História Now United- Gene XIX - Nosh - Mutant Crush

Texas, USA.

Um caminhão monstro, passava por vários carros em uma arena, no Texas. Que entretenimento de qualidade. O narrador acabara de anunciar a principal atração da noite. Seu nome era Fred “Blob” Dukes, ele levava o título de garoto mais forte do mundo. Esse era o principal motivo de estarem ali.

Fred era um garoto incrivelmente gordo, não era por maldade que as pessoas falavam isso. Sua mutação o deixava incrivelmente forte, invulnerável e gordo. O garoto havia agarrado duas correntes, cada uma delas estava conectada a um caminhão monstro, o narrador informa que agora era a hora de Fred mostrar do que é feito. Os dois carros deram a partida e não saíram do lugar, o garoto nem parecia estar se esforçando. O mesmo dá um salto e faz com que as traseiras colidam, aterrissando sobre elas.

A plateia vai a loucura, Raven observa atentamente o mutante, ao se curvar para agradecer, o garoto se desequilibra e caí na lama, a plateia que ovacionava Fred, agora estava rindo dele. O mesmo ficou irado. Raven sorri satisfeita. Alguns lugares para trás Noah e Heyoon observavam da arquibancada.

Dentro do camarim, Fred destruiu tudo, pois detestava quando riam de si, porque não poderiam só se contentar com sua força. Estava tudo escuro, o garoto havia quebrado até as paredes. Uma claridade entra na sala, a porta foi aberta.

-Alguma coisa errada? - A transmorfa perguntou.

- Esses caipiras. – Tirou o punho da parede. – Eles riram de mim pela última vez. Eu vou me mandar daqui. – Se virou.

- Isso pode ser arranjado. – Mística falou. – Na verdade, eu conheço um lugar que suas habilidades seriam realmente apreciadas.

- Olha moça, se você for do circo. – Fred deu um tapa na mão da mulher. – Pode esquecer.

- Não, não, não. – Ri. – Estava pensando em uma coisa muito mais interessante. Você gostaria de ouvir?

- É claro, por que não? – Foi até a porta do camarim.

No corredor, Heyoon e Noah foram estavam indo até a porta para falar com Fred. Ao chegarem na porta do camarim, Heyoon sente o cheiro de Mística, eles veem a Diretora Darkhölme encostada na parede com um sorriso triunfante. Blob como era chamado bateu à porta antes que Heyoon e Noah pudessem falar.

Bayville. Dois dias depois.

No colégio, Fred e srta. Darkhölme, faziam os últimos ajustes referente a transferência do garoto para o colégio Bayville, só faltava uma assinatura.

- Alguma pergunta, senhor Dukes? – Perguntou a diretora.

- Eu não sei se posso ir à escola de novo. – Fred respondeu. – Eu não me sinto bem com os outros.

- Você não vai ter esse problema aqui. – Afirmou Raven. – Como diretora, eu posso garantir isso.

Fred saiu da diretora, agora olha confuso para seus horários. Se perguntava para onde deveria ir, não era fácil ser o novato, principalmente se você era diferente. Um garoto passou em sua frente, usava a jaqueta do time do colégio. Fred o pegou pela camisa e levantou até seu lado. Era Ryan

- Você aí, me diz onde eu deveria estar. –Fred perguntou.

- Eu sei lá. – Ryan respondeu. – Você já pensou em um circo? – Riu com deboche.

Blob atirou Ryan pelo corredor, estava furioso, era possível ver a cólera em seu olhar. O garoto pegou os armários que ficam presos na parede e levantou. Noah estava indo para sua sala quando viu aquilo, Fred estava avançando até encurralar o garoto.

- A... Oi, você deve ser novo aqui. – Falou Noah o mais calmo possível. – Eu sou Noah Urrea. – Blob havia olhado para trás, Noah usou suas habilidades diplomáticas para acalmar o garoto.

- É eu sou Novo, quer dizer. – O garoto estava gaguejando e corado. Foi colocar os armários novamente na parede.

- Eu imaginei. Bem-vindo a Bayville. – Noah sorria de um jeito fofo. – Então, como seus amigos te chamam?

