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História Novis Initiis - Almas gêmeas (S)


Escrita por: OnixDAce e lviathan-web

Notas do Autor


HWAA AAAAAAAAAAAAAH
Eae, meu povo!
De buenas?

Então, estamos aqui firmes e fortes apesar da minha pressão baixa *risos*
Este parece que é um dos capítulos mais esperados da fic, então não quero enrolar muito *risos*

ATENÇÃO
Este capítulo contém cenas de sexo explícito. Caso se sinta desconfortável com este tipo de conteúdo, pule a parte que está entre ... e ...

Este capítulo também tem altas doses de boiolagem *risos*

Espero que gostem e nos vemos nas notas finais!

Capítulo 30 - Almas gêmeas (S)


Mingi estava abismado com o quão bonito Yunho estava. Havia algo simplesmente encantador na forma como as roupas sérias e selvagens do licantropo complementavam sua aparência suave e acolhedora, dando-lhe um ar maduro e agradável que o semideus gostou muito e achou que combinava com o Jeong.

Os dois estavam trocando sorrisos bobos e tímidos enquanto suas mãos eram amarradas juntas, como se tentassem conter a felicidade que sentiam por finalmente poderem dizer que são parceiros um do outro. Quando o nó foi finalmente firmado, os dois betas se olham nos olhos, sentindo como se o resto do mundo tivesse deixado de existir por alguns instantes, apenas os dois e suas mãos unidas. Em algum momento, que nenhum dos dois se incomodou em registrar com precisão na memória, dos dedos longos se entrelaçaram e ficaram assim até o laço ser desfeito.

Com a taça de vidro em mãos, Yunho respira fundo e lança um último sorriso largo antes de assumir uma expressão mais séria.

— Eu, Jeong Yunho, como teu beta, prometo usar minhas garras e presas quando precisares de proteção, prometo dar-te o conforto de um lar quando estiveres ao meu lado, prometo respeitar e admirar cada uma de tuas facetas e fases, prometo amar tua luz e tua escuridão igualmente. Juro te emprestar meu calor durante os invernos, assim como juro caminhar contigo pela luz do sol no verão, juro ser leal a ti até meu último suspiro e, por fim, juro agir sempre com o mais puro amor de minha alma. Tu, Song Mingi, me aceitas como teu beta?

A garganta do semideus se fechou de um jeito familiar, assim como a visão embaçada denunciava que seus olhos estavam marejados. Deuses, como Mingi amava aquele homem a sua frente! O semideus precisou respirar fundo e tentar se recompor, recebendo um pequeno sorriso encorajador do licantropo, antes de finalmente responder.

— Eu, Song Mingi, aceito-te como meu beta, Jeong Yunho, como meu beta. Aceito sendo ciente de todos os meus direitos e deveres para convosco, assim como a honra de cada promessa e juramento a mim feita.

Ambos bebem um gole da água na taça e trocam um selar. Apesar de ter sido simples, foi um pouco mais demorado do que o esperado e houve um instante de hesitação quando se separaram. Ambos riram, cúmplices, quando perceberam que mais uma vez eles eram um tipo de espelho um para o outro.

Era incrível estar com alguém assim.

Yunho estava emprestando seu colo para Yeosang, acariciando os fios brancos do menor a fim de acalmar os ânimos de ambos enquanto esperava sua vez de estar com Mingi. A União era sempre um tipo de evento que deixava a alcateia alvoroçada e cabia a cada um lidar com sua própria curiosidade e ansiedade da forma que melhor o convinha, o que geralmente resultava em Wooyoung comendo como se não houvesse amanhã, San se agarrando a alguém, Yeosang querendo carinho, Yunho olhando para o céu e Jongho cantarolando baixinho.

Naquele momento, o metamorfo estava servindo de urso de pelúcia para o demônio, o bruxo estava comendo um pedaço de maçã de forma tortuosamente lenta, o espectro fechava os olhos para aproveitar o cafuné do licantropo, e este alternava entre observar a Lua Crescente e seus meninos.

