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História Nurarihyon no Mago: After Story - Chega para todo mundo


Escrita por: kagome95ingrid

Notas do Autor


mais um capítulo saindo pq n estou num dia bom então taquei o foda-se nas responsabilidades. espero que gostem do cap

Capítulo 11 - Chega para todo mundo


O único barulho que se ouvia na sala de aula era o riscar do grafite nas folhas de papel enquanto os alunos se descabelavam com a prova. As reações dos alunos eram bem diferentes e ainda assim similares. Rikuo estava totalmente focado e concentrado fazendo e refazendo as contas enquanto Tsurara respirava fundo ao apagar inteiramente a última questão para tentar fazê-la de novo desde do começo. Shima olhava com o canto do olho para a prova da menina ao seu lado torcendo para que o professor não visse enquanto Kiyotsugu e Torii refaziam os cálculos freneticamente torcendo para eventualmente achar o jeito certo de fazer. Kana fechava a prova calmamente depois de ter conferido as respostas enquanto Maki inventava operações que não faziam sentido na esperança de achar uma resposta que fizesse sentido para marcar entre as opções.

- Acabou… - anunciou o professor depois de uns minutos para desespero de alguns alunos.

Alguns alunos reclamavam, outros suspiravam, outros eram indiferentes, mas todos tiveram que entregar a prova para o professor no final das contas. Com o término da prova e o passar de mais alguns minutos, chegou a hora do almoço. Cada grupinho de amigos foi para seu típico cantinho para conversar e comer, e não seria diferente com Rikuo e seus amigos.

- Não acredito que eu não consegui fazer a última questão à tempo. - reclamava Maki sentada sobre a mesa - Eu estudei tanto pra essa maldita prova!

- A parte mais difícil pra mim foi ficar acordado a prova inteira… - reclamou Rikuo deitando sobre a mesa.

- Noite longa? - perguntou Kiyotsugu.

- Tentei recuperar o tempo que perdi sem estudar estudando de última hora. - reclamou Rikuo soltando um pesado suspiro - Está bem difícil conciliar as coisas do clã com as coisas da escola…

- Isso me lembra… - disse Kana - Ano que vem vai ser o nosso último ano na escola Você vai pra faculdade, Nura-kun?

- Se mal aguento o Ensino Médio junto com as coisas do clã, quem dirá uma faculdade… - disse Rikuo suspirando.

- E você Oikawa-san? - perguntou Shima.

- Dificilmente irei pra uma faculdade também - disse Tsurara dando de ombros - Eu praticamente só entrei na escola pra começo de conversa pra ficar de guarda costas do Rikuo-kun.

- Droga. Seria legal ver todo mundo junto na faculdade - disse Torii suspirando tristemente.

- Isso não ia rolar mesmo se o Nura-kun e a Oikawa-chan fossem pra faculdade também. Já que certas pessoas provavelmente serão chamadas pra jogarem pra seleção de futebol do Japão - disse Maki dando leves cotoveladas em Shima com um sorriso enorme.

- P-Para… - respondeu Shima sem graça corado.

- Não deveria ficar tímido Shima-kun, deveria ficar orgulhoso! - disse Kiyotsugu passando o braço ao redor dos ombros do amigo - É um jogador fenomenal! Afinal, se não fosse, não estaria indo agora nas férias para a Europa jogar.

- Pelo menos deu tempo de terminar esse ano… - disse Shima suspirando.

- Vai continuar a escola lá na Itália? - perguntou Rikuo.

- Vou tentar né? - disse Shima coçando a nuca mostrando com seu rosto sua insegurança.

- E você sabe italiano? - perguntou Kana num tom levemente surpreso.

- N-Não… mas eu aprendo! Ao menos eu sei inglês… ou o suficiente… ou o que eu acho que vai ser suficiente. - disse Shima.

- Vai dar tudo certo - disse Tsurara abrindo um sorriso e fazendo um joinha.