- Eu sei lá, nunca tive amigos. – Fred respondeu. – Meu nome... meu nome é Fred. – Estendeu a mão para Noah, que o cumprimentou. – Fred Dukes.

- Bom Fred. – Noah começou a falar. – Eu peço desculpas pelo Ryan, as vezes ele é um idiota completo. – Solta a mão de Fred, e pega o horário do chão. – Quer ajuda para decifrar isso?

- Claro. Por Favor.

- Tudo bem. – Ao ler o papel, Noah rapidamente descobriu a primeira aula do garoto. - Sua primeira aula, é naquela sala. – Falou apontando para uma das várias salas do colégio.

- Ah valeu. – Respondeu tímido.

- Relaxa. O primeiro dia é sempre o mais difícil. – Noah falou se distanciando e indo para sua sala. – Depois melhora, a gente se vê.

- Com certeza. – Fred disse de um jeito meigo, corou novamente.

Em outra sala, o professor de teatro entregava aos alunos roteiros de algumas cenas shakespearianas, e explicava a tarefa da semana. A turma seria dividida em duplas, e cada dupla iria representar uma cena de um texto. Quem escolhera as duplas foi o professor, e os textos também. Faltavam apenas quatro alunos. Josh, Any, Taryn e Paul.

- Taryn E Paul, vocês vão fazer Laura e Jean de a cobiça de Copas. – Falou o professor. – E sobram você Any, e você Josh. – O loiro grunhiu. – Vocês dois vão fazer a peça de Shakespeare Henrique V, Henrique e Katherine, Filha do rei francês.

- Boa sorte Josh. – um garoto falou. – Eu acho que essa garota do Brasil nunca disse duas palavras. Você vai ter que fazer os dois papéis. – a sala riu. Josh não.

- Tudo bem turma. –Falou o professor para acalmar os ânimos. – Quero que vocês se reúnam com seus parceiros e ensaiem. A apresentação será na terça-feira.

- E aí, tudo bem pra você? – Josh perguntou. Se virando para trás

- Eu não tenho medo de você! – Respondeu de maneira ríspida.

- Eu não disse que devia ter. – Respondeu a altura.

- Diz para os seus amigos estranhos ficarem longe de mim. – Any cruzou os braços e fechou o rosto. Josh virou para frente e suspirou.

- Com certeza ela gosta de você. - Novamente o garoto se pronuncia. – Só tá fazendo doce.

- Cala boca Paul. – Josh foi sucinto.

O sinal toca. Era hora do almoço, todos os alunos do segundo ano estavam no refeitório, todos divididos em pequenos grupos. Os populares, os esportistas, os skatistas, os esquisitos e os nerds. Em uma mesa estavam sentados Krystian, Sabina, Josh e Noah. Na outra, Pepe, Todd e Any estavam almoçando. Fred estava indo até o buffet se servir, estava com muita fome. Pensar o deixava assim.

- Fue esse gran chico , que você e Heyoon foram assistir no sábado à noite? – Sabina perguntou.

- É o Fred. –Noah respondeu e deu uma mordida em seu almoço. –Ele é legal! Quando não está arrancando armários da parede. – Soltou uma piscada para Sabina.

- Foi ele que fez aquilo? – Sabina parecia surpresa. – Que maluco. – Riu.

No buffet, Fred empurra o garoto que estava em sua frente, e pede para que a servente encha sua bandeja, quando foi pegar o prato ele negou com a cabeça. E exigiu que a mesma enchesse sua bandeja. A mulher estava exausta. Encheu a bandeja do garoto com tudo que tinha lá. Sanduiches, comida, sucos, refrigerantes, tudo que era de comer estava na bandeja dele.

- Você e a Any? – O chinês pergunta para Josh. – É uma combinação muito estranha, não acha?

- Eu tenho que fazer uma cena romântica com a garota que acha que tentamos matá-la, ela vai ter que ser uma boa atriz. - respondeu

- Beloved, você vai ter que me chamar para os ensaios! – Krystian diz todos riram.