E assim ele permaneceu, mesmo quando os primes saíram do quarto e foi a vez do Jung e do Choi mais velho entrarem na casa. Agora, o Choi mais novo se sentou ao lado do Jeong, apoiando sua cabeça no ombro do mais alto e voltando seus olhos violeta para o céu. Alguns minutos de silêncio passaram antes do maknae começar a cantarolar Moon, uma música que recentemente havia sido lançada e que havia gostado muito.

A voz suave e límpida do moreno era uma excelente distração para o acastanhado, que por uma maldição (ou benção) de sua espécie, conseguia ouvir quase tudo o que estava acontecendo no quarto ali perto. Ele sentia que era um tanto invasivo, especialmente por ele nunca ter dito de forma explícita a quão boa era sua audição e como ele muitas vezes sabia exatamente quando estavam fazendo amor dentro de casa. No início, era bastante constrangedor quando o lobo tentava dormir em seu quarto e os gemidos de Hongjoong, Yeosang ou Wooyoung, e às vezes de San, simplesmente entravam em seus ouvidos e pareciam exigir sua atenção.

Felizmente, ele aprendeu a ignorar isso com o tempo, mas a tensão da União o deixava dolorosamente curioso e atento a cada som que saía do quarto da alcateia. Ele sabia que não deveria, mas parte de si simplesmente queria saber o que estava acontecendo, como as vozes de seus amados soavam juntas, especialmente a do recém-chegado.

Depois do que pareceram ser horas, o bruxinho sai do quarto, andando de um jeito que denunciava que o beta e o alfa não pegaram leve consigo, e começou a pegar um pouco de comida e depois levou de volta para dentro. Assim, Yunho entendeu que logo seria sua vez, então ele alcança um pedaço de fruta e a saboreia calmamente, tentando focar mais sua mente no presente e respira fundo.

Ele avisa para Yeosang que teria que se levantar e o espectro se move preguiçosamente para ficar no colo de Jongho, que o abraça carinhosamente. Ajeitando suas roupas, o licantropo caminha para o quarto, ouvindo a respiração calma de Mingi ali dentro e cogitou a possibilidade do beta estar dormindo. WooSan não estava mais ali, então ele já podia entrar no cômodo e, quando o fez, sentiu leves arrepios dançarem por sua pele.

O quarto estava com uma mistura maravilhosa de cheiros, que pareciam contar um pouco do que aconteceu ali a pouco tempo. Canela, maçã, cereja, baunilha e mirra eram os mais predominantes, mas era ainda possível sentir as suaves notas de cedro, bergamota, dama da noite e mel no ar. Seu lado mais instintivo queria simplesmente se perder naquela mistura, mas seu lado mais racional sabia que ainda não era hora.

E, após fechar a porta, o lobo sorriu e se aproximou da enorme cama onde o semideus estava adormecido. O licantropo se senta na ponta e leva uma de suas mãos até a cabeça do outro beta e acaricia o local com leveza, suspirando baixinho ao sentir como os fios cor de brasa eram macios.

Daria um pouco mais de tempo para Mingi descansar, eles ainda tinham muitas horas antes do amanhecer.

O Song aos poucos sentia-se despertando por conta de um cafuné maravilhoso e, tanto pelo jeito de mover os dedos e pelo aroma de lavanda, o ruivo sabia que era Yunho quem estava com ele agora. Aquilo fez um sorriso preguiçoso aparecer no rosto do semideus, que procura o acastanhado com suas mãos até encontra-lo e puxá-lo para si.

Ao ouvir uma risada baixa, o sorriso de Mingi se alarga e logo ele sente o colchão afundar ao seu lado, sendo seguido pela sensação de ter os braços do lobisomem ao seu redor. Lentamente, o semideus abre seus olhos, vendo Yunho próximo a si, sorrindo de forma carinhosa e com os olhos dourados brilhando como dois pequenos sóis.

