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História Nurarihyon no Mago: After Story - Jornada para Kyoto


Escrita por: kagome95ingrid

Notas do Autor


olha mais um capítulo saindooo! XD
bem, com isso, o crossover com Inuyasha terminou.

Capítulo 8 - Jornada para Kyoto


Rikuo voltou para casa deixando para trás promessas de proteger o templo Higurashi que, embora Inuyasha e Kagome tenham enchido-o de pedidos e regras para a proteção do templo, acabaram aceitando já que não poderiam estar presentes sempre. Promessas foram feitas também para, quem sabe, se encontrarem novamente. Contudo, tudo que Rikuo queria naquele momento era voltar para casa. Chegando lá, cansado, Rikuo se jogou no chão de madeira de seu quarto e ficou encarando o teto pensando em várias coisas. Silenciosamente, Tsurara se aproximou da porta e encostou nela olhando para o jovem que ainda está em sua forma youkai. A garota mordeu o lábio sem saber o que fazer, não queria interromper os pensamentos dele. No entanto, ele estava estranho. Ele havia ficado quieto demais o caminho inteiro de volta para a casa.

- Rikuo-sama, - disse Tsurara - O senhor está bem?

- Sim - disse ele suspirando e fechando os olhos.

Ela não acreditou na resposta dela e tinha uma ideia de o que o perturbava mas tinha receio de mencionar o assunto no momento.

- Acha que vamos ter outros problemas com o Templo Higurashi? Com o poço dele?

- Provavelmente sim - disse Rikyo ainda de olhos fechados - Por mais que aparentemente não funcione com todo mundo, muitos youkais vão achar que vale a pena tentar.

- Ao menos conseguimos novos amigos e mais um templo pro Clã Nura.

- Hum…

- Waka… - disse Tsurara se aproximando mais e sentando ao lado de Rikuo - Não quer conversar sobre… sobre algo?

- Tipo? - resmungou Rikuo soltando um pesado suspiro.

- Sobre o que o Mimisenri disse… talvez… - disse Tsurara sem graça agarrando-se ao seu kimono.

- Eu… não sei…

Tsurara esperou mais alguns segundos antes de lentamente se levantar para ir embora mas a voz de Rikuo fez com que ela parasse.

- Eu não sei bem o que achar disso, Tsurara - disse Rikuo enquanto Tsurara se virou para olhá-lo e ele permanecia deitado - 400.. Isso é praticamente 4 vezes mais do que a maior expectativa de vida inimaginável para um humano. Mas ainda é menos do que meu pai ou meu avô. Eu vou ter que ver praticamente todos aqui em casa sem envelhecer enquanto eu envelheço? É outra pergunta que surge. Mas também uma certeza se formou. Eu vou ver meus amigos e minha mãe envelhecerem enquanto nada acontece comigo por um bom tempo.

Tsurara voltou até Rikuo e se sentou ao seu lado de novo tomando o tempo que precisava para pensar em algo para dizer. A garota suspirou pensando sobre a situação complicada em que ele se via agora. Não podia dizer que entendia totalmente o que ele sentia já que sempre tinha noção de quanto tempo de vida teria por ser uma youkai completo, mas entendia a parte dos amigos humanos pois eles também eram seus amigos.

- Rikuo-sama, sei que seria ingrato de minha parte falar que totalmente entendo mas… imagino o que deva estar sentindo. Principalmente com relação ao seus amigos e a sua mãe. - disse Tsurara - Mas o mais importante é que ainda vai poder estar com eles o quanto durar… por mais que possa ficar um pouco estranho uma hora…

- Eu sei, mas… - disse Rikuo soltando um suspiro.

- Não importa se são 30, 100, 200, 400 ou 1000 anos de vida que se tem pela frente. Ninguém verdadeiramente sabe quando pode acabar.

- “O importante é aproveitar cada dia”. É aí que quer chegar? - perguntou ele se sentando e olhando para ela.

- Era. Ficou muito previsível? - disse ela abrindo um sorriso sem graça olhando para ele também.

- Ficou - disse ele dando uma leve risada.

Eles ficaram em silêncio por um tempo apenas se olhando até que, sem graça, Tsurara desviou o olhar meio corada e começou a enrolar uma das mexas de seu cabelo em seu dedo indicador.

