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História Nurarihyon no Mago: After Story - Templo Higurashi


Escrita por: kagome95ingrid

Notas do Autor


Demorou mas saiu XD Desculpe a demora. Nesse capítulo, vocês vão ter algumas notas marcadas com os asteriscos. As explicações para as mesmas estão no final.

Capítulo 4 - Templo Higurashi


No dia no qual os amigos combinaram de irem até o tal templo, foi também o dia em que Rikuo voltou a ir para a escola. No entanto, não tinha muito que o garoto podia fazer quanto à escolha de dia para voltar a comparecer as aulas visto que no dia seguinte as provas finais iam começar. Quanto a enorme quantidade de faltas, Rikuo não precisaria se preocupar já que, até onde os professores sabiam, ele tinha sofrido um "acidente de carro". Como ele ainda estava usando algumas ataduras e band-aids, era fácil comprovar a história. Claro que um acidente de carro era uma história mais convincente do que falar que ele lutou contra um meio-youkai renascido direto do inferno depois de morrer centenas de anos atrás.

A pequena multidão de alunos ia se aproximando dos portões da escola de Ukiyo-e enquanto conversavam sobre diversos assuntos. Esses assuntos, no entanto, às vezes paravam quando alguns deles viam Rikuo que chegava à escola conversando com Tsurara. Rikuo esperava essa reação e na verdade nem se importava tanto assim. Era esperado que depois que o vídeo dele se transformando em youkai vazou na internet embora, até onde sabia pelo menos, quase todas as versões desse vídeo tinham sido já apagadas ou alteradas para deixar com uma impressão de mais falso. Algo como uma última tentativa de tentar fornecer ao garoto uma vida normal. Boa parte disso, foi graças ao Kiyotsugu. Mas claro que o poderoso clã também deu sua parte de ajuda nisso.

— Hey! Parem de cochichar sobre o Nura-kun! Tá dando pra ouvir, seu bando de sem noção! – exclamou Maki quase que fazendo com que as pessoas abrissem alas para ela e Torii irem em direção à Rikuo.

— Bom dia. – disse Torii.

— Bom dia meninas – respondeu Rikuo com um sorriso simples.

— Bom dia – completou Tsurara com o mesmo nível de sorriso que Rikuo havia dado para as garotas.

Esses sorrisos eram ambos pelo mesmo motivo, o conforto de saber que embora a maior parte da escola estivesse no mínimo cochichando besteiras, pelo menos eles tinham amigos que aparentemente estavam dispostos a defender eles.

Considerando as fofocas que aconteciam ao redor deles, o dia passou bem normal. Rikuo tentou prestar o máximo de atenção que conseguia na aula já que a prova seria no dia seguinte e ele realmente estava meio atrasado com os conteúdos. Essa provavelmente seria uma das poucas vezes que o garoto não tiraria uma nota tão alta assim nas provas finais antes de finalmente ir aproveitar as férias. Ele e Tsurara também insistiram e conseguiram com que Kiyotsugu, Kana, Torii, Maki e Shima os ajudassem nos conteúdos que não estavam entendendo direito.

Quando a aula terminou, Rikuo saiu com o coração feliz da escola. A sensação de normalidade que aquele dia trouxe para ele foi muito confortante. No entanto, aquela sensação provavelmente iria acabar logo já que estavam se dirigindo ao metrô para ir até o tal templo que estava atraindo youkai por algum motivo.

— Então... Descobriu algo mais desse templo, Kiyotsugu-kun? – perguntou Rikuo enquanto todos estavam de pé no trem que cortava a cidade de Tokyo até o destino deles.

— Descobri algumas coisas – disse Kiyotsugu todo orgulhoso – Por exemplo, descobri que o nome do templo é Higurashi Jinja (*). Além disso, aparentemente é um templo bem antigo que existe pelo menos desde da Sengoku Jidai (*).

— Espero que, só porque ele é velho, ele não esteja infestado de fantasmas muito velhos – disse Maki se abraçando e se arrepiando toda da cabeça aos pés.

 - Relaaaxa. Vai dar tudo certo – disse Torii com um sorriso relaxado no rosto.

— Espero. Mas de toda forma, ainda prefiro não encontrar nenhum fantasma. Velho ou novo. – disse Kana também não gostando muito da ideia.

Quando o grupo chegou à estação certa, eles desceram do trem e foram cruzando pelas ruas e ruelas da cidade até chegar à entrada do templo. O templo ficava numa espécie de morro que causava um contraste de épocas uma vez que ele era claramente velho enquanto as árvores que o cercavam eram, por sua vez, cercadas de prédios. Parte do grupo suspirou quando viram que ainda tinham que subir várias escadas para chegar até o templo. Foi com uma grande motivação e insistência de Kiyotsugu que o grupo aceitou encarar as dezenas de degraus até chegarem ao templo em questão.

O lugar era organizado. Era possível ver do torii (*) da entrada do templo toda a estrutura do mesmo assim como uma casa onde provavelmente morava a família que cuidava dele e uma grande árvore com uma corda enrolada ao seu redor mostrando que era sagrada.