— Olá, Mingi. Dormiu bem?

A voz estava baixa, fazendo o lobo soar um pouco rouco.

— Oi, Yunho... dormi sim.

Ele diz, um pouco tímido, e acaba por receber um selinho demorado do Jeong.

— Que bom!

É a resposta do acastanhado após os lábios se separarem..., mas eles não ficam distantes por muito tempo. Mingi fecha os olhos e coloca uma de suas mãos no rosto de Yunho, acariciando a pele macia dali antes de beijá-lo novamente na boca.

Era um contato mais profundo, mas ainda transmitia muita suavidade em cada pequeno movimento. O acastanhado suspira baixinho com aquilo, abraçando preguiçosamente a cintura do ruivo e o virando na cama, deixando-o deitado em cima de si.

Tendo seus braços agora mais livres pela nova posição, o Song então apoia sua mão direita no peito do Jeong, sentindo os batimentos do coração deste antes de procurar cegamente pelos feixes da complicada roupa que seu parceiro vestia. Este, por sua vez, riu baixinho em meio ao beijo e começa a ajudar seu beta a retirar aquelas camadas de couro e tecido que impediam que os corpos de ambos se tocassem verdadeiramente. Aos poucos, Mingi conseguia sentir cada vez mais a pele quente de seu amado e seu coração falhou algumas batidas.

Quando o beijo que trocavam finalmente se findou, o semideus tomou um pouco de tempo para admirar o corpo magro e elegante do licantropo, maravilhado como não parecia ter uma só partezinha que precisasse mudar. Ele era perfeito.

Pelo menos, aos olhos do Song.

Depois, as irises negras e as douradas se encontram mais uma vez, fazendo um arrepio passar pela pele já marcada do ruivo quando ele se dá conta da posição em que estavam: o semideus estava praticamente sentado nos quadris de seu lobo, que ainda vestia calças, enquanto suas mãos estavam espalmadas no peito deste. O Jeong, delicado como sempre, levou ambas as suas mãos até as coxas de seu beta, deixando-as paradas ali enquanto seus polegares acariciavam lentamente a área.

Alguns instantes se passaram, apenas com os dois aproveitando aquele momento de intimidade antes que o desejo os consumisse finalmente.

...

O que aconteceu na forma de palavras que pareceram simplesmente saltar da boca de Mingi.

— Eu quero te chupar.

O efeito foi imediato. O ruivo ficou totalmente vermelho, envergonhado por ter dito aquilo do nada, e o acastanhado soltou uma sonora gargalhada, jogando sua cabeça para trás. Depois de um tempo, a vergonha vai passando e o Song se permite rir com seu beta, algo que visivelmente faz toda a tensão se esvair de seu corpo.

Só quando um silêncio confortável se faz presente que o semideus de move para tirar a calça do licantropo, ignorando o calor de suas bochechas quando viu o pênis semiereto deste praticamente saltar para fora dos confinamentos do tecido.

— Você já fez isso alguma vez, Mingi?

Yunho questiona, seu tom de voz estava tranquilo como se os dois estivesse falando sobre o clima e não sobre sexo oral. Felizmente, a calma com que tudo era conduzido estava ajudando o semideus a se sentir menos envergonhado no momento, então era algo positivo no final das contas.

— Não...

Foi sua resposta sincera. Ele havia feito algo em Hongjoong mais cedo, mas sabia que era completamente diferente do que estava prestes a fazer e achava que não havia lugar para mentiras em horas como essas. Ele queria que o lobisomem o instruísse e o ajudasse a fazer aquilo de um jeito bom, por isso nem titubeou para responder.

— Então, é mais uma questão de prática do que qualquer outra coisa... só evitar de usar seus dentes já é um bom começo.

— Okay...