Fred estava passando por eles e achou que a risada era para si. Foi andando até uma mesa que estava vazia puxou a cadeira. Ao se sentar, a cadeira não comportou seu peso e quebrou, em uma tentativa falha de se segurar se apoiou na mesa que atirou as bandejas e restos de comida nos populares. Ryan estava sujo, olhou para Fred furioso, ele e seus amigos estavam se aproximando dele. Todos observavam assustados. Noah levantou.

- Você fica aqui Sabina, isso pode dar rolo. –Noah falou e foi até o epicentro do caos.

- Até por que, isso ainda não aconteceu. – Respondeu Sabina de forma debochada.

Fred não conseguia se levantar, o chão ao seu redor estava muito escorregadio. Para piorar a situação todos os alunos começaram a rir dele, algo que o deixou transtornado. Ele começou a ficar vermelho, de ódio dessa vez.

- NÃO RIAM DE MIM. – Gritou Blob.

Todo o refeitório parou, o garoto atirou dois hambúrgueres na cara de Ryan, seus “capangas” pegaram um milk-shake e uma fatia de pizza das mesas ao seu redor e revidaram. Um garoto anunciou que a Guerra de comida havia acabado de começar. Alguns alunos saíram correndo, enquanto outros se juntaram a bagunça, Josh e Krystian se jogaram no chão para se proteger. Ao perceber que algum tipo de molho vinha em sua direção, Noah fez um pequeno campo de força para barrar a comida. Em compensação, Sabina foi atingida em cheio por um hambúrguer.

- Dá licença. – Sabina disse. – Eu vou dispensar a sobremesa. – Discretamente usou suas habilidades e atravessou o chão.

Noah usava suas habilidades discretamente para desviar os projeteis de comida que eram atirados em sua direção, conforme o mesmo se aproximava de Fred. Ele se aproximava lentamente, olhando ao redor.

- Fred por favor, se acalma. – Foi se aproximando, o garoto agora estava com uma mesa em suas mãos, a situação estava ficando fora de controle. – Fred para! – Noah escorregou em um pedaço de bolo e foi deslizando até Fred. – Fred!

Blob estava quase acertando Noah com a mesa, por sorte, Josh emitiu uma rajada e acertou o objeto em suas mãos, deixando só o pé da mesa na mão de Blob. Josh foi ao resgate de Noah sem pensar duas vezes.

- Largue isso Fred. –Noah pediu novamente.

- Noah? – Ele estava lucido novamente.

- Você ouviu, grandão. – Josh segurava Noah em um braço e estava pronto para tirar seus óculos se precisasse. – Mas se quer lutar vem comigo. – Fred se posicionou novamente.

- Vai embora Josh. – Noah falou segurando em seu ombro. – Eu cuido disso. – Olhou para Fred. – Está tudo bem. – Mostrou as palmas de sua mão na tentativa de acalma-lo. – Não está Fred?

- Eles não deviam rir de mim. – Fungou. Noah se levantou, e Josh continuava lá pronto para protege-lo.

- Não, eles não deviam. – Noah concordava com Fred, realmente eles não deveriam ter rido do garoto. – Josh, você não deveria ir para a sala? Eu acho que deveria.- O americano sabia que se Josh ficasse Fred não iria se acalmar.

- Vou estar perto se precisar de mim. – Josh tinha uma feição doce. – Muito perto.- Fechou o rosto quando direcionou seu olhar para Blob. Um rubor se formou nas bochechas de Noah.

- Eu vou ficar bem. – Noah tranquilizou o amigo que saiu.

Any observava tudo de longe, estava curiosa. Josh saí do refeitório olhando para Noah.

- Cara, vocês tomam mesmo conta um do outro. – Any falou.

- É. – Josh respondeu. – A gente faz isso.- deu um sorriso bobo.

- O que está acontecendo aqui? – A diretora perguntou, ninguém havia notado sua presença até então.

- Nada não. – Any respondeu assustada.

- Estávamos só conversando, diretora. – Josh respondeu.

- Acho bom pararem de conversar e irem para aula. – Srta Darkhölme estava seria. – Fui suficientemente clara?

- Sim senhora. – Any falou se distanciando.

- Não esquece.- Josh falou um pouco mais alto. – Lá no pátio, depois da aula, leva o livro da peça.