- Eu sei - disse ele depois de uns segundos - Mesmo antes de Mimisenri falar isso, eu já imaginava que eu envelheceria bem mais rápido do que qualquer outro do clã e que tinha a possibilidade de viver bem mais que meus amigos e minha mãe mas… ter a confirmação disso… Não sei. Eu ainda não sei o que sentir. Acho que a ideia não se assentou ainda.

- Bem, terá muito tempo para fazer ela se assen. - Tsurara parou a frase que disse e tampou rapidamente a boca ao se preocupar que talvez o seu ‘muito tempo’ dito fosse atingir os ouvidos dele de uma forma que ele não estivesse pronto para considerar ainda - DESCULPA! E-EU NÃO…

- Tudo bem - disse ele abrindo um sorriso leve - Eu só preciso de um tempo. Desculpa por te preocupar, Tsurara.

- N-Nada… que isso, W-Waka… - disse a garota nervosa.

A vermelhidão no rosto de Tsurara aumentou ainda mais quando ele se levantou e passou a mão carinhosamente no topo de sua cabeça. A mente de Tsurara ficou em branco por alguns segundos antes de perceber que ele falava algo mais.

- … por isso, acho que já vou dormir… - disse ele.

- Ah! Sim… claro! Dormir! - disse Tsurara voltando à si e saindo apressadamente do quarto - Também vou dormir. Boa noite.

- Boa Noite - disse ele acompanhando com os olhos e um sorriso no rosto ela sair de seu quarto.

Rikuo soltou um suspiro quase tão pesado quanto o peso que costumava sentir em seus ombros. Escola, amigos, família, clã. Ele foi para o banheiro tomar um bom banho quentinho e fechou os olhos deixando que a água lavasse os pensamentos preocupantes e o peso que sentia em seus ombros. Depois disso, foi dormir. Contudo, demorou realmente cair no sono pois as preocupações ainda dominavam sua mente. Sim, tinha noção de que, de certa forma, não foi muito que mudou. Afinal, era comum os filhos verem a mãe ficando cada vez mais velha diante dos seus olhos e, quando tinha em mente a expectativa de vida humana, também imaginava que envelheceria mais rápido do que todo o resto do clã. Foram com esses pensamentos um tanto fúnebres e tristes que Rikuo caiu no sono.

No dia seguinte, quando se encontrou com os amigos, deu um breve resumo do que tinha acontecido mas deixou de fora a informação de sua própria expectativa de vida. O olhar de esguelha que recebeu de Tsurara dizia o suficiente. Que ela não contaria se ele não contasse, mas que ele eventualmente deveria contar.

- Aff.. eu ainda queria ter estado lá - reclamava Kiyotsugu.

- Deixe disso Kiyotsugu! Só iríamos atrapalhar! - reclamava Kana.

- E era perigoso… - disse Shima.

- Já que vocês querem fazer parte de algo… - disse Rikuo - Estava pensando em ir até Kyoto falar com a Yura.

- Kyoto?! Você falou Kyoto?! Vamos pra Kyoto!! São coisas…. yakuza? - perguntou Kiyotsugu que, embora tivesse falado a frase inteira praticamente gritando, apenas sussurrou a última palavra.

Diante a pergunta de Kiyotsugu, Rikuo apenas afirmou com a cabeça e Kiyotsugu logo começou a comemorar. Imediatamente começou o difícil processo de escolha de data que se tornou um tanto mais fácil com a chegada das férias. Contudo, ainda seria necessário confirmar a data com Yura também pois ela também tinha seus afazeres. Enquanto esperavam a confirmação de Yura, alguns dias foram se passando. Mas, quando o dia foi finalmente marcado e o grupo podia aproveitar as férias, eles estavam lá na estação de Tokyo prontos para pegar o trem bala. A estação estava cheia como sempre mas, dentre as centenas de japoneses querendo ir para alguma cidade ou para alguma parte de Tokyo, a luxuosa e enorme estação central da capital japonesa também estava cheia de estrangeiros que queriam fazer o mesmo caminho que o grupo em direção à cidade milenar de Kyoto.

- Nem acredito que estamos indo ver a Yura - disse Kana olhando pela janela do trem bala que corria rapidamente.

- Faz tempo né? - disse Torii.

- Não sei porque não fomos antes. - disse Shima.

- Ah! Dessa vez, já que vamos ficar mais tempo, podemos aproveitar e ir em Osaka e ir na Universal Studios! O que acham? - perguntou Maki - Lá tem Hogwarts!!! Temos que ir em Hogwarts!