Após respirar fundo e reunir toda a sua coragem, Mingi abocanha o membro de Yunho, fazendo o mesmo arfar alto. Hiper consciente de seus dentes, o semideus engasga algumas vezes enquanto movia sua cabeça para estimular seu parceiro, aos poucos conhecendo seus limites e testando algumas coisas enquanto deixa seus ouvidos atentos para cada som que seu amado fazia. Conforme os minutos iam passando, ele cometia cada vez menos erros e fazia tudo cada vez mais certo, especialmente depois de sentir mais uma vez os dedos do licantropo se enroscando em seus cabelos. O acastanhado não estava forçando nenhum movimento, ao contrário do que San fez com Wooyoung um tempo atrás, mas acariciava e às vezes puxava a cabeleira ruiva como forma de indicar que estava gostando do boquete.

O Jeong constatou rapidamente que o Song aprendia rápido e que ele era um curioso de marca maior, o que com toda a certeza seria ótimo para a vida dele na alcateia. Além de, é claro, serem características que o lobo vermelho apreciava (e muito) nas pessoas, especialmente as adultas. E, se não fosse pelo começo desastrado do ruivo, até duvidaria que ele nunca tinha feito um oral assim antes, de tão bom que estava. A cabeça do acastanhado estava ficando imersa no prazer e já sentia sensações familiares para si de que estava chegando perto do orgasmo.

— Mingi... se quiser parar, agora é a hora.

Ele avisa, um pouco embolado, e parece ser prontamente ignorado por seu beta, que continua a usar seus lábios e língua para fazer o lobisomem “ir até a Lua”.

Com um rosnado baixo e olhos apertados, Yunho se desfaz na boca de Mingi, que apesar da surpresa, engole o fluído de gosto amargo e então finalmente solta o membro de seu parceiro. Este estava respirando de forma descompassada, com uma expressão belíssima de prazer no rosto. Os olhos fechados, os lábios entre abertos, as sobrancelhas arqueadas, as bochechas rosadas... Era algo simplesmente lindo demais, o semideus precisou tocar para saber se era real e não alguma miragem causada pela luz das velas. E, quando seus dedos fizeram contato com a pele corada do acastanhado, este abre lentamente os olhos, mostrando suas pupilas quase que engolindo o dourado das irises, fazendo o ruivo pensar em um eclipse solar.

Era um fenômeno raro... quase tão raro quanto encontrar sua alma gêmea.

Enquanto estava perdido nos olhos do Jeong, este o puxa para um beijo, soltando um rosnado baixo ao sentir o próprio gosto na boca do Song. O lobo vai aos poucos ajeitando o corpo do filho de Érebo contra o seu e suspira contra os lábios deste ao sentir o quanto seu parceiro estava duro. O acastanhado então separa as bocas de ambos, mordendo o lábio inferior do ruivo antes de levar uma das mãos até o falo rijo deste, tocando-o suavemente e fazendo o semideus gemer baixinho.

— Ficou assim só por ter me chupado, Mingi-ah?

Yunho questiona baixinho, próximo ao ouvido de seu beta, que assente com a cabeça. O licantropo então deixa alguns beijos molhados no pescoço do semideus e sorri para si mesmo ao ver as várias reações do corpo de seu parceiro.

— Mingi, deite-se de barriga para cima na cama... vou resolver isso, ok?

—Okay...

Um pouco tímido, o ruivo se deita como instruído e observa com curiosidade quando o acastanhado se levanta da cama e começa a procurar por algo em um dos pequenos armários do quarto. Ele então pega um frasco e volta a ficar em cima dos lençóis, colocando um pouco do conteúdo, um creme de consistência viscosa, em mãos e as esfrega um pouco.

Com tudo pronto, o lobo abre as próprias pernas e introduz um dedo em sua entrada, começando uma preparação. O semideus observa aquilo com olhos arregalados, se sentindo hipnotizado por ver aquele homem maravilhoso se tocando enquanto olhava desejoso para si. Ele demorou alguns segundos para conectar as “peças” e entender o que estava prestes a acontecer e, com isso, sentiu seu membro pulsar.

