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História November - Mestiço!


Escrita por: TinaAlves

Notas do Autor


As interações entre Bella e Tom começam, verdadeiramente, nesse capítulo. Então, não vou encher vocês com as minhas ladainhas, vamos logo ao capítulo.
PS: Mas, antes de lerem, deixo aqui o meu IMENSO agradecimento a todos que comentaram no Prólogo, e também os que favoritaram a história, muito obrigada seus nascidos trouxas lindos <3

Capítulo 2 - Mestiço!


Fanfic / Fanfiction November - Mestiço!

Desde aquele “encontro” na biblioteca que em todos os corredores, aulas e, como não poderia deixar de ser, no salão comunal da Sonserina, nossos olhares se cruzam por instantes que parecem longos demais, é incrível que eu nunca tenha, de fato, reparado nesse garoto e agora, para onde quer que eu olhe... tcharam, lá está ele.

Estou começando a acreditar que ele não estava na biblioteca procurando qualquer livro com uma maldita porção ou qualquer coisa que valha, e sim, me olhando. Não de uma forma romântica, ele sabe que é um mestiço e que, perto de uma Black, deve se manter no seu devido lugar, mas ele me olhava de uma forma analítica, como se quisesse saber o que uma pessoa como eu faz, pensa.

Não sei porque isso me incomoda tanto, já vi vários sonserinos me olhando enquanto acreditavam que eu não estava vendo, isso não é nada incomum, minha família tem um nome secular e por mais que fossemos conhecidos por não nos misturar com ninguém que não fosse puro e de não ser de muitos amigos, para ser mais exata, de nenhum amigo, as pessoas ainda insistiam em tentar de maneiras toscas se aproximar de nós.

Mas isso ocorria mais com Narcissa ou Andromeda, principalmente a minha irmãzinha do meio, que abria espaço para esse tipo de tentativa. Comigo? Com Bellatrix Black? Ah, não, nenhum deles sequer tentou, mas esse Riddle, não me parecia ser como os outros, ele era desprovido de um bom senso natural e isso começava a me tirar do sério.

Passei a reparar se ele também olhava para minhas irmãs, qualquer contato visual de mais de 2 segundos era válido, porém, apenas para aguçar ainda mais minha curiosidade, nunca vi ele nem se quer olhar na mesma direção de uma delas.

Ah, esse sujeitinho ia ver só o que acontecia com quem deixa uma Black curiosa...

É noite de sexta-feira, não olho para o relógio mas arrisco dizer que seja por volta das 19:00, pois me encontro sozinha no sofá mais espaçoso e luxuoso do salão comunal da Sonserina, logicamente, da Lufa-Lufa é que não iria ser, estremeço e faço cara de desdém ao pensar nos membros dessa casa, alguém poderia simplesmente expurga-los do mundo, isso seria um favor a todo bruxo que se preze.

Não preciso me virar para saber que ele acabou de adentrar no salão comunal, pois sinto um olhar quente em minha nuca e seus passos firmes rumando para o lado esquerdo, só que, dessa vez eu não vou me virar para lhe encarar de volta, já chega desse joguinho inútil.

Ele se senta em uma poltrona de couro antiga, um lugar estratégico em que eu não posso vê-lo diretamente, mas ele, ao contrário, pode me ver perfeitamente bem. Espertinho.

Essa situação se estende por alguns minutos, pelo menos eu acho que só se passaram alguns minutos.

Levanto e finjo ir em direção a saída do salão, percebo que ele está com os olhos atentos para cada movimento que eu faço, a cada respiração entrecortada que eu dou. Até que, me viro rapidamente e lhe encaro de frente. Fiz esse movimento tão rápido que ele se assustou e sua boca formou um redondo, mesmo que quase contido, O.

– Vou lhe dar a chance de me falar porque está prestando tanta atenção em mim, antes que eu me decida a fazer da sua vida um inferno mestiçoEntão, responda. – meu olhar é incisivo e meu tom é cortante. Ah, meus pais se orgulhariam desse tom superior de voz.

Ele ainda está tentando se recuperar do susto do meu olhar e processar as minhas palavras ao mesmo tempo.

– Então lhe darei a mesma chance de resposta. – disse em um tom insolente e uma tentativa falha de desdém.

– Vamos deixar claro que, quem faz as perguntas aqui, sou eu mestiço, você vai responde-las. – ao som da palavra mestiço, eu percebi que ele se encrespou e que, àquela ofensa é para ele a pior que poderia ouvir, por isso, ela soa tão doce em minha boca.

– Quem estabeleceu que você faz as perguntas? – ele tenta soar firme, mas sua voz está tremulando, suponho que de raiva.

– Eu estabeleci e isso já é o suficiente. Mestiço! – acrescentei depois de finalizar apenas por saber o efeito nocivo que tem nele, esse garoto está me irritando muito mais do que eu pensei que ele fosse capaz de irritar, com essa insolência, fingindo não estar diante de alguém, evidentemente, superior a ele.

