História O acordo - Sasunaru - Capítulo 21

Sasuke pov 

Tenho que dizer que esse foi um dos meus melhores aniversários, embora eu não demonstrasse muito na hora eu fiquei feliz em ter todos reunidos lá por minha causa. Não posso descartar o café da manhã que o Naruto fez para mim, ele sabe mesmo cozinhar e os bolinhos de arroz ficaram uma delícia, quando voltamos para casa comi todos sozinho. 

Só que teve uma coisa que me estressou demais hoje, aquele cara no banheiro. Pelo que eu ouvi quando cheguei ele estava tentando alguma coisa com o Naruto e o loiro negou, claro. Eu fiquei com raiva e intervi, lógico, mas eu poderia ter arrumado várias outras desculpas do que colocar o Naruto como o meu namorado naquele momento. 

Eu vi o quanto o loiro ficou surpreso e corado, gostei daquilo e não parei de pensar depois que saímos do parque. 

Seria ruim tê-lo como namorado? 

Com toda a certeza não, eu pensei muito sobre e com tudo que está acontecendo não acho que o Naruto seja menos que isso para mim. Para ser sincero, no fundo eu já pensava seriamente sobre, aquele loiro de olhos azuis me prendeu totalmente e eu… já está na cara que eu amo ele.

É bom acordar e vê-lo todo sorridente, ou até mesmo provocá-lo e ver ele corar, roubar beijos e selinhos a qualquer momento… eu não quero que isso acabe, e eu imagino o quão bom seria poder chamá-lo de meu, meu namorado. 

– Sasuke? – Naruto chamou me tirando dos meus pensamentos. 

– Hm? – Levantei a cabeça para encará-lo. 

– Meu deus você está no mundo da lua. – Ele riu se aproximando do balcão. 

Agora já é noite, ficamos a tarde inteira naquele parque aquático e quando chegamos passei um bom tempo no quarto de hóspedes fingindo descansar enquanto na verdade eu pensava sozinho. 

– Você disse alguma coisa? – perguntei. Nem estava prestando atenção no que ele dizia. 

– Disse. – Cerrou os olhos e suspirou – Perguntei o que você quer para o jantar… 

– Ainda vai fazer tudo o que eu quero? – Brinquei. Primeiro o bolinho de arroz, agora o que eu quero para jantar? Assim ele só facilita. 

– Deixa de ser chato ou eu deixo você passar fome! – Reclamou. 

– Não deixa nada, você sempre fala isso mas no final sempre faz alguma coisa para eu comer. – Me inclinei um pouco roubando seus lábios e deixando um selinho rápido. 

– Você é um atrevido. – Resmungou, embora suas bochechas o denunciaram. – E então, o que vai querer? 

– Pode fazer o que você quiser. – Dei de ombros, não tinha um prato em mente. 

Os olhinhos azuis brilharam e ele sorriu. 

– Sem ser lamen. – Já fui logo adiantando e ele murchou. Sabia que ele ia fazer isso. 

– Você é chato demais! – Resmungou voltando para o centro da cozinha. 

– Pode ser macarrão, só que normal. – Dei a ideia. 

– Hm… – ele pensou um pouco e cedeu. 

Eu fiquei sentado do outro lado do balcão vendo ele cozinhar, uma vez eu já tentei ajudá-lo, mas ele praticamente me chutou para fora quando eu fiz ele errar uma receita, então eu nem me atrevo mais a pisar do lado de dentro dessa cozinha. Tenho amor à minha vida. 

– Me acostumaria fácil com uma vida assim. – falei depois de um tempinho, quebrando aquele silêncio. 

– De novo isso? – Ele riu – Seria fácil se acostumar mesmo, não precisa fazer nada a não ser ficar sentado. – me olhou com deboche e eu ri. 

– Não é isso... – Balancei a cabeça em negação. – Estou me referindo a essa vida de agora, essas duas semanas que estamos passando juntos…  gosto disso, você não? 

Fiquei olhando ele de costas, sua resposta era bem importante pra mim naquele momento, se ele estivesse odiando tudo isso poderia me chutar para fora quando quisesse. 

– Gosto… – Mesmo que eu não pudesse ver seu rosto, imaginei o sorriso tímido que ele daria. – Mas a gente vai ter que se acostumar com a nossa vida normal depois… nossos pais vão voltar em alguns dias… 

– Quer mesmo que tudo acabe quando eles voltarem? – Bufei, não estou com raiva dele e sim por saber que o problema disso tudo são nossos pais. 

