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História O acaso - Chapter 63


Escrita por: ivana1234

Capítulo 63 - Chapter 63




Acordei num sobressalto, olhei ao redor de onde estava e parecia muito com uma sala hospitalar. Amelia estava sentada numa poltrona bem confortável ao lado da cama onde fui colocada. Assim que a vê meu primeiro impulso foi tocar meu útero. 


Ele ainda estava inchado, meu filho mexia conforme eu me agitava, isso o estava agitando também. Respirei fundo e toquei meu braço com aceso intravenoso. Amelia veio até mim e segurou minha mão me impedindo de arrancar tudo.


_ não faça isso, você precisa se acalmar pelo bebê - pedia ela segurando minha mão, vê em seus olhos vermelhos a dor, lágrimas contidas internamentes prestes a cair.


_ ele está... - ia perguntar mais me faltava coragem para continuar a pergunta. Não iria aguentar saber que ele havia morrido, ou que estava prestes a isso.


_ se acalme, peeta está na UTI ele já passou por duas cirurgias, os médicos estão esperando uma melhora dele para nos dar boas notícias, ele só precisa acordar querida, ele ainda está vivo vamos ter fé - respondeu ela segurando firme minha mão. 


_ eu quero sair daqui, preciso ver ele. Peeta não pode nos deixar assim, precisamos dele - responde não querendo chorar, mais os hormonios da gravidez faziam isso, deixavam seus sentimentos melosos demais.


_ você teve uma queda de pressão querida, o médico quer que você fique em observação hoje por conta do bebê, ele encontrou alterações nos batimentos dele, vamos cuidar de vocês dois primeiro, peeta iria querer isso. - disse ela num tom como se ele já estivesse morto, bufei irritada me soltando dela.


_ não fale como se ele tivesse morrido, peeta vai acordar, eu sei disso - responde de volta para ela. Amelia suspirou eu sabia que ela não tinha muitas esperanças, talvez eu devesse agir igual a ela, afinal peeta estava com o cérebro aberto em curativos para amenizar a pressão em seu crânio, poderia não acordar nunca, e isso seria o meu fim.


Ele morreria achando que eu o odiava, iria sem conhecer nosso filho, e isso apertava ainda mais meu coração. Empurrei o lençol para longe e afastei amelia para longe de mim também. Tirei o acesso de minhas veias e levantei um pouco tonta ainda, segurei firme meu braço para o sangue não sujar tudo no chao. 


_ katniss está sendo teimosa, pense no seu filho  - pedia ela, a encarei com uma cara nada amigável que a fez se afastar.


_ peeta precisa acordar, ele não vai me deixar de novo, não podemos fazer isso com essa família. - responde a ela. 


Sai da sala procurando o elevador, precisa ir até onde peeta estava, meu coração clamava por ele. Chamei o elevador depois de saber onde ficava a UTI, tentava a todo momento me acalmar meu filho estava em perigo também, não podia perder os dois.


Em minha vida todinha pensei que tinha o controle de tudo, que não me faltava mais nada, apena o sucesso conquistado com meus esforço eram o bastante para me fazer feliz, mais peeta me mostrou que outras coisas podia ser a felicidade de alguém.


Sophie me mostrou que a maternidade era difícil, mais que era uma das coisas mais mágicas que alguém poderia vivenciar, peeta me ensinou a amar, a necessitar e querer tanto aquela pessoa ao ponto de entrar em desespero por ela, pela possibilidade em perde-la. E agora tinha esse bebê que chegou de surpresa e já estava me mudando de todas as formas impossíveis.


Não queria perder nada disso, a vida já tinha me tirado Anne que era uma metade minha, não iria ter mais perdas. Cheguei ao andar da UTI e mesmo não podendo estar ali não fui tirada por ninguém .  Olhei em cada mini sala a procura de peeta, e nenhum daqueles pacientes eram ele, meu coração estava entrando em agonia e me lembrava que não podia. Fui na última saleta onde havia a pessoa dona do meu coração, peeta estava ligado a fios a cabeça em volta de curativos que o ajudavam a manter a pressão intracreniana, várias máquinas estavam ligadas a ele. 



Aquilo me chocou, ele não respirava sozinho, havia um tubo em sua garganta que o ajudava a respirar. Coloquei as mãos no vidro assustada, peeta estava muito ruim, e isso me deixou angustiada, entendia agora porque amelia não tinha mais esperança, ele estava quase morto.



Coloquei minhas mãos na porta para entrar, mais uma enfermeira me parou.


_ não pode entrar aí, é área restrita - explicou ela segurando vários papéis, suponho eu que fosse os prontuários médicos dos pacientes ali internados.


A encarei enxugando as lágrimas. 


_ aquele ali é o amor da minha vida, ele está lutando para se manter vivo por nós, pela nossa família, por favor não me tire daqui, não posso ir mais uma vez sem ele - pedi enquanto soluçava novamente, abracei meu ventre numa forma de me confortar.


a enfermeira me olhou com certa pena e suspirou, não estava querendo a pena dela, odiava sentir aquele olhar sobre mim. Ela deixou os papéis em cima de umas das mesas que ali tinham.


Veio até mim e abriu a porta da sala onde peeta estava.


_ você pode ir, mais não pode ficar mais que vinte minutos. Você também precisa descansar - disse ela me dando espaço. Não esperei mais e concordei ao entrar. Me aproximei da cama e segurei a mão de peeta. 


Seus dedos estavam machucados, algumas unhas arrancadas, seu rosto também tinham alguns arranhões, mais ele ainda era meu peeta, sorri ao tocar sua mão, permanecia quente e isso se dava a uma gota de esperança, ele estava lutando.


_ estou aqui, não sairei do seu lado nunca mais peeta, por favor não nos deixe, você tem que lutar pela nossa família- pedi a ele enquanto segurava sua mão, ouvi os batimentos das máquinas ligadas a ele aumentarem o ritmo. Ele devia estar me sentindo. 


Sorri mesmo em lágrimas, senti o bebê mexendo e dei um jeitinho de me sentar na borda da cama e colocar sua mão sobre minha barriga.


_ ele precisa de você, ele já chuta forte como um lutador. Você precisa acordar, por nós peeta por favor - contunei pedindo mais peeta não tinha sinais que indicassem que iria acordar. 


Meu coração se apertava, mais não iria perder as esperanças. Ele nunca desistiu de mim, eu faria o mesmo por ele, lutaria por nós dois até o fim.





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