História Nova Geração: Nossa Vez - Hiatus - Welcome... To the hell

Welcome... To the hell

(P.O.V Narrador)

Finalmente era sábado. O dia da chegada dos intercambistas em Hogwarts. Acho que você já deve ter deduzido que todos, com exceção de Mark, no castelo estavam uma pilha de nervos. Dominique, nem se fala. Estava prestes a lançar uma maldição imperdoável em qualquer um que a desobedecesse ou ficasse lhe atrapalhando.

No almoço, tudo estava silencioso, como nem houvessem estudantes e professores ali. Estavam todos nervosos. Os estudantes de Beauxbatons dividiriam usariam alguns dormitórios da Corvinal, os estudantes de Ilvermorny, os da Grifinória, e os de Durmstrag, da Sonserina e caso necessário, dois monitores dividiriam o mesmo quarto. Todos os monitores e capitães seriam obrigados a utilizar, durante o período de intercâmbio, seus quartos na Torre de Monitores para que houvesse melhor acomodação de ambos os lados, intercambistas e estudantes locais.

Quando eram cinco da tarde, os professores responsáveis por cada casa foram aos seus devidos salões comunais para convocar os alunos para a recepção. Depois de vinte minutos, todos estavam reunidos nos jardins, os estudantes começaram a chegar.

Os alunos de Beauxbatons foram os primeiros a chegar, em sua carruagem que podia muito bem passar-se por uma casa, considerando seu tamanho. Os alunos de Durmstrag foram os seguintes, chegando em seu navio, que remetia aos tempos antigos. E por último, os alunos de Ilvermorny chegaram de trem pela estação de Hogsmeade, foram conduzidos por Hagrid até a entrada de Hogwarts.

-Bem-vindos! - a diretora começou seu discurso de boas vindas – Sou Minerva McGonagall, a diretora de Hogwarts. Gostaria de agradecer por aceitarem o convite para passar um período de quatro meses com nossos estudantes. Garanto que o resultado deste intercâmbio será grande conhecimento e muito provavelmente, novas amizades e experiências maravilhosas. Os convido, agora , para um tour pela escola, o qual será conduzido por mim e meus colegas professores. Os alunos de Beauxbatons, seguiram o professor Flitwick. Os de Durmstrag, o professor Slughorn e os de Ilvermorny, me sigam. - dito isso, os alunos de cada escola seguiram seus devidos orientadores.

-Rose. - Luke estalou os dedos na frente da amiga, que aparentava estar chateada com algo e com a cabeça em outro lugar – Tá tudo bem?

-Tá sim. Só estou cansada, com sono e ainda um pouco estressada. - ela esboçou um sorriso fraco.

-Você devia comer alguma coisa. Está pálida e parece fraca. - Clary disse olhando para a amiga.

-Gente eu tô bem, sério. Só estou cansada. E além do mais, eu não estou com fome. - a Weasley declarou se apoiando no ombro de Luke, que passou a mão em seu cabelo, bagunçando-o de leve.

-Alguém viu o Scorpius? - Albus indagou sentindo falta do quinto integrante do grupo.

-Para falar a verdade, a última vez que eu vi ele, foi no caminho para cá. - Clarisse respondeu pensativa.

-Alguém aí sabe se a gente pode voltar aos nossos afazeres? - ouviu-se Robert Smith, setimanista da Sonserina perguntar.

-Pois é. A McGonagall saiu e deixou a gente aqui, sem saber nada. - ouviram Jackson Santiago falando em concordância.

-Alunos? - o professor de Herbologia, Neville Longbottom, apareceu nas escadas da entrada – O que estão fazendo aqui? Vão fazer suas coisas!

-Como identificar uma McGonagall velha: ela esquece de liberar os alunos. – James falou para Fred, que riu com ele e assentiu concordando.

Quebra de tempo

Já era hora do jantar. Os corvinos tinham sido juntados com os grifinórios para que uma mesa fosse liberada para os intercambistas. Clary ficou feliz, afinal poderia ficar junto de Rose e descobrir o que ela tinha. Não engolira a desculpa do “cansaço”.

-Então, o que você tem? - Clary perguntou sentando ao lado dela.

- Nada, eu já disse. - respondeu a ruiva comendo um pouco da torta de limão porém logo deixou de lado o prato. Sua anorexia podia piorar, e ela não tinha total consciência disso.

-Qual é Rose? Eu sei que não é isso. O que foi? Me fala, por favor. - pediu a Willians.

-Eu não sei. Eu tô me sentindo ansiosa, como se alguma coisa ruim fosse acontecer. - falou a grifinória. Não era de todo mentira, realmente sentia aquilo. Mas não era o real motivo para estar chateada.

-É, o clima está bem tenso, levando em consideração essas fugas e tudo mais. Porém nós vamos ficar bem. - garantiu a morena.

-Espero. - Rose disse.

Você deve estar se perguntando: qual o real motivo para Rose estar daquela forma? Bom, para explicar melhor, teremos de voltar no tempo, algumas horas antes da chegada dos intercambistas.

Algumas horas antes...

Rose estava à procura de Scorpius. McGonagall estava convocando todos, principalmente os monitores, para a recepção dos estudantes. Ela já tinha procurado na maioria dos lugares e ainda não o havia encontrado.

Dobrou, então, em um corredor que estava aparentemente vazio. À medida que foi se aproximando, visualizou duas pessoas aparentemente se beijando. Quando chegou mais perto, pode ver que eram Scorpius e... não. Ele não podia. Ela não. Scorpius estava beijando Chloe Bulstrode. Rose já tinha lido em vários livros de romance trouxas que a sensação de ver a pessoa beijando outra pessoa era como levar um soco no estômago porém ela nunca compreenderá direito o que isso queria dizer. Agora ela entendia.

Acabou deixando sua varinha cair de tão pasma e aquilo pareceu fazer Scorpius e Chloe notarem a presença de mais alguém no corredor. Quando olharam para ela, a loira possuía um sorriso vitorioso e o loiro uma expressão chocada, como de quem faz alguma coisa errada e acaba de ver as consequências a serem enfrentadas.

-Rose... - ele ia começar entretanto ela cortou.

-McGonagall está convocando todos para a recepção dos intercambistas. - a ruiva disse formal – Ela pediu que todos sem exceção estivessem lá. - e após isso, recolheu sua varinha do chão e saiu o mais rápido possível do corredor, já sentindo as lágrimas se formarem em seus olhos. Ela era forte mas não era de ferro.

Scorpius saiu correndo atrás dela.

-Rose! Espera! - o Malfoy pediu depois de alcançá-la.

-O que foi? - a ruiva se virou para ele e era nítido que estava, muito, chateada com ele. Seus olhos derramavam algumas lágrimas mas o loiro tinha a nítida impressão de que ela estava se segurando para não desabar.

-Aquilo não é o que você está pensando. - o sonserino declarou de começo.

-Não quero saber. - a Weasley falou virando-se completamente para o amigo – Você não tem que me explicar nada.

-De fato não tenho. Quer dizer, você não é nada minha e... - Scorpius falou mas parou ao perceber a besteira que acabara de falar. Rose o olhou com mais lágrimas se formando – Na-não foi o que eu quis dizer.

-Quer saber, Malfoy? Realmente. Você está certo. Eu não sou nada sua, porque eu me importaria com o que acontece ou deixa de acontecer com você? - ela disparou raivosa mas magoada – Faça o que quiser. Só não me procure quando perceber que está vazio por dentro.

E assim ela saiu correndo pelo castelo e ele ficou, estático e sentindo a amargura tomar conta de si.

Continua...