Raven cruzou os braços enquanto ambos iam para suas salas. Dentro do refeitório Noah estava sentado ao lado de Fred que se acalmou. Ele não estava bravo, estava triste. Tanto que começou a chorar.

- É que quando eles riem de mim. – Fred falava para Noah. – Eu explodo por dentro.

- Eu entendo Fred. – Noah pegou em seu braço. – Mas você tem que aprender a se controlar. Você pode treinar.

- Onde? – Perguntou, um brilho apareceu nos olhos de Fred.

- Eu aprendi a controlar meus dons com o professor Simon Fuller. – Fala cabisbaixo, lembrar de como era antes de ter controle não era fácil para Noah. – Lá no instituto em que moro.

- Dons? – Fred perguntou curioso. – Quer dizer que você também tem poderes?

- Aham. Olha! – Noah se levantou e observou se não havia ninguém perto. O garoto apontou para a cadeira e franziu o cenho, a mesma começou a tremer e com um olhar de Noah ela foi atirada até a parede, estraçalhando a cadeira.

- Nossa! - Fred ficou admirado. – Você podia triturar as pessoas com isso.

- Não Fred. – Noah começa. –É isso que aprendemos a não fazer. O Instituto XIX é isso. Controle. - Se aproxima de Blob. – Eu queria te levar lá algum dia. Eu sei que Simon adoraria conhece-lo. Me avise quando estiver pronto. – Tocou gentilmente em seu ombro

- Eu vou pensar nisso. – Fred respondeu e Noah foi para sua sala.

- Olha eu tenho que ir. – Noah disse se afastando. – Até depois.

Fred percebe que Noah havia esquecido sua mochila, a pegou para devolver, mas ele viu Noah junto com Josh e desistiu. Pegou a bolsa de Noah e viu que no bolso menor havia um papel e resolver puxar. Era uma foto de Noah com Josh. O loiro mostrava a língua e fazia o sinal de Rock&Roll, enquanto Noah o abraçava por trás e sorria bobo. Parecia um casal. Isso irritou Fred que rasgou a foto ao meio, guardara o pedaço com Noah para si, esmagou o pedaço com Josh e saiu andando.

Na sexta feira, Noah estava saindo do colégio com Taryn, sua amiga. Que lamentava não poder aproveitar o final de semana, pois estava cheia de atividades para fazer. Noah também lamentava, não tinha nenhuma dificuldade para realizar suas atividades, mas isso não significa que ele gostasse de faze-las. Fred estava observando o garoto escondido e resolve criar coragem para falar com ele. Ao fazer isso surpreende Taryn e Noah.

- Oi Fred. – Noah disse. – Esta é minha amiga Taryn.

- Oi. – Respondeu seco para a garota.

- Oi. – Sorriu simpática.

- Noah, você poderia... – Fred falava nervoso. – Quer dizer, você gostaria de fazer um lanche? - Pergunta.

- Desculpa Fred. – Noah começou. – Eu tenho coisas pra fazer, que tal se eu te procurar amanhã? – Continuou andando.

- Coisas não é....- Fred estava agindo como um namorado ciumento e possesivo. – Está foi a melhor desculpa que arrumou? Coisas. – Falou ácido. Noah parou.

- Taryn, acho melhor você ir sem mim. – Falou para amiga. – Depois te mando uma mensagem.

- Está tudo bem? – A garota perguntou. Noah assentiu. Taryn saiu e Fred se aproximou.

- Olha Fred, eu gosto de você, mas eu tenho responsabilidades. - Noah falou para o garoto. – E isso significa que eu não posso ir com você agora. – Noah estava começando a se irritar.

- Mas você é meu amigo. –Falou puxando Noah pelo pulso.

- Era o que eu achava, mas amigos não machucam um ao outro. – Noah estava irritado. – Agora me solta.

- Deixa eu falar com você um instante, em particular. – Respondeu arrastando o Noah para um canto da escola que estava em reformas.

- Eu mandei me soltar! – Noah falou se desvencilhando da mão de Fred. – Eu tenho que ir pra casa.

- Não pode. – Ele falou. – Você tem que sair comigo. – Franziu o cenho.