– O que? – Ele se virou para mim – Claro que não, eu só não acho que… eu gosto de tudo isso… mas depois que você ir embora vai praticamente impossível, né? – completou com um sorriso fraco. 

– Ou não… – Murmurei ganhando sua atenção.

– Como assim? – perguntou confuso.  

– Sabe… eu fiquei pensando muito depois daquele idiota que você encontrou no banheiro.– Comecei a falar e pela primeira vez senti um pouco de vergonha de conversar com ele. Nunca fiz isso na minha vida e seria a primeira vez, embora eu queira muito… 

– O que tem?

– O que nós somos? – perguntei vendo ele arregalar os olhos, claramente não tinha uma resposta também. – Não quero ser só o seu amigo que te beija quando bem entender, posso não ter um passado muito bom porque já fiquei com várias pessoas, mas isso… – apontei para mim e para ele. – É bem diferente e eu não vejo como um caso qualquer… essas semanas que eu to passando com você me mostraram que eu não precisei de muita coisa além da sua companhia para me sentir bem e pensar que isso tudo pode ir por água abaixo daqui um dias me assusta! Eu não quero ter que agir como se nada tivesse acontecido com a gente porque aconteceu sim e é muito importante para mim. 

– S-sasuke… – Naruto praticamente tinha paralizado no lugar, acho que ele não esperava tudo isso de mim do nada, nem eu sabia que tinha tanta coisa para dizer, só que eu não acabei. 

– Resumindo tudo isso… eu amo você Naruto, não quero que a gente finja que nada disso aconteceu por causa dos nossos pais. – Aquela frase tinha o surpreendido mais ainda e ele ficou corado, dos pés à cabeça. – Sabe e quando eu falei aquilo de ser o seu namorado no banheiro por causa daquele cara… eu poderia ter inventado outra desculpa, mas não fiz e não sei porquê, só que como eu disse, não soa tão mal assim… na verdade soa muito bem… – sorri. 

– V-você… – Naruto se apoiou contra a pia e tapou a boca, aquela reação incrível me fez rir. 

Eu me levantei e dessa vez ousei entrar naquela cozinha e segurar a cintura do loiro com firmeza. 

– Minha declaração foi horrível e meu pedido agora está sendo por ainda. – Falei vendo ele rir.– Mas você aceita, não é? – perguntei e por mais que por fora estivesse calmo, por dentro queria surtar. 

– Aceito o que? – Ele me olhou com um sorriso. Ele quer mesmo que eu repita? Que esperto. 

– Você aceita namorar comigo, Nerd? – Repeti com um sorriso debochado no rosto, ele queria que eu repetisse. 

– Já que você insiste. – Ele riu. 

– Besta. – cortei a distância encaixando nossos lábios. 

A sensação que eu senti foi completamente diferente das outras vezes que nos beijamos, um misto de alívio por ele ter aceitado e claro, era incrível sentir os lábios dele em perfeita sincronia com os meus. Acho que o fato de saber que ele agora é algo a mais deixou tudo melhor. O beijo era calmo e tinha… amor…

Quando a gente se afastou ele sorriu.

– Eu também amo você, gângster. – Zombou com um sorrisinho de lado. 

Mesmo com aquela brincadeira no meio eu senti meu coração acelerar ao ouvi-lo e sorri puxando-o para mais um beijo. Tá, eu posso estar um pouco apaixonado… ou muito… 

– Eu preciso terminar o macarrão… – Ele se afastou do beijo aos poucos. 

– Não estou com fome. – tentei retomar aquele beijo mas ele negou. 

– Mas eu estou. – Conseguiu se desvencilhar e sorriu vitorioso. 

– Você tem que parar de ser chato, agora eu sou seu namorado, esse título não faz sentido se não me beijar. – Resmunguei retomando meu lugar atrás do balcão. 

– Namoro não é só beijo, pensei que soubesse disso. – Naruto me olhou com repreensão e eu ri. 

– Mas bem que podia. – Provoquei vendo ele me olhar feio.

•••

Naruto terminou o macarrão e ficamos conversando, tenho que dizer que o macarrão dele é um dos melhores que eu já comi, se ele quisesse ser algum tipo de cozinheiro se daria muito bem. 