- Podemos até ir se não tiver nenhum empecilho em Kyoto. - disse Rikuo dando de ombros - Mas qualquer coisa podem ir sem mim.

- Não! Temos que ir todo mundo juntos!

- Não tem nenhum problema acontecendo em Kyoto né? - perguntou Maki cautelosa - Nenhum youkai tocando o terror ou algo do tipo?

- Não até onde eu saiba - disse Rikuo e todos suspiraram aliviados. Menos Kiyotsugu que suspirou decepcionado.

- Droga… queria ver você lutando de novo. - reclamou Kiyotsugu.

- Tenho certeza que outras oportunidades vão surgir. Sempre está aparecendo problema novo - Disse Tsurara e Rikuo afirmou com a cabeça.

O trem bala para Kyoto estava lotado e a viagem durava em média de 3 horas. Nessas 3 horas, o grupo aproveitou para conversar e jogar cartas. Quando o grupo chegou na estação central de Kyoto, a animação deles era tal qual a animação dos turistas. Por mais que já tivessem ido até Kyoto anteriormente, eles não resistiram a posar e tirar uma selfie com a Torre de Kyoto que ficava logo perto da estação. Juntos, os amigos pegaram o ônibus e foram até o mais perto possível da casa de Yura.

A casa tradicional de Yura era quase tão grande quanto a de Rikuo mas, enquanto a de Rikuo era obviamente uma mansão (embora mal assombrada) a casa de Yura mais parecia um templo. Quando o grupo parou diante do portão principal da casa, imediatamente notaram que já eram esperados pois o portão se abriu e um homem vestido kimono azul marinho se curvou levemente de forma respeitosa.

- Bem vindos à casa principal da família Keikain. - disse o homem de cara fechada como se não gostasse de estar recebendo o grupo.

- Nossa, não esperava que fosse receber um tratamento desses aqui! - disse Kiyotsugu

- Não tivemos isso da última vez - refletiu Kana.

- Creio que isso seja culpa minha - disse Rikuo que, embora estivesse em sua forma humana para não chamar atenção, sabia que muitos ali sabiam bem quem (e o que) ele e Tsurara realmente eram.

Contudo, provavelmente nem todos ali tinham noção de quem eram os visitantes pois logo o grupo ouviu alguém gritando.

- Youkai! Youkai! - gritava a voz.

Os amigos pararam de andar e viram um rapaz de aproximadamente a mesma idade que eles que usava um kimono laranja e tinha uma faixa branca amarrada na testa. O garoto correu na direção deles e jogou vários papéis com selos escritos que, com mágica, foram direto para os amigos. Cada um dos selos se grudou em cada um dos amigos mas, enquanto o papel de Kiyotsugu, Shima, Maki, Torii e Kana apenas tocaram em sua pele e caíram no chão inofensivos, o mesmo não aconteceu com o de Rikuo e Tsurara. O papel que foi em direção à Rikuo tocou em seu ante braço e ele chiou quando sentiu a dor de queimadura no braço. Por reflexo, Rikuo usou a outra mão para tirar o papel e acabou queimando levemente essa mão também. O mesmo aconteceu com Tsurara mas ela não conseguia tocar no papel, que atingiu sua bochecha direita, pois ele sempre repelia sua mão.

- O que raios está fazendo, Keichi?! - reclamou outra voz se aproximando, Yura.

Rikuo não teve tempo para receber Yura pois estava indo imediatamente ajudar Tsurara. O papel foi um pouco mais insistente para sair, como se fosse um adesivo de álbum de figurinhas, mas logo Rikuo conseguia jogar o papel no chão.

- Você está bem? - perguntou Rikuo preocupado para Tsurara.

- Estou bem - disse Tsurara encolhida escondendo a lateral direita do rosto.

Rikuo se aproximou e, com seus dedos que estavam vermelhos devido ao papel, tocou levemente o rosto de Tsurara e fez com que ela virasse ele para que ele pudesse ver o que aconteceu. O toque das mãos de Rikuo fez a garota corar e o machucado na bochecha dela fez ele fechar a cara com raiva enquanto ainda ignorava a conversa que acontecia ao seu redor entre seus amigos, Yura e o tal de Keichi.

- M-Mas… eles são youkais!?! - reclamava Keichi para Yura.

