.

Conrado: Não, quero ficar aqui.

Lucas: Nada disso! E também, o Brasil tem que fechar.

            —Eva estava no quarto com as crianças tentando em vão adormecer.—

Eva: Já é uma da manhã, onde será que ele foi?