Enquanto comíamos ficamos conversando sobre várias coisas, desde a tarde que passamos com os nossos amigos até um pouco sobre esse nosso namoro. Eu fiquei feliz de vê-lo estar tão bem com isso. Confesso que fiquei com um pouco de medo de ser rejeitado, sei que ele já praticamente se declarou para mim aquele dia, só que o Naruto consegue ser espontâneo demais quando quer. 

– Vamos precisar esconder isso muito bem… – Naruto comentou enquanto secava a louça. Eu tinha lavado tudo e para adiantar ele decidiu secar. 

– A gente dá um jeito. –  Acalmei. Sei o que ele pensa, não quer que nossos pais descubram e muito menos eu. Não sei o que Fugaku faria se soubesse dessa minha relação com o Naruto… e sinceramente? Eu não vou mudar de ideia por causa dele. Só precisamos ter cuidado… 

– Você está muito calmo, sabia? Para quem pode ter mais problemas entre nós dois. – Naruto encostou na pia e me encarou. – Olha eu não quero ficar pensando muito nos problemas que a gente vai ter, porque eu sei que vai. Só que é praticamente impossível quando nossos pais vão voltar daqui a alguns dias. 

Tirei minha atenção da louça.

– Eu sei… – Olhei para ele. – A gente só precisa agir como sempre agimos antes deles viajarem… 

– Brigando? – Naruto soltou uma risada fraca.

– A gente não brigava, só fingia não se importar um com o outro.  – Corrigi voltando a lavar a louça. 

– Como vai funcionar esse namoro então? – perguntou baixo. 

– Naruto, você está sendo muito pessimista. – Ri de toda aquela preocupação. Não quero pensar no pior agora. 

– Eu estou sendo realista, Sasuke. – Rebateu me encarando com seriedade. – Na verdade, estou preocupado com você! O que seu pai pensaria? Ou melhor, o que faria com você se soubesse de nós dois? Eu não quero nem imaginar! Foi horrível ver você daquele jeito, sabia?!

– Ele não vai saber. – Adiantei secando minhas mãos. – Porque a gente não aproveita isso agora? Temos mais alguns dias e não é como se tudo isso fosse acabar do nada. 

– Mas pode sim acabar do nada, sabe disso... – Murmurou. 

Dessa vez meu suspiro saiu pesado enquanto eu me virava para encará-lo mais uma vez. Porque ele não pode simplesmente tentar ver o ponto positivo de tudo isso?

– Me lembro de você ser mais otimista. – Apontei sorrindo minimamente. 

– Já disse que eu estou preocupado… – Explicou baixo dessa vez. 

– Olha, eu sei… – Deslizei minha mão direita pelo seu braço até alcançar sua mão e a segurei.– Só que a gente acabou de começar isso, não quero ficar rodeado de pensamentos ruins, só vamos aproveitar esses dias e quando nossos pais chegarem a gente arruma um jeito. Não vai ser tão difícil assim. 

O loiro respirou fundo e apertou minha mão. 

– Tá… talvez você esteja certo... – Murmurou baixo. 

– Sempre estou certo, Nerd. – sorri vitorioso. 

– Convencido. – Revirou os olhos soltando uma risada nasal. 

– Vem, que tal a gente assistir um filme? – propus puxando ele para a sala.

– Provavelmente eu vou dormir no meio do filme, estou cansado. – Declarou sentando-se ao meu lado no sofá, mas eu o puxei para mais perto no minuto seguinte. – Sasuke! – corou levemente vendo a posição que nos encontrávamos. 

– Vai ter que se acostumar com isso. – Avisei, logo pegando o controle da tv. 

– Você está um grude em, não sabia desse seu lado todo carente quando te conheci. – Ele riu, cedendo depois que percebeu que eu não ia soltá-lo de jeito nenhum. 

– Sinta-se privilegiado então. – Lancei um sorriso debochado e ele revirou os olhos. 

Comecei a escolher um filme qualquer, os canais não transmitiam nada de interessante e eu já estava me estressando, tentei até procurar algum filme bom na Netflix, mas por conta de já termos passado uma tarde maratonando assistimos a maioria e os outros não surtiram interesse. Tudo estava um tédio até que meu celular tocou e eu tive que atender, era o Itachi.

– Glória ele atendeu na hora! – Itachi exclamou irônico do outro lado. 

