22/04/2013
Boa noite Elizabeth, as novidades de hoje são boas e ruins, eu fui até a casa da Michelle depois da escola mesmo, e digo literalmente eu saí da escola e fui até lá, quando cheguei soube que a mãe dela não estava e ela me pediu pra entrar, primeiramente eu ia demorar só uns minutos pegando minhas coisas e entregando matéria mas demorei duas horas, a gente conversou muito e claro que matamos a saudade, bom primeiro estávamos falando sobre a escola e depois eu perguntei se a mãe dela estava mais calma em relação as coisas e ela falou que a mãe dela ainda estava muito chocada.
Michelle: Minha mãe fica vindo até meu quarto pedir meu computador pra ver o que ando fazendo, e eu preciso apagar nossas conversas. Tive que esconder suas roupas, se ela visse ela ia ficar lembrando daquela cena e isso só ia desacelerar o processo.
Eu: Eu to pensando em conversar com a minha mãe, mas eu não sei como, o que foi que você falou quanto contou?
Michelle: Karla eu, eu não sei não. A gente teve um bom momento e foi muito divertido, e claro que o sexo é ótimo mas será que não estamos precipitadas? Quer dizer eu nunca tinha olhado pras meninas do jeito que eu olhei pra você e vice versa né? E o que temos de tão incomum pra nos fazer sentir o que achamos que estamos sentindo? Você entende?
Eu: Michelle eu não sei se você lembra mas quando estavamos na minha casa foi você que me deu um beijo, ta lembrada? E agora depois de tudo que fizemos você quer me dizer com essa cara lavada que estava se confundindo? Eu não tô acreditando.
Michelle: Bom Karla eu não sei se você lembra mas você me beijou quando estávamos fazendo o cartaz, depois das desculpas e depois de termos passado aquela situação.
Eu: Você não está falando sério né? A gente nunca passou aquela situação, nós ficamos adiando a conversa mas em momento algum eu não fiquei desconfortável em não te-la.
Michelle: Karla eu estou tentando ter uma conversa séria com você. Eu não acho que eu seja gay eu só acho que bom, você beija muito bem e não preciso dizer o que mais faz de bem né? E estamos na adolescência é normal sentirmos essa curiosidade pra depois ter certeza de que não estamos realmente apaixonadas.
Bom, eu não sabia o que pensar em não sabia como falar e eu só senti meu chão abrir, mas eu não tenho dúvidas nenhuma! Se antes eu tinha depois de tudo eu tenho absoluta certeza que eu não sou tão hetero quanto eu pensava, e eu realmente tive tempo para pensar nisso, eu só queria bater nela tão forte que ia danificar aquele rosto lindo. Mas eu só vim embora, chorando e muito irritada, e quando cheguei aqui minha mãe ficou muito preocupada comigo e ela queria saber o motivo do choro e então bem, eu sentei e contei. Contei tudo
Eu: Mãe, eu conheci uma garota, e ela é linda. Muito linda, tem uns olhos verdes que dão inveja e um cabelo longo maravilhoso, e ela é tão inteligente e tão engraçada, que foi impossível não ficar amiga.
Mãe: Isso é uma boa coisa, não é? Isso te faz chorar?
Eu: De uns dias pra cá, eu fui conhecendo ela melhor e a gente foi ficando bem íntimas e foi inevitável desenvolver o que desenvolvemos.
Mãe: O que você ta querendo dizer? Karla fala de uma vez eu tô ficando nervosa.
Eu: Estávamos aqui um dia desses aprendendo italiano, eu te contei que ela fala italiano? Ela é incrível. E bom a tensão estava muito grande e ela me deu um beijo e eu retribui, eu acho que eu gosto dela, quer dizer eu gosto dela e meio que sou gay.
Mãe: Karla Cabello, você ta me falando que você é gay? Karla você sempre gostou de meninas, bem antes de saber o que era gostar, se você me falasse que é hétero eu ia ficar preocupada
Eu: Mãe eu tive dois namorados!
Mãe: É? E quanto tempo eles duraram? O primeiro foi dois meses e o segundo foi três semanas. Filha eu sou sua mãe e te conheço melhor que você mesma, eu sempre soube. O jeito que você olhava pra sua amiga Mani, aquela negra, você vivia encarando os seios dela, e o jeito que você tratava a Taylor? Você só não conseguia enxergar, e por um tempo eu achei que você não quisesse.
Bom Elizabeth, parece que eu não estou mesmo me confundindo, e segundo minha mãe isso sempre esteve em mim e eu só não queria enxergar mas minhas atitudes falavam por mim, e não sei o que vou fazer agora mas eu nunca tive tanta certeza de algo.
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