História O acaso - Chapter 39

Estava distraído, não conseguia ouvir nada do que se passava ao meu redor. Apenas olhava a foto de sophie que katniss me enviará.

As lembranças da noite passada me eram vivas em minha mente, sorri um pouco eufórico. Katniss era um sonho meu que havia se tornado realidade.

O acaso havia nos juntado da maneira mais torta possível, eu estava adorando, mais as vezes a rejeição dela com tudo isso me magoava, mais depois de ontem, depois de vê katniss amamentar sophie se ascendeu uma faísca em meu peito que não iria apagar.

Era o lado materno dela fala do mais alto, sabia que sophie iria conseguir mudar esse jeito Durão de katniss, só precisávamos de mais tempo.

Senti algo me cutucar e era Kenny me encarando com curiosidade.

_ está dormindo acordado peeta?

_ me perdi em devaneios, aconteceu alguma coisa?

Guardei o celular em meu bolso e me aprumei. Kenny mexeu nos cabelos e sabia bem o que ela estava tentando fazer.

_ bom tem um homem querendo falar com você,  parece ser importante.

Suspirei e sai da salinha que era um mini escritório e fui ver quem era esse homem que me procurava.

Ao chegar no saguão, um homem de terno e uma pasta petra me esperava sentado todo a vontade na mesa. Degustava um dos maiores vinhos do restaurante e assim que me viu se levantou.

_ bom dia senhor mellark, poderia falar com o senhor um instante?

Perguntou ele bem formal, o examinei com certo cuidado e responde.

_ sim, do que se trata?

_ sente-se comigo e prove esse vinho, é uma delícia.

_ senhor...

_ stranger.

_ senhor stranger, não tenho muito tempo para degustação,  tenho coisas para resolver sobre o restaurante sou bem ocupado agora, então se puder me dizer logo para o que veio...

Me sentei e ele colocou a pasta em cima da mesma abrindo a mesma e tirando alguns papéis de dentro.

Nesse momento fiquei desconfiado, algo bom não podia ser.

_ está certo, minha cliente me mandou aqui e lhe entregar isso.

Peguei o papel que ele me dera e abri, era uma carta, cheia de detalhes minusiosos o nome de sophie era mencionado e estremece.

_ o que é isso? Quem é essa mulher.

_ a avó da pequena sophie, ela não pode vim para o enterro mais do que ninguém está arrasada.

_ o que ela quer?  Não estou entendendo bem.

Meu sangue estava gelando nas veias, um medo percorreu minha espinha.

_ não é meio óbvio, ela já sabe que você e a senhorita everdeen tem a guarda da menina, mais que ainda não é definitiva, e ela como parente também quer a guarda,  na verdade ela tem todo direito por ser a parente mais próxima.

_ não pode ser, os pais de sophie deixaram ela conosco, ninguém da família a quis.

_ bom, minha cliente não sabia do que estava acontecendo, ela está vindo para conhecer sophie, e claro conversar com vocês dois.

Bufei amassando o papel.

_ sei que deve estar surpreso, mais antes que as coisas fiquem tensas, podemos entrar num acordo amigável pela guarda da menina, as duas partes sabem que ela ficará melhor com uma parente de sangue e que a ama.

_ a guarda dela é nossa, não tem ninguém que tire isso, ela está bem cuidada e protegida.

_ bom, como? O senhor tem o restaurante para cuidar, e a senhorita everdeen tem o escritório para cuidar,  com quem sophie fica? Vocês dois nem ao menos são casados. Estou tentando facilitar para o senhor.

Isso não podia estar acontecendo, só podia ser mesmo um castigo, não podia deixar que a avó reaparecida de sophie a levasse, logo agora que katniss estava conseguindo se abrir mais, agora que estávamos nos unindo mais vinha essa bomba e era solta bem nas minhas mãos.

Katniss não podia saber disso, não agora.

_ não tem acordo, a papelada já está sendo feita, sophie ficará conosco.

_ senhor mellark, minha cliente só quer cuidar da própria neta, ela tem direito.

_ não vou impedir ela de ver a neta, mais a guarda é nossa, era  desejo dos pais dela, a justiça não pode passar por cima disso.

O homem suspirou e se levantou, estava encerrada nossa conversa e sabia que não era eu que tinha vencido.

_ eu tentei amenizar, espero que não se arrependa.

_ nenhum arrependimento por favor...

O conduzi até a porta e ele saiu bem desapontado. Soltei o ar que estava prendendo e os nós de meus dedos afrouxaram me aliviando.

Podia ver uma tempestade se formando em cima de mim, os raios logo dariam sinais, e eu teria que me proteger. Não podia deixar que katniss ficasse sabendo.

Precisava pensar em algo, e rápido.

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KATNISS

tomei o medicamento e fiz uma vitamina para ajudar no meu tratamento.

Sabia que não faria efeito imediato, lê a bula da bombinha de sucção para se tirar o leite e fiquei me olhando na frente do espelho do quarto enquanto colocava o sugador em meu seio.

Incomodava bastante e doía também, fiz a massagem inicial e comecei a bombear.

Segurei o vidro e junto o lençol conforme a dor aumentava por causa da sucção.

_ Jesus. ..

Reclamei quase chorando. Fiquei uns quarenta minutos assim e estava pra desistir quando as lágrimas escorriam por meu rosto.

_ não consigo...não consigo annie. ..