- Eu tenho é que ir para minha casa! – Respondeu massageando o pulso. Noah começou a correr, mas Blob o segura impedindo de escapar. – Me larga Fred. Eu estou avisando.

Noah começou a usar seus poderes e atirou em Fred, um balde e alguns blocos de concreto, que não fizeram nenhum efeito. Blob perguntara se o garoto deu o seu melhor, e continuou segurando ele. Noah se concentrou, e jogou a caçamba de lixo em Fred, o garoto a socou e fez com que a caçamba acertasse o andaime, cheio de blocos de concreto que desmoronou sobre os dois. Graças a sua mutação ele estava intacto, havia protegido seu “amigo”, mas o mesmo desmaiou, estava com um corte leve na cabeça.

Quando Noah acordou, sentiu uma dor de cabeça horrível, nunca havia ficado de ressaca, mas a sensação deveria ser parecida. Estava confuso, não lembrava como chegou naquele ambiente. A última coisa que Noah lembrava era de tentar fugir de Fred.

- Muito legal, não é? – Fred perguntou. Noah percebeu que estava preso em uma cadeira, amarrado com pedaços de metal, ao seu redor haviam várias velas, ele se debatia para tentar fugir.

- Isso não está acontecendo. - Revirou os olhos e negou com a cabeça. Fechou os olhos e se concentrou.

Professor eu preciso de ajuda, por favor me ajuda.

Mansão Fuller. Bayville.

Simon observa o treino de Krystian e Sabina, que era orientado por Heyoon. Era um jogo de posse de bola. Sabina estava correndo de Krystian com uma bola de futebol americano atravessava arvores do bosque da mansão, enquanto Blink a seguia usando seus poderes.

- É isso aí, chica. – Heyoon disse para Sabina. – Mantenha a bola longe da Peppa. Tem que se concentrar. – Ao falar isso a mexicana atravessou uma arvore e bateu em outra, fazendo com que a bola saísse de seus braços e indo para os de Krystian

- Agora é minha Sabi. – Krystian falou. A garota se levantou e foi até ele, mas antes que Sabina pudesse toca-lo ele se teleportou para um galho magro.

- Olhe para onde está se teleportando. – Ao falar isso o galho quebrou e Krystian começou a cair. Sabina foi correndo até sua direção e deu um salto, se ela não tivesse poderes haveria se machucado, ela atravessou Blink pegou a bola e puxou seu pé. Aterrisou rindo.

- Mas que golpe é esse? – Heyoon se perguntara.

- Inovação e adaptação. Foi o que eles vieram aprender. – Simon respondeu. Antes de escutar um grito em sua mente.

Noah, fique calmo. Nós vamos acha-lo.

- Noah foi raptado. – Simon falou para Heyoon.

- Peppa, vai chamar o Ciclope. – Heyoon falou para Krystian e saiu correndo. – Vou pegar a minha moto.

Propriamente vestida, Heyoon colocou seu capacete e deu partida em sua moto saindo da mansão em alta velocidade, não queria que seu aluno se machucasse.

Colégio Bayville. Bayville.

No pátio da escola Josh e Any estavam lendo o texto dramático sem muito ânimo. Ambos estavam sentados frente a frente, com a cara nos livros. Estavam lendo, mas não interpretando.

- Você gosta de mim? – Josh interpretava.

- Pardon moi? – Any respondeu, também interpretava. – Eu não sei dizer o que é gostar de mim.

- Um anjo como você Kate. – Josh gesticulava.- Você é como um anjo Kate

- As garotas tem razão. – Any não interpretava mais. – Você é cheio de charme.

- Olha, eu só tô lendo as falas. – Falou de maneira ríspida. – Tá legal!?

- Eu sei, é que as vezes eu queria... – Josh deixa o livro de lado.

- Queria o que? – Estava apreensivo.

- Eu queria tocar alguém novamente. – Any fala estava triste. – Mas sabe o que acontece quando eu faço isso. – São interrompidos por um brilho, era Krystian.

- Nossa! Um momento de ternura? –Falou debochado. – Desculpa interromper.

- Fala sério cara! – Any retruca. – Parece um irmão chato. – Krystian dá a língua para Any.