Naruto riu baixinho e eu revirei os olhos, meu irmão exagerado? Jamais. 

– Oi pra você também, Itachi..

– Oi maninho, que mau humor em? – Brincou. Eu ia dar uma resposta grosseira, mas ele continuou a falar. – Então, as coisas estão difíceis aqui… 

– O que aconteceu? – perguntei percebendo um pouco de cansaço na sua voz, embora ele estivesse falando brincando na maioria do tempo. 

– Os problemas da empresa eram mais que nossa família e os Uzumakis prevíamos… e com essa nossa assessoria algumas coisas mudaram. – Itachi explicou. 

Olhei para Naruto que estava tão confuso quanto eu, nunca tivemos interesse nos assuntos da empresa então meio que estávamos perdido no assunto enquanto meu irmão lamentava do outro lado da linha. 

– E o que isso quer dizer? – Naruto perguntou automaticamente e logo arregalou os olhos, ele estava muito perto do celular também.

– Naruto? – A voz de Itachi mudou para um tom confuso. – Onde vocês estão?

– A gente… – Busquei alguma desculpa convincente. Naruto me olhava como se pedisse desculpas. – Está na cozinha, acabamos de jantar e eu coloquei o celular no viva voz pra te ouvir melhor porque eu acabei de lavar a louça. 

O loiro suspirou. Até que minha desculpa foi ótima. 

– Ah, é verdade, às vezes eu esqueço que vocês dois estão sobre o mesmo teto – Itachi riu do outro lado acalmando Naruto e eu que estávamos quase morrendo. – E então Naruto? Meu irmão está sendo legal com você, né? Não confio muito nas palavras dele, sabe? 

– Nossa, muito obrigado. – falei irônico e ambos riram.

– Relaxa Itachi, ele está sendo legal sim, até que não é chato aturar ele o tempo todo. – Enquanto respondia o loiro me encarava com deboche. 

Aturar? Hm. Então ele tem que me aturar quando a gente se beija? Naruto não sabe mentir. 

Itachi riu. 

– Que bom então. – fez uma pausa – Ainda bem que você já está aí Naruto. 

Naruto e eu nos entreolhamos confusos. 

– Liguei para avisar que vamos ficar aqui mais uma semana, sabe acho que esses problemas não vão se resolver só nesses poucos dias… 

Arregalamos os olhos. Eu não sei se deveria ficar feliz ou triste, estava em um meio termo. Meu irmão e minha mãe ficariam mais tempo longe e embora eu esteja me divertindo sinto a falta deles, menos a do meu pai, por motivos mais do que óbvios. E por outro lado eu poderia ficar mais tempo com o Naruto sem me preocupar com os nossos pais… 

– O que? Sério? – perguntei.

– Sim, os pais do Naruto pediram para avisar também. – Itachi completou. 

– Bom… tudo bem então. – Eu não sei muito bem o que responder, não queria demonstrar a parcela da minha felicidade. 

– Okay então, não façam nada de errado e sem festas Sasuke! – Itachi me repreendeu. 

– Relaxa. – revirei os olhos e Naruto riu. – Até mais nii-san. 

A chamada se encerrou e o loiro pulou no meu colo para a minha surpresa. 

– A gente tem mais uma semana! – Exclamou animadamente. Parece que a notícia fez ele mudar aqueles pensamentos pessimistas. 

– Meu deus você nem está sentindo saudade do seus pais. – Fingi o repreender e ele me olhou feio. 

– É claro que eu estou com saudades, idiota. – me deu um tapa e eu ri. – Só não acho que consigo encarar eles tão cedo, entende? 

– Sim. – ajeitei ele melhor no meu colo e sorri, acho que mais uma semana vai ser mais do que o suficiente para pensarmos em alguma coisa e esconder isso nos dos nossos pais, não sei até quando mas no momento é necessário. – Eu também estou feliz, assim a gente tem mais um tempo para pensar nas coisas. 

– É! – Ele sorriu. 

Eu aproveitei da nossa proximidade e de como estávamos para segurar seu rosto e o trazer para um beijo. 

Nossas bocas passaram a se mexer lentamente, era um beijo inebriante, e tinha aquela mesma sensação de antes. Desci minha mão e a deixei entrar por debaixo da sua blusa, onde eu toquei levemente sua pele quentinha. 