– Para mim não é o suficiente. – ele diz, com um princípio de sorrisinho se formando em seu rosto.

– Já basta! Responda a minha pergunta, porque é que está me observando por todos esses dias? – tento, no fim da pergunta, recuperar o tom firme, mas aquele atrevimento está, definitivamente, fazendo minhas entranhas se corroerem de ódio.

– Estou te observando porque você está me observando. – dou um tempo para que ele conclua a frase, mas ele apenas me fita, algo que me faz lembrar da noite na biblioteca.

– Então você quer dizer que eu comecei tudo isso? – lhe direciono um risinho seco, que evidencia o quanto acho essa suposição ridícula. Até parece que eu perderia meu tempo observando um mestiço, se não fosse, justamente, porque ele está me observando.

– Ah Bellatrix, chegado esse momento é um tanto quanto impossível descobrir quem foi que começou e quem foi que continuou você não acha? – ele me faz essa pergunta com um sorrisinho afetado, como se eu fosse uma idiota, e isso faz o meu sangue ferver mais do que nunca, ele não sabe com quem está lidando, mas logo irá descobrir.

– Não, eu não acho, e se você continuar a me observar, pode ter certeza que as consequências não serão muito boas, sabe, mestiços por vezes esquecem seu lugar mediante uma pessoa de sangue puro. – falo lentamente, apenas para poder saborear essas palavras por mais tempo, enquanto a mandíbula dele se enrijece.

– E qual seria o meu lugar? – ele pergunta, dessa vez com um tom realmente firme, apesar de enfurecido.

– Abaixo do meu eu lhe garanto que é. – digo essa frase e me retiro dali, o deixando lá, amargando com minhas palavras, aquela era a deixa perfeita para ir embora.

Agora, zanzando pelos corredores de Hogwarts, eu sinto que, talvez minha deixa não tenha sido tão maravilhosa assim, talvez eu tenha soado apenas como uma garota mimada e não superior, como eu pretendia, talvez ele tenha dado um riso indiferente, e só de pensar nessa possibilidade eu automaticamente já fecho os punhos com força, como se assim, pudesse esmaga-lo.

Já passam das 21 horas quando eu retorno para ao salão comunal da Sonserina e, alguns estudantes tomam conta do sofá e das poltronas, mas, ao me verem, se afastam de forma acanhada, como se dissessem “aqui tem um lugar caso você queira sentar”. Patético.

Olho ao redor, para ver se Narcissa ou Andromeda estavam no meio daqueles alunos, mas elas ou já estão dormindo ou ainda não voltaram de seus passeios noturnos.

Não preciso procura-lo, sei que ele não está entre esses alunos sem nem ao menos precisar vasculhar as quatro pontas com meu olhar.

Me direciono para ao meu quarto no dormitório feminino, me troco rapidamente e me deito na cama. Não sei exatamente o que me deixa inquieta, mas, como se tivessem monstros debaixo da minha cama e eu fosse idiota o suficiente para encará-los de frente eu me levanto e me ajoelho na parte lateral para ver se, realmente, tem algo em baixo da cama. Eu devo estar com idiotice aguda, não é possível.

Mas vejo um pedaço de papel, com as bordas queimadas e sei que ele não deveria estar ali, leio as palavras nele escritas e deixo escapar um simples como? No papel, em letras de tamanho mediano e que parecem ter sido escritas cuidadosamente, estão apenas duas palavras: Eu comecei.

Foi quase impossível dormir naquela noite, muitas perguntas lutavam na minha cabeça, na intenção de serem vistas como as mais importantes. Primeiro:  como ele tinha conseguido entrar no dormitório feminino? Isso era impossível, Salazar Sonserina, o próprio, colocou um feitiço impossibilitando essa façanha, e não seria um mestiço qualquer que desfaria um feitiço desse tão alto nível. Segundo: o que ele queria com aquilo? Admitiu que começou a me observar primeiro por qual motivo? Só para me irritar ou tinha mais alguma coisa por trás destas duas simples palavras? Terceiro: como eu lhe infligiria a maldição Cruciatus sem ser expulsa de Hogwarts no minuto seguinte?

Devo confessar que esse terceiro pensamento era o que mais me apetecia no momento. Era só falar a palavra Crucio e fazer um leve movimento da varinha e pronto, colocaria o tal do Tom Riddle no seu devido lugar. Mestiço dos infernos. Quem ele pensa que é para invadir a privacidade de uma Black daquele jeito? Ah, mas isso não ficaria assim de forma alguma. Se ele quer jogar, tudo bem, contanto que eu dê as cartas do jogo.


Notas Finais


Bella tem muito ódio no coraçãozinho não é mesmo? E o Tom, o que será que tem? Ah, logo vocês vão descobrir que ela ODEIA ser chamada de Bella, então é melhor eu parar de fazer isso né?!


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