- Qual é o problema? – Josh perguntou, certamente Krystian não iria atrapalhar a atividade, se algo não houvesse acontecido.

- Noah foi raptado. – Krystian responde como se fosse uma coisa normal.

- O que?! – Josh levanta e segura Blink pela gola da camisa.

- Devagar com a minha roupa! Comprei ontem. – Krystian empurrou as mãos de Josh para trás. – A Heyoon está procurando ele. Só vim aqui te avisar. – O semblante de Josh mudou em um segundo, estava preocupado com o amigo. Bateu os punhos na mesa. Any estava olhando indiferente.

- O Blob. – Fechou o rosto. – Se ele machuca-lo... – Any estava incomodada com a situação.

- Você sabe alguma coisa sobre isso? – Estava sendo grosso.

- Não! – Respondeu no mesmo tom. – E se soubesse não ia contar. – Ele não tinha o direito de falar assim com Any.

- Espero que consiga conviver com sua consciência. – Josh falou para Any, olhou para Krystian. – Nos teleporta ao máximo, Nanjun.

- Kāishǐle. – Krystian respondeu, as vezes falava expressões em sua língua nativa.

- Tô pronto. – Josh toca no ombro de Krystian e ambos desaparecem em um brilho.

Any ficou lá sozinha, as palavras de Joshua a afetaram profundamente, sabia que as ações erradas de Blob a prejudicariam. Ela não era uma má pessoa, só estava confusa. Heyoon para na frente do colégio e começa a farejar Noah, ele sumiu lá, então seu cheiro estava mais forte lá, havia achado o rastro de Noah, acelerou sua moto e partiu a sua procura.

Sala de Guerra. Subterrâneo da Mansão Fuller.

Simon esperava todos estarem prontos. A sala recebeu o nome de sala de guerra pois lá os mutantes conversavam sobre suas missões. Ela era inteira de metal, havia um monitor enorme rodando várias imagens de satélite da cidade procurando por Noah. Embaixo dele havia um teclado, um telefone e canais de comunicação. Não havia nenhuma mesa apenas algumas cadeiras.

- Estava em contato mental com Noah, mas ele não faz a mínima ideia de onde está. - Simon falava. – O que posso dizer é que Dukes e ele estão em algum lugar desta área. – Falou apontando para o monitor.

- Então vamos lá. – Ciclope falou. A equipe foi até a garagem, Blink e Lince Negra pegaram a X-van(Jeep Compass) com Simon, e Josh foi com o seu carro.

Fabrica abandonada.

Havia uma mesa posta para um jantar à dois, a luz de velas. Noah estava preso a uma c

- Essa vai ser a melhor noite que você já teve. – Fred diz se aproximando de Noah, que estava em uma cadeira. – Jantar, Dança.

- Fred. – Noah falou calmo. – Está tudo errado. Você não pode forçar alguém a gostar de você. – O sequestrador colocou o guardanapo no colo de Noah.

- Por que não? – Ele questionou. – Eu sou mais forte que todo mundo.

- Ser legal, costuma dar mais certo. – Noah disse.

-Ah é, acabo de me lembrar. – Falou e foi até a porta. – Tenho uma surpresa pra você. – Saiu.

Heyoon estacionou em frente a uma fábrica antiga e fungou, naquele momento soube que Noah Urrea estava lá. Pegou seu comunicador e avisou aos demais que Noah e Dukes estavam na antiga fábrica do lado sul, disse que ia entrar. Simon pediu que Heyoon esperasse o reforço. Mas a mutante com garras de Adamantium o ignorou e adentrou na fábrica. Simon informou a Josh onde Noah estava, Ciclope informou que chegava em três minutos e deu a volta com o carro. Blink e Lince-Negra estavam mais distantes.

Fred estava voltando com uma vitrola para sala, ao ouvir o metal das garras de Wolverine cortando a porta e partindo para um ataque, Heyoon distribuiu socos pela face do garoto que não sentiu nada e em resposta ao ataque a atirou para longe de seu corpo. Blob tirou uma das maquinas da fábrica que pesavam toneladas e atirou contra Heyoon, que desviou e o atacou pelo teto.