Assim que o Jeong sentiu que estava pronto, retira seus dedos de dentro de si, arfando baixinho, e então praticamente engatinha até ficar por cima do Song, que o observava com seus olhos negros brilhantes, semelhantes ao céu noturno que o licantropo tanto amava observar. Yunho segura o membro duro de seu beta e espalha um pouco do lubrificante ali, o que fez com que Mingi choramingasse manhoso, depois o alinha com sua entrada e vai descendo devagar, acolhendo aquele volume dentro de si enquanto suspiros e arfares baixos saíam de seus lábios.

O semideus sentiu que poderia gozar apenas por estar dentro do licantropo, sentindo o interior quente e macio dele acolhendo seu membro de uma forma deliciosa. Era diferente de estar com Wooyoung e Hongjoong, era uma sensação totalmente nova e ele sabia que poderia ficar viciado nela facilmente. Respirando fundo, o ruivo leva suas mãos até a cintura de seu beta, usando as pontas dos dedos para acariciar a pele de seu amado, que estava parado em cima de si. Provavelmente estava se acostumando a tê-lo dentro de si.

O licantropo então coloca ambas as mãos no peito do semideus, causando risos baixos em ambos com a pequena escorregada que aconteceu por ainda ter um pouco de lubrificante entre os dedos do acastanhado. Por mais que não rissem mais, sorrisos suaves ainda adornavam os rostos de ambos enquanto eles se olhavam nos olhos, tentando um transmitir ao outro o quanto se amavam sem usar palavras.

E então, Yunho começa a rebolar lentamente e Mingi quebra o contato visual, jogando sua cabeça para trás enquanto gemidos baixos escapavam de sua boca. O lobisomem então começa a se mover para cima e para baixo, fechando seus olhos com força pelo prazer de ter o falo de seu beta entrando e saindo de si, tendo o maravilhoso bônus das mãos deste apertando sua cintura enquanto se movia.

Suor começou a enfeitar as peles de ambos e o ruivo jurou que estava tendo a visão do paraíso quando viu o corpo do acastanhado brilhar tanto com as luzes das velas quanto pelo fraco luar que entrava pela janela. As pernas longas estavam dobradas ao lado do quadril, os braços firmemente se apoiando em seu peito, os cabelos agora mais bagunçados, o tronco liso com pequenas pintinhas, os pelos castanho-avermelhados descendo pelo baixo abdômen, o falo totalmente ereto se movendo como um eco das quicadas que estava dando em seu colo... era a perfeição diante de seus olhos.

E, pouco depois o licantropo joga a cabeça para trás, mostrando a tez imaculada de seu pescoço para o semideus, e soltou um gemido longo e similar a um uivo, finalmente chegando ao seu ápice. Pouco depois, quase que fincando suas unhas curtas na carne de seu parceiro, é a vez de Mingi se desfazer dentro de Yunho.

Ambos ficam alguns instantes de olhos fechados, suas respirações ofegantes ecoando pelo quarto.

E quando o casal finalmente voltou a fazer contato visual um com o outro, sorrisos surgiram em seus rostos, belos como o desabrochar de uma flor.

Com carinho, o semideus solta a cintura do licantropo e então segura ambas as mãos deste, as leva até seu rosto e deixa um beijo nas palmas. Isso faz com que o lobo core e encolha seus ombros, se sentindo um pouco tímido com aquela demonstração de afeto tão singela.

Os corações batiam descompassados, mas juntos, em um ritmo só deles.