Naquele momento eu decidi prolongar mais aquele contato,  suguei sua língua ouvindo-o gemer baixinho e contido. Aquele som… era maravilhoso de se ouvir e eu quis mais. 

Apertei sua cintura e trouxe ele para mais perto, se isso fosse ainda mais possível. Naquela posição ele ficava em cima de mim perfeitamente, nossos membros se freccionaram e foi o bastante para que eu gemesse com aquele contato.

Eu queria ele e precisava tê-lo. 

Subi um pouco o tecido da sua blusa, expondo um pouco do seu abdômen embora eu não visse por estarmos colados eu senti a maciez da pele quentinha e lisinha com as minhas mãos.  

– Sas… – ele se afastou um pouco. As bochechas coradas e os lábios vermelhinhos… era a coisa mais linda e alucinante que eu já tinha visto. 

– Hm? – não queria me afastar, então passei a deixar selinhos por toda a sua pele exposta, desde o queixo até seu pescoço. Ele ofegava baixinho. 

– E-eu nunca fiz isso… – Naruto murmurou constrangido. 

Minha ficha caiu naquele momento. Naruto nunca fez sexo na vida, muito menos com um garoto, nem ao menos beijou alguém na vida! Eu estou sendo o primeiro em tudo dele, basicamente…

– Meu deus… me desculpa... – Soltei uma risada fraca. – Para ser sincero eu também nunca fiz isso... – confessei na intenção de deixá-lo mais relaxado.

– Uhum, sei. – sorriu debochado e eu ri.

– Não com um garoto. – completei a frase e ele riu baixinho. – Mas pra tudo tem sua primeira vez, não é? – Voltei um pouco com a minha mão, passando a apenas fazer carícias leves. 

– Eu não sei… – falou coradinho e eu sorri. 

– Confia em mim, né? – esperei uma resposta. 

– Sim. – afirmou levantando o olhar. 

– Então relaxa… não precisa se preocupar. – Voltei a puxar seu rosto para mim, iniciando um beijo calmo que com o tempo foi se aprofundando deliciosamente. 

Naruto pov 

Eu estava com medo? Sim, não do Sasuke e sim de fazer alguma coisa de errado e passar vergonha. Nunca me envolvi com ninguém… Sasuke foi e está sendo meu primeiro em todas as coisas, ele me ensinou a beijar e agora… isso. 

Embora eu estivesse com vergonha eu senti prazer com aquele beijo, era rápido e ele sabia fazer muito bem, então eu tentei me soltar mais e me deixar levar porque uma parte de mim, bem lá no fundo gritava para deixar aquilo acontecer.

Enquanto nos beijávamos eu senti sua mão adentrar minha blusa novamente e subir… subir… passeando devagar até chegar no meu mamilo direito o qual ele massageou e apertou levemente. Uma onda de prazer atingiu meu corpo com aquele toque, eu não sabia que podia ser tão bom… 

Tomei coragem para dar vida às minhas mãos e passei a massagear sua nuca, as vezes dando leves arranhões por causa dos meus picos de prazer involuntários. 

Quando ele separou nossos lábios passou a distribuir beijinhos que partiram da minha bochecha até o meu pescoço e ombro. Fechei os olhos aproveitando um pouquinho daquela sensação. 

Sasuke se afastou e me empurrou o suficiente para que eu me deitasse no sofá e ele ficasse por cima de mim, invertendo as posições. Foi aí que eu me toquei que nesse processo ele aproveitou para tirar sua camiseta, dando-me total visão do seu abdômen. E dessa vez foi impossível não olhar, embora eu nunca tenha feito algum esforço para fingir. 

Eu não passei muito tempo reparando nos seus detalhes que eu sabia que eram perfeitos pois senti sua mão na barra da minha camiseta e seu olhar sobre mim. Era um pedido para tirar minha blusa, silencioso, mas era. 

Sorri com sua preocupação logo depois de afirmar. 

Ele então tirou a minha blusa e jogou para qualquer canto da sala, eu até me importaria se não estivesse ocupado demais sentindo sua língua entrelaçada com a minha, dando início a um beijo mais ardente. 

Aquilo tudo era novo para mim, mas eu estava gostando e mentiria muito se negasse. Sentir suas mãos percorrendo meu corpo, aquele beijo mais quente e sua preocupação e carinho em alguns gestos… era maravilhoso. 