Chorei igual criança machucada e parei de bombear. Isso era uma loucura, isso tudo aliás.

Olhei a cortina balançar, mesmo com a porta da varanda fechada. Não tinha vendo, foi aí que vê algo que meus olhos não acreditaram.

_ annie. ..

Sequei minhas lágrimas e assustada olhei para o que parecia ser o espírito de annie, eu devia estar cansada demais, estava vendo coisas aonde não tinha.

Mesmo sendo real ou não, ela apontava pra mim e pra bomba de leite. Eu sem entender continuei olhando pra ela.

Peguei a bomba de leite e apertei novamente e quanto olhei novamente para annie ela havia sumido para meu espanto.

_ o que?

Fiquei sentada e olhando pro nada sem entender a mensagem que ela queria me dizer.

Suspirei exausta já, soltei a bombinha e veste meu sutiã e minha blusa indo até o quarto de sophie, a mesma chorava aos prantos, estava quase na hora de sua mamadeira já sabia a briga que iria ser para que ela tomasse.

_ não chore meu amor, estou aqui...

A peguei em meus braços e ela se agarrou em mim soluçando, desce com ela para a cozinha e a sentei no cadeirão.

_ vou preparar algo pra você lindinha.

Sophie resmungava batendo na bancada do cadeirão e eu suspirava procurando as coisas para fazer seu mingal.

Subi no banquinho para poder pegar a mamadeira em cima do armário e senti algo me molhar.

Desce de uma vez e olhei para minha blusa, a estiquei e a principio achei que sophie havia feito xixi em mim, que a fralda tivesse vazado, mais ao sentir o cheiro que não era de xixi, levantei minha blusa.

Meu sutiã estava molhado nos bicos, afastei ele de minha pele e meu seio estava vazando, vazando leite.

Me sentei assustada.

Sophie começou a bater mais forte na bancada e me acordando do transe em que me encontrava ao descobrir que minha técnica estava funcionando.

Me lembrei de Anne nesse momento e as lágrimas começaram a rolar por meu rosto sem controle. Estava sentindo tantas coisas que nem conseguia explicar.

Peguei Sophie do cadeirão e subi com ela, entrei em seu quartinho e sentei com ela já agoniada na poltrona.

_ certo...vamos lá pequena.

Ainda nervosa sem saber direito o que fazer, abaixei a alça de minha blusa junto com o sutiã, Sophie segurava meu dedo e abocanhou meu seio com tanta fome que a sucção foi dolorosa demais.

Chorei novamente por causa da dor, mais mesmo assim a deixei mamar ela precisava e estava fazendo isso por Sophie.

Me acomodei na poltrona tentando me acalmar e podia ouvir o barulhinho de Sophie sugando o leite que saia de mim.

_ calma pequena...

Disse tocando seu rostinho, sophie mamava como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Sorri já não sentindo dor alguma totalmente confortável com isso.

Meu olhar se encontrou com o dela e seu aperto em meu dedo disse tudo.

Ela estava me agradecendo sem palavras, aquela sensação é emoção estava sentindo, nunca em minha vida toda havia sentido, era a melhor sensação de todas. Beijei seus dedinhos e sua mãozinha. Logo seus olhinhos ficaram sonolentos e seu aperto em meu seio se tornando mais leve, mais ela não largava, continuava mamando.



Fechei meus olhos também curtindo aquele momento, o nosso momento.

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PEETA

cheguei um pouco tarde em casa, estava tudo acesso, katniss devia estar em casa o que não era muito bom. Eu ainda não sabia como olhar para ela e esconder aquele segredo.

Deixei minhas coisas no sofá e fui até a cozinha e vê a mamadeira cheia de mingal, sophie não comeu, devia estar dando problemas de novo.

Peguei a mamadeira e subi a procura de katniss, ainda mais essa, sophie tinha que comer só não sabíamos como fazer isso.

Fui até o nosso quarto e katniss não estava lá, apenas a bombinha de tirar leite. Suspirei sabendo o que devia ter acontecido.

Katniss queria amamentar sophie, mais não tinha leite, não iria julgar ela por isso. Nos dois estávamos sofrendo com essa nova vida, mais não a trocaria por nada.

Procurei katniss no quarto de sophie e a encontrei na poltrona de amamentação com sophie. As duas dormiam, mais não foi isso que chamou minha atenção.

Mais sim a mamadeira de leite com a bombinha em cima do criado mudo de sophie, me aproximei mais e me virei.

Sophie estava dormindo enquanto mamava, mamava no seio de katniss. Paralisei no lugar. Katniss a segurava e escutei o barulho lento de sucção.

Me segurei firme na grade do berço ainda sem acreditar, que aquele leite na mamadeira era de katniss,  que ela pudesse estar amamentando de verdade.



_ não é possível. ...



Passei as mãos pelo cabelo sem acreditar, meus olhos ardiam tentei controlar minhas lágrimas mais ela vinham sem meu controle.

Katniss despertou e olhou para sophie, depois para mim e sorriu com a minha cara de espanto.

_ peeta...eu consegui. ..

Dizia ela com um sorriso de vitória nos lábios. Várias coisas se passavam em minha cabeça, mais a principal me atormentava. Sophie não ficaria conosco, katniss estava se ligando demais a ela.

Agora sim, tudo estava sem controle, e eu já não sabia mais o que fazer.