Após descansarem um pouco, conversando em tom baixo sobre seus trabalhos, os dois estavam novamente aos beijos. Os dedos longos e elegantes de Mingi se embrenhavam nos fios castanho-avermelhados de Yunho, enquanto este tocava as coxas do ruivo com devoção, os corpos mais uma vez encaixados como se fossem peças de um quebra-cabeça. As línguas de ambos se entrelaçavam de forma caótica e deliciosa, assim como vez ou outra os dentes afiados do lobo provocavam os lábios do semideus, que puxava seu beta com força contra si, quase como se quisesse se fundir com ele.

Quando finalmente interromperam o beijo, um fio se saliva insistiu em os conectar durante os poucos instantes em que se olharam. O eclipse dourado agora havia adquirido um brilho flamejante, que pareceu incendiar o interior do ruivo.

Os lábios avermelhados e inchados do licantropo agora se ocupavam em marcar as cochas grossas e atraentes do semideus, que arfava e descobriu como aquela parte de si era sensível. Distraído, o ruivo apenas notou que algo diferente estava para acontecer quando ouviu o agora familiar som do frasco de lubrificante ser aberto.

Yunho olha para Mingi, pedindo permissão silenciosamente, que é concedida com ânimo por este. Um beijo é dado em cada uma das pernas do ruivo antes delas serem colocadas em cima dos ombros do acastanhado, deixando seu parceiro totalmente exposto para si e, se o arfar alto fosse qualquer indicativo, ele havia gostado da sensação.

Com calma para não machucar seu amado, Yunho introduz seu indicador na entrada de Mingi, movendo-o de forma circular para ir habituando seu beta com a penetração, mesmo que não fosse muito necessário. Os alfas já haviam o aberto antes. Mas, o Jeong queria fazer tudo certinho, garantindo o máximo de prazer e o mínimo de desconforto para o Song. Afinal, dar prazer a seus amados era uma das coisas que mais lhe agradavam.

Atento às reações do semideus, o licantropo foi adicionando o segundo e o terceiro dedos, sorrindo orgulhoso ao ver que seu amado já sabia que relaxar ajudava no processo, assim como os gemidos baixos desse cortavam o silêncio do quarto. Logo ele estaria pronto e os dois poderiam, mais uma vez, se tornarem um só.

— Yunho, por favor...

A voz grave do Song estava adoravelmente manhosa, deixando o pedido ainda mais irresistível para o Jeong, que respira fundo e concorda, lubrifica seu membro, o alinha com a entrada de seu parceiro e então vai o penetrando lentamente. Seu olhar e seus ouvidos estavam atentos a qualquer sinal de dor que seu beta pudesse sentir, mas felizmente o processo foi tranquilo. Talvez, em outras ocasiões, os dois precisassem ser mais pacientes, mas naquela noite isso não seria necessário.

Mingi sentia-se fora de órbita ao ter seu interior tocado de forma tão maravilhosa e profunda, levando suas mãos até as costas de Yunho, querendo tê-lo colado a si o máximo possível. E, assim que foi totalmente preenchido por seu parceiro, ele pode perceber como também era diferente de tudo o que já sentiu. Seus sentidos pareciam estar totalmente sensíveis quando se tratava do lobisomem, uma vez que conseguia notar cada fio fora de lugar em sua cabeça, cada segundo em que suas peles trocavam calor, a forma como seu cheiro de lavanda preenchia seu nariz e o fazia se sentir protegido, o sabor de sua boca ainda parecia estar na língua, a respiração dele parecia uma sinfonia para seus ouvidos. Mais uma vez, o mundo do Song pareceu se resumir a um de seus amados.

Após alguns segundos, os olhos de ambos se fecham, os lábios se encontram novamente e o quadril do acastanhado começa a se mover. De início, era lento e sutil, evoluindo aos poucos para algo mais animalesco e prazeroso, tornando a tarefa de beijar seu parceiro cada vez mais difícil..., mas ambos eram teimosos demais para simplesmente desistir daquela maravilhosa confusão de dentes, línguas, lábios e gemidos que trocavam.