– Puta merda… você é muito lindo… – Sasuke falou e eu senti seus beijos descerem do meu pescoço para os meus mamilos, onde ele beijou e sugou por um tempo. 

Eu estava morrendo de vergonha por dentro, tanto por estar exposto daquele jeito quanto por receber aquele tipo de estímulo.

Mas era muito bom… 

– Posso? – Perguntou, sua mão direita estava no cós da minha calça e ele me olhava esperando uma permissão que eu não demorei para dar. 

Quando ele retirou minha calça e minha cueca eu me senti mais do que exposto, queria morrer ali mesmo de vergonha ou desistir na metade do caminho. Era demais pra mim… até ele se pronunciar baixinho. 

– Relaxa, amor… 

Meu corpo arrepiou, mas eu não soube se foi porque ele deu início a uma masturbação e eu já estava sensível ou se foi por causa daquele apelido que soou tão melodioso…   

Não… foi o apelido com certeza. Ouvir aquilo me deixou em choque, mas ao mesmo tempo parece que um fogo se acendeu dentro de mim. Eu amei ouvir aquilo saindo da boca dele, era tão simples e tão puro… tinha amor no meio e me deixou muito feliz. 

Aquelas palavras realmente me fizeram relaxar e eu tentei trocar toda aquela tensão deixando o prazer assumir o lugar naquele momento. 

– Mmm – Gemi abafado contra sua boca. A mão dele subia e descia por todo o meu membro. 

O beijo dele já era bom e aquele sensação de estar perto do meu limite deixava tudo melhor. 

– Aahh.. Sasuke… – avisei apertando seu ombro e quebrando o ósculo. 

– Não geme assim, porra… – Ele mordeu o lábios inferior. Tinha um misto de repreensão e manha na sua fala.

Não aguentei e me desmanchei em sua mão. A vergonha assumiu o meu lugar, mas não durou muito tempo porque ele voltou com os beijos. Pela sua agitação percebi que o mesmo tentava tirar sua calça, então eu o ajudei sorrateiramente, porém ele viu e sorriu contra nossos lábios e eu corei ridiculamente. 

Minhas mãos rodearam seu pescoço e eu fiz com que ele se aproximasse mais, não queria ver muito ele naquele momento porque tinha certeza que se encarasse aqueles olhos negros por alguns segundos que seja eu perderia toda a coragem. 

Sua mão que estava no meu membro foi descendo até a minha entrada e eu gelei já prevendo o que aconteceria. Sasuke percebeu minha tensão novamente e afagou meu cabelo. 

– Fica calmo, não vou machucar você. – Deixou um selinho rápido nos meus lábios antes de sorrir. 

Ver aquele Sasuke carinhoso e cuidadoso era uma novidade, estava acostumado com outro tipo de moreno vivendo comigo. O tipo provocador e mau humorado, mas vê-lo ali completamente atencioso era um lado diferente que eu estava adorando conhecer e desejava presenciar com mais frequência. 

Ele inseriu um dedo e minha primeira reação foi fazer uma careta, não tinha doido mas era tão estranho ter alguém me tocando ali. Ele começou com movimentos devagares, um vai e volta lento. Segundo dedo e o incômodo apareceu, era estranho, diferente e doía um pouco, mas Sasuke conseguiu me acalmar começando a me masturbar novamente, no mesmo ritmo que seus dedos entravam e saiam, tornando aquilo mais torturante que o normal. 

– Mmmm merda… – Nunca pensei que o termo "a dor vira prazer depois de um tempo" nessas horas fosse verdade, mas eu consegui comprovar quando ele permaneceu naquele ritmo com os dedos ao mesmo tempo que me masturbava. 

Eu estava no meu limite novamente ele parou com os movimentos por completo. Eu estava com a respiração desconcertada e meu rosto com certeza tinha um tom vermelho forte, afinal a vergonha nunca me deixou de lado. 

– Se doer muito é só me avisar que eu paro. – Sasuke alertou bem próximo ao meu ouvido, só aí eu percebi a que ponto chegamos e suspirei. 

– Tá bom. – confirmei e ele me deu um selinho antes de continuar. 

Doía, e muito. Embora ele fosse colocando aos poucos e com calma eu sentia estar sendo rasgado por dentro. 

– Tá tudo bem? – Perguntou secando minhas poucas lágrimas com o polegar. 

