História Uma Nova Versão De Você - Presente

“- Tentar a sorte.” -Ela fica corada e acaba desistindo de fechar a porta.

P.O.V. Anna:

Eu vou matar o Natsuko, juro!

- Vou deixar o casalzinho conversar, bay bay. -Diz Natsuko saindo, me fazendo querer matá-lo aqui mesmo.

Antes que pudesse ir atrás dele, Ed põe o braço em minha frente, me fazendo parar e olhá-lo.

- Quero conversar com você. -Me diz sério, olhando no fundo de meus olhos. Sinto minhas bochechas corarem novamente e me separo dele.

- ... Rápido. -Entro no quarto e ele me segue, fechando a porta atrás de si. – O que você quer? -Ele me olha de cima a baixo e dá uma leve corada enquanto sorri de forma fofa.

- Você ainda está de vestido. -Percebo e coro até as orelhas.

- E-eu tive que fazer mais coisas depois da festa! N-não tive tempo de tirar. -Digo virando levemente o rosto, mas quase caio para trás quando o loiro fica bem próximo a mim.

- Quer ajuda para tirá-lo? -Pergunta com um sorriso malicioso e o empurro agora tão corada quanto a cor de meu vestido.

- E-eu mesma posso tirar! Diga logo o que quer e saia daqui!

- Só digo quando você estiver mais confortável. -Diz fazendo pose, com um leve sorriso em seu belo rosto.

- Eu estou confortável! E você também ainda está com a roupa da festa! -Ele me encara como se não acreditasse, dando um sorriso de lado convencido.

- Te conheço desde que nasceu. Sei que odeia usar esse tipo de roupa. E eu já estou habituado a usar roupas formais, então não tem problema. Além disso, fico bem atraente assim, não é? -Diz piscando o olho e acabo o observando, corando mais ao perceber o que estava fazendo.

Edward usava usa calça social branca decorada com fios dourados na lateral, uma camisa da realeza azul escura com detalhes e desenhos delicados, também dourados, e seus cabelos loiros estavam levemente soltos, o deixando com um ar mais sedutor e livre.

- Então sai do quarto para eu poder me trocar!

- Se eu sair sei que você não vai abrir mais a porta.

Viro o rosto envergonhada.

- ... E-então se vire...

Ele faz o que digo e começo a tentar tirar o vestido, mas o zíper ficava nas minhas costas e eu não consigo baixá-lo sozinha. Acabo soltando um gemido irritada e o maior escuta.

- Quer ajuda? -Pergunta ainda de costas.

- ... Se você olhar eu te mato... -Digo e ele solta uma risada se aproximando ainda com os olhos fechados. Me viro e ele põe as mãos em minhas costas, a apalpando, me fazendo soltar um gemido e ficar mais corada ainda. O quanto ele pretende me fazer ficar vermelha hoje?! – O-o que você tá fazendo?!

- Eu não estou vendo, então tenho que achá-lo apenas com minhas mãos. -Ele diz com a voz um pouco rouca e baixa, me deixando mais sensível a cada toque. O loiro apalpa mais abaixo, chegando em minha cintura.

- É-é obvio que não é aí! -Digo irritada e ainda corada, um tanto desesperada.

- Não sei, nunca fiz isso antes.

Estou tremendo, espero que ele não perceba... Pego sua mão e a levo mais acima, a colocando próxima ao zíper.

- É-é aí...

Mesmo não vendo seu rosto sei que o mesmo sorriu, e em seguida abriu o zíper para mim. Após sentir que abriu tudo dou três passos para frente e o mando voltar. Termino de me trocar e o deixo se virar.

Troquei o vestido por uma blusa de manga comprida branca com estampa de pequenas estrelas espalhadas pela mesma, uma saia azul escura que ia até um pouco acima do joelho e uma meia calça branca. Ao me ver ele dá um sorriso carinhoso e fofo... Algo que não vejo com frequência, me fazendo ficar um pouco corada, DE NOVO.

- Está bem melhor... -Depois de alguns segundos me sento em um dos sofás e falo orgulhosa, tentando disfarçar meu nervosismo.

- O-o que você queria me falar?