Um senhor estava varrendo a entrada do templo e se surpreendeu levemente ao ver o grupo se aproximando do templo.

— Ora, olá! Como posso ajuda-los? Querem visitar o templo? – disse ele enquanto botava a mão nas costas como se estivesse sentido dor.

— Você está bem? – perguntou Tsurara.

— Ah sim sim. Não se preocupem. São só minhas costas. Argh. – reclamou ele.

— Bem, já que é assim...  – disse Kiyotsugu já partindo para os assuntos que queria e nem notando o olhar que os amigos haviam dado para ele. Um olhar de “tenha mais compaixão com o velho!”. – Nós queríamos sim visitar o templo. Na verdade, uma parte específica do templo. Ouvimos falar que aqui tem um poço um tanto interessante.

O grupo de amigos encarou Kiyotsugu silenciosamente o questionando quanto à falta de sensibilidade para com o velho com dor nas costas. O olhar dos amigos passou totalmente despercebido pelo garoto. No entanto, o velho então os olhou com uma expressão séria, quase sombria.

— O que querem com o poço? Vocês são youkai? – esbravejou o velho balançando a vassoura de um lado para o outro tentando acertar eles com a mesma.

— E-Ei... Calma aí – disse Shima.

Nenhum do grupo realmente precisou desviar da vassoura, pois o velho logo pareceu ter sentindo uma pontada de dor nas costas que o fez se apoiar na vassoura e segurar as costas de novo.

— Vovô! Que gritaria é essa? – perguntou um jovem chegando correndo as escadas do templo. Ele era jovem, mas levemente mais velho que Rikuo e seu grupo. Provavelmente tinha uns 20 anos de idade e voltava da faculdade.

— E-Eles perguntavam sobre o templo... Devem ser youkai! – exclamou o velho enquanto o jovem ia ajudar o avô dando-o mais apoio.

— Tem certeza vovô? – perguntou o jovem de forma calma – Já é a terceira vez que você diz isso para alguém querendo visitar o templo e nenhuma das vezes anteriores eram youkai.

— Ahm... Uma história parece estar circulando na internet... – disse Kiyotsugu sem graça.

— Sim. – continuou o jovem – Notamos isso. E vovô, sabe muito bem que qualquer um pode ler uma vez que algo está na internet. Não acho que youkai sejam muito fãs de internet.

Tsurara já ia abrir a boca para falar, mas Rikuo negou discretamente com a cabeça. Era engraçado como muitos tinham a falsa ideia de que os youkai não tinham se rendido as comodidades do mundo moderno assim como os humanos haviam. Era, obviamente, uma ideia errada. Quase todo o clã de Rikuo tinha um smartphone. Um de seus generais, Aotabo, tinha inclusive uma gangue de motoqueiros (marjoritariamente humanos inclusive). A única exceção à isso parecia ser o trem bala. A maioria dos youkais que o usava frequentemente eram os idosos. Já os jovens, eles preferiam apostar corrida contra o meio de transporte de alta velocidade e praticidade. Sim, Rikuo já tinha feito isso algumas vezes. Era divertido e o trem bala conseguia ser um adversário valoroso.  

— Mas têm aparecido alguns... – justificou o idoso.

— Sim, tem, mas acha mesmo que eles seriam assim tão nada discretos? – justificou o garoto.

— Só tem um problema nessa sua teoria, Souta – disse outra pessoa se aproximando do grupo.

Essa pessoa que se aproximava era tão diferente que chegava a ser extravagante. Seus olhos eram dourados e os cabelos eram bem longos e prateados. Como se isso já não chamasse muita atenção, ele ainda vestia um kimono completamente vermelho.

— Tem? – perguntou o jovem, Souta – Qual seria esse problema, Inu-no-niichan? – perguntou Souta. Inu-no-niichan era um apelido que dera para o homem de kimono vermelho extravagante quando era pequeno, mas o apelido acabou ficando.

— Ora, simples. O fato de que temos dois youkai aqui – disse o homem pegando no cabo de sua espada, mas sem ainda de fato a sacar.

Rikuo e Tsurara se entreolharam e se prepararam para uma batalha caso fosse necessário. Mas esperavam que não fosse.

— Desembuchem! O que querem aqui? – perguntou o homem de kimono vermelho.


Notas Finais


Higurashi Jinja (*) - Literalmente, "Templo Higurashi".
Segoku Jidai (*) - O período Sengoku (japonês: 戦国時代, sengoku jidai, lit. "Período dos Estados Beligerantes") foi uma das fases mais conturbadas e instáveis da história do Japão, marcada por constantes guerras. Ocorreu entre a metade do século XV e o final do século XVI.(by Wikipédia)
torii (*) - Não confundam com o nome da Torii. Sim, se escreve igual (ao menos com as nossas letras :v). Esse torii, é aquele portal vermelho japonês que tem em alguns templos.


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