Mingi arranhava as costas de Yunho quando este atingia aquele ponto que o fazia delirar, fazendo com que ambos acabassem saindo marcados naquela noite.

Ótimo. Aquilo com certeza saciaria um dos instintos lupinos mais primitivos do Jeong, cujos ancestrais marcavam seus parceiros com mordidas que deixavam cicatrizes permanentes. Mal sabiam eles como era muito mais prazeroso deixar marcas efêmeras, que poderiam ser refeitas quantas vezes quisessem.

Ambos estavam tão quentes que pareciam que iam entrar em combustão a qualquer momento, mas aquilo não importava. Tudo o que conseguiam pensar era no quão bem estavam se sentindo com os movimentos de vai e vém, com os toques, com os gemidos e arfares um do outro. Só havia aquele momento em suas mentes e nenhum dos dois queria que aquilo acabasse.

Mas, como tudo um dia tem um fim, o prazer de ambos transbordou e sujou seus corpos, fazendo uma bagunça em cima dos lençóis. Por alguns instantes, nos quais ambos ainda estavam com a mente em branco, as escleras do semideus se tornaram negras e as unhas do lobo se tornaram garras. Nenhum dos dois viu, no entanto... seria um segredo das sombras que estavam no quarto.

...

Quando ambos finalmente voltaram a si, a primeira coisa que viram foi o rosto um do outro. Ambos trocaram um sorriso e encostaram as testas, como se tentassem prolongar sua união o máximo possível.

— Você foi maravilhoso, Mingi-ah.

O licantropo sussurra, usando sua mão direita para acariciar uma das pernas do beta e a sua esquerda para segurar delicadamente o rosto deste.

— Você também, Yunho-ah.

Foi a resposta em igual tom, com o Song colocando sua mão direita por cima da que estava em seu rosto, e se perdendo pela enésima vez no dourado dos olhos de seu amado.

— Melhor a gente deitar antes que você fique com câimbra...

O licantropo diz baixinho, rindo suavemente em seguida e é acompanhado pelo semideus. Os dois finalmente se desvencilham e Yunho pega uma toalha para limpar ambos os corpos, deixando-os mais confortáveis para poderem ficar mais uma vez deitados se abraçando. Pelo cansaço, os dois acabam cochilando daquela forma, um de frente para o outro, suas pernas entrelaçadas.

Mingi diria que foi o primeiro a acordar, mas Yunho diria o contrário. Mas, aquilo não era tão importante no momento, especialmente considerando que ambos estavam com fome e sede, então o licantropo sai do quarto para buscar algo para os dois, enquanto o semideus ajeitava o quarto o melhor o possível. Era até estranho pensar que a União estaria acabando...

No lado de fora, Jongho quase engasga ao ver as marcas de arranhão nas costas de Yunho e Yeosang engole em seco ao ver o vermelho na cintura do mesmo.

Pelo visto, a União com ele passará longe de ser entediante.


Notas Finais


YunGi me mata, é isso.
Tentei passar o máximo possível como é a dinâmica deles através do lemon, mas parte de mim acha que ficou muito clichê *risos*
Foi bastante complicado escrever parte desse capítulo, especialmente porque eu passei mal durante a semana e fiquei um pouco sem energia, sabe? Felizmente, deu tudo certo!
A música mencionada, Moon, é do novo álbum do (G)_Idle e é uma das músicas preferidas desse comeback hihi.

Gostaria de dedicar este espacinho das notas para agradecer a: subineptune, WoojoongVmin, SofiKook1219, Woopan, Zer0Tw2, XLadyMin, sazni_, youresgolden, WolfFoxBaby e Mikaoh por terem comentado no capítulo anterior! Eu adoro ler e responder cada um de vocês!!

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Cuidem-se meus amores! Bebam bastante água, durmam bastante, comam frutas e verduras, peguem sol de vez em quando e tudo mais~

Até a próxima!

Peace out!


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