História November Has Come - Cause I fight like a girl!

Noodle e 2D conversaram por horas até conseguirem explicar a situação que cada um viveu nesses anos separados um do outro. Cortez ficara observando-os do canto de sua gaiola, em sua forma animal.

- E-então, quer dizer que você não é uma máquina? – Stu tocou o rosto dela.

- Não Stu, não sou. – ela sorriu – Mas minha pele... As torturas que sofri... Não sou mais a mesma garota que foi te visitar no Kong alguns anos atrás.

- Para mim, você continua igual. Vamos dar um jeito de reverter isso. Não tem como sua pele voltar ao normal? Não tem como nossas histórias serem diferentes?

Noddle sorriu, mas não era felicidade. Seu rosto estava melancólico, lágrimas se controlavam para não rolar pelo metal.

- Eu já tentei que tudo fosse diferente, mas não deu certo! Stu, olha pra mim agora! Pareço mais lixo mecânico do que um ser humano! – ela chorava por dentro de seu corpo metálico – Sou menos do que a sombra da garota que eu fui um dia.

- Noodle, -ele tocou o ombro da garota, chamando-a pelo nome real – Não me importa a realidade em que estejamos, eu só quero que você seja feliz! Sabe a única coisa que me manteve são por todos esses anos com esses abutres? – ela balançou a cabeça negativamente- A música que eu estava cantando para você. Você me ensinou a letra. Você me deu o amor que eu precisava.

- Ah, Stu – ela riu – foi o contrário. Na realidade de onde vim, você e eu demoramos a nos entender. Essa música, quem escreveu foi você. Você me deu The Last Song Ever.

Cortez, assistindo aquela cena, sentiu uma pontada de ciúmes e emitiu um som baixo. Noodle lembrou-se do amigo trancafiado e soltou-o daquela jaula horrível.

- Desculpe, - ela sorriu – esqueci de você, cariño. Não fique assim, algo melhor vai acontecer a todos nós, tenho certeza.

- Assim espero, mi cariño – Cortez voltara a forma humana com um sorriso fraco estampado nos lábios, abraçando-a enquanto tentava se manter acolhedor – Assim espero.

Na parte superior de Plastic Beach, Murdoc, Noodle, Paula e Russel tentavam achar um jeito de se livrar da Cyborg e do Boogie man.

- Essa porra desse clone malfeito meu não fica aqui, Niccals! – Noodle berrava enquanto tragava seu cigarro.

- E você acha que eu quero aquela merda daquele Boogie Man aqui? Se toca, Noodle! Eles vieram aqui porque Satã mandou. Acha que estou bem na fita lá embaixo? – Ele usava seu tom mais sarcástico com a garota.

- Eu queria entender é por que o 2D aceitou deixá-la aqui. – Paula pontuou

- Porque seu ex é uma bicha, por isso, amor! – Russel colocou a namorada sobre o colo – Ele é todo sentimentalista e tem essas merdinhas de achar que todo mundo tem um lado bom! Ele quer é foder a banda, deixando esses dois aqui pra atrapalhar tudo!

- Ele odeia todos nós! – Noodle sentou-se sobre Murdoc, que brincava com a cruz invertida encaixada entre os seios da garota – Ele deixa aquele maldito pássaro lá embaixo, porque sabe que eu não suporto aquela coisa! Acho que ele tem algo é contra mim!

Murdoc odiara a pontada de ciúmes que sentiu,  e levantou-se. "Só há lugar para um rei nessa banda", pensou.

- Então, está decidido – o baixista levantou-se e jogou Noodle de lado – Essa Cyborg e esse Boogie Man vão sair daqui... Ou eles saem, ou vão morrer.

Os outros três comemoraram essa ideia, até que Boogie Man entrou na sala, descendo as escadas que davam para o terraço.

- Que lindo! Um grupo de góticos metidos a satanistas se reunindo! – Ele riu por baixo da máscara. Um som assustador para os quatro. – E tramando contra um velho e uma garotinha! – Ele indicou o próprio corpo e apontou para baixo em seguida.

Ninguém sabia o que falar. Boogie man dirigiu-se até o elevador, porém, antes que pudesse entrar e ir até sua amiga...

Algo atingiu sua cabeça e ele desmaiou.

Por trás do velho desmaiado, Young Murdoc ria, segurando um vaso de plantas nas mãos.

- Amarre ele – Ele estalou os dedos para Russel que puxou Boogie Man – Minha próxima aquisição será a garota!