Shima corou ao ver o sorriso que Tsurara dava e isso fez com que ele desviasse o olhar. Ainda não tinha conseguido largar os sentimentos que havia nutrido pela garota. As vezes, como agora, em que ele corava, ele também olhava nervoso para Rikuo. Conhecia bem o amigo, verdade, mas não queria que um líder yakuza notasse que tinha tais sentimentos guardados dentro de si. Esperava que a distância finalmente cortasse esses sentimentos.

Depois de ter olhado para Rikuo, Shima olhou para Kana. Haviam falado alguns meses atrás sobre como Shima gostava de Tsurara e Kana de Rikuo. O namoro de Rikuo com  Tsurara fez com que a amizade entre Rikuo e Kana ficasse mais distante e a entre Kana e Tsurara inexistente. Não que houvessem obrigado, não. Kana apenas não sabia como reagir mais perto dos dois e acabava se afastando as vezes.

O dia se seguiu normalmente com os jovens estudando para as últimas provas do ano e assistindo as últimas aulas do ano. Mesmo com algumas provas faltando, a alegria pelas férias já era contagiante. Especialmente entre os alunos do penúltimo ano, o ano de Rikuo, que viam no fim das férias a chegada do último ano letivo.

- Ano que vem vai ser a gente eim? - disse Kiyotsugu olhando para os alunos do último ano que estavam num misto de nervosismo para o vestibular e saudades antecipadas dos amigos, professores e da vida escolar.

- Pelo menos acho que não vou ter que me preocupar com vestibular - disse Rikuo de volta para o amigo.

- Tem certeza disso? - perguntou Kiyotsugu e Rikuo deu de ombros.

- Ainda estou pensando. - respondeu Rikuo - Tem cada vez mais coisas do clã para fazer. Vou ficar cada vez mais ocupado, especialmente se eu quiser fazer ele crescer e fazer o meu plano com a Yura.

- Já teve alguma resposta dela então? - pegou Torii.

- Ela deve vir para Tokyo durante as férias para discutir mais detalhes - disse Rikuo.

- Avise quando ela vier! Podemos sair para algum lugar! Quem sabe Akihabara! - disse Maki empolgada.

- Seria legal - concordou Tsurara.

O grupo se distanciava da escola à passos calmos conversando distraidamente enquanto cruzavam as ruas de Tokyo. Conforme andavam, iam se separando quando cada um ia seguindo seu caminho em direção à própria casa. Até que, em certo ponto, Rikuo ficou sozinho com Tsurara seguindo o caminho de volta para a mansão Nura.

Em certo ponto do caminho, eles passaram por uma loja cujo dono estava assistindo a televisão que anunciava um acidente na linha do trem bala. A manchete atraiu o olhar de Tsurara que pegou no pulso de Rikuo e puxou-o para mais perto apontando para a televisão.

- A-Aquela não era a linha que o Ichidaime-sama iria pegar? - disse a garota.

Rikuo olhou para a tela da televisão sentindo o coração começar a tremer mais rápido.

- Q-Quais as chances… esse trem sai...o que?... a cada 30 minutos? - perguntou ele mas bem preocupado.

Ele pegou o celular para ligar para o avô enquanto ouvia a repórter falando e a tela da televisão exibia a imagem tirada de um helicóptero. O trem bala estava completamente fora dos trilhos, virado de lado. Parte dele não se dava para ver pois estava coberta pela fumaça que saía de uma parte em chamas enquanto outra parte estava suja e levemente coberta de terra que parecia ter caído de uma elevação próxima.

O coração de Rikuo mudou um compasso quando o celular emitiu o típico barulho de chamada não completada. O desespero tomou conta dos dois que correram para completar a distância que ainda os separava da mansão Nura enquanto tentavam ligar para o celular de Nurarihyon.

A porta principal da mansão se escancarou de uma vez quando Rikuo empurrou-a. A casa já estava uma bagunça, mas Rikuo correu direto para a sala de estar onde vários youkai e sua mãe se reuniam desesperados tentando entender a situação e saber se Nurarihyon estava ou não no trem.