Dentro da sala, Noah ouvia o barulho do confronto e começou a se bater. Usava sua telecinese para tentar partir o metal ao meio, só conseguiu entorta-lo. Então olhou para um dos armários. Com dificuldade, pois sua cabeça estava doendo, levitou o armário.

Blob pulou em cima de Heyoon, impossibilitando que ela respirasse.

- O Noah, é meu amigo agora. – Fred falou. – Você não pode levar ele.

Uma luz vermelha derrubou a porta e dificultou a visão de Blob.

- A gente só tá tirando ele. – Josh falou, estava bravo. Era pessoal. – Através de você, se for necessário.

Lançou uma de suas rajadas em Blob. O mesmo não pareceu sentir dor, aproveitou que Ciclope estava parado e atirou Wolverine em sua direção. Ambos caíram desmaiados, o visor de Ciclope caiu e o garoto desmaiou, com Heyoon em cima de si. Blob voltou para seu encontro

Alguém espreitava a batalha, ela se aproximou de Josh desmaiado e o tocou, o suficiente apenas para absorver suas habilidades.

Ao abrir a porta da sala, Blob se depara com um armário o empurrando para fora, ele o segurou estava furioso.

- Ninguém me respeita, e você é o pior. - Fred para Noah. – Você fingiu ser meu amigo. – Atirou o armário na direção de Noah. Que o segurou por pouco e o colocou em seu lugar novamente.

Blob saiu da sala e pegou outra máquina da fábrica, essa era maior. Noah ficou pálido, aquele objeto era muito pesado ele não iria aguentar. Antes que pudesse acerta-lo, uma rajada atingiu sua nuca, e Blob derrubou a máquina.

- Deixa ele em paz seu maluco. – Falou Any brava e com os olhos emitindo uma aura vermelha.

- O que vai fazer comigo? – Ele debochou. – Vai me fazer sambar na Sapucaí?

- A mística não te contou o meu poder? – Ela foi se aproximando.

- Não, por que eu não ligo. – Falou tentando distribuir socos contra a garota que desviou de todos. E o tocou.

- O meu poder, é o seu poder. - Ela falava enquanto recebia a energia de Blob.- E eu aguento dois de você. – Aplicou um dos golpes que aprendeu e fez o garoto ser atirado para o teto, então o golpeou com uma rajada do ciclope. O derrubando na sucata.

- Eu tenho muito poder, até pra você. – Ele respondeu. – Você não pode me machucar. Eu sou Blob.

- Não, você é um lixo. – Ela usou as palavras, para o atingir. – Que está afim de um gato. Mas advinha o que vai acontecer? Eu vou te dar um fora.

Blob pulou ate Any que usou mais uma vez as Rajadas de Josh, só que dessa vez ela fez com que o garoto ficasse suspenso no ar e fosse atirado pelos ares. O fazendo cair no lixão de Bayville. Onde até as gaivotas pareciam rir dele.

Agora com todos os mutantes na fábrica, Any colocou o visor de Ciclope em seu rosto. Wolverine, Blink e Lince-Negra estavam ao seu lado. Sem entender a situação.

-Prontinho. – Josh estava com dor de cabeça. – Eu só peguei uma pequena dose do seu poder. Você deve voltar ao normal logo.

- Você é como um anjo, Kate. – Ainda estava confuso. Any corou.

- Mas meu nome não é Kate. – Any respondeu. – E eu não sou um anjo. – se levantou.

- Mas você nos ajudou. – Noah falou. – Porque?

- Eu não sei. – Deu as costas e saiu. –Eu não sei porque.

- Não, espera! – Noah começou a correr em sua direção.

- Calma molenga. –Heyoon falou. – Deixe-a ir.

- Mas ela... – Noah falou, mas foi interrompido por Heyoon.

- Ela não está pronta, acredite em mim. – Heyoon concluiu.

- Tá legal, talvez ela faça parte do lado sombrio, mas acho que devemos uma a ela. – Sabina diz.

- Devemos. – Josh se levanta e olha para Noah. – E muito.- envolve o amigo em um de seus braços. Se olham e rapidamente desviam o olhar para o horizonte.