Nunca pensei que poderia doer tanto assim mesmo ele indo com calma. 

– Está. – afirmei abrindo os olhos lentamente.

Sasuke tinha um sorriso carinhoso no rosto e aquilo me acalmou, ele estava parado mas suas mãos passeavam pelo meu corpo. 

– Posso me mexer? – voltou a perguntar e eu afirmei depois de um tempinho em silêncio. 

Ele começou com movimentos lentos e mesmo assim aquilo já era um incômodo pra mim, então eu senti ele distribuir beijinhos por todo o meu corpo até chegar na minha boca, na qual ele deu uma atenção especial para começar um beijo. 

Eu ofegava baixinho abaixo de si, aquele incômodo ia sumindo aos poucos junto a qualquer outra preocupação até que eu me vi à beira do prazer com suas investidas. 

– Porra.. você é apertado demais… – Sasuke gemeu contra o meu ouvido e eu suspirei, a voz dele estava tremendamente sexy e sua respiração pesada conseguia facilmente me enlouquecer aos poucos. 

As estocadas ficaram mais rápidas gradualmente e eu senti meu corpo inteiro queimar por dentro, só que em uma de suas investidas eu senti um prazer enorme passar por todo o meu corpo e gemi alto. 

– Achei… – Sasuke sorriu de canto e passou a investir somente naquele ponto. 

O barulho dos nossos corpos se chocando e os gemidos nos denunciavam cada vez, mas naquele momento eu não me importei muito, o prazer era grande demais para que pensasse racionalmente. 

Até que eu vim em jatos fortes e um gemido prolongado. Sasuke estocou mais algumas vezes antes de gozar na minha barriga também e cair por cima de mim ofegante. 

Ficamos alguns segundos naquela posição até ele se sustentar um pouco com as mãos e me olhar. 

– Você está bem? – Perguntou, me analisando de cima abaixo. 

– Tirando o fato que preciso de um banho… acho que estou bem sim. – Respondi sorrindo com um pouco de dificuldade, ainda estava ofegante. 

– Que bom – ele sorriu depositando um selinho na minha boca. – Então vamos tomar esse banho porque você não é o único que precisa. – Se levantou rindo. 

•••

Graças a muita insistência do Uchiha tomamos banho juntos, eu tentei negar porque já estava no meu auge de constrangimento, mas pensando no fato que essa não seria nossa primeira nem última vez eu acabei por ceder. Foi um banho bom, nos beijamos um pouco e pudemos conversar mais sobre nossos pais. 

– Eu já vou pro meu quarto, tá? Boa noite. – Tínhamos acabado de sair do banho e eu estava juntando a minha roupa. 

– O que? – Sasuke segurou meu braço e me olhou. – Como assim? Você lembra bem o que acabamos de fazer no sofá, não é? – ele apontou para o andar debaixo. 

 – Ué… isso não tem nada haver. – falei me soltando. Ele fez uma careta e eu ri. – Que carência é essa? Não me lembrava de Sasuke Uchiha ser assim. – lancei um sorriso debochado. 

– Começamos a namorar hoje, mesmo assim fizemos amor não faz muito tempo e eu estou tentando ser uma pessoa legal e você vai dormir em um quarto separado? – Ele parecia indignado. 

Meus olhos se arregalaram um pouco e eu corei, ele poderia ter usado vários outros termos para citar o que aconteceu lá embaixo, mas ele preferiu dizer que fizemos amor… foi impossível não sorrir com isso. É muito bom saber que foi tão importante para ele quanto foi pra mim. 

– Então tá, onde você quer dormir? – perguntei sorrindo. 

– Onde você preferir. – Ele pareceu satisfeito com a minha resposta. 

– Vem, no meu quarto então. – dessa vez fui eu a puxar seu braço e guiá-lo até o meu quarto. 

Entramos e eu deixei minhas roupas de lado e pulei na cama, estava cansado, muito cansado...

– Nossa você já vai dormir? – Senti um peso a mais na cama e me virei. 

– Claro, eu estou morto! Você não? 

– Até que nem tanto.– Ele se acomodou ao meu lado e puxou minha cintura, colando nossos corpos. – Mas eu pego no sono rápido se estiver assim… – sussurrou fechando os olhos. 

Eu ri baixinho.

– Então boa noite – fechei os olhos também e sorri.

– Boa noite...