- Rikuo-sama! - exclamou Kubinashi com a chegada do garoto.

- Conseguiram entrar em contato com meu avô? Sabem mais sobre o que aconteceu além do que a televisão fala? - perguntou Rikuo.

- Não e não. Enviamos o Sanba Garasu para lá à pouco. Desculpe por não esperar suas ordens - disse Aotabo.

- Não tem problema. - disse Rikuo.

Não teria feito diferente. O trio de youkais corvos poderia chegar lá rapidamente graças ao poder de voo. Rikuo roía a unha tentando digerir cada palavra que a repórter falava.

- Não se sabe ainda o que pode ter ocasionado o acidente mas autoridades locais descartam terremotos. - dizia a repórter - Alguns suspeitam de falhas mecânicas ou até mesmo um ataque coreano. A busca por sobreviventes continua mas alguns vagões ainda estão completamente inacessíveis para a equipe de resgate.

- Eu vou pra lá também - disse Rikuo se levantando.

- Ao menos espere que o Sanba Garasu entre em contato, Rikuo-sama. - pediu Kurotabo - Eles devem estar quase chegando lá.

- E se for um ataque? - disse Rikuo - Sei que eles sabem se defender mas… e se..

- Também pode não ser nada - disse Kejoro.

- Ainda assim, são pessoas que precisam de resgate. E a noite não está tão longe assim.

Rikuo deu as costas para a sala e para a televisão e, não tendo poder de voar, pegou uma carona com um youkai que parecia uma serpente com um rosto estranho e cabelo que era capaz de voar. Aquele youkai e seus ancestrais eram provavelmente a carona voadora favorita de todas as gerações de Nurarihyon.

Quando estava quase na metade do caminho, seu celular tocou e, quando o atendeu, quem falava era Sasami, a única mulher do trio do Sanba Garasu.

- Sandaime-sama - disse a mulher - Chegamos no local do acidente e ele de fato parece bem estranho. Ainda não registramos a presença de nenhum youkai, seja ele inimigo ou o Ichidaime-sama.

- Estou à caminho. - disse Rikuo.

- Estamos divididos entre ajudar os civis e tentar ganhar acesso aos três primeiros vagão que está bloqueado. - disse Sasami.

- Certo. Continuem. Me avisem caso descubram algo de importante - disse Rikuo.

O coração de Rikuo quase saía pela boca enquanto ele seguia o caminho até o local do acidente. Sentia o peso nos ombros do desespero e torcia, rezava silenciosamente para todos os deuses que aquele não fosse o trem que seu avô pegou e que o velho só não atendesse o telefone porque estava se divertindo com o amigo ou sem sinal.

Antes de chegar no local do acidente, a noite já tinha engolido o sol por completo. Assim, quando viu a imagem do trem se formando embaixo de si, Rikuo simplesmente mudou para sua forma youkai e não se preocupou com altura quando saltou do youkai. Foi fácil usar seus poderes para passar pelos oficiais e curiosos humanos e se aproximar do trem. Pode ver Sasami ajudando à retirar os humanos das ferragens enquanto seus irmãos Kuroumaru e Tosakamaru forçavam uma abertura para os primeiros vagões. Rikuo rapidamente se aproximou deles e ajudou à forçar os metais que logo se abriram o suficiente para deixar uma pessoa passar.

O trio entrou rapidamente no vagão e ficaram parcialmente aliviados ao ouvir o choro e a tosse das pessoas, provas de que estavam vivas.

- Tire os sobreviventes daqui. Vou procurar meu avô - disse Rikuo - Já checaram os outros vagões?

- Sim. Nenhum sinal dele - disse Kuroumaru se aproximando para pegar no colo uma jovem criança de uns 6 anos que chorava com a testa sangrando.