Ele vem até mim, e, ao invés de se sentar no sofá a minha frente, se sentou ao meu lado.

- Na verdade quero te dar uma coisa. Queria te dar quando estivéssemos a sós... -Ele pega uma caixinha branca do bolso e me entrega.

- N-não tem algum bicho que vai pular na minha cara quando eu abrir, né? -Pergunto com desconfiada.

- Claro que não! Só abre! -Diz um pouco irritado e eu a abro com receio, mas ao ver o conteúdo sinto meu coração apertar e o olho surpresa.

- Você...

Ele dá um leve sorriso.

- Acho que sou um dos únicos que sabe do que você realmente gosta.  -Dentro da pequena caixa havia um colar com um pingente azulado redondo contendo dentro o que pareciam diversas galáxias brilhando constantemente. - Demorei mais tempo do que achei que levaria.

- I-isso é...

- Minha força vital armazenada em um pingente mágico. Assim ele vai te proteger quando eu não estiver por perto. -Aquilo me afetou de uma maneira que nunca achei que afetaria, e começo a chorar. – A-anna! -Ele põe suas mãos em meus ombros preocupado. – Você tá sentindo algo?

Olho para suas mãos e em seguida para seus olhos, ainda com os meus cheios de lágrimas.

- N-nada... Não sinto nada! -O abraço, surpreendendo tanto a ele quanto a mim mesma. – ... Porque você é o único?

- ... -Mesmo ainda estando surpreso o ouço dar uma leve risada rápida juntamente a um sorriso e em seguida me abraça de volta. – Espero que isso signifique que eu seja especial...

Me separo do abraço, o olhando surpresa, bem próxima de seu rosto.

– Você é muito mais esperta do que faz os outros acreditarem... -Ele leva sua mão a minha bochecha, que ainda era molhada com lágrimas que escorriam pouco a pouco. – É muito mais linda do que os outros veem... É muito mais fofa do que podem imaginar...

Ele se aproximava cada vez mais de meu rosto, mas eram tantas coisas passando por minha mente que não conseguia me mexer, não conseguia me afastar e nem sei se queria.

– E a pessoa mais especial para mim...

Ele sela nossos lábios e o correspondo, o que acho que foi o que o surpreendeu, mas continuou com o beijo.

Não nos beijamos apenas uma vez. Não nos separamos mais do que o necessário, e quando paramos, ficamos abraçados, deitados no sofá até que a calma e o conforto me fizeram adormecer em seus braços.

Começo a acordar com a luz da manhã e me sinto espremida. Ao me virar vejo Edward ainda me abraçando, ainda no sofá, enquanto dormia. No susto o derrubo, fazendo-o acordar com a queda.

- Aí! O que eu fiz? -Pergunta sem entender se sentando e massageando as costas. Ponho minhas mãos no rosto, sem cobrir meus olhos, o olhando envergonhada.

- O-o que a-aconteceu? -Ele dá um sorriso, fica de joelhos e se aproxima do meu rosto, colocando suas mãos, uma em cada lado da minha cabeça, se entrelaçando com meu cabelo levemente arrepiado.

- Eu ganhei o seu coração. -Diz em um tom sério, mas sem tirar o carinhoso sorriso do rosto.

Acabo virando levemente o rosto e digo sem olhá-lo.

- I-idiota... Ele já era seu a muito tempo... -Ele tira suas mãos de meu rosto e consigo ver uma lágrima cair de seu rosto, o que me assusta. Ele estava chorando. – O que...

- Estou feliz... Mais do que estive em toda a minha vida. -Diz ainda chorando com um sorriso de orelha a orelha, e começo a chorar também, ficando avermelhada pelo choro e pela vergonha.

- O que você viu em mim?

Ele controla um pouco as lágrimas e coloca novamente uma de suas mãos em meu rosto.

- Tudo... Eu te amo por inteira... Cada pequeno detalhe, desde seus delicados dedos até sua personalidade forte e sublime.

Não consigo evitar de chorar mais e o abraço.

- E-eu também... -Ele me abraça com mais força, como se não quisesse que nos separássemos, e certamente, eu não queria.

...