- Eles são convidados! - rebatia Yura dando um tapinha nas costas da cabeça de Keichi.

Yura, de cabelos curtos pretos e kimono branco e vermelho, revirou os olhos e deu um tapinha na testa diante da ação e dos comentários do amigo desinformado.

- M-Mas… - tentava Keichi.

- Você lá sabe quem somos nós?! Que afronta acaba de fazer? - reclamou Tsurara com raiva fechando os punhos irada.

- E-eu… e-eu… - gaguejou Keichi sem saber o que falar.

- I-Isso aconteceu porque eles tem sangue youkai? - perguntou Kana e Rikuo afirmou com a cabeça olhando preocupado para Tsurara.

- Acho que eu tenho um creme que pode ajudar na minha mochila - disse Maki já começando a vasculhar a mochila atrás do tal creme.

Yura e Rikuo se olharam por alguns segundos, sério e se olhando de cima a baixo.

- Bem vindo à residência principal dos Keikain e desculpe-me pelo ocorrido, Terceiro líder do Clã Nura e Lorde Surpremo do Pandêmonio, Nura Rikuo. - disse Yura

- O prazer é meu, vigésima oitava herdeira da liderança do clã Keikain, Yura Keikain. Desculpada contanto que não se repita. - disse Rikuo.

Os outros jovens olharam para os dois preocupados com o que aconteceria. Um, o líder de um clã yakuza youkai. A outra, a futura líder de uma das famílias principais no extermínio de youkais. Enquanto o tal Keichi ficava também surpreso com a identidade da tal visita, os amigos de Rikuo focaram em entender o que estava acontecendo e o que iria acontecer. Achavam que Rikuo e Yura ainda eram amigos. As preocupações dos amigos voaram pelos ares e eles tiveram certeza de que ainda entendiam as coisas direito quando tanto Yura como Rikuo caíram na risada.

- É estranho né? - disse Yura.

- Muito - concordou Rikuo - Esses títulos idiotas.

- Sem falar que posso citar alguns vários ex-líderes e outros membros dos Keikain que me chamariam de tola e maluca por convidar o líder do Clã Nura para a casa principal.

- Acho que seu porteiro é um deles… - disse Tsurara sussurrando enquanto botava a pomada na bochecha.

- Ah, sim. Desculpe Oikawa-san. O Keichi, bobão, é novato - disse Yura puxando o amigo pela orelha e ele reclamava de dor - Empolgado que só mas só tem vento na cabeça.

- Ei! - reclamou Keichi.

- Peça desculpas! Tem sorte que o Nura-kun é um grande amigo meu - disse Yura.

- M-Me desculpe… - disse Keichi, ainda inseguro, fazendo uma pequena reverência indecisa.

- Está tudo bem - disse Rikuo com um sorriso.

- Pois por mim não está não! - reclamou Tsurara cruzando os braços depois de tar o potinho de creme para que Rikuo passasse nas mãos também.

- E seu avô? Vai bem, Nura-kun? - perguntou Yura.

- Sim. Festeiro como sempre - disse Rikuo.

- Não esperava menos do motivo pelo qual a família Nura foi terminantemente proibida por tantos anos nessa casa - disse Yura dando de ombros.

- E seu avô? - perguntou Rikuo passando o creme nas mãos levemente queimadas.

- Vai bem. Quer dizer… vai indo né? Ficou um pouco doente esses dias mas já melhorou bastante. Poderá ter a reunião que marcou sem problemas.

- Vai participar da reunião também? - perguntou Rikuo e Yura afirmou com a cabeça.

- Será que podemos participar também? - perguntou Kiyotsugu todo empolgado.

- Será que você consegue ficar quieto e deixar eles resolverem as coisas deles? - ralhou Maki revirando os olhos e cruzando os braços.

- Posso tentar ver com meu avô se o Nura-kun não se importar de vocês verem - disse Yura.

- Não me importo. Acho que pode ser até bom eles ouvirem para ter uma terceira opinião - disse Rikuo.

- Falando nisso… adorei sua ideia, mas achei bem ousada. Mas não sei bem o que meu avô acha. - disse Yura

- Descobriremos na reunião então - disse Tsurara.


Notas Finais


Como o crossover com Inuyasha acabou, estou considerando fazer com outros animes como Kamisama Hajimemashita ou Noragami. O que vcs acham??


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