Rikuo passou rapidamente pelas pessoas com a dor no coração aumentando cada vez que via uma morta. Não sabia qual era a situação dos outros vagões, mas a situação ali estava horrível. O jovem passou por cada fileira de assentos e se sentia mal por cada pessoa ainda viva pela qual passava direto. O único consolo que tinha quanto à isso era que nenhuma parecia estar em situação de vida ou morte e que Kuroumaru, Tosakamaru e provavelmente logo os bombeiros também, estariam tirando elas dali para receber os devidos tratamentos.

Quando alcançou uma fileira de assentos quase na frente do segundo vagão, o coração de Rikuo acelerou ainda mais ao ver o avô caído no chão.

- VOVÔ! - exclamou o garoto aproximando-se de Nurarihyon.

Era óbvio por como ele estava que ele havia no mínimo caído de mal jeito. Estava todo torto no chão do trem bala mas também com machucados que sangravam ensopando o chão de vermelho. Os machucados que estavam no corpo de Nurarihyon eram bem característicos. Rikuo conhecia um corte de espada em qualquer lugar àquela altura. Aquilo não tinha sido sobra do acidente. Alguém lutou com Nurarihyon e provavelmente saiu ganhando. As mãos de Rikuo foram frenéticas para as feridas tentando às fechar chamando desesperadamente pelo nome do avô que não respondia. Já com as mãos e as roupas cheias de sangue, ele parou uns segundos para sentir a pulsação do avô e seu coração despencou ao não sentir nenhuma.

Aquela foi a hora que, mais do que nunca, quis ter poderes de cura.

- KUROUMARU! - gritou Rikuo desesperado e imediatamente o youkai chegou.

O olhar de surpresa e assombro no rosto de Kuroumaru indicou que ele também via o que estava acontecendo.

- Conheço um templo que cura qualquer um nas proximidades. O levarei imediatamente, senhor - disse Kuroumaru.

Rikuo afirmou com a cabeça e deu espaço para que Kuroumaru pegasse seu avô. Tinha certeza que o youkai poderia ser mais rápido do que ele em alcançar o tal templo. Em seguida, Rikuo saiu do trem à passos apressados ignorando os bombeiros que entravam e se mostravam perdidos com sua estranha aparição naquele trem. Voltou para o youkai voador e seguiu Kuroumaru.

A distância entre Rikuo e o youkai corvo só aumentava, mas era melhor assim do que perderem tempo desacelerando. Sentia o celular em seu bolso tocando feito todo, mas o ignorou completamente forçando sua visão e seus poderes youkai para não perder Kuroumaru de vista mesmo na escuridão da noite.

Novamente pulou do youkai quando chegaram em um pequeno templo escondido na floresta e nas montanhas. Viu que Kuroumaru e uma youkai de longos cabelos lilás já tinham adiantado as coisas e colocado Nurarihyon na parte rasa das águas fumegantes de uma fonte termal. A youkai apontava as mãos para o avô de Rikuo e delas emanavam uma luz amarelada que trazia calma ao coração.

- Quem é ela? - perguntou Rikuo para Kuroumaru.

- É uma… amiga… - disse Kuroumaru com um estranho rubor nas bochechas - Vive nesse templo sem ser perturbada e sem perturbar ninguém ajudando quem se perde na floresta e coisas do tipo.

- Ela disse alguma coisa sobre meu avô quando você chegou? - perguntou Rikuo apertando a mão com força.

- Sandaime-sama…. - disse Kuroumaru tomando um pesado suspiro - Não mentirei para você. Ela me pareceu sem quaisquer esperanças mas disse que ia tentar tudo em seu poder.

- Por favor, não diga isso - disse Rikuo mordendo o lábio ansioso.

Rikuo quase podia contar quanto tempo passava pelas batidas de seu próprio coração enquanto fitava a mulher tentando curar seu avô. Suor escorria pela testa dela mostrando que ela estava verdadeiramente tentando, mas seu mundo caiu quando as mãos dela pararam de brilhar, ela as recolheu, olhou para Rikuo e negou com a cabeça.


Notas Finais


o nome do cap, "it comes for everyone" da pra ser traduzido como 'vêm para todos' acho que deu pra pegar o